bate papo fundamental, curti e compartilhei, mas quando Djamila falou do choro, descompartilhei e descurtir. já conversamos sobre isso. nunca esquecer nem menosprezar o Ilá de Osùn. isso é fundamental. fale reclamar, nunca chorar. chorar é Força, é Afeto, é Empatia, é Amor e não incômodo da branquitude, que inclusive chora muito pouco. Osùn é também nossa mãe e seu Ilá deve ser mais que enaltecido.
Apesar dos pesares sou extremamente grato em dividir meu período de tempo no mundo com vocês, poder vê-las falando, existindo e resistindo é emocionante! Vida longa às duas.
Oi Linn, boa noite! Tudo bem? Muito fundamental todas as conversas e pontes que você tem construído e protagonizado nos últimos tempos. Esta conversa não é diferente, pois é também muito fundamental a perspectiva de Djamila Ribeiro sobre trabalho e esforço intelectual. Percebo, por vezes, por outras pessoas Pretas, a descaracterização ou a desvalorização dos trabalhos de reflexão e de debate, principalmente ancorados nos processos complexos experienciados por acadêmicos Pretos dentro das instituições universitárias. E de pessoas Brancas, percebo sempre a demanda por respostas e a esteriotipia de nós enquanto suprassumos do Movimento Negro, do Racismo e outras coisas mais, justamente para apontar nossas supostas 'contradições' quando conveniente - apontamento muitas vezes vindo de uma Branquitude que se afirma esclarecida, progressista, 'de esquerda' e outras adjetivações mais, que transplanta ideologias e teorias políticas europeias para a realidade brasileira sem fazer suas devidas adequações (de raça, principalmente). Quanto aos desserviços da Branquitude, não tenho nada a comentar. Quanto às colocações de outras pessoas Pretas, compreendo de quais lugares e pontos esta crítica parte, porque eu mesmo faço parte e experiencio esse ambiente, tendo Djamila Ribeiro e alguns outros como novas referências. Como refletido pelas duas em várias falas, o povo Preto, na sua maior parte, é um povo carente e precarizado de muitos direitos essenciais de reprodução a vida. Nesse sentido, para muitos de nós, preocupações materiais imediatas estão a frente de muitas outras, que demandam esforços e condições de desenvolvimento a longo prazo. A Educação no geral e o trabalho intelectual são duas destas coisas que acabam sendo deixadas de lado pela pressão da sobrevivência cotidiana. Ainda nesse sentido de sermos castrados de muitas possibilidades, vejo muitas vezes a culpabilização de intelectuais como Djamila com o prolegômeno de que ela deva, como ela mesma afirma, 'carregar o mundo nas costas'. Como se pessoas Pretas fossem monolíticas e fossem inteiramente responsáveis por repetições narcísicas da Branquitude nos espaços acadêmicos. O incômodo com Djamila diz muito mais sobre quais epistemologias e obras continuam a ser valorizadas em um pacto social muito mais amplo, do que sobre a própria Djamila em si. A ideia de escassez é uma grande mentira, e o peso do ou da 'Negra Única' reafirma essa mentira, que nós como um todo devemos ser responsáveis em desfazer - pessoas Brancas, principalmente. Muitos de nós batalham pela memória dos nossos pensamentos, elaborações e debates e, como mostrado também por Djamila, trata-se de um movimento que ecoa para muito além de nós. Também entendo a crítica partindo do pressuposto de que muitos dos nossos conhecimentos sobreviveram ao longo do tempo de maneiras muito orgânicas, pelo Candomblé e pela Umbanda, pela Capoeira, pelo Samba e Pagode, etc. Mas não acho que sejam movimentos que se contradizem - muito pelo contrário, se dialogam. Como afirmado pela filósofa, fazer com que o nosso povo reflita criticamente também é essencial. Os espaços acadêmicos são também racistas, mas nossas possibilidades de solução estão dentro e fora dele, se dão de forma articulada e de forma microscópica (sem aqui apelar para uma ótica neoliberal, mas mais no sentido de resgatar nossas autonomias e agências apesar do Racismo da Academia). Temos agido de maneira responsável e consistente para que toda possibilidade de registro e de memória permaneça e ecoe para nós a longo prazo, entre várias gerações, e enegreça as possibilidades dos nossos imaginários. Grande abraço para as duas! 🖤
"Usar PDF de empresas dominantes pode, mas do feminismos plurais não pode" KKKKKKKKKKKKKKKK morto com essa mulher. Não sei como tanta gente a aplaude. É só ter o mínimo de raciocínio criticar para notar seus ressentimentos.
Amo vcs. 😍👏😍👏😍👏😍👏😍👏😍👏
Eu te amo, Linn. ❤️
Amo essas duas!!!!! Estou aprendendo demais! Gracias
Live incrível!!! Nos possibilita muitas reflexões.
Maravilhosas
Necessárias 👏💞
Live ótima!!!
😍😍😍😍😍😍😍😍✊✊✊✊✊✊✊✊
Eu só tenho a agradecer por esse momento, vocês são necessárias e incríveis!!!
Linn para presidência com Djamila como vice! ♥
GEENTEE QUE CHIQUEEE!!!
Gratidão!! Vcs são exemplos de mulheres para todas! queremos mais 😍❤
Maravilhosas
Deveria ter bem mais visualizações
necessária demais essa conversa! obrigado! 💞
Muito bom!! Aprendendo. Parabéns
bate papo fundamental, curti e compartilhei, mas quando Djamila falou do choro, descompartilhei e descurtir. já conversamos sobre isso. nunca esquecer nem menosprezar o Ilá de Osùn. isso é fundamental. fale reclamar, nunca chorar. chorar é Força, é Afeto, é Empatia, é Amor e não incômodo da branquitude, que inclusive chora muito pouco. Osùn é também nossa mãe e seu Ilá deve ser mais que enaltecido.
Mulheres incríveis. Vcs são luz.
te amo linn
Live incrível. Lugares de fala transformadores!
"eu não sou oq vc espera que eu seja" é sobre isso
Que live/conversa mais preciosa, rica e esclarecedora!!
O mundo precisa saber dissoooooooo
Vocês são incríveis, obrigado pelo aprendizado! Segunda vez que vejo essa live de tanto conteúdo incrível que vocês abordaram
Apesar dos pesares sou extremamente grato em dividir meu período de tempo no mundo com vocês, poder vê-las falando, existindo e resistindo é emocionante! Vida longa às duas.
Que lind[E]s ❤❤❤
Gente, primeiro uma live com mano Brown dos racionais, e o DR. Drauzio Varela.
Agora me aparece uma live de vcs duas, isso foi SENSACIONAL!!!
Linn, depois da quarentena, vem pra Campinas, sdds da sua energia.
Oi Linn, boa noite! Tudo bem?
Muito fundamental todas as conversas e pontes que você tem construído e protagonizado nos últimos tempos. Esta conversa não é diferente, pois é também muito fundamental a perspectiva de Djamila Ribeiro sobre trabalho e esforço intelectual.
Percebo, por vezes, por outras pessoas Pretas, a descaracterização ou a desvalorização dos trabalhos de reflexão e de debate, principalmente ancorados nos processos complexos experienciados por acadêmicos Pretos dentro das instituições universitárias. E de pessoas Brancas, percebo sempre a demanda por respostas e a esteriotipia de nós enquanto suprassumos do Movimento Negro, do Racismo e outras coisas mais, justamente para apontar nossas supostas 'contradições' quando conveniente - apontamento muitas vezes vindo de uma Branquitude que se afirma esclarecida, progressista, 'de esquerda' e outras adjetivações mais, que transplanta ideologias e teorias políticas europeias para a realidade brasileira sem fazer suas devidas adequações (de raça, principalmente). Quanto aos desserviços da Branquitude, não tenho nada a comentar. Quanto às colocações de outras pessoas Pretas, compreendo de quais lugares e pontos esta crítica parte, porque eu mesmo faço parte e experiencio esse ambiente, tendo Djamila Ribeiro e alguns outros como novas referências.
Como refletido pelas duas em várias falas, o povo Preto, na sua maior parte, é um povo carente e precarizado de muitos direitos essenciais de reprodução a vida. Nesse sentido, para muitos de nós, preocupações materiais imediatas estão a frente de muitas outras, que demandam esforços e condições de desenvolvimento a longo prazo. A Educação no geral e o trabalho intelectual são duas destas coisas que acabam sendo deixadas de lado pela pressão da sobrevivência cotidiana.
Ainda nesse sentido de sermos castrados de muitas possibilidades, vejo muitas vezes a culpabilização de intelectuais como Djamila com o prolegômeno de que ela deva, como ela mesma afirma, 'carregar o mundo nas costas'. Como se pessoas Pretas fossem monolíticas e fossem inteiramente responsáveis por repetições narcísicas da Branquitude nos espaços acadêmicos. O incômodo com Djamila diz muito mais sobre quais epistemologias e obras continuam a ser valorizadas em um pacto social muito mais amplo, do que sobre a própria Djamila em si. A ideia de escassez é uma grande mentira, e o peso do ou da 'Negra Única' reafirma essa mentira, que nós como um todo devemos ser responsáveis em desfazer - pessoas Brancas, principalmente. Muitos de nós batalham pela memória dos nossos pensamentos, elaborações e debates e, como mostrado também por Djamila, trata-se de um movimento que ecoa para muito além de nós.
Também entendo a crítica partindo do pressuposto de que muitos dos nossos conhecimentos sobreviveram ao longo do tempo de maneiras muito orgânicas, pelo Candomblé e pela Umbanda, pela Capoeira, pelo Samba e Pagode, etc. Mas não acho que sejam movimentos que se contradizem - muito pelo contrário, se dialogam. Como afirmado pela filósofa, fazer com que o nosso povo reflita criticamente também é essencial. Os espaços acadêmicos são também racistas, mas nossas possibilidades de solução estão dentro e fora dele, se dão de forma articulada e de forma microscópica (sem aqui apelar para uma ótica neoliberal, mas mais no sentido de resgatar nossas autonomias e agências apesar do Racismo da Academia). Temos agido de maneira responsável e consistente para que toda possibilidade de registro e de memória permaneça e ecoe para nós a longo prazo, entre várias gerações, e enegreça as possibilidades dos nossos imaginários.
Grande abraço para as duas! 🖤
Privilégio poder aprender com essas duas. Responsabilidade a nossa forma de retribuir. Amor o que permeia tudo isso
Sensacional!! Parabéns pela live .
🖤🖤
Linn, eu to te amando tanto, é um mix de querer ser um terço de como e do que vc é, e te apenas te admirar
tá tudo surto e tá tudo bem♡
Xirê literário 💜
E vcs, como estão?! ❤🙌🏾
Djamila eu não consigo entender esse teu livro! Help
A Nayara podia ter assistido aqui pra aprender
Crítica o pensamento eurocêntrico e cita Sartre e Simone de Beauvoir. Coitada dela!
"Usar PDF de empresas dominantes pode, mas do feminismos plurais não pode" KKKKKKKKKKKKKKKK morto com essa mulher. Não sei como tanta gente a aplaude. É só ter o mínimo de raciocínio criticar para notar seus ressentimentos.