Olá Mateus Cordeiro! Muito obrigado pelo comentário. Fico contente que tenha gostado. Assim que eu puder retornar ao laboratório farei um vídeo complementando esta aula e demonstrarei o uso de um tubo de Pitot dentro de um túnel de vento!
Olá! Fico lisonjeado com seu pedido e confesso que vontade é o que não me falta, mas atualmente tenho assumido diversas atividades administrativas na universidade em que trabalho e estou com pouco tempo para gravar estas aulas! Antes de gravar conteúdo de outros cursos, algo que realmente pretendo fazer, gostaria de completar ainda mais os que já iniciei.
Olá @TheMrAndersonbs! Agradeço pela pergunta e pela oportunidade de esclarecer sua dúvida. Nesse minuto que você citou eu digo que a "a entrada desse tubo azul deve ficar perpendicular à direção do escoamento". Veja que estou falando da superfície de entrada e não do tubo em si, pois na imagem o tubo é de fato paralelo à direção do escoamento. Aqui é importante fazer uma observação. Caso você esteja pensando em um vetor que representa essa área de entrada, então sim, esse vetor da área seria paralelo ao escoamento, pois o vetor que representa uma área é sempre perpendicular à área a qual ele está associado. Como eu não estou falando desse vetor, mas sim da própria área, eu disse que ela precisa ser perpendicular à direção do escoamento, caso contrário o escoamento sequer atravessaria a superfície. Pense, por exemplo, na chuva. Se a chuva caísse de forma perfeitamente vertical, então você poderia deixar as janelas de casa sempre abertas, pois as gotas de água não entrariam, afinal elas tangenciariam as janelas e seguiriam do lado de fora da casa. Para que um escoamento atravesse uma superfície, deve existir uma componente do campo de velocidade desse escoamento que seja perpendicular à essa superfície. Consegui esclarecer sua dúvida?
Olá Letícia Inácio! Obrigado por seu comentário e sua pergunta. Não tenho certeza se entendi sua questão corretamente. Você está me perguntando se a equação de Bernoulli usada para relacionar a diferença de pressão entre dois pontos de uma mesma linha de corrente é dimensionalmente consistente? Ora, é sim. Veja que a velocidade será dada pela raiz quadrada de (2*variação de pressão/densidade). Como a variação de pressão é dada em Pa = N/m^2, ao dividirmos pela densidade rho = kg/m^3 e ainda lembrando que N = kg.m/s^2, então teremos que a velocidade é dada pela raiz quadrada de m^2/s^2, que vai dar m/s, exatamente o que esperamos para a dimensão da velocidade. Foi esta sua pergunta? Consegui esclarecer?
Bom dia professor. Tenho uma dúvida, como seria a metodologia para que eu meça a pressão estática utilizando um tubo de pitot e um manometro diferencial? Conectaria somente a mangueira no ponto de pressão estática do pitot no manometro? Obrigado pela aula, esclareceu muitas coisas.
Olá Lucas Santos! Os manômetros diferenciais são equipamentos que comparam a pressão de dois pontos distintos. Eles podem ser do tipo U, clássicos em laboratórios didáticos e que comparam a diferença da altura de um líquido colorido dentro de um tubo dobrado. Podem ser mecânicos, tipo os manômetros de Bourdon, que se deformam quando existe diferença de pressão dentro e fora de uma estrutura tubular. Podem ainda ser eletrônicos, retornando uma diferença de potencial elétrico em função da diferença de pressão entre os pontos. O tubo de Pitot, por outro lado, é um equipamento que visa criar uma obstrução em um escoamento e com isso induzir aumento de pressão na ponta da sonda devido à estagnação do escoamento. O tubo de Pitot, ao mesmo tempo que causa a interrupção do escoamento em determinado ponto do domínio, é projetado de forma a afetar o mínimo possível a região de medição, por isso ele tem o formato de L, sendo que o trecho transversal ao escoamento tem o único propósito de suportar a sonda enquanto que o trecho alinhado com o escoamento tem o propósito de afastar a ponta de medição da haste de suporte. Ao projetar ou selecionar um tubo de Pitot é preciso levar em consideração que ele deve ser o menor possível a fim de não afetar demais o escoamento, mas ao mesmo tempo deve ser capaz de resistir às forças aerodinâmicas, principalmente às oriundas do desprendimento de vórtices da haste transversal e que poderiam induzir vibração no sensor. Caso o tubo de Pitot tenha apenas um furo e este esteja alinhado com essa mesma direção do escoamento, então ele só é capaz de medir a pressão de estagnação. Caso ele tenha outros furos, geralmente posicionados na lateral do tubo, estes outros tubos captam a pressão estática da região na qual está o tubo de Pitot. Se você conectar a saída de pressão estática de um tubo de Pitot diferencial em um manômetro diferencial e deixar a outra "ponta" do manômetro aberta para a atmosfera, então você conseguirá medir a pressão estática da região do tubo de Pitot em relação à atmosférica. Isso pode ser observado, por exemplo, em túneis de vento abertos, onde o movimento das hélices do rotor cria uma redução de pressão na região interna do túnel, o que por sua vez cria um fluxo de fora para dentro do túnel de vento, induzindo assim a circulação de ar em seu interior. Se você tem um tubo de Pitot em um túnel de vento e mede apenas a saída de pressão estática, ao ligar o túnel você observa uma redução de pressão interna.
Sabemos que o instrumento que mede a velocidade de um avião é o tubo Pitot e que ele é instalado normalmente nas asas. Sabendo que muitos acidentes aéreos ocorreram por causa dessa medição, levante a causa e escreva, com linguagem técnica, o que se deve fazer para evitar esse problema.
Mano que aula!!!! Parabéns!!!!
Olá LucasAndrade!
Muito obrigado por seu comentário!
Fico muito contente que tenha gostado da aula!
Excelente aula!! Obrigado!
Olá Mateus Cordeiro! Muito obrigado pelo comentário. Fico contente que tenha gostado.
Assim que eu puder retornar ao laboratório farei um vídeo complementando esta aula e demonstrarei o uso de um tubo de Pitot dentro de um túnel de vento!
@@CesarFreire Muito legal, ansioso para ver!
MUITO OBRIGADAA, me ajudou super!
Olá Gabriela Sabrina!
Muito obrigado por seu comentário! Fiquei super contente que a aula tenha te ajudado!
Bons estudos!!
Seria demais pedir para vc gravar aulas como essas de ondas, óptica e termodinâmica?
Olá!
Fico lisonjeado com seu pedido e confesso que vontade é o que não me falta, mas atualmente tenho assumido diversas atividades administrativas na universidade em que trabalho e estou com pouco tempo para gravar estas aulas! Antes de gravar conteúdo de outros cursos, algo que realmente pretendo fazer, gostaria de completar ainda mais os que já iniciei.
Mestre , fiquei na dúvida em relação ao 2:41 quando é falado que o escoamento fique " Perpendicular ao escoamento" não seria Paralelo ao escoamento ?
Olá @TheMrAndersonbs!
Agradeço pela pergunta e pela oportunidade de esclarecer sua dúvida.
Nesse minuto que você citou eu digo que a "a entrada desse tubo azul deve ficar perpendicular à direção do escoamento".
Veja que estou falando da superfície de entrada e não do tubo em si, pois na imagem o tubo é de fato paralelo à direção do escoamento.
Aqui é importante fazer uma observação. Caso você esteja pensando em um vetor que representa essa área de entrada, então sim, esse vetor da área seria paralelo ao escoamento, pois o vetor que representa uma área é sempre perpendicular à área a qual ele está associado. Como eu não estou falando desse vetor, mas sim da própria área, eu disse que ela precisa ser perpendicular à direção do escoamento, caso contrário o escoamento sequer atravessaria a superfície.
Pense, por exemplo, na chuva. Se a chuva caísse de forma perfeitamente vertical, então você poderia deixar as janelas de casa sempre abertas, pois as gotas de água não entrariam, afinal elas tangenciariam as janelas e seguiriam do lado de fora da casa. Para que um escoamento atravesse uma superfície, deve existir uma componente do campo de velocidade desse escoamento que seja perpendicular à essa superfície.
Consegui esclarecer sua dúvida?
@@CesarFreire Obrigado Professor , ficou muito clara a resposta !! top.
Boa tarde professor, o senhor considera
a equação para a velocidade de uma corrente de um fluido medida com um tubo Pitot dimensionalmente consiste ?
Olá Letícia Inácio!
Obrigado por seu comentário e sua pergunta.
Não tenho certeza se entendi sua questão corretamente. Você está me perguntando se a equação de Bernoulli usada para relacionar a diferença de pressão entre dois pontos de uma mesma linha de corrente é dimensionalmente consistente?
Ora, é sim. Veja que a velocidade será dada pela raiz quadrada de (2*variação de pressão/densidade). Como a variação de pressão é dada em Pa = N/m^2, ao dividirmos pela densidade rho = kg/m^3 e ainda lembrando que N = kg.m/s^2, então teremos que a velocidade é dada pela raiz quadrada de m^2/s^2, que vai dar m/s, exatamente o que esperamos para a dimensão da velocidade.
Foi esta sua pergunta? Consegui esclarecer?
@@CesarFreire Sim sim, muito obrigada 💕
Olá @@leticiainacio4180 !
Que ótimo! fico contente que tenha esclarecido!
Bons estudos!
Bom dia professor.
Tenho uma dúvida, como seria a metodologia para que eu meça a pressão estática utilizando um tubo de pitot e um manometro diferencial? Conectaria somente a mangueira no ponto de pressão estática do pitot no manometro?
Obrigado pela aula, esclareceu muitas coisas.
Olá Lucas Santos!
Os manômetros diferenciais são equipamentos que comparam a pressão de dois pontos distintos. Eles podem ser do tipo U, clássicos em laboratórios didáticos e que comparam a diferença da altura de um líquido colorido dentro de um tubo dobrado. Podem ser mecânicos, tipo os manômetros de Bourdon, que se deformam quando existe diferença de pressão dentro e fora de uma estrutura tubular. Podem ainda ser eletrônicos, retornando uma diferença de potencial elétrico em função da diferença de pressão entre os pontos.
O tubo de Pitot, por outro lado, é um equipamento que visa criar uma obstrução em um escoamento e com isso induzir aumento de pressão na ponta da sonda devido à estagnação do escoamento. O tubo de Pitot, ao mesmo tempo que causa a interrupção do escoamento em determinado ponto do domínio, é projetado de forma a afetar o mínimo possível a região de medição, por isso ele tem o formato de L, sendo que o trecho transversal ao escoamento tem o único propósito de suportar a sonda enquanto que o trecho alinhado com o escoamento tem o propósito de afastar a ponta de medição da haste de suporte.
Ao projetar ou selecionar um tubo de Pitot é preciso levar em consideração que ele deve ser o menor possível a fim de não afetar demais o escoamento, mas ao mesmo tempo deve ser capaz de resistir às forças aerodinâmicas, principalmente às oriundas do desprendimento de vórtices da haste transversal e que poderiam induzir vibração no sensor.
Caso o tubo de Pitot tenha apenas um furo e este esteja alinhado com essa mesma direção do escoamento, então ele só é capaz de medir a pressão de estagnação. Caso ele tenha outros furos, geralmente posicionados na lateral do tubo, estes outros tubos captam a pressão estática da região na qual está o tubo de Pitot.
Se você conectar a saída de pressão estática de um tubo de Pitot diferencial em um manômetro diferencial e deixar a outra "ponta" do manômetro aberta para a atmosfera, então você conseguirá medir a pressão estática da região do tubo de Pitot em relação à atmosférica. Isso pode ser observado, por exemplo, em túneis de vento abertos, onde o movimento das hélices do rotor cria uma redução de pressão na região interna do túnel, o que por sua vez cria um fluxo de fora para dentro do túnel de vento, induzindo assim a circulação de ar em seu interior. Se você tem um tubo de Pitot em um túnel de vento e mede apenas a saída de pressão estática, ao ligar o túnel você observa uma redução de pressão interna.
Sabemos que o instrumento que mede a velocidade de um avião é o tubo Pitot e que ele é instalado normalmente nas asas. Sabendo que muitos acidentes aéreos ocorreram por causa dessa medição, levante a causa e escreva, com linguagem técnica, o que se deve fazer para evitar esse problema.