Obrigado pela postagem. Espero que o assunto entre cada vez mais em discussão. Também me interesso muito pelo processo que a China vem passando nos últimos anos e com certeza servirá de exemplo para o mundo. Me senti na obrigação de comentar e agradecer, pelo tanto de asneiras que completam os comentários. Não conheço o prof Elias, mas não vi um pingo de incoerência em sua fala. Quem sabe o curso possa virar um livro.
Problema eh q onpoder economico dos Estados Unidos eh so uma fração do que já foi. Eles tinham quase 50% do PIB mundial em 1950 - o capitalismo dependia deles. Naquela época o Reino Unido que era a potência economica n2 do capitalismo, era cerca de 7 vezes menor do que eles. A Europa inteira era cerca de apenas 2/3 da economia americana. Hoje o cenário é muito diferente: eles possuem apenas 16%. Hoje eles empatam com a União Europeia e a China praticamente já os passou. Em 20 anos eles serão passados pela India - que dependem para mandar as cadeias de produção de fora da China para lá - e isso vai acabar acelerando a criação de uma nova superpotencia asiática (vamos falar a verdade, quando China e Índia estiverem na frente o mundo terá voltado ao "normal", pois antes do século XIX sempre havia sido assim). Mesmo hoje, os Estados Unidos tem uma influência economica realmente reduzida - e ela já esta decaindo a muito tempo. A polica agressiva dos anos 80 foi uma consequência da perda de poder da grande industria americana, que perdeu espaço para a japonesa e para alemã. Os Estados Unidos conseguiram travar o desenvolvimento do japao, mas não conseguiram travar o da Alemanha - e no processo criaram seu nemesis: a China. A verdade é que a China tem um mercado interno e uma zona de influencia que a permitem ser independente. Mesmo com os Estados Unidos tirando a maior parte das fabricas deles de lá,muitos paises ainda vão fazer coisas lá para vender aos Chineses, e a China vai sempre exportar para uma gama de mercados e continuar crescendo e ampliando a distancia sobre os Estados Unidos. Os Estados Unidos vao ter que mandar essa industria que está na China para outros locais: India, Vietnam e Indonesia, dentro do proprio mercado asiatico - e México no mercado ocidental. Isso vai levar a uma nova geração de super potencias economicas e vai levar a uma diminuição ainda mais acentuada da fatia de pizza que os Estados Unidos representam do PIB global. E isso também vai modificar as relações dentro da América Latina: Em 1950 os Estados Unidos tinham uma economia quase 40 vezes maior do que a do Brasil. Hoje possuem a economia 7 vezes maior. Em 2050 vai ser apenas 5 vezes maior. O México, que deve receber boa parte da produção Chinesa realocada nos próximos anos, vai representar para os Estados Unidos o que representa hoje a economia do Reino Unido em proporção. Isso significa que a fatia do PIB do continente americano que os Estados Unidos representam, foi de bem mais que 75% na decada de 50, para cerca de metade hoje, e nos anos de 2050, deve ser menos de 1/3 - nessa toada, os Estados Unidos irão se tornar cada vez menos influentes na América Latina do que já são. Eles hoje estão em uma campanha desesperada para assegurar a hegemonia pelo menos por aqui: mas isso não vai durar por muito tempo e isso se da pelo próprio fincionamento so capitalismo: No século XIX, o Império Britânico possuia uma hegemonia incontestavel no capital. Era a potência imperialista por excelencia. Mas os custos da mão de obra levaram a sua preciosa industria - movimento que se deu por iniciativa de seus proprios capitalistas que amam mais o capital do que a coroa - para outros países: primeiro para a França, depois para a Alemanha e depois para o resto da Europa e posteriormente para algumas ex colônias (veja o caso das primeiras indústrias no Brasil). A exportação de capital não ocorria apenas do imperio para as colônias. Não, ela ocorria entre imperios, e isso levou a uma equiparação entre eles, que levaria a Primeira Guerra Mundial. Hoje vivemos um processo semelhante, só que a nivel global: cada vez mais existiram atores e conjuntos de atores com uma rconomia igual ou maior qur as dos Estados Unidos. Em alguns casos paises rivais: China e Russia. Em alguns casos aliados espertos: India e Uniao Europeia. Esse tipo de cenário, trnde a privilegiar aqueles que tiverem maior proeminencia economica e sua influência geopolitica tende a se extender. Os Estados Unidos se tornarão dependentes da India para fustigar a China (do mesmo modo que fizeram com a China para conter o Japão). So que a China precisava crescer dezenas de vezes o seu tamanho para passar eles. A India precisa crescer umas cinco vezes apenas, o que eles podem fazer em menos de duas décadas recebendo fabricas da Foxconn e da Apple. Por mais que muitas empresas continuem sendo americanas, muitos de seus investidores não o são - muitas drcalaram impostos em paraisos fiscais empresariais como a Irlanda - e obviamente em um pais como a India, varias companhias emergem com poder de comprar empresas ocidentais: a Tata Motors já comprou a Jaguar. Os Estados Unidos podem até tentar manter sru poder pelo Hard Power, manter tudo via um grande orçamento militar: porém, nesse caso, o gigantismo militar não refletirá (se eh que ja nao reflete) o poder economico real dos americanos. Eles vão se endividar cada vez mais e deixar de investir cada vez mais em infraestrutura e serviços publicos para a população, o que em conjunto com o crescimento economico cada vez maior, vai acirrar as contradições internas (ja estamos vendo). O gigantismo militar pode levar a propria falência americana, assim como levou a da URSS e de Roma. A alternativa para eles eh reduzirem sua influencia militar na proporção do tamanho da economia (hoje 16% - em 2050, menos de 10%). Caso não o façam, entrarão em colapso. E nós já superamos a fase imperialista do capitalismo. Hoje é outro processo. No mundo multipolar o imperio é o capital global. Cada vez menos os paises ocidentais conseguirão controla-lo. A China criou um modelo de controle, mas aquilo não é socialismo. É um tecnomercantilismo - muito mais parecido com o imperialismo clássico do que o que ocorre no ocidente hoje - onde os de cima perdem cada vez mais influencia e precisam cada vez mais sentar e conversar com os de baixo.
Aias, você pode encontrar os livros do professor Elias na Editora Anita Garibaldi. O último livro dele encontra-se em promoção. Acesse www.anitagaribaldi.com.br/produtos/948/livros/economia/china-socialismo-e-desenvolvimento-sete-decadas-depois-.html
Elias é o cara 👏🏿👏🏿👏🏿❗
Parabéns ELIAS ❗👏🏿👏🏿👏🏿
Elias é nota mil 👏🏿👏🏿👏🏿
Elias é muuuuuuuuuuuito inteligente e estudioso ❗❗❗👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
Obrigado pela postagem. Espero que o assunto entre cada vez mais em discussão. Também me interesso muito pelo processo que a China vem passando nos últimos anos e com certeza servirá de exemplo para o mundo. Me senti na obrigação de comentar e agradecer, pelo tanto de asneiras que completam os comentários. Não conheço o prof Elias, mas não vi um pingo de incoerência em sua fala. Quem sabe o curso possa virar um livro.
Grande contribuição de Jabbour
Boa palestra. Eu gosto muito de ouvir gente inteligente.
Se o estado não planejar e não intervir na economia, quem o fará? O mercado?
Viva o socialismo!
Viva o nacionalismo!
NEOLIBERALISMO É UM CÂNCER
Contraditório e cômico
Excelente
Elias Jabbour brilhante como sempre!
Interessante paixão
Problema eh q onpoder economico dos Estados Unidos eh so uma fração do que já foi.
Eles tinham quase 50% do PIB mundial em 1950 - o capitalismo dependia deles. Naquela época o Reino Unido que era a potência economica n2 do capitalismo, era cerca de 7 vezes menor do que eles. A Europa inteira era cerca de apenas 2/3 da economia americana.
Hoje o cenário é muito diferente: eles possuem apenas 16%. Hoje eles empatam com a União Europeia e a China praticamente já os passou. Em 20 anos eles serão passados pela India - que dependem para mandar as cadeias de produção de fora da China para lá - e isso vai acabar acelerando a criação de uma nova superpotencia asiática (vamos falar a verdade, quando China e Índia estiverem na frente o mundo terá voltado ao "normal", pois antes do século XIX sempre havia sido assim). Mesmo hoje, os Estados Unidos tem uma influência economica realmente reduzida - e ela já esta decaindo a muito tempo. A polica agressiva dos anos 80 foi uma consequência da perda de poder da grande industria americana, que perdeu espaço para a japonesa e para alemã. Os Estados Unidos conseguiram travar o desenvolvimento do japao, mas não conseguiram travar o da Alemanha - e no processo criaram seu nemesis: a China.
A verdade é que a China tem um mercado interno e uma zona de influencia que a permitem ser independente. Mesmo com os Estados Unidos tirando a maior parte das fabricas deles de lá,muitos paises ainda vão fazer coisas lá para vender aos Chineses, e a China vai sempre exportar para uma gama de mercados e continuar crescendo e ampliando a distancia sobre os Estados Unidos. Os Estados Unidos vao ter que mandar essa industria que está na China para outros locais: India, Vietnam e Indonesia, dentro do proprio mercado asiatico - e México no mercado ocidental. Isso vai levar a uma nova geração de super potencias economicas e vai levar a uma diminuição ainda mais acentuada da fatia de pizza que os Estados Unidos representam do PIB global.
E isso também vai modificar as relações dentro da América Latina:
Em 1950 os Estados Unidos tinham uma economia quase 40 vezes maior do que a do Brasil. Hoje possuem a economia 7 vezes maior. Em 2050 vai ser apenas 5 vezes maior. O México, que deve receber boa parte da produção Chinesa realocada nos próximos anos, vai representar para os Estados Unidos o que representa hoje a economia do Reino Unido em proporção. Isso significa que a fatia do PIB do continente americano que os Estados Unidos representam, foi de bem mais que 75% na decada de 50, para cerca de metade hoje, e nos anos de 2050, deve ser menos de 1/3 - nessa toada, os Estados Unidos irão se tornar cada vez menos influentes na América Latina do que já são. Eles hoje estão em uma campanha desesperada para assegurar a hegemonia pelo menos por aqui: mas isso não vai durar por muito tempo e isso se da pelo próprio fincionamento so capitalismo:
No século XIX, o Império Britânico possuia uma hegemonia incontestavel no capital. Era a potência imperialista por excelencia. Mas os custos da mão de obra levaram a sua preciosa industria - movimento que se deu por iniciativa de seus proprios capitalistas que amam mais o capital do que a coroa - para outros países: primeiro para a França, depois para a Alemanha e depois para o resto da Europa e posteriormente para algumas ex colônias (veja o caso das primeiras indústrias no Brasil).
A exportação de capital não ocorria apenas do imperio para as colônias. Não, ela ocorria entre imperios, e isso levou a uma equiparação entre eles, que levaria a Primeira Guerra Mundial.
Hoje vivemos um processo semelhante, só que a nivel global: cada vez mais existiram atores e conjuntos de atores com uma rconomia igual ou maior qur as dos Estados Unidos. Em alguns casos paises rivais: China e Russia. Em alguns casos aliados espertos: India e Uniao Europeia.
Esse tipo de cenário, trnde a privilegiar aqueles que tiverem maior proeminencia economica e sua influência geopolitica tende a se extender. Os Estados Unidos se tornarão dependentes da India para fustigar a China (do mesmo modo que fizeram com a China para conter o Japão). So que a China precisava crescer dezenas de vezes o seu tamanho para passar eles. A India precisa crescer umas cinco vezes apenas, o que eles podem fazer em menos de duas décadas recebendo fabricas da Foxconn e da Apple. Por mais que muitas empresas continuem sendo americanas, muitos de seus investidores não o são - muitas drcalaram impostos em paraisos fiscais empresariais como a Irlanda - e obviamente em um pais como a India, varias companhias emergem com poder de comprar empresas ocidentais: a Tata Motors já comprou a Jaguar.
Os Estados Unidos podem até tentar manter sru poder pelo Hard Power, manter tudo via um grande orçamento militar: porém, nesse caso, o gigantismo militar não refletirá (se eh que ja nao reflete) o poder economico real dos americanos. Eles vão se endividar cada vez mais e deixar de investir cada vez mais em infraestrutura e serviços publicos para a população, o que em conjunto com o crescimento economico cada vez maior, vai acirrar as contradições internas (ja estamos vendo). O gigantismo militar pode levar a propria falência americana, assim como levou a da URSS e de Roma. A alternativa para eles eh reduzirem sua influencia militar na proporção do tamanho da economia (hoje 16% - em 2050, menos de 10%). Caso não o façam, entrarão em colapso.
E nós já superamos a fase imperialista do capitalismo. Hoje é outro processo. No mundo multipolar o imperio é o capital global. Cada vez menos os paises ocidentais conseguirão controla-lo. A China criou um modelo de controle, mas aquilo não é socialismo. É um tecnomercantilismo - muito mais parecido com o imperialismo clássico do que o que ocorre no ocidente hoje - onde os de cima perdem cada vez mais influencia e precisam cada vez mais sentar e conversar com os de baixo.
Exposição e análise brilhantes!
minha referência de china no brasil
USAram e abUSAram da boa fé humana, agora USAm a lei do retorno por cair pela força da gravidade.
Desculpa, mas é preciso dizer que o FED não é do Estado, o FED é uma empresa privada e independente que não obedece, necessariamente ao governo do EUA
Excelente explanação professor!!! Onde encontramos seus livros?
Aias, você pode encontrar os livros do professor Elias na Editora Anita Garibaldi. O último livro dele encontra-se em promoção. Acesse www.anitagaribaldi.com.br/produtos/948/livros/economia/china-socialismo-e-desenvolvimento-sete-decadas-depois-.html
sobre o curso... onde conseguir informações ?? Não há link na descrição do video. Obrigado
www.paulogala.com.br/o-milagre-da-china/
Segue acima o link do curso do professor Elias Jabbour
A estrutural dos trabalhos indígenas e quilombolas em campo reza esclarecimento capital sócio educativo.
Nova Economia do Projetamento ??? Foi isso mesmo que o professor definiu como nível superior do planejamento econômico ou ouvi errado ???
quanta baboseira, esta perdido , nao explica nada .
Não toca nem de leve nas origens mais profundas da crise econômica global na qual a China TB está envolvida.
Banco Mundial preve apenas a China com crescimento econômico positivo este ano.
Poderia compartilhar conosco seu conhecimento?