Que legal esse tipo de conteúdo da maneira que você faz nesse estilo de apresentação e com clareza. Meu cachorro(poodle de pequeno porte, 14 anos em janeiro) é cardiopata e sofremos bastante com ele. O átrio esquerdo é imenso com remodelamento, dá pra sentir o sopro com as mãos, tem a degeneração da mitral, congestão, tosse(pouco incômoda), a insuficiência cardíaca e está em grau 3 já. Clinicamente ele é uma criança, vigoroso (quer correr a casa toda quando volta de um passeio, pula, parece um coelho). Precisamos controlar a alegria dele. Teve o primeiro episódio em março de 2021(estamos em setembro de 2022). Apesar dos ecos(último em junho/2022) não terem apresentado evolução significativa das câmaras e valva, ele necessitou fazer a manutenção da dose do pimobendan em junho 2022 (saímos de 2,5 ao dia para 5 mg por dia em 2 doses de 2,5). Em junho ele voltou a ter síncope(penso que pode ter sido parada) necessitando intervir com massagem para retornar(eu não ficaria esperando ele despertar por conta própria). Às vezes passa horas para se recompor e se levantar novamente chegando a urinar no episódio. Semana passada(a primeira de setembro) ele voltou a ter síncope. Por 2 vezes no mesmo dia, a primeira ocorreu às 4h 30 da manhã,ele dormindo, com um tempo de 8h cravados a partir do momento em que tomou a medicação que foi às 20h do dia anterior. Fiz a regra de 3 e imaginei que a próxima ocorreria entre 16h/17h já que ele voltou a ser medicado de 8h da manhã. Tiro certeiro, pois ocorreu como previsto. Aumentamos a dose do pimobendan para 1 cápsula e meia por turno, o que dá 2,5+1,25 até que ele seja reavaliado próxima semana(12/09) e felizmente ele não teve mais. Fora isso, ele toma furolisin 20mg, 5mg diário de benazepril e espironolactona (3/4 de 25mg em comprimido). Parece que o organismo dele se adequa à medida que o tempo passa. Temo que chegue a um ponto de saturação de dose/consequência dos efeitos colateriais(felizmente ele n demonstra nenhum) de tanta medicação. Tedo da furosemida diariamente. Quando ele não toma as medicações é certo que haverá uma crise. Já é uma relação direta estabelecida. Gostaria de saber se a abordagem padrão se restringe a esta ou se ainda há opções/tratamentos/medicações concomitantes que possam ser utilizadas para lidar com o quadro clínico/cardíaco dele, ou ainda aliviar esse carga do combo que ele já toma? VHS: 11,7 vért. torác. EL: 6,2 vértebras. EC: 5,5 vértebras. Parabéns pela iniciativa e conteúdo!
Oi Renato, tdo bem? Tbm tenho um dog cardiopata, ela tem 10 anos e descobrimos em janeiro/23 por conta das tosses, no inicio do tratamento as tosses pararam, agora voltou, seu dog mesmo com o tratamento tbm tosse?
@@silvanasilva8226 :( Meu filho se foi há umas 2 semanas. Acho q conseguimos prolongar a vida dele por uns 3 anos sem q fosse muito sofrível apesar do tanto de remédios q ele tomava. Em relação aos desmaios, descobrimos que na verdade ele tbm estava tendo convulsões(atípica, sem ficar tremendo involuntariamente). Era tipo um desmaio no qual ele se esticava todo e às vezes dava um grito fino. Ficava meio debilitado e voltava ao normal depois de um tempo, mas praticamente cessaram as crises quando passamos a medicá-lo. O cardio achou os "desmaios" frequentes incompatíveis com o quadro clínico dele e encaminhou a um neuro que constatou convulsão/epilepsia. Nesse longo tempo eu pude perceber algumas particularidades no tratamento. Lia artigos e sempre me informava para saber como tratar melhor. Ele tomava furosemida, espironolactona, benazepril e pimobendan (todos calculados de acordo com o peso). Teve um momento que manipulamos todos na mesma cápsula e foi visível a piora. Não sei se interagiam, mas era uma farmácia conhecida. Desde então passei a fazer todos de maneira isolada e tive melhor resultado na saúde dele. O peso é muito importante no ajuste de dose e a maneira que você aplica também. Sempre q havia um reajuste era um perrengue porque demorava um pouco para que ele se adaptasse. Meu cão era difícil e em alguns momentos eu dava um pouco mais do q a dose prescrita porque havia perda durante a administração. Por exemplo, o pó de uma capsula manipulada solto na comida ñ tem a mesma absorção caso fosse ingerida e ele nem sempre comia td. Daí eu fazia uma e meia. Infelizmente era uma luta diária e sempre de olho em como ele estava. Aumento de tosse, por exemplo, pode significar que ele esteja "encharcadinho" e necessite de um reajuste ou dose de ataque de furosemida para ajudar a drenar. Um rx de tórax nestes casos ajudaria a entender. Numa crise pesada em q precisou ser internado o meu estava com um edema pulmonar considerável. São mtas nuances e ao longo do tempo me deparei com várias ao ponto de identificar o que estava pesando naquele momento para que ele estivesse do jeito que estava. Sempre consulte um veterinário. Estas são experiências pessoais minhas q talvez possam lhe ajudar, mas ficar atento pra agir rápido é o melhor remédio. Se ele estiver desconfortável pra respirar mesmo fazendo as medicações não espere 3 dias até que piore de vez. Mts vezes eu colocava a guia nele e deixava solto para que ficasse mais quietinho pq ele pensava q estava de castigo e assim fazia menos esforço. São táticas q a gente desenvolve com o tempo. Espero q fique td certo e q vc encontre um equilíbrio no tratamento do seu pq sei o qt mexe c a gente saber q eles não estão bem de saúde, mas dá pra fornecer uma boa qualidade de vida com alguns ajustes. Espero q lhe ajude.
@@danlaurindosc possa ser q ele precise de um reajuste de dose baseado no peso. Eu tbm recomendaria não manipular tudo junto. Minha experiência foi negativa e voltei a dar os remédios isoladamente (furosemida, espironolactona, benazepril e pimobendan) tendo assim melhores resultados. Talvez o seu n faça uso de todos estes, mas qd a tosse apertava era sinal q precisava reajustar a dose. Na resposta para a silvana acima eu falei algumas coisas q tvz possam lhe ser úteis tbm. Dependendo da maneira como administramos, pode ser q a absorção não seja das melhores, então eu às vezes fazia um pouco mais do q o prescrito (principalmente q era pó vindo de cápsulas e eu tinha q soltar sobre a comida, misturar). Na maioria das vezes, a tosse significava q eu precisava reajustar a dose. Como citei acima, às vezes o desconforto vem porque ele tá "encharcado" e o veterinário através de um rx de tórax ou ultrassom poderá dar um panorama mais adequado no caso de uma situação de crise. Não o deixe desconfortável, além de como você o conhece normalmente, por vários dias. Msm q esteja sendo medicado corretamente pode ser q ele esteja precisando de uma atenção especial em termos de medicamentos naquele momento de crise (normalmente eles fazem um "ataque", dose maior, de furosemida para estabilizar, mas pode haver o uso de outras drogas). Não deixar q fique em crise é muito mais eficaz e inteligente. Ao perceber q a instabilidade perdura e não parece melhorar, tente antecipar os cuidados necessários e fique observando como ele reage. Agora, ao longo do tempo, é inevitável q ele vá ficando menos disposto. O meu, ñ fosse isso, acho q viveria bastante ainda (ótimo vigor físico pra idade e espertinho). Procure investir nas suplementações com omêga 3/6, outros com condroitina/glucosamina ajudam bastante também. Mta saúde pra ele!
Ola boa noite! Em qual estágio há o risco de desenvolver Tep (tromboembolismo pulmonar) ? Outra dúvida: a partir de qual estágio se começa a medicar? Um paciente em B2 precisa esperar chegar em C para começar a tomar medicação? Ou estando em B1 ou B2 com o coração ali no limite, sabendo que provavelmente poderá progredir a doença, poderia por prevenção a medicar em B1 ou B2?
Que legal esse tipo de conteúdo da maneira que você faz nesse estilo de apresentação e com clareza. Meu cachorro(poodle de pequeno porte, 14 anos em janeiro) é cardiopata e sofremos bastante com ele. O átrio esquerdo é imenso com remodelamento, dá pra sentir o sopro com as mãos, tem a degeneração da mitral, congestão, tosse(pouco incômoda), a insuficiência cardíaca e está em grau 3 já. Clinicamente ele é uma criança, vigoroso (quer correr a casa toda quando volta de um passeio, pula, parece um coelho). Precisamos controlar a alegria dele. Teve o primeiro episódio em março de 2021(estamos em setembro de 2022). Apesar dos ecos(último em junho/2022) não terem apresentado evolução significativa das câmaras e valva, ele necessitou fazer a manutenção da dose do pimobendan em junho 2022 (saímos de 2,5 ao dia para 5 mg por dia em 2 doses de 2,5). Em junho ele voltou a ter síncope(penso que pode ter sido parada) necessitando intervir com massagem para retornar(eu não ficaria esperando ele despertar por conta própria). Às vezes passa horas para se recompor e se levantar novamente chegando a urinar no episódio. Semana passada(a primeira de setembro) ele voltou a ter síncope. Por 2 vezes no mesmo dia, a primeira ocorreu às 4h 30 da manhã,ele dormindo, com um tempo de 8h cravados a partir do momento em que tomou a medicação que foi às 20h do dia anterior. Fiz a regra de 3 e imaginei que a próxima ocorreria entre 16h/17h já que ele voltou a ser medicado de 8h da manhã. Tiro certeiro, pois ocorreu como previsto. Aumentamos a dose do pimobendan para 1 cápsula e meia por turno, o que dá 2,5+1,25 até que ele seja reavaliado próxima semana(12/09) e felizmente ele não teve mais. Fora isso, ele toma furolisin 20mg, 5mg diário de benazepril e espironolactona (3/4 de 25mg em comprimido). Parece que o organismo dele se adequa à medida que o tempo passa. Temo que chegue a um ponto de saturação de dose/consequência dos efeitos colateriais(felizmente ele n demonstra nenhum) de tanta medicação. Tedo da furosemida diariamente. Quando ele não toma as medicações é certo que haverá uma crise. Já é uma relação direta estabelecida. Gostaria de saber se a abordagem padrão se restringe a esta ou se ainda há opções/tratamentos/medicações concomitantes que possam ser utilizadas para lidar com o quadro clínico/cardíaco dele, ou ainda aliviar esse carga do combo que ele já toma?
VHS: 11,7 vért. torác. EL: 6,2 vértebras. EC: 5,5 vértebras.
Parabéns pela iniciativa e conteúdo!
Minha cachorrinha está com esse problema também, tem 12 anos e começou a ter desmaios😢
Oi Renato, tdo bem? Tbm tenho um dog cardiopata, ela tem 10 anos e descobrimos em janeiro/23 por conta das tosses, no inicio do tratamento as tosses pararam, agora voltou, seu dog mesmo com o tratamento tbm tosse?
A minha mesmo com tratamento tosse muito
@@silvanasilva8226 :( Meu filho se foi há umas 2 semanas. Acho q conseguimos prolongar a vida dele por uns 3 anos sem q fosse muito sofrível apesar do tanto de remédios q ele tomava. Em relação aos desmaios, descobrimos que na verdade ele tbm estava tendo convulsões(atípica, sem ficar tremendo involuntariamente). Era tipo um desmaio no qual ele se esticava todo e às vezes dava um grito fino. Ficava meio debilitado e voltava ao normal depois de um tempo, mas praticamente cessaram as crises quando passamos a medicá-lo. O cardio achou os "desmaios" frequentes incompatíveis com o quadro clínico dele e encaminhou a um neuro que constatou convulsão/epilepsia. Nesse longo tempo eu pude perceber algumas particularidades no tratamento. Lia artigos e sempre me informava para saber como tratar melhor. Ele tomava furosemida, espironolactona, benazepril e pimobendan (todos calculados de acordo com o peso). Teve um momento que manipulamos todos na mesma cápsula e foi visível a piora. Não sei se interagiam, mas era uma farmácia conhecida. Desde então passei a fazer todos de maneira isolada e tive melhor resultado na saúde dele. O peso é muito importante no ajuste de dose e a maneira que você aplica também. Sempre q havia um reajuste era um perrengue porque demorava um pouco para que ele se adaptasse. Meu cão era difícil e em alguns momentos eu dava um pouco mais do q a dose prescrita porque havia perda durante a administração. Por exemplo, o pó de uma capsula manipulada solto na comida ñ tem a mesma absorção caso fosse ingerida e ele nem sempre comia td. Daí eu fazia uma e meia. Infelizmente era uma luta diária e sempre de olho em como ele estava. Aumento de tosse, por exemplo, pode significar que ele esteja "encharcadinho" e necessite de um reajuste ou dose de ataque de furosemida para ajudar a drenar. Um rx de tórax nestes casos ajudaria a entender. Numa crise pesada em q precisou ser internado o meu estava com um edema pulmonar considerável. São mtas nuances e ao longo do tempo me deparei com várias ao ponto de identificar o que estava pesando naquele momento para que ele estivesse do jeito que estava. Sempre consulte um veterinário. Estas são experiências pessoais minhas q talvez possam lhe ajudar, mas ficar atento pra agir rápido é o melhor remédio. Se ele estiver desconfortável pra respirar mesmo fazendo as medicações não espere 3 dias até que piore de vez. Mts vezes eu colocava a guia nele e deixava solto para que ficasse mais quietinho pq ele pensava q estava de castigo e assim fazia menos esforço. São táticas q a gente desenvolve com o tempo. Espero q fique td certo e q vc encontre um equilíbrio no tratamento do seu pq sei o qt mexe c a gente saber q eles não estão bem de saúde, mas dá pra fornecer uma boa qualidade de vida com alguns ajustes. Espero q lhe ajude.
@@danlaurindosc possa ser q ele precise de um reajuste de dose baseado no peso. Eu tbm recomendaria não manipular tudo junto. Minha experiência foi negativa e voltei a dar os remédios isoladamente (furosemida, espironolactona, benazepril e pimobendan) tendo assim melhores resultados. Talvez o seu n faça uso de todos estes, mas qd a tosse apertava era sinal q precisava reajustar a dose. Na resposta para a silvana acima eu falei algumas coisas q tvz possam lhe ser úteis tbm. Dependendo da maneira como administramos, pode ser q a absorção não seja das melhores, então eu às vezes fazia um pouco mais do q o prescrito (principalmente q era pó vindo de cápsulas e eu tinha q soltar sobre a comida, misturar). Na maioria das vezes, a tosse significava q eu precisava reajustar a dose. Como citei acima, às vezes o desconforto vem porque ele tá "encharcado" e o veterinário através de um rx de tórax ou ultrassom poderá dar um panorama mais adequado no caso de uma situação de crise. Não o deixe desconfortável, além de como você o conhece normalmente, por vários dias. Msm q esteja sendo medicado corretamente pode ser q ele esteja precisando de uma atenção especial em termos de medicamentos naquele momento de crise (normalmente eles fazem um "ataque", dose maior, de furosemida para estabilizar, mas pode haver o uso de outras drogas). Não deixar q fique em crise é muito mais eficaz e inteligente. Ao perceber q a instabilidade perdura e não parece melhorar, tente antecipar os cuidados necessários e fique observando como ele reage. Agora, ao longo do tempo, é inevitável q ele vá ficando menos disposto. O meu, ñ fosse isso, acho q viveria bastante ainda (ótimo vigor físico pra idade e espertinho). Procure investir nas suplementações com omêga 3/6, outros com condroitina/glucosamina ajudam bastante também. Mta saúde pra ele!
Olá Dra. Exite cirurgia p corrigir endocardiose de mitral e tricúspide em cães, no Brasil? Se sim, onde, pf? Obgd.
Sensacional, Dra Elizabeth
Ola boa noite! Em qual estágio há o risco de desenvolver Tep (tromboembolismo pulmonar) ? Outra dúvida: a partir de qual estágio se começa a medicar? Um paciente em B2 precisa esperar chegar em C para começar a tomar medicação? Ou estando em B1 ou B2 com o coração ali no limite, sabendo que provavelmente poderá progredir a doença, poderia por prevenção a medicar em B1 ou B2?
Nao seriam pacientes B1 que podem nunca evoluirem para C? Ao inves dos B2?
O meu morreu tomou remédio cardioco e teve hemorragia interna morreu menos de um mês de medicamentos
Doutora por favor vc pode avaliar caso do meu cachorro pelo ecocardiograma