Diabetes gestacional aumenta risco e exige acompanhamento pós-parto | DOENÇAS CRÔNICAS

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  • Опубліковано 11 вер 2024
  • Embora já atuasse no dia a dia em apoio a pessoas com diabetes, o diagnóstico em plena gravidez trouxe apreensão para a farmacêutica Ana Paula Miranda. "Quando me vi tendo que levar para casa tudo o que antes eu ensinava aos pacientes, como a insulina, foi um choque", relata.
    O diagnóstico de DMG (diabetes mellitus gestacional) veio no início do segundo trimestre de gestação. A partir daí, conta, acabou por aumentar os cuidados. Fez mudanças na alimentação, adotou controle da glicemia e passou a usar insulina após indicação médica.
    "Depois que meu filho nasceu, a alteração passou. Até que, depois de três anos, veio o diagnóstico de diabetes tipo 2."
    Casos como o de Ana Paula têm sido comuns e levado mais médicos a buscarem informações de pacientes sobre o histórico da gestação. Isso ocorre devido ao risco maior, já demonstrado em estudos, de que parte das mulheres com diabetes gestacional desenvolva a doença de forma crônica -como o diabetes tipo 2- nos anos seguintes ao parto.
    "O diabetes gestacional é o segundo fator de risco mais importante para desenvolver diabetes tipo 2. Só não é maior do que da obesidade grave. E esse risco aumenta de sete a oito vezes comparado com mulheres que não tiveram diabetes gestacional", diz Maria Inês Schmidt, professora da faculdade de Medicina da UFRGS e que pesquisa o tema.
    Teoricamente, o diabetes gestacional não é uma doença crônica. "Mas é uma população de muito alto risco para isso", explica Patrícia Dualib, coordenadora do departamento de diabetes gestacional da Sociedade Brasileira de Diabetes. "Sabemos que, das mulheres com diabetes gestacional, 50% vão estar diabéticas cinco anos depois."
    Atualmente, a prevalência de diabetes gestacional no país é estimada em cerca de 18%, ou uma a cada seis gestações, taxa que cresceu nos últimos anos.
    Dados do Ministério da Saúde também mostram aumento nos registros de internações relacionadas ao DMG no país -de 27.594, em 2018, para 46.508, em 2022.
    Especialistas atribuem o aumento na prevalência a diferentes fatores. O primeiro deles é uma mudança no critério de diagnóstico, o qual se tornou mais amplo em 2017 e passou a ser absorvido com mais força nos anos recentes.
    Outro é uma melhoria no acompanhamento, com aumento no número de consultas de pré-natal realizadas no SUS e, também, no registro de pacientes atendidas.
    O terceiro e o quarto aspectos são o aumento na idade materna ao engravidar e o avanço da obesidade no país -este último fator de risco para diabetes em geral, o que inclui também um de seus tipos: o gestacional.
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