Um minuto de silêncio por Rafael da Silva Cunha

No dia 13 de setembro, meu filho Rafael completaria 37 anos. Entretanto, ele foi morto há quase 20 anos pelo braço armado do Estado. Ao longo da minha militância, inúmeras vezes fui chamada de "mãe de bandido". Entretanto, eu falei para ele, em seu túmulo, que iria levar seu nome pelo mundo na luta contra o racismo estrutural, responsável direto pela sua morte e motivo de dor e sofrimento para inúmeras mulheres como eu. Agradeço demais à minha xará, minha querida colega de bancada de PSOL, vereadora Monica Benício. No plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ela solicitou um minuto de silêncio em homenagem a Rafael da Silva Cunha, nome que eu escolhi e que o Estado tentou alterar, substituir por um número. Viúva da também amada Marielle, Monica entende que a incompletude dessa perda é eterna. Entretanto, juntas, por amor e por justiça aos nossos e nossas, vamos diminuir a dor do mundo.
Marielle, presente!
Rafael, presente!