"Resgatamos a bandeira" afirma Nei Lopes em homenagem do Ipeafro em evento no Rio de Janeiro

Toda homenagem a Nei Lopes é pouca. Ainda assim, nós, do Ipeafro, sempre que podemos, insistimos em fazê-la para reverenciar em vida o grande mestre que prefere não ser chamado de griot: há muitas incertezas sobre a origem da plavra. Essa foi uma das inúmeras sentenças proferidas pelo sábio do Irajá na manhã deste primeiro de novembro de 2022, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), zona portuária do Rio de Janeiro, na região conhecida por Pequena África. Nei participou de um evento organizado pela Festa Literária das Periferias, a Flup, em homenagem ao centenário de Lima Barreto. A curadoria foi de Ângélica Ferrarez. Na mesa em torno do livro “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, Nei Lopes compartilhou de histórias pessoais que dialogavam com as do personagem principal do livro de Lima Barreto.
Outro participante da mesa, o artista Altay Veloso apresentou memórias de um artista de longa trajetória que luta até hoje contra o racismo e mesmo assim, aos 73 anos, sorri e faz sorrir. A jornalista Maju Coutinho mediou o papo com a segurança e conhecimento que lhe fazem uma das jornalistas mais respeitadas deste país. A artista plástico e empreendedora Dayse Gomes representou o Ipeafro e a memória de Abdias Nascimento: a ela coube a missão de fazer chegar às mãos de Nei Lopes as edições dos catálogos da exposição A Memória é Uma Invenção, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Abdias Nascimento, um artista pan-amefricano, no Masp e um abraço da família Ipeafro. Ao receber a bolsa que traz a pintura de Okê Oxóssi, de Abdias Nascimento, feita no exílio à Ditadura Militar, em 1970, Nei bradou: recuperamos a bandeira!
Foi aplaudido por tod@s!
Texto e imagens: ‪@juliomenezessilva7351‬​