SAÚDE MENTAL NA ESCOLA E NA UNIVERSIDADE | Louie Ponto

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  • Опубліковано 18 січ 2025
  • Alô, gente! 2018, pra mim, pode ser resumido em saúde mental e universidade, porque esse foi um ano muito difícil. Passei os últimos anos envolvida com minha dissertação e todo esse processo intensificou minha ansiedade a ponto de ter crises durante o ano inteiro. Decidi, então, gravar esse vídeo sobre saúde mental na universidade (e na escola também) porque esse debate é muito urgente.
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    Vídeo do Murilo (Muro Pequeno) sobre saúde mental na universidade:
    • SAÚDE MENTAL NA UNIVER...
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КОМЕНТАРІ • 756

  • @annapriscilla3151
    @annapriscilla3151 6 років тому +586

    me vi todinha nesse vídeo. estudo arquitetura e esse semestre cheguei a passar mais de 30 horas sem dormir por conta das entregas dos trabalhos terem sido todas na mesma semana. me vi sentada segurando a cabeça e pensando “de qual matéria eu vou desistir pra dar conta das outras”. abri mão de diversos momentos com a minha família, com os meus amigos e momentos meus em que eu fazia coisas que gostava e me sentia bem. sempre com essa cobrança de que não vai dar tempo, que não vou dar conta e não vou conseguir me formar, e a culpa que vinha quando eu não tava me dedicando aos trabalhos da faculdade porque tava descansando ou dormindo. me peguei dizendo a seguinte frase pra minha mãe depois de quase 24hrs sem dormir: “eu não posso dormir porque não posso perder tempo”, ela me obrigou a desligar o computador e me mandou pra cama pra descansar, eu só sentei e chorei porque não era só cansaço físico de quase um dia sentada na mesma posição, era também emocional por conta de problemas com pessoas da faculdade, era mental porque eu não produzia nada direito mais. terminei o semestre pensando em trancar a matrícula na última semana de aula, e ainda não sei como vai ser ano que vem

    • @louieponto
      @louieponto  6 років тому +104

      Anna eu me identifiquei com cada palavra. cheguei a chorar lendo seu comentário porque é bem isso! quantas vezes eu disse que não podia “perder tempo”. não poderia visitar minha vó pra não perder tempo. não dormia, não comia direito, não saía de casa pra não perder tempo. e quando fazia essas coisas, quando descansava um pouco, me sentia extremamente culpada e minha cabeça nunca desligava.

    • @hosanafernandes2433
      @hosanafernandes2433 6 років тому +44

      Arquitetura e a sua mania horrível de naturalizar e romantizar o sofrimento. Porque arquiteto de verdade não se incomoda de virar noite fazendo projeto, afinal fazer projeto é a sua vida.
      Não, não é. Não deveria ser. E ouvir professores de gerações diferentes falar isso me fez questionar diversas vezes se eu realmente gostava do curso por que eu não gosto de sofrer com isso, olha que loucura.
      Tenho uma professora que acha o máximo já ter ido parar no hospital várias vezes pra terminar coisas e ficava encurtindo essa ideia na nossa turma, outros professores que diziam que nunca precisavam virar porque "já eram bons", e você ali no meio tentando entender onde se encaixa. E se você se encaixa.
      É um curso muito difícil, física e psicologicamente. Triste dizer que devo conhecer um ou outro estudante que não tem nenhum problema mental desencadeado pela universidade e ninguém sabe o que fazer a respeito sobre isso direito. Trabalhar com criação requer muita estrutura e como é complicado manter isso.
      Brigada pelo comentário 100% identificável Anna e pelo vídeo maravilhoso, Louie. ❤

    • @filomenamehendi
      @filomenamehendi 6 років тому +10

      Sei tão bem o que é esse sentimento. Eu fiz o meu curso estudando e trabalhando e eu só dormia 5 horas por noite. Eu não almoçava quase, para poder ter tempo de fazer tudo e conseguir frequentar as aulas. Foi demais. Muita força para o próximo ano.

    • @frankwillams6529
      @frankwillams6529 6 років тому +7

      Faço interiores, imagina ver tudo por cima por conta do tempo curto da graduação e os professores exigirem projetos totalmente desproporcionais, em uma semanas entreguei 1 projeto de uma biblioteca + seminário (banner, slide), 1 Apto 60m²( 2 salas, varanda, cozinha, 2 quartos e 2 banheiros) , 1 maquete de mobiliário, 6 pranchas de perspectivas, fora a loucura pra aprender CAD em 2 meses...

    • @barbarabrum1609
      @barbarabrum1609 6 років тому +2

      identifiquei muito

  • @amandaacdearaujo2609
    @amandaacdearaujo2609 6 років тому +476

    “concluir o ensino médio é um privilégio”. sim, o que deveria ser um direito acaba se tornando um privilégio. incrível.

    • @KFSSantos
      @KFSSantos 6 років тому +5

      Incrível e triste. 😔

    • @manuelsilva7596
      @manuelsilva7596 6 років тому +7

      E ainda tem pessoas que dizem que educação é um serviço,e não um direito....

  • @deborajaine
    @deborajaine 6 років тому +184

    A universidade acaba conosco e ninguém percebe... E o pior, não temos nenhum tipo de assistência.

    • @OliveiraLice
      @OliveiraLice 6 років тому +18

      E as vezes quando rola a assistência ela é extremamente falha e podemos nos sentir piores ainda 😣

    • @barbarabrum1609
      @barbarabrum1609 6 років тому +13

      as pessoas acham q reclamamos atoa, que é frescura, q se é o nosso sonho nao devíamos estar assim

    • @OliveiraLice
      @OliveiraLice 6 років тому +5

      @@barbarabrum1609 sim. Muito real isso. Mas esquecem do desgaste gigante q é. Não é pq é o que sonhamos q se torna menos pesado. A gente gosta sim, mas toda a estrutura ferra nossa cabeça

    • @Dumauful
      @Dumauful 4 роки тому +3

      Eu sofri muito na Universidade. Foi a fase mais dificil da minha vida e isso abalou muito minha saúde mental. Eu fiquei traumatizado, foi horrivel, mas graças a Deus eu me formei.

    • @clovisantonio5760
      @clovisantonio5760 2 роки тому

      Escrevi sobre isso no Facebook ontem e fui chamado de fraco, frustrado , vitimista.
      Muitas pessoas reforçam um modelo de perversidade.

  • @nathasharatts
    @nathasharatts 6 років тому +197

    As gatinhas da Louie são os easter eggs do canal, todo vídeo tem uma escondida hahahahaha Muito amor

  • @pietram.9628
    @pietram.9628 6 років тому +81

    Esse video é muito muito real. Quando eu saí do ensino médio eu amava ler - e eu lia romances leves, queridos e tranquilos. Me lembro que quando eu entrei na universidade eu comecei a sentir que eu não podia ler o que eu gostava, que era "bobo" e que eu devia ler Dostoiévski e Nietzsche por prazer. Demorei muito muito tempo pra começar a desconstruir isso, e até hoje a minha relação com a leitura não é mais a mesma, porque ela vem carregada dessas expectativas academicistas :(

    • @louieponto
      @louieponto  6 років тому +24

      ISSO É TÃO REAL!! sem contar que, no meu caso, a quantidade de leitura teórica era tão grande que eu não tinha mais tempo pra ler literatura (e eu fiz letras).

    • @rssmntr
      @rssmntr 6 років тому +7

      Meu Deus... sim! Uma vez ouvi uma professora de quem gosto muito falando "Ai é tão bom quando não tenho que ler artigos/revistas científicas pra dar aula e aí posso ler os artigos/revistas que eu QUERO".
      Fiz silêncio e só consegui pensar "Devo estar no contexto errado porque até agora eu nunca QUIS ler um artigo ou revista por motivo algum..." e fico nessa também: qualquer outra leitura me faz sentir culpada por estar perdendo tempo e oportunidade pra me aprimorar na "minha área de conhecimento".
      Ah meu Deus, estamos doentes. :(

  • @andressaavelino2795
    @andressaavelino2795 6 років тому +212

    Meu 2018 foi uma coisa muito bizarra, as vezes eu nem sei como ainda estou viva.
    Tenho 23 anos, estou cursando um segundo curso, nada haver com o primeiro... Era pra ser um sonho sendo realizado, mas as vezes eu acho que é um pesadelo.
    Cai no meu sonho de paraquedas, sem estruturas psicológicas para viver ele... Terminei o primeiro curso em outubro de 2017 e veio as cobranças de pessoas que pareciam só querer o mal pra mim, cadê não arrumou trabalho ainda? Não vai sair? Já tá na hora de sair de casa... Eu estava estudando para concurso, pq eu tinha uma meta de conversar com a minha família sobre a minha orientação sexual, só quando estivesse a condição de pagar minhas contas.
    Infelizmente, nem cheguei a fazer a prova do concurso...
    Dia 07/01/2018, surgiu a pergunta por parte da minha mãe, "você é o que? Não te vejo com namorados, só com essa amizades erradas, tudo gay e sapatão"
    E foi ali que eu contei pra ela que eu era lésbica e toda a minha vida virou de cabeça para baixo, minha mãe surtou, falou em suicídio, entrou em depressão e todos os dias até o dia 18/02/2018 eu escutei absurdos... Meu pai não era contra mim, não também não era a favor, meu irmão queria que eu resolvesse minha vida, de uma hora pra outra, a pressão só aumentava.
    O meu primeiro curso eu fiz, pq de todos ao meu alcance financeiro na época, foi o que mais me agradou, porém não era o que eu sonhava.
    Acabei com toda a pressão saindo de casa e indo morar em Brasília, os meus pais financeiramente nunca me abandonaram e acabei entrando em uma faculdade, estou indo para o 3° semestre de fisioterapia, que era o curso que eu sempre sonhei. A pressão ainda existe, "arruma um emprego pq eu não vou mais mandar dinheiro" "eu nunca vou aceitar esse seu jeito" " já está na idade de não depende mais do seus país" "outro curso" "mas logo Fisioterapia" "não gostei dessa foto, tá muito masculina" "vc vai me matar" "não quero saber de você em cinema"
    E eu nem faço nada, pra ninguém levar como provocação, evito conhecer pessoas, pra não me apaixonar e mágoa minha Mãe, professores que acham que só eles passaram trabalhos, muita matéria pra uma prova e toda a vida de um acadêmico....
    As vezes tem dia que dá vontade de desisti de tudo e sumi no mundo, sem medo de conhecer pessoas, sem medo de que minha mãe poça fazer uma besteira, só sem medo!
    Esse meu comentário deve tá bem confuso, mas eu estou bem confusa com relação a vida tbm.
    E acredite Louie, se tudo isso fosse antes do seu canal eu estava maluca ou morta hj em dia, eu sou grata pela força que alguns dos seus vídeos me deram, pra que eu pudesse acreditar... Sei que tenho muito pra lutar, mas se eu tô aqui é pq de alguma forma, vc e outras UA-camrs estiveram na minha vida, quando eu não tinha resposta eu acreditava que eu era um erro.

    • @andressaavelino2795
      @andressaavelino2795 6 років тому

      Disse disse e fugi do contexto do vídeo.... Desculpa!

    • @tigelinhagamer
      @tigelinhagamer 6 років тому +17

      @@andressaavelino2795 Não se culpe moça, por mais que seu comentário possa ter fugido do contexto do vídeo em algum momento (coisa que eu sinceramente não acho) ele serve como forma de retratar o que muitos de vcs sentem e abrir a mente das pessoas que consideram isto frescura, enfim lhe desejo forças pra este momento difícil da sua vida.

    • @sususnandes
      @sususnandes 6 років тому +9

      Um desabafo necessário, força mana, e se precisar de um amigo em BSB, só chamar :)

    • @vina205
      @vina205 6 років тому +3

      Nossa imagino tamanho do seu sofrimento, q tamanha violência dos seus pais com vc, vc vai conseguir passar por td isso e se tornar uma pessoa mais forte! Força!! 💪

    • @stankiewicz1992
      @stankiewicz1992 6 років тому +10

      Menina! Eu to na mesma vibe que vc! Mas a diferença é que me afastei da familia...Eu nao ligo pra eles e eles tbem nao ligam pra mim.....Arrumei formas de me manter financeiramente sozinho....Uma vida mais frugal, simples, mas mais livre! E acredite: dá super certo sim! Atualmente vivo de bolsas da faculdade + estagio + bicos de garçom e atendente de food truck nesses festivais que tem de vez em quando.....Meus móveis são reciclados, como no RU e tá super de boas! Kkkkk.......Tenta mandar sua familia cagar! Laços sanguíneos são uma escolha, e não uma obrigação ou um peso! 😊

  • @jaquelinefonseca251
    @jaquelinefonseca251 6 років тому +78

    Tive de produzir 9 artigos esse ano, além de um projeto. A carga excessiva de leituras das disciplinas não permitiram que eu me dedicasse as leituras do meu trabalho de dissertação. Resultado: leituras atrasadas, nada escrito, desespero e medo de não ter material suficiente pra qualificar, tudo isso acompanhado de frustrações por injustiças e ameaças dentro do programa de mestrado! Tá foda!

    • @viniciusdasilva5986
      @viniciusdasilva5986 6 років тому +5

      E ainda tem sempre um professor ou colega de turma insinuando que você deveria se esforçar mais. É pesado!

  • @letycia7649
    @letycia7649 6 років тому +78

    eu já parei pra pensar inúmeras vezes sobre algumas atitudes de professores que realmente me fizeram muito mal e eu nunca consegui reclamar disso com alguém porque eu sempre achei que fosse drama ou frescura minha e ouvindo o seu relato sobre esse episódio na direção da escola eu realmente estou sentindo como se eu pudesse falar sobre isso agora como se minhas queixas fossem válidas

  • @eloaotrenti1
    @eloaotrenti1 6 років тому +55

    Eu sorri de amor quando você falou que defendeu. Sei como isso é importante e demora um tempinho pra gente conseguir falar. Parabéns

  • @loonadeukae
    @loonadeukae 6 років тому +64

    Parabéns, Louie. É muito legal ver que você chegou lá, nós aqui acompanhamos um pouco da tua luta com essa dissertação, então é muito bom ver que você conseguiu.
    Esse vídeo é EXTREMAMENTE NECESSÁRIO, falar sobre isso é muito importante. Todas essas situações são tão sufocantes. É triste ver que quando você tenta se dar um minuto pra respirar, sair um pouco, você se sente culpado pois enquanto você está fazendo isso, devia estar escrevendo seus trabalhos. É tão desumano, então continuem falando sobre isso.
    Outra coisa: ESSA VINHETA É A COISA MAIS GOSTOSA DO MUNDO.

  • @OlivrodavezporDavidThomas
    @OlivrodavezporDavidThomas 6 років тому +38

    Eu fiz Letras assim como vc e até hj não entendo como um curso tão lindo forma pessoas tão medíocres como alguns professores que eu tive. Eu por exemplo trabalhava e fazia faculdade ao mesmo tempo, me dedicava aos trabalhos, lia pelo menos 90% de todos os livros exigidos (quando não lia não era pq não encontrava tempo e sim por falta de money), no fim do primeiro ano já tinha todas as horas de atividades complementares concluídas e mesmo assim parecia que os professores faziam questão de sugar ao máximo as energias. Não me queixo daquele professor que tenta fazer de td para vc dar o seu melhor, mas sim daquele que fica claro que o objetivo não é esse e sim fazer com que o aluno não consiga realizar td que foi proposto. Realmente é um ambiente muito tóxico. Interessante q aquilo que por muitos anos foi um sonho, na prática se tornou um pesadelo.

    • @Vanessa.Cavalcante
      @Vanessa.Cavalcante 6 років тому +3

      Tô fazendo Letras e já no primeiro período foi um desgaste. Eu amo literatura, mas comecei a odiar por causa dos exageros de um professor, de ser o único que faz QUATRO avaliações. Para piorar estudei com ele no segundo período, e não satisfeito com a tortura psicológica, enfiou o livro "Fim" de Fernanda Torres para fazer a primeira parte da primeira avaliação dele, e entregar MANUSCRITO. Foram quatro laudas e foi "pouco", pq teve gente que passou dessa quantidade e tirou 10. Ele sempre avaliou pela quantidade e não pela qualidade. Nunca consegui tirar um 10 com ele, e odiava quando ele dizia "tirem o final de semana para lerem os textos". Textos, muitos textos para reescrever o Velho Testamento nas provas dele. E pior, ele vai dar aula de prática de literatura no sexto período e dizem que é pior ainda em ser exigente.
      Tô quase saindo da Rural por causa dele.

    • @OlivrodavezporDavidThomas
      @OlivrodavezporDavidThomas 6 років тому +1

      @@Vanessa.Cavalcante Amiga, durante a minha graduação eu tive cada professor que só por Deus! Tinha uma de literatura portuguesa que mandava nós resenharmos alguns livros, mas vc tinha que escrever o que ela queria ouvir e se não fosse isso não estava certo; tinha uma outra de Didática que não gostava de mim pq era gay e a sala inteira percebia isso e tinha que me matar para fazer td 100% para ela não me deixar de exame; tinha um outro de estudos culturais que achava que td mundo tinha que ser ateu, gostar das coisas que ele gostava, pois se não fosse como ele algo de muito errado havia em vc e fora um outro que só não deixava as mulheres de exame, final de semestre era todas as garotas da sala dando sorrisinho na mesa dele e na semana seguinte era todos os homens fazendo exame por erros que nem ele muitas vezes acredita que estava levando em consideração. Mesmo assim nunca peguei uma DP com muito orgulho, mas fazer faculdade e ter que ficar mais preocupado se o professor vai gostar de vc ou não doq com a própria prova em si é algo extremamente lamentável. Exemplo de profissionais que não quero ser!

  • @julianacosta2525
    @julianacosta2525 6 років тому +36

    Eu me identifico muito com o ciclo "fico ansiosa-procastino-fico mais ansiosa e me sinto culpada por procastinar" mesmo estando no ensino médio (na verdade, eu passei pro segundo ano) e me sinto bastante pressionada porque 1) graças a boas notas e um concurso de bolsas, eu estudo num colégio de elite e, diferente dos meus colegas, ingressar numa universidade pública não é uma opção pra mim
    2) graças (novamente) ás minhas boas notas, minha família me considera uma criatura bastante inteligente e acaba que eu tenho que lidar com as expectativas de todos em mim sendo que eu mesma me pressiono demais - o que só piora tudo.

    • @lidiafreitas4676
      @lidiafreitas4676 6 років тому +2

      Nossa, me identifiquei! Minha família também cria bastante expectativa em mim, pois eu sempre fui a aluna mais esforçada e que tira as melhores notas em todo colégio... vou fazer o terceiro ano em 2019 e fico um tanto preocupada quanto ao enem. Fazer essa prova, com certeza não é a mesma coisa de provas escolares. Todo mundo põe muita expectativa em cima de mim, meus pais pagaram o melhor plano do cursinho online 😪, espero que eu possa usar todo meu conhecimento na prova de 2019 e que eu não os decepcione 😞😞

    • @helenaguaresiportela6163
      @helenaguaresiportela6163 6 років тому +1

      Aí meu deus! Siim. Me identifico mto com vc pq tbm sempre tiro as melhores notas e além das expectativas da minha família e amigos, tem as minhas. Eu me exigo de mais e se eu não tiro uma nota boa eu me sinto terrível, como se eu fosse resumida a um número! Isso eh horrível!

  • @danialmeida8150
    @danialmeida8150 6 років тому +48

    Parabéns, Louie! Também sou formada em Letras e mestranda em Literatura. Estou às vésperas do exame de qualificação e estou começando a sofrer de ansiedade. Na última semana (na qual eu reduzi o ritmo de leituras para aproveitar as festas de fim de ano), todos os dias, tenho sonhado com algo relacionado ao Mestrado. É sempre com alguma coisa não dando certo, como não conseguir qualificar, perder a bolsa, ouvir um sermão da orientadora... Sempre que vou dormir penso: "Tomara que eu não sonhe com o Mestrado". Não quero que este momento acadêmico/profissional prejudique a minha vida. Preciso me fortalecer mentalmente para que eu sofra o menos possível e que no fim dê tudo certo. Desculpa pelo desabafo. Gratidão pelo vídeo, de verdade! Um feliz 2019 para você.

    • @louieponto
      @louieponto  6 років тому +4

      Senhorita D. eu também sempre sonhava com o mestrado e nunca era uma coisa boa. teve um momento, mais perto da defesa, em que eu nem conseguia dormir porque minha cabeça não desligava. fique bem e priorize sua saúde! vai dar tudo certo! 💛

  • @marilane2419
    @marilane2419 6 років тому +29

    Oi Louie, eu estou no olho do furacão, tentando acabar minha tese, mas queria te mandar um abraço virtual de parabéns e te agradecer por tudo o que você compartilha no canal. Abracinho e até o ano que vem

  • @Duda-ng2yo
    @Duda-ng2yo 6 років тому +108

    Não acredito que vou ter que esperar UM ANO para o próximo vídeo.

    • @MrRegina785
      @MrRegina785 6 років тому

      Como assim?!

    • @Duda-ng2yo
      @Duda-ng2yo 6 років тому +4

      Ms. Rê. #RedeProgressista porque o próximo só vai sair ano que vem rsrs

    • @cidafialho2474
      @cidafialho2474 6 років тому

      @@Duda-ng2yo mas pq só vai ser daqui há um ano?

    • @karlatmachado
      @karlatmachado 6 років тому

      Hahahahahhahh

  • @nataliafernandes5480
    @nataliafernandes5480 6 років тому +55

    Louie, te admiro demais demais demais. Tanto pela pessoa que vc demonstra ser através de suas ideias, quanto pela sua postura perante aos assuntos que vc se posiciona.
    Obrigada pelos vídeos nesse ano ❤

  • @wallsg
    @wallsg 6 років тому +20

    Eu acabei de me formar esse fim de ano e sempre falava sobre isso com meus amigos. Acho que uma boa parte desse problema, na faculdade principalmente, é cultural. Você comentou aí que os professores parecem querer exclusividade dos alunos com a sua matéria, por exemplo. Eu acho que muito também decorre disso, de um professor aparentemente esquecer que os alunos fazem outras matérias. E nisso, os alunos ficam sobrecarregados com muita coisa ao mesmo tempo. Eu não sei qual seria a solução, talvez algum mecanismo de comunicação entre os professores, onde um professor para submeter um trabalho a uma turma tenha que consultar e ver a disponibilidade de prazo de acordo com os trabalhos passados por outros professores. Acho que já temos tecnologia para isso. Eu sofri muito com a demanda. Felizmente eu pude deixar de trabalhar durante o TCC, porque com certeza não teria conseguido do contrário.

  • @priscilasouza7097
    @priscilasouza7097 6 років тому +7

    Me sentir abraçada neste vídeo, sério. Eu estava precisando de um acolhimento como esse. Esta semana me senti culpada e fracassada por está doente mentalmente e fisicamente. Após a entrega de todos os relatórios finais, meu corpo parou e agr estou sentindo as consequências de toda a carga que levei nesse final de semestre. Não consigo mais comer, pq toda noite eu fico mordendo os dentes, ou seja, todo estresse acumulado e ansiedade se intensificou e transformou em um distúrbio chamado bruxismo. Meu olho não para de tremer, não durmo direito e acordo assustada durante a noite. Não consigo descansar nas férias penso que tenho que estudar o que não consegui estudar no semestre. Eu não tô legal, de verdade. Mas este vídeo me ajudou a entender que não estou só.
    Isso ainda piora, quando a maioria descobri que não trabalho, só estudo, logo eles dizem que não tenho o direito de ficar doente.
    Enfim, estou começando a mudar meus hábitos para ver se consigo voltar a vida normal, com saúde.

  • @enzofrizzo6880
    @enzofrizzo6880 6 років тому +21

    Eu me identifiquei demais com esse vídeo! Faço graduação e ao mesmo tempo um projeto científico (tenho o privilégio de não ter q trabalhar...ainda). Fazer coisas que são o meu lazer me corroem, pq eu acho que estou sendo relapso e péssimo aluno por não estar me dedicando. O mais difícil é que calhou com os meus TCCs, tive/tenho várias crises de ansiedade e pânico, noites sem dormir, só pensando em prazos.

    • @louieponto
      @louieponto  6 років тому +6

      Enzo Frizzo é desumano a gente passar por isso!! eu fiquei anos me sentindo culpada quando tinha momentos de lazer, até que parei de sentir prazer com as coisas... é perigoso porque isso pode causar ansiedade e depressão, então hoje eu consigo perceber que o autocuidado é MUITO IMPORTANTE! os momentos de lazer são importantes! se cuida! 💛

  • @beatrizrpantoja
    @beatrizrpantoja 6 років тому +1

    Esse é um assunto que realmente precisa ser bem discutido, inclusive dentro da universidade. Eu curso psicologia na ufpa, e quando estava no 3 semestre que foi o pior até então um professor percebeu que a turma estava muito ansiosa e desgastada pela quantidade de trabalhos. No início do 4 semestre esse mesmo professor falou que iria montar um projeto de extensão que promovesse um grupo de encontro para universitários, e eu não só por fazer parte desse quadro mas também pelo interesse pedi para participar da elaboração do projeto. Passamos o 4 semestre inteiro estudando e elaborando como queríamos que ocorre o grupo e agora em Março de 2019 vamos iniciar os encontros na universidade. Quero dizer que é algo que me deixa muito feliz porque se não fosse esse professor olhar pra gente e ver o sofrimento e realmente agir diante disso, nada teria mudado. Agora poderemos ajudar os universitários a lidarem com a ansiedade, com a depressão, com a baixa auto estima e afins, e tentar dar base para que não desistam da graduação. É um processo e espero que consigamos. Falando um pouco sobre a minha experiência acadêmica, atualmente estou no 5 semestre, e me identifiquei muito quando a Louie falou que no primeiro dia já querem que você decore a abnt e tenha lido diversos autores. É bem isso, e só vai piorando. Eu tenho ansiedade e tenho TOC, e é bem complicado querer deixar tudo organizado e estar ansiosa o tempo todo pensando nos trabalhos que ainda faltam e afins. Muita gente ainda não consegue mensurar a importância da saúde mental em todos os âmbitos da vida e isso inclue a vida acadêmica. É um ambiente muito individualista, como muitos outros em nossa sociedade, e ter um bom CRG, ter um bom Lattes se torna uma competição. Mas a que preço? Cheguei a chorar várias vezes em todos os semestres pela quantidade de trabalho, não dormir mesmo, eu cochilava no ônibus, me alimentava mal, não fazia nada que fosse relaxante... isso tudo é o preço que se paga por querer cursar uma Universidade. É uma questão institucional sim, e precisamos começar a realizar debates sobre sim, criar grupos para falar a respeito, chamar a atenção pra esse problema que é muito sério. A minha realidade pode não ter sido a pior, mas ainda assim foi difícil e existem muitas outras por aí. Fiquei muito feliz com o teu vídeo, continue assim, baby. Sucesso. E parabéns pelo mestrado, percebi que não foi fácil e você ter concluído apesar de tudo só mostra sua força. Mestra Louie!

  • @leticiadias7507
    @leticiadias7507 6 років тому +10

    eu fiz o primeiro ano da faculdade trabalhando. trabalhava de 7:45 às 14:05, tendo que sair de casa 16:30 pra chegar na faculdade 18:00 e sair 22:00. meu sonho era poder me dedicar exclusivamente à universidade, e ainda é. estou desempregada, vou iniciar o novo período sem trabalhar, mas tenho medo de não conseguir um emprego, ter que trancar a faculdade e ir pra cidade dos meus pais morar com eles. quantos fins de semana passei fazendo trabalho e leitura, porque durante a semana não dava tempo! espero conseguir lidar com tudo quando apertar, porque sinceramente, é quase impossível conciliar trabalho e faculdade sem perder a vida

  • @rafaelacarvalho4197
    @rafaelacarvalho4197 6 років тому +3

    Louie, me identifiquei totalmente com esse vídeo. Lembro da minha primeira aula na universidade, sentia que eu não tinha capacidade de estar naquele lugar. Importante dar ênfase no fato de a educação superior é um privilégio no Brasil. Excelente vídeo!

  • @selma931
    @selma931 5 років тому +1

    eu estou no ensino médio, estudo em escola pública, na minha escola temos pouca verba, quase nenhuma sala possui ar condicionado e ela tem um sistema semi-integral, ou seja: 3 dias da semana nos ficamos da escola das 7:30 as 17:30 e por conta do verão em que a temperatura chegava a 36 graus com sensação de mais de 40, então por conta das altas temperaturas, o diretor deixava a gente sair mais cedo nesses dias, só que chegou um tempo que ele não podia mais liberar porque a escola tinha que completar a carga horária dela e isso foi algo que afetou muito todo mundo, poucas pessoas conseguiam produzir e aprender nesse período e ainda por cima tinham as matérias que ficavam pendentes por conta do tempo sem aulas, e isso só mostra o quanto o sistema educacional é desumano, tinhamos que cumprir uma carga horária enorme e exaustiva, muitas pessoas chegavam a desmaiar por conta do calor, sem falar as pessoas ansiosas que se sentiam pressionadas a entregar algo que elas não conseguiam, chegando ao seu limite

  • @liviazurc1108
    @liviazurc1108 5 років тому +1

    No meu ensino médio eu estudei em um colégio estadual que passava por muitas crises (Rio de Janeiro, nada de novo sob o sol). Tive poucas aulas de Português e Geografia, por exemplo. Passei no vestibular na segunda chamada do ProUni, e se não fosse por essa bolsa eu não teria nem pisado em uma universidade pq meus pais nunca tiveram oportunidade de pagar. Durante a minha vida escolar eu nunca tive incentivo das pessoas ao meu redor para a leitura (fui criada na igreja e a única coisa que me ~forçavam~ a ler era a bíblia), então quando entrei na faculdade foi um choque de realidade muito grande, pois eu tinha 5 textos grandes para ler por semana. Para ter noção, eu não sabia nem o que era plágio. Hoje eu estou cursando um período a mais na faculdade e provavelmente vou ficar mais um pois não consigo escrever minha monografia. A universidade força o lado acadêmico que muitas pessoas não se adaptam (como eu), e agora me afundo cada vez mais no transtorno de ansiedade generalizado por me sentir totalmente incapaz e insuficiente, por ver todos concluindo e eu não conseguir sair da segunda página. Sei que sou boa em muitas outras coisas, e queria que meu lado prático contasse como parte da experiência na universidade, e não só o acadêmico.

  • @Fernandafgt
    @Fernandafgt 6 років тому +26

    Parabéns pela conquista. Você vai além e sei que sua saúde mental vai melhorar.
    Seus vídeos tem me ajudado, até mesmo com minha ansiedade, pois me sinto compreendida.

  • @juliaoliveira290
    @juliaoliveira290 6 років тому +1

    Oi, Louie! Primeiramente gostaria de dizer que amo demais seu canal e que você é maravilhosa. Me identifiquei completamente com sua vivência. Eu saí doente do meu Mestrado. Fiz duas graduações em Letras, Iniciação Científica e fui direto para o Mestrado. Fiquei muito anêmica, com crises de ansiedade e talvez depressão (não deu pra saber, pois não tive acesso à terapia). Tomei tanto desanimo da experiência que temo fazer doutorado e piorar na qualidade de vida. Foram muitas cobranças, cobranças essas que faziam eu ter insônia a noite. Passou um ano que defendi e não deu nenhuma olhada mais na dissertação, ficou no armário. Todos esses anos eu não viajei, não curti com os amigos, não fui à festas, não curti com meu namorado como eu deveria. Hoje atuo como professora substituta e vejo que o ambiente e a cobrança nos professores também é exacerbada. A experiência como professora me faz questionar no presente se é realmente isso o que eu poderia querer, se valeria mesmo a pena sofrer tanto e abdicar da minha saúde mental, física e emocional para manter a produção acadêmica do instituto como professora efetiva no futuro... é lamentável isso, mas infelizmente é a realidade...

  • @gabrielagonsalves8799
    @gabrielagonsalves8799 6 років тому +1

    Oi, Louie! Que tema necessário! Terminei meu quarto ano de arquitetura e achei que não conseguiria. No último mês do semestre eu tive pneumonia o que me impossibilitou de fazer as provas oficiais do semestre e de terminar meus projetos das disciplinas de projeto. Eu mal conseguia respirar por conta da forte infecção e tive que tirar forças de onde eu nem tinha pra fazer ao menos trabalhos mais "leves" de outras disciplinas, isso com febre, e no caso minhas amigas imprimiriam e entregariam para mim. Bom, eu pensava o tempo inteiro "não posso sofrer por aquilo que eu não posso mudar. Se estou doente e não posso fazer nada pra mudar isso, preciso apenas sobreviver e o restante resolvo depois". Mas isso exigiu muito de mim. Na minha segunda semana de tratamento minha médica que me acompanhava e fazia parte do programa Mais Médicos teve que voltar para o seu país e aí que lascou com minha mente, pq eu perdi a total previsão de quando eu poderia voltar pra faculdade pra fazer as provas especiais e possivelmente as subs. Mantive o pensamento "não posso mudar, não irei sofrer". Fiz os pedidos das provas especiais de todas as disciplinas teóricas (8 no total) e na minha única semana de melhora e faltando menos de uma semana pra entrega do meu projeto final da disciplina de projeto, recebo um e-mail dizendo que minhas provas iniciariam no dia seguinte, duas por dia... Eu não havia estudado, estava começando a fazer as alterações no meu projeto pra entrega final, e não tinha ideia de como chegaria na universidade, visto que eu não podia entrar em trem e metrô por conta do ar condicionado, não tinha muito fôlego pra andar e moro há 2 horas (de transporte público) da universidade. Mas meu pai fez o esforço de faltar ao trabalho nos dias seguintes, pra me levar até a universidade de carro... Ele me levava, ficava lá esperando pra me levar pra casa... Tive esse privilégio. Nas minhas 2 últimas provas, ocorridas em uma segunda feira, no mesmo dia de entrega de projeto, eu não sabia nada, pq não havia estudado nada, pois havia passado os últimos 3 dias fazendo o projeto e virado a noite do dia anterior pra conseguir entregar pelo menos 30% do trabalho. Nem me dei o trabalho de ler as provas, pois não tinha condições físicas e psíquicas pra isso. Aceitei as subs ali mesmo. No fim, peguei 3 subs, passei nas 3 e ainda passei em projeto mesmo com 30% do trabalho feito. O meu curso é anual, o que fez com que minhas notas do primeiro semestre me salvasse em muitas disciplinas - cursava 11 no total. Eu tive tudo pra realmente enlouquecer: estava doente, perdi minha médica, não consegui fazer as provas, do nada tive que fazer todas, uma seguida da outra, sem estudar, entreguei os trabalhos tudo inferiores ao que estou habituada, tenho bolsa integral pelo ProUni, logo trancar não era opção e muito menos reprovar... Mas o pensamento "se não posso mudar, não vale a pena sofrer" me fez sobreviver ao pior semestre do curso. Realmente o que passamos dentro da universidade, a pressão não só dos professores, mas a pessoal acarretada pelas expectativas alheias sobre nós, é desumano. Parece que perder não é opção, falhar e errar, também não. No meu caso, liguei o "dane-se, só preciso sobreviver" e funcionou. Sei que não é assim com todos... Mas no primeiro semestre minha amiga, que fazia dupla de projeto comigo, quase morreu por ter passado dos limites físicos dela, e passamos uma madrugada inteira no hospital, o que nos fez desistir de entregar o projeto no prazo e tirar o dia seguinte para descanso. Veja a loucura: estávamos no hospital, aguardando atendimento, e ali eu fazendo nosso texto do nosso projeto. É insano fazer o trabalho no hospital! Depois daquela experiência eu entendi que nossa saúde vem primeiro... Por isso no segundo semestre liguei o "dane-se".

  • @MrBrendofc
    @MrBrendofc 6 років тому +6

    Tô terminando minha dissertação também. Tô muito nervoso. Obrigado pelo vídeo, estou sozinho e nesse momento da vida eu meio que já estou meio "blindado" com os comentários das pessoas. Ouvir sua sensatez me fez bem. Obrigado Louie

  • @camilasaporetti7990
    @camilasaporetti7990 6 років тому +4

    2018 foi o ano que comecei a fazer terapia. Este ano tinha que qualificar no doutorado e para tal precisava publicar uma artigo indexado pela CAPES. Em março ainda não tinha conseguido (porque revistas o processo demora e não tive oportunidades de ir a congresso que tenha anais indexado), tive que pedir extensão do prazo e com isso começou as minhas crises de ansiedade e o pensamento de não ia conseguir. Comecei a ter insônias e tenho que tomar fitoterápicos para dormir. Graças a Deus deu tudo certo, consegui publicar os artigos e qualifiquei, mas aí entram outras pressões, como preciso passar em um concurso,.... Não está sendo fácil, estou a 10 anos na mesma universidade e 7 com o mesmo orientador ( que é uma pessoa maravilhosa) e que super me apoia e se preocupa comigo. Não vejo a hora de chegar abril de 2020 e isso tudo acabar.

  • @JoseFerreira-rb7rn
    @JoseFerreira-rb7rn 6 років тому

    Olá Louie e para qualquer outra pessoa que estiver a ler isto.
    Eu sou português e a instituição académica e o seu funcionamento aqui funcionam de uma forma diferente.
    Eu estou no segudo ano da licenciatura em engenharia mecânica. Eu não estudo nas grandes universidades do país uma vez que o meu curso é dos que tem uma nota de inscrição (que resulta da media das suas notas no secundário/ensino médio) muito alta de aceitação de alunos.
    Os meus professores são todos licenciados ou no meu curso ou em cursos como Física ou Matemática.
    E os meus professores fazem grande pressão em nós. Eu durmo 5h por noite pq eu preciso de passar apontamentos, pesquisar artigos e livros e material online para nos ajudar a compreender a matéria.
    O meu primeiro ano de universidade correu, comparado à maioria, bem. Fiz as disciplinas todas e com notas razoaveis, mas nao me sentia realizado. Eu abdicava de sair com os meus amigos e familia, eu passei 3 meses sem ver a minha melhor amiga, tudo bem que eu estudo fora da minha cidade natal (muito comum cá em portugal, alias a maioria acaba por ir morar sozinho ou com outros alunos ou amigos para fora da nossa cidade natal) eu tenho o privilegio de morar com familia, apesar de fora da casa dos meus pais. Eu abdiquei da minha maior paixão desenhar. Abdiquei de ler e o pior é que eu entrei em habitos negativos fora que num estado mental muito negativo, porque este segundo ano está a dar cabe de mim

  • @claramendes2077
    @claramendes2077 6 років тому +2

    Primeiramente parabéns pela conquista Louie! Segundamente, é realmente triste se sentir culpado por se divertir e descansar, porque precisamos desse tempo para poder voltar a produzir. Eu tive muita dificuldade no fim da minha graduação para conciliar minha vida social com a acadêmica, exatamente pela cobrança que era depositava, além da que eu mesma já depositava, sobre mim. O melhor jeito que encontrei foi conciliando as coisas, tendo o tempo para meus estudos intercalado com o tempo do descanso e assim eu produzia muito mais, porque entendia que além do dever com a graduação eu tinha também o dever com minha saúde emocional.

  • @yuukynsolo7750
    @yuukynsolo7750 6 років тому +6

    Esse vídeo caiu do céu, meu amigo veio falar comigo que se não passasse de ano ele iria se matar (ele já repetiu e se repetir dnv ele é expulso) eu tava desesperada tentando acalmar ele (consegui:) ), ai apareceu a notificação e eu mandei pra ele, obrigada mesmo, vc é um anjo

  • @Fer.medstudent
    @Fer.medstudent 6 років тому +1

    Louie, eu te entendo perfeitamente. Me apaixonei pela pesquisa quando me envolvi em um projeto de iniciação científica, tive uma orientadora maravilhosa e no TCC um orientador incrível, pessoas que eu realmente admiro. Durante o TCC ainda comecei o processo seletivo pro mestrado, fui aprovada em 4° lugar, consegui bolsa, fui para uma universidade que sempre quis estudar e chegando lá dei com a minha cara no muro. Não porque eu não goste da universidade ou do programa de pós , pelo contrário, mas minha experiência com o orientador foi bem ruim. Ele simplesmente sumia, não corrigia a dissertação, quando aparecia colocava uma pressão enorme, chegou a me dizer que queria que eu produzisse 3 artigos durante o mestrado, não ri na cara dele por educação e tantos outros abusos de autoridade e o excelente trabalho de me desorientar. Eu estava para desistir, por sorte encontrei uma professora para ser minha co-orientadora e essa mulher foi um anjo, perdi a conta de quantas vezes cheguei aos prantos na sala dela e ela me confortou, me ajudou, pegou na minha mão e me mostrou a capacidade que eu tinha.
    Durante o primeiro ano tive alguns episódios de síndrome do pânico, minha gastrite me visitou ao menos 3 vezes na semana, passei meses com insônia, meses sem sair e quando o fiz ficava pensando no meu projeto no meio da balada hahaha ( estou rindo de nervoso)
    Temos que parar de normalizar essa cultura de quanto mais ferrado você está melhor será sua pesquisa, essa competição de merda que só nos faz mais doentes.
    Hoje estou me preparando para o doutorado, mas posso dizer que o que eu aprendi nesses 2 anos de mestrado é que minha saúde é em primeiro lugar.
    Parabéns pela defesa!!!

  • @alinemachado9821
    @alinemachado9821 6 років тому +1

    Parabéns pelo vídeo e pela defesa da dissertação! Sou professora de rede pública e mestranda em Educação na Universidade Federal de Goiás. Estou passando pelos mesmos problemas que passou. Falar sobre saúde mental na universidade e até mesmo nos rituais da fase escolar, significa tocar em uma ferida escondida, pois muitos sofrem em silêncio. Obrigada por compartilhar seus sentimentos e expor um tema tão relevante nas mídias digitais.

  • @brendavieira762
    @brendavieira762 6 років тому +6

    Minha vida é um eterno “deveria estar estudando”, quando estou simplesmente exausta e deito pra dormir. Curso medicina e tem uma pressão extra em cima dos erros, a cada erro é um “Matou o paciente” diferente, estou no quarto período e já morro de medo de me formar

  • @jero9890089
    @jero9890089 6 років тому +1

    9:10 resumo da minha VIDA, isso porque eu tava estudando pro ENEM só, ainda nem entrei na faculdade. Quando eu ficava atoa, só conseguia pensar "hum... eu devia estar estudando e não fazendo essa coisa". Isso é um porre

  • @biamoreira16
    @biamoreira16 6 років тому +18

    terminei o primeiro período agr e conclui q esta sendo o inferno estudar na ufmg
    e vejo q é mais inferno pra mim q pra outras pessoas por conta desses recortes
    Eu passo 6 horas do meu dia apenas fazendo meu deslocamento (ida e volta) eu me sinto silenciado em varios momentos, nem todo mundo respeita meu nome social e tive diversas situações em q meu nome de batismo foi exposto
    o meu sonho tem sido meu pesadelo e eu quero muito desistir, mas eu lembro q essa é a minha única chance
    eu odeio aquele lugar mas preto trans favelado não vai ter outra oportunidade
    eu sinto q desperdicei todos esses anos q passei estudando em casa pro Enem pra no final chegar na federal e sentir q eu nem merecia estar lá

  • @mayarasantos4591
    @mayarasantos4591 6 років тому

    Sou estudante de Letras e esse semestre foi o mais difícil para mim, eu não sabia se daria conta das 9 matérias, dos trabalhos, do meu estágio... Não consegui pensar em um jeito de conciliar meu namoro, minha família, meus amigos e a faculdade e, quando chegou as semanas de provas, eu só sabia chorar. Pensei MUITAS VEZES em desistir, trancar a faculdade, mas resolvi tentar mais uma vez, afinal falta só um ano!
    Comecei a ver o lado bom em tudo que me acontecia, pedi ajuda aos meus professores e coisas boas começaram a acontecer comigo, me mostrando que vale a pena continuar e acreditar nos meus sonhos.
    Ganhei um concurso de poesia, reatei amizade com uma amiga que gosto muito e estou tentando manter a calma para poder dar conta de tudo que me espera no último ano de faculdade, e eu acredito que vou conseguir! Todas as vezes que pensei em desistir, consegui dar a volta por cima e isso significa que sou capaz (pelo menos é assim que me sinto).
    Obrigada por esse vídeo e por tantos outros que me ajudaram sempre que precisei. Parabéns pela sua conquista, fiquei muito feliz, muito feliz mesmo!
    Quando eu crescer quero ser como você ❤️

  • @anneraincorn3844
    @anneraincorn3844 6 років тому

    Estou indo para o terceiro ano do ensino médio e esse ano foi um terror, tive crises que não sabia como lidar e não contava pra ninguém porque precisava focar nos diversos trabalhos que passavam. Enfiei todos meus problemas em uma bolha e fui me afastando de muitas pessoas, até chegar no final e conseguir passar sem problemas com notas, mas com muitos problemas na autoestima, ansiedade e solidão. Teve um momento, no 3° bimestre, que não colocaram meu nome em um trabalho; quando cheguei em casa, me afoguei em lágrimas. Coloquei a culpa toda em mim por não ter corrido atrás e focado naquele trabalho também, fiz o trabalho naquela mesma tarde e fui pra escola entregar pro professor, que foi super legal comigo.
    Esse ano foi horrível pois tive que lidar com muitas coisas sozinha, deixei de lado minha saúde mental e tive incontáveis surtos, um dentro de sala no qual NINGUÉM me ajudou a ficar calma (não que seja obrigação, mas tive vontade de sair correndo da escola por vergonha) e deixei de acreditar no futuro. Agora estou aqui, com uma meta de ser melhor comigo mesma em 2019, já que é o famigerado ano do Enem. Aliás, penso em fazer artes visuais e já escutei muito que não vai me levar a nada. As vezes penso nisso, mas também penso no que me faz feliz.

  • @barbaracicuto7175
    @barbaracicuto7175 6 років тому

    Louie, é exatamente isso que você diz no vídeo. Acabei a graduação em engenharia esse ano e já entrei para o mestrado. Faço parte da parcela privilegiada por ter tido "oportunidade" de deixar a vida de lado para criar um Lattes. Morei sozinha no fim da graduação e agora estou correndo com a mudança (de Brasília para Curitiba) e só consigo pensar que estou exausta. Estou muito feliz de ter entrado, principalmente por ter bolsa. Mas estou tão desgastada da graduação que não me sinto preparada para lidar nem com a mudança,quem dirá com o mestrado. Você não está sozinha! Sinto, assim como você comentou no vídeo, que É DESUMANO! Mas também não quero desistir, quero sim seguir a carreira acadêmica. E por essa enxurrada de pensamentos inúmeras vezes questiono as minhas habilidades e minha capacidade, chegando a um ponto de olhar a minha volta e sentir que as vitórias acadêmica que tive até o momento foram sorte ou não são mérito meu. Isso é horrível, e parece que ninguém vê. Acho muitas vezes nem a gente vê...

  • @prietoisza
    @prietoisza 6 років тому

    Eu estudo Direito há quatro anos (amém) e esse ano foi o que mais me abalou. Não sei se juntei todos os outros três mais o Ensino Médio (que já foi puxado), mas eu realmente cansei de tudo. Em semanas de prova eu dormia apenas dois dias (isso sendo 4hrs) e me desgastou muito. Eu não tinha forças pra nada e só pensava em dormir. Quando chegamos em Outubro, a faculdade já espalhava cartazes de mais um intensivão de provas finais e eu fiquei desesperada para não passar por aquilo de novo e tentei suicídio. Não tentei somente por isso, mas vamos supor que minhas doenças mentais só focavam em estudo e trabalho. Eu não me conhecia, talvez ainda não me conheça. Mas eu sei que resolvi dar um basta quando acordei no hospital e todos nós percebemos o quanto eu estava vivendo como um robô desesperado por anos. Hoje me cuido mais e estou dando um tempo de todas as coisas que me afastam da minha felicidade e de mim mesma. Até perdi uma provinha esses tempos para dormir kkkkk.
    Obrigada pelo vídeo, Louie!

  • @flaviaqueiroz1233
    @flaviaqueiroz1233 6 років тому +2

    Eu passei por isso tbm. Precise adiar minha defesa de TCC por estar com depressão e ansiedade. Tive a sorte de contar com o apoio do meu orientador maravilhoso que teve muita empatia e carinho por mim. No final apresentei no meu tempo! Acho que é uma temática bastante necessária a ser debatida. Não é normal prejudicar sua saúde mental por causa da universidade.

  • @LuanaAlves-wv8ii
    @LuanaAlves-wv8ii 6 років тому +1

    Louie do céu, eu precisava desse vídeo. Esse ano comecei design de interiores e eu amo demais o curso. Só que tenho que conciliar trabalho e curso, tive inúmeras crises de ansiedade. Me cobrei demais e agora vejo que não preciso fazer isso comigo mesma.
    Sempre achei a forma como alguns professores nos tratam errado. Humilham, xingam, nos fazem sentir que somos inferiores.
    Um dia espero fazer arquitetura, mas agora, com 2018 acabando e ter aprendido tanta coisa, só quero fazer uma coisa de cada vez respeitando minha saúde mental sempre. Obrigada Louie ❤️

  • @yasminvieiradeurzedo5779
    @yasminvieiradeurzedo5779 6 років тому

    Minha escola incentiva muito a competitividade entre seus alunos, acaba sendo de uma forma tão extrema que teve uma época em que eu não me sentia boa em nada e desisti de metade das coisas que eu amava fazer. Eu me lembro, que eu me senti tão vazia que eu não via importância de estar existindo, isso trouxe várias consequências, entre elas anciedade e crises de depredação, que eu já tinha desenvolvido e controlada ainda no fundamental. Eu fico extremamente feliz de vc colocar esse assunto em jogo e mostrar que esse esforço extremo e desespero não deve ser romantizado. Muito abrigada

  • @falaserioemilly
    @falaserioemilly 6 років тому +13

    Esse vídeo é super importante mesmo pra ter mais discussões sobre isso!
    Eu até o ensino fundamental 2 amava a escola e queria passar o dia lá lendo livros e estudando na biblioteca. Mas quando chegou o ensino médio eu criei um desgosto da escola, tanto o ensino quanto o ambiente.
    Eu passei um ano na escola militar pq eu queria ter um ensino melhor do que a escola pública que eu estudava e foi bem bizarro. De fato eles têm um bom ensino quanto a assuntos para vestibulares, mas a doutrina militar foi algo que eu odiei completamente. Começando pelo fato de eu não poder reclamar de quando algum professor ou algum militar tinha feito algo ruim, se reclamasse a gente teria que "pagar", que era numa espécie de punição como ficar no sol, ficar até mais tarde... Essas coisas. Fora o quanto eles gritavam com os alunos. Eu já tenho um certo... Problema com gritos, é algo que me dá pavor e me deixa ansiosa. Eu me sentia presa e sem poder falar.
    E, pra encerrar com chave de ouro, o motivo que me fez sair da escola foi que eu estava lendo em sala de aula """"atrapalhando a aula do professor"""". Era tempo vago, muitos alunos da sala estavam terminando a tarefa para entregar no próximo tempo. Eu já tinha terminado, só estava de cabeça baixa lendo um livro. E um militar entrou na sala pra observar a gente e ir de cadeira em cadeira perguntando a tabuada. Ele já tinha passado por mim, eu já tinha respondido e continuei lendo meu livro calada. E fui mandada pro corpo de alunos por causa disso. PQ EU ESTAVA CALADA LENDO UM LIVRO EM SALA E ATRAPALHANDO A "AULA" DO TAL PROFESSOR QUE NEM ERA PROFESSOR. Fiquei lá na diretoria, atrasei pra próxima aula, chamaram minha mãe... E no mesmo dia pedi transferência.

    • @falaserioemilly
      @falaserioemilly 6 років тому +1

      Depois eu passei na universidade e também foi uma experiência que fico dividida, na verdade. Fiz novas amizades, evoluí como pessoa, amadureci... Mas nesse tempo também desenvolvi ansiedade.
      Parei de ter vontade de ler os livros (nunca mais li um livro que gostasse).
      Desde o primeiro período até hoje não consigo fazer mais provas sem sair correndo da sala chorando com falta de ar e tremendo. Isso desde o início fez com que eu reprovadas em matérias, diminuísse minha nota no coeficiente, ficava com cerca de 10 matérias por semestre.
      Agradeço por não ter tido professores arrogantes, todos foram queridos... Mas alguns tinham opiniões muito fortes. Como uma professora sempre perguntava da gente: você faz o quê de meia noite às 6h da manhã? Como se tivesse tudo bem se desgastar deixando o único tempo que tens pra dormir para conseguir uma nota.
      Foram semestres bem difíceis, houveram alguns meses que fiquei sem sair de casa, apenas pra faculdade e voltava para casa... Não saía mais com os amigos.

    • @falaserioemilly
      @falaserioemilly 6 років тому +2

      A cada final de ano eu sempre pensava em desistir. Não houve um ano que eu não pensei em desistir da faculdade. Só não desisti pq era pública e eu não conseguia pagar outro curso
      Mas, Hoje em dia, quase no fim da faculdade tô mais tranquila na esperança de terminar essa faculdade bem. Mas esse semestre já veio o TCC, que já vi que vai ser uma luta até o dia da defesa.

    • @diogooliveira-zx3xs
      @diogooliveira-zx3xs 6 років тому +2

      Colegio militar é ridiculo, doutrina os alunos, faz varios robozinhos.

    • @jhenyffersamara3084
      @jhenyffersamara3084 5 років тому +1

      Eu iria para um colégio militar, porem passei em uma escola aonde tem magistério, não minto, é corrido, pois tem relatório, tem estagio, tem tipo uns cinco trabalhos para entregar, provas para fazer, e as vezes quase fico maluca.
      Tem vez que eu acordo de manha, faço tudo as coisas em casa, limpando ela, depois vou pra escola, mais trabalhos, porem no outro dia de manhã tem estagio, e eu passo a noite em claro fazendo os trabalhos, vou para o estagio, e depois vou para aula, é uma rotina exaustiva, porem sei que vai piorar, e to tentando me acostumar, e conseguir conciliar tudo, mas ta difícil.(claro tirando toda aquela parte de estar completamente perdida, e não saber quem eu sou, pq poxa ta difícil me encontrar)
      Eu que faço a janta para minha mãe almoça, já que ela trabalha das 7:30 da manhã, até meia noite, eu normalmente não vejo ela, as vezes no domingo, porem nesses dias ela quer descansar, e dorme ate as duas da tarde, para voltar a trabalhar as 5 da tarde de novo, não a culpo, ela quer o melhor para mim e para o meu irmão, mas eu olho para ela, se matando de trabalhar, para não faltar nada para nós, daí vem eu uma adolescente que "só estuda", mas mal da conta disso, e quase a deixa sem almoço, pq não tem tempo para fazer comida,e então eu me sinto a pior filha do mundo, e tento ter as melhores notas, deixar a casa super limpa, e cuidar do meu irmão do melhor jeito, para pelo menos ela se sentir menos carregada.
      Desculpa o texto, mas eu precisava falar disso, ou eu iria explodir.

  • @lullipescio1110
    @lullipescio1110 6 років тому +1

    Luie OBRIGADA por esse vídeo, sério! Acredito nunca ter me sentido tão representada em um vídeo, passei exatamente pelo mesmo processo... Ao ponto de não conseguir mais levantar da cama, não existia mais uma personalidade ou vida dentro do meu ser, apenas crises e mais crises uma em cima da outra. Até que eu resolvi dar um tempo de tudo pq além da minha cabeça não aguentar mais, meu corpo também não respondia. Dentro desta ilha da magia em que vivemos, nos ainda não nos encontramos... Mas se um dia eu me esbarrar contigo por aí quero poder parar e te dar um abraço, em silêncio. Simplesmente em forma de agradecimento por cada vídeo seu que já me fez respirar melhor ! Obrigada 💚

  • @titofael
    @titofael 6 років тому

    Oi Louie, parabéns pela defesa da dissertação e esse vídeo é mais do que necessário! Sou psicólogo e pesquisador na área de saúde mental dentro do ambiente acadêmico e tenho uma boa notícia: as pesquisas acerca da saúde mental nos estudantes universitários e auto cuidado nos níveis de graduação e pós graduação (tanto em instituições públicas quanto privadas) estão aumentando em diversos estados no país. Os principais propósitos por enquanto são o de descrever qual cenário/ambiente as IES estão proporcionando; criar cartilhas e opções de intervenções respeitando cada realidade das universidades e dos seus estudantes; desenvolver redes de apoio de caráter gratuito, dentre outros. Em 2019 e 2020, os principais resultados das pesquisas estarão sendo divulgados e discutidos com a sociedade.

  • @MariaIzabellaSouzadeLima
    @MariaIzabellaSouzadeLima 6 років тому

    Eu nunca me senti tão representada num vídeo sobre saúde mental na faculdade como nesse. É doloroso me dar conta de como normalizei situações e coisas que não são normais, e que deveriam mudar. Infelizmente, faço parte do grupo de pessoas que trabalha e estuda, e como se não fosse suficiente, ainda moro ha duas horas de distância. Foi complicado entender que nem sempre meu rendimento seria semelhante aos de meus colegas que moram proximas da faculdade ou que podiam se dedicar totalmente a ela. A vontade que dá é sair mostrando esse vídeo para todos os meus professores e tentar explicar que certas demandas não vão ser supridas porque nós, estudantes, também somos seres humanos e temos nossas limitações. Além disso, antes da terapia, não tinha me dado conta que dormia apenas duas horas por noite, e que terminar o semestre sem dormir por uma semana não é normal. Fora a questão de socialização. Gratidão, Louie por tocar nesse assunto.

  • @OliveiraLice
    @OliveiraLice 6 років тому

    Sim. Esse debate é urgente. A gente se desgasta na escola pra sermos maravilhosos e conseguir entrar numa universidade, mesmo que a gente não saiba o que quer ja q querem q a gente decida tão jovens, e ao entrarmos vivemos uma nova realidade, principalmente quando se vem de uma escola pública, e a depender da escola é muito pior. Nem todo mundo tem acesso a boa educação na escola. Eu me sentia completamente perdida ao entrar na universidade e pior ainda quando não conseguia cumprir as obrigações. No meu último semestre tive crises de ansiedade intensas e me senti um lixo por não ser aprovada em outra graduação que quero fazer. O nossos desgaste é muito intenso, mas acham que a gente "só estuda", como se toda essa pressão não fosse o bastante nas nossas cabeças. Obrigada por trazer esse assunto! E eu tô pensando em voltar com o canal e o segundo vídeo de volta ser sobre uma questão semelhante a essa, que é a da aprovação no vestibular. Obrigada por falar sobre e me mostrar que preciso mesmo falar disso 💛 abracinho em vc!

  • @beatrizherry
    @beatrizherry 6 років тому +2

    Nossa, quanta verdade!!
    Curso física e além de ser um curso "masculino" em que convivemos com assédio e misoginia, temos que lidar com o complexo de gênio inacessível de muitos professores, que reproduzem práticas completamente abusivas. Todo semestre é um sentimento profundo de desespero, incapacidade, e como vc disse: desumanização. As vezes eu so sinto vontade de sair correndo, me isolar e chorar.
    Acho importante que a gente se cuide, enquanto mulheres, negras/os, LGBT... nesses espaços. Que estejamos unidas lutando por uma educação mais humana.

  • @ArqueologiaAlternativa
    @ArqueologiaAlternativa 6 років тому

    Louie. Eu amei teu vídeo. Eu tenho 40 anos, dois filhos e estou acabando o doutorado em Arqueologia. Assim como você pedi prazo a mais. E tenho refletido muito sobre a vida acadêmica. Eu vim de família de classe média baixa e de pouca instrução. Cursei uma universidade privada porque na época na tinha pública na minha cidade e a minha família não permitiu que eu estudasse em outra cidade. Eu saí crua. Não sabia da construção do Lattes e tive que correr atrás do prejuízo. Na segunda graduação, trabalhando e já mãe da primeira filha, fui pra São Paulo fazer aulas na Unicamp e na USP para achar um orientador e passar no processo seletivo do mestrado na USP. Do fim da graduação em história até o início do mestrado foram 8 longos e doloridos anos em que emendei uma pos na outra e fui aluna especial em quatro disciplinas. Consegui emendar o mestrado no doutorado, e larguei o antigo emprego. Sofro muita pressão dos meus pais com essa escolha. E agora. Já no fim do.processo que já dura quase 20 anos e beirando o fim do doutorado penso: Que garantias eu tenho, da tão sonhada carreira acadêmica depois de tanto esforço?
    Parabéns pelo teu vídeo e por todas as questões que você coloca. Te desejo muito sucesso. Fico feliz com a tua defesa. Que venha o teu doutorado. Um grande beijo

  • @ursulaolifer6001
    @ursulaolifer6001 6 років тому +8

    Lou, você me inspira. Demais. Por favor, se puder, aborde mais suas experiências acadêmicas em outros vídeos, porque eu preciso demais de uma referência pra conseguir seguir

  • @Marialindaofc
    @Marialindaofc 2 роки тому +1

    Comecei a fazer graduação agora e já estou sentindo as pressões do ambiente acadêmico. É um lugar de louco,mas quero muito ir até o final

  • @beatrizcruz5439
    @beatrizcruz5439 6 років тому +1

    Ai, nem sei o que falar desse vídeo, você abre meus olhos pra todas as coisas que eu, como estudante, já naturalizei e reproduzi um discurso que muitas vezes é sem empatia e pode adoecer os outros. Caraca, mulher, eu te adoro, obrigada por compartilhar com a gente seus pensamentos e vivências 🎁

  • @lullaboo9278
    @lullaboo9278 6 років тому +1

    Louie, adorei você ter trazido esse tema, em muitas partes eu me identifiquei e vou compartilhar minha experiência.
    Ano passado eu entrei na faculdade e, honestamente, foi o melhor ano pra mim em relação à saúde mental nos últimos 4-5 anos. Isso porque o ensino médio foi a pior época pra mim. Além da pressão enorme de querer passar no vestibular, eu me sentia extremamente desconfortável, porque, exceto por um ano, não tinha amigos lá e eu sentia o tempo todo que as pessoas me evitavam. Daí, eu que já era tímida, comecei a me afastar o máximo possível das pessoas e ter medo delas. Eu já tinha ansiedade e, por causa disso e dos estudos principalmente, ela se desenvolveu demais. Junto com pânico e depressão. Eu fazia terapia e, no terceiro ano, fui no psiquiatra e comecei a tomar remédios. Quando eu finalmente entrei na faculdade, saiu um peso enorme dos meus ombros. Eu consegui me organizar pra estudar e ter tempo livre e consegui cuidar da minha saúde mental. Hoje, eu já pude reduzir a dose dos medicamentos e logo vou poder parar de tomar, me considero quase curada da depressão (e apesar de ainda ter ansiedade, consigo controlar melhor). Ainda assim, eu tenho medo de que tudo volte, mas espero que não.
    Obrigada pelo vídeo, Louie, impecável como sempre ♡

  • @AllineRufo
    @AllineRufo 6 років тому

    Acho super importante o vídeo e a discussão, fiz mestrado e faço doutorado sem bolsa e tive grandes crises de ansiedade. No final do meu mestrado, eu tive uma crise de pânico e só fui descobrir depois o que era, agora no doutorado eu trabalho (sou professora com grande quantidade de hora/aula) e vou qualificar minha tese em fevereiro, estou o ano todo ansiosa achando que não vou dar conta e o trabalho da sala de aula atropelando a pesquisa toda hora, por exemplo, eu entrei de férias do trabalho dia 20 até o natal eu praticamente só dormi e agora em vez de descansar até o ano novo eu to preocupada pensando que preciso escrever porque não vai dar tempo. Eu acho que se não fosse o fato de eu gostar muito do meu objeto de pesquisa (pesquiso J. R. R. Tolkien) e eu ter um objetivo maior com isso, eu já teria desistido. Muito obrigada pelo vídeo e por compartilhar a sua vivência.
    Parabéns pela conquista do título de mestra e aproveita esse momento, é importante a gente comemorar nossas vitórias e superações.

  • @maiaralopes1987
    @maiaralopes1987 6 років тому +1

    Iniciei na vida acadêmica em 2009 e estou no segundo ano do doutorado. Pra isso, abri mão de TUDO, engordei, tenho cada vez mais crises de enxaqueca e, a cada ano que passa, a solidão só aumenta. Sigo em frente, mas volta e meia me questiono se fosse possível voltar no tempo, se eu teria feito essas mesmas escolhas...

  •  6 років тому

    Socorro, esse vídeo foi um ABRAÇO!
    Consegui defender minha dissertação no prazo, até porque inventei de emendar com o doutorado (péssima ideia), já tinha sido aprovada no processo seletivo, então não teve jeito. Só que daí a versão final ficou: uma bosta. Não deveria ser assim.
    Tive que trabalhar durante o mestrado e ainda to tendo que trabalhar agora durante o doutorado. Por mais que eu veja colegas em situações ainda “piores”, tendo mais de um emprego e filhos pequenos, ainda assim a pós às vezes parece um monstro gigantesco em cima da gente. Não deveria ser assim.
    Todos os dias vemos colegas na pós (e na graduação também) adoecendo. Não deveria ser assim.
    Vemos também professores adoecidos, e que não conseguem aceitar as limitações humanas dos orientados. Não deveria ser assim.
    Não sei bem o que podemos fazer de prático pra resolver essa questão, mas fica aqui meu abracinho pra todo mundo na mesma situação. E que 2019 seja mais leve pelo menos nessa área da vida. Boa sorte pra todos nós.

  • @brunamendes5682
    @brunamendes5682 6 років тому

    esse ano passei por situações que também me levaram ao desgaste mental por conta da universidade. estou quase na metade do curso de física mas o semestre passado foi o mais insano. passei o semestre todo mais de 24hrs estudando, de domingo a domingo por ter sido selecionada pra um projeto que queria muito com uma professora que sabia que iria aprender muito. quando vi estava vivendo pra manter o projeto nos eixos e ignorando qualquer coisa que me fizesse ter que parar, incluindo família, amigos ou mesmo parar pra "respirar" e cuidar de mim mesma. quando achei que teria um momento pra cuidar de mim nas férias recebi uma proposta de iniciação científica. quando começou o segundo semestre estava cansada mentalmente, sem ânimo pra nada e ainda tendo que continuar com tudo. muitas outras coisas me levaram a questionar se eu não estava entrando em depressão ou se era "só cansaço". de qualquer forma consegui desacelerar e encontrar tempo pra cuidar de mim e nisso eu aprendi muita coisa sobre mim. não digo isso como se o fato de ter passado por todo o estresse tenha sido bom mas pelo menos estou mais tranquila comigo mesma. ta aí um relato meu Louie. agradeço muito você abrir um espaço no seu canal pra falar sobre isso. um abracinho em você tbm!

  • @oohlala6636
    @oohlala6636 6 років тому +1

    Passei pelo mesmo e é tão bom ouvir alguém REALMENTE FALAR sobre, ao invés de naturalizar tudo isso e dizer que é sua obrigação. Pago muito pau pra gente esforçada pq num é fácil não

  • @lhulis
    @lhulis 6 років тому

    Vivi coisas muito parecidas no mestrado, também precisei prorrogar e também defendi!!! Foi um processo tão pesado que eu nem sei por onde começar. Acho que é isso, ampliar o debate e fortalecer redes de apoio pra todo mundo conseguir ter saúde mental nesse ambiente.
    O que me deixa mal é que esse ambiente adoecido é um dos argumentos utilizados por aqueles obstinados em promover o desmonte das universidades públicas/gratuitas... então essa discussão se torna ainda mais delicada, e passível de apropriações para outros fins...
    Seguimos nos esforçando, lutando pelas nossas universidades e tentando construir formas saudaveis de trabalhar. Hoje, depois de passar por tudo q passei, acredito que da sim, se todos os envolvidos assumirem suas responsabilidades.
    Um beijo, Louie. E um 2019 maravilhoso de muita resistência para nós!

  • @edzahida
    @edzahida 6 років тому

    Nossa, essa temática é MUITO surreal. Meu sonho é ser doutor, mas eu acho esse processo uma coisa tão carregada e doentia que penso 500x se vou realmente dar a cara a tapa pra conseguir isso. Minha primeira graduação foi super tranquila. Consegui realizar o curso e só tive estágios. Estava em uma posição privilegiada também de não ter que trabalhar em empregos tradicionais e tomar meu tempo. Tive notas boas e me formei no tempo previsto. A segunda graduação não terminei por que questões financeiras. O que foi bem triste pra mim já que era o curso que eu realmente queria. Mas tenho como meta de vida voltar e me formar ainda.
    Mas essa loucura doentia de universidade começa fortemente no ensino médio quando temos que escolher um curso e somos cobrados a passar para uma universidade pública. Mesmo que você não queira, tem que passar. O que é loucura para as pessoas você não querer. Imagina?! Quem não quer?! Somos obrigados a ter o mesmo pensamento e a desejarmos resolver nossas vidas em três anos do ensino médio. É absurdo! Esses dias me peguei falando pro meu sobrinho que vai entrar no primeiro ano do ensino médio ano que vem. Falei pra ele que a vida dele vai se tornar um inferno. Ele se assustou obviamente, mas tive que ser sincero. Porque definitivamente vai se tornar. Não deveria, claro.
    O meio em que se está ajuda muito também. Aliás, ajuda não, só piora. É muito triste. Nem quero imaginar a loucura de um Mestrado. Só de pensar já me da aflição! Nossa, senhora!

  • @flaviapinheiro7967
    @flaviapinheiro7967 6 років тому +1

    Terminei a graduação em Enfermagem em outubro de 2012 e quando conclui foi um misto de alegria e tristeza. A universidade é um lugar muito especial para mim e por isso estou na saga vestibular novamente para cursar medicina. Entendo perfeitamente o que disseste e acredito que isso só muda com mais debates e empenho dos estudantes e dos professores. A ruptura desse modelo massacrante vai acontecer em algum momento. Feliz ano novo!!!

  • @santos4702
    @santos4702 6 років тому

    No terceiro ano do ensio médio havia uma pressão assustadora dos professores a respeito do ENEM, eles falavam o quanto precisávamos nos dedicar pra tivar uma nota alta pra sermos "alguém na vida" eu desenvolvi ansiedade a partir daí, não consegui concentrar nos estudos e ainda me frustrei por não ter tirado uma nota boa, a partir daí criei uma luta comigo mesmo de como eu não precisava me machucar tanto pela minha nota e por eu não ter entrado na faculdade de cara, hoje, um ano depois, eu lido melhor com isso, mas se o meu colégio tivesse tratado esse assunto de uma outra forma nem eu nem várias outras pessoas precisariam de ter passado pelo que eu passei. Obrigado por esse vídeo Louie, você é incrível

  • @dayprintes
    @dayprintes 6 років тому

    No ensino médio desenvolvi uma crise de ansiedade que se assola em mim até hoje. Eu estudei pro vestibular durante os três anos e tive que parar de fazer tudo que envolvia lazer e a pior de todas: parei de me exercitar e comecei a ter problemas na coluna somado com o peso de livros que eu carregava todo dia. Minha mãe não tinha como pagar cursinho então a pressão em cima de mim mesma foi enorme. Passei no vestibular e assim como você Louie, me achava incapaz, tranquei um ano depois. Tive outra crise de ansiedade, a pior de todas, passei um ano em casa, sem querer sair e nem ver ninguém. Hoje estou na segunda faculdade, pretendo terminar e quero muito fazer mestrado. Mas a minha vida pessoal inteira tá um caos total. Tive que desistir do trabalho que tinha pq eu cheguei no máximo da exaustão que o meu corpo aguentou: 45 quilos dormindo 2 horas por dia. Eu só tinha um dia de folga.

  • @fernandaandrade2941
    @fernandaandrade2941 6 років тому

    Nunca ouvi alguém descrever tão bem tudo que senti na faculdade! Esse diálogo é muito importante mesmo, pois a gente vê que muita coisa não é normal e começa a questionar as prioridades. E parabéns pela conclusão do mestrado! ❤

  • @FelipeTsuzuki
    @FelipeTsuzuki 6 років тому

    Louie, me senti 100% contemplado com o vídeo. Eu acabei de terminar minha graduação em Ciências Biológicas, que afeta muito a nossa saúde mental porque além de todas essas atividades acadêmicas complementares (eventos, publicações, estudos e leituras), o próprio curso é em período integral. Por vezes eu fiquei m,ais de 15 horas por dia na minha universidade, nem vou comentar quantas horas de sono eu tive nesses 4 anos. Contudo, eu me formei e fui aprovado no mestrado, mas entre o término da graduação e o início do mestrado eu simplesmente me perdi. Primeiro, eu pensei que eu precisava de adiantar as leituras do mestrado e o meu projeto, fiz o que pude para usar esse tempo. Por fim, eu adiantei o meu projeto, mas eu não sei o que fazer, não consigo ler, eu nunca tenho nada pra fazer e estou sofrendo com isso, porque em todos esses anos eu nunca tive tempo pra fazer algo além do acadêmico, eu não tenho um hobby e já estou cansado de procrastinar leituras acadêmicas. Simplesmente parece que eu vivi somente a academia nos últimos anos e agora que eu tenho mais tempo para me curtir, eu não sei o que eu gosto de fazer.

  • @luizathomaz3623
    @luizathomaz3623 6 років тому

    Eu terminei o terceiro ano do ensino médio esse ano e foi de longe a experiencia mais traumática da minha vida, eu era exigida de todos os lados para fazer tudo e ser tudo, e eu não aguentei, eu comecei a me auto-sabotar diariamente, deixando de fazer o básico porque eu acreditava que não seria capaz. Isso seguiu ate a escolha do curso que eu queria fazer na faculdade, eu acabei escolhendo algo que eu não queria porque era fácil e não ia exigir de mim nada mais do que eu me achava capaz, isso fez com que eu não estudasse e se esforçasse o meu máximo e agora que eu percebi o que eu estava fazendo e decidi seguir o futuro que eu quero eu percebi que ele é bem mais difícil do que eu pensava, e eu não estou preparada porque eu não dei meu melhor quando deveria ter dado. Não sei o que fazer, todo mundo espera que eu faça uma faculdade ano que vem e eu sei que não vou passar, mas a pior parte é só perceber agora que eu poderia.

  • @marciasouza4557
    @marciasouza4557 6 років тому

    Meu segredo para conseguir concluir o mestrado e que estou praticando também no doutorado, é levar tudo com o máximo de leveza possível. Manter uma agenda de estudos organizada sim, mas pelo menos um dia na semana, que normalmente é a sexta-feira, eu tiro para me reunir com amigos, beber e me divertir. Deixo as pressões apenas para os momentos em que o prazo está mais apertado, pois viver dois anos sob total pressão, ou quatro anos, como no doutorado, realmente nos adoece. Hoje trabalho seis horas por dia e faço doutorado, não é fácil conciliar, mas é possível. E não abro mão dos meus momentos de lazer, por mínimos que sejam, e também procuro manter uma rotina de atividades físicas, pois é isso que me ajuda a manter a sanidade nesse processo.

  • @DaviAlves-zl4pd
    @DaviAlves-zl4pd 6 років тому +1

    Me identifiquei com você! Estava cursando Letras Português em uma Universidade Federal, mas desisti, por medo, por se sentir incapaz. Logo, no primeiro dia, quando voltei da aula, cheguei à minha casa e chorei amargamente.

  • @igorluz6211
    @igorluz6211 6 років тому

    Esse vídeo resumiu meu 2017!!!! Me foquei tanto na faculdade que não conseguia fazer mais nada. No primeiro semestre do ano, fiquei acordado até as 3 da manhã (e acordando às 6) fazendo um trabalho na frente do computador por 1 semana. Isso eu estava no terceiro período, já tinha uma reprovação e estava tão frustado porque nada dava certo que decidi me isolar. Depois dessa semana acordado, tive minha primeira crise de enxaqueca (que eu não sabia o que era até então). A dor era tanta que eu não conseguia levantar da cama pra ir pra faculdade, e na única vez que eu fui passei super mal e tive que ser encaminhado pro neurologista, e faço acompanhamento até hoje. Já no segundo semestre minha vida tava uma bagunça. Novamente frustrado com a faculdade, cheio de coisas pra fazer e sem conseguir fazer o que precisava. Entrei num relacionamento, mas isso não mudou muita coisa. Até que um dia, a amiga do meu namorado me mandou um áudio falando que “eu dava mais valor na minha faculdade do que no meu namorado”. Essa frase me dói até hoje, porque parece que eu tinha uma escolha, quando eu não via essa escolha. Chorei bastante, e acabei terminando. Na virada do ano eu parei um tempo na minha cama e comecei a refletir sobre tudo o que aconteceu e, desculpe o palavrão mas, CARALHO EU SÓ TINHA ESTUDADO PRA NADA. Não consegui passar nas disciplinas, consegui uma doença crônica, terminei 2 namoros,eu não tinha curtido nada.
    Foi então que eu parei e falei pra mim mesmo “Não vai ser assim no próximo ano”. E realmente não foi!!!! Comecei a me organizar melhor e aprendi a desabafar com meus amigos. Passei mais tempo na universidade, claro, mas não sozinho porque sempre tinha alguém comigo! Passei a me olhar com outros olhos, a entender meus limites, a conhecer meu corpo e minha mente e posso afirmar que foi um ano maravilhoso.
    Por isso, pra todos os estudantes, de verdade galera, fiquem calmos! Não importa o tempo que vai demorar pra sua formatura, não importa quantas reprovações vocês têm! Se cuide, se conheça! Aproveite essa estrada, conheça novas pessoas, aprenda com elas! No fim é isso que importa ❤️
    Agora eu vou ali chorar, de felicidade porque to de férias bjs

  • @carolineparanhos5803
    @carolineparanhos5803 5 років тому

    Quando eu estava cursando técnico (que era bem puxado) eu fazia ensino médio também, e o curso que eu fazia não era algo que eu gostava mesmo o que fez tudo piorar. No começo eu ia bem, prestava atenção nas aulas etc, mas chegou um momento em que eu dormia nas aulas, chorava no ônibus, só sentia que o dia acabava quando eu chegava em casa e eu podia suspirar. Comecei a me sentir incapaz daquilo, mas não podia desistir por conta dos meus pais, então continuei, cada dia pior. Não falava com ninguém, não conseguia fazer trabalhos, eu estava um caco de tanto chorar e ainda tinha que focar no vestibular, a única coisa boa disso tudo é que as professoras notaram o meu desempenho e avisaram uma coordenadora pedagógica (acho que é assim que fala) e ela começou a conversar comigo e até tentou conversar com os meus pais para eu começar a terapia. Terminei o curso e me sinto horrivel por tudo o que passei.

  • @pinheirofam
    @pinheirofam 6 років тому +1

    Excelente video!(não esperava menos, vindo de ti! =D) A pressão da universidade é presente em todas as esferas. Sofri com essa pressão durante toda a graduação e pós graduação. Hoje, fazendo pós doc. decidi parar e tentar algumas alternativas longe da universidade, e mesmo com a decisão tomada é enorme a quantidade de pessoas que criticam. Um dos postos que sempre falo é o de saude mental, e sempre ouço piadas. =( Enfim.... um ambiente muito complicado de trabalhar...

  • @claudinefaleirogill3183
    @claudinefaleirogill3183 6 років тому

    Louie, em primeiro lugar, parabéns pela conquista! Também sou da Letras e hoje estou na reta final do doutorado. Passei por muitas situações semelhantes às suas (inclusive com a primeira prova na faculdade sendo devolvida pela professora, que disse para toda a turma que "aquilo" não era de nível superior - ora, parecia óbvio, não? A gente tinha acabado de entrar no tal "nível superior"...). Fico assustada em perceber como o ambiente acadêmico se revelou um lugar tóxico em todos os níveis. Sou professora de IF e sofro quando vejo serem reproduzidas com os alunos de Ensino Médio Técnico essas ações desumanizadoras: professores que acham que os alunos só estudam as suas matérias, pressão em busca do currículo completo, exigência de dedicação integral ao curso... Enquanto isso, na Pós-Graduação, também passei por uma grade curricular pesada, cumpri com todas as exigências e mantive conceito A em tudo. Hoje estou exausta, me falta energia e entusiasmo para concluir a tese, que deveria ser o elemento central do curso. Só quero terminar, sonho com isso, quero me livrar desse peso. Uma dica para você e para aqueles que forem enfrentar a pós-graduação: criem grupos de apoio com seus amigos para vocês exporem suas angústias e compartilharem experiências. Sério, ajuda muito saber que tem gente que te apoia e com quem pode contar. Obrigada por dividir conosco sua experiência, querida Louie.

  • @tributario588
    @tributario588 6 років тому

    Eu vivenciei exatamatamente tudo que você falou no meu mestrado. Experimentei a sensação de ser uma fraude...embora minha dissertação tenha passado pelo processo de qualificação, fui "desqualificada" tecnicamente por um orientador que guardou todas suas críticas para o dia da banca. Talvez, desta forma, pudesse exibir-se. Tive 30 dias, em época de férias de verão, para refazer a dissertação. Me tranquei sozinha...por exatos 20 dias. Manhã, tarde e noite. Depois da defesa tive que lhe dar com todos aqueles sentimentos que restaram. Mas hoje, vi que tudo valeu a pena. Ainda não estou preparada para o Doutorado...mas é uma questão de tempo. Um ano de resistência para nós. Uma forte abraço.

  • @DeboraSilva-kb2qn
    @DeboraSilva-kb2qn 6 років тому

    Eu tenho o privilégio de não precisar trabalhar durante minha graduação em História (mesmo fazendo parte de um projeto de lincenciatura), mas me dedico 100% a faculdade num nível surreal... eu deixei de fazer terapia pq isso me tomava o tempo de estar lendo artigos; deixei de fazer exercícios e ter uma alimentação mais saudável e planejada pq eu poderia estar lendo dissertações. É uma cultura mt tóxica de você se sentir o tempo todo na obrigação de não fazer nada além de se dedicar 100% ao curso, tenho síndrome do pânico e já cheguei a tomar remédios tarja preta além da conta pra tirar os meus sentimentos e focar na perfeição acadêmica. Com tudo isso eu acabo desgastando meu relacionamento amoroso, familiar e com amigos que não são da faculdade. Eu amo muito o que eu faço, mas é algo surreal como a gente se mata aos poucos por um atestado de bom aluno.

  • @Maju.m87
    @Maju.m87 8 місяців тому

    Agradeço muito a conversa, de fato é um tema muito complicado, mas que está presente nas universidades. Eu estou em uma graduação de exatas e a cobrança é até pior. Com altas taxas de evasão, principalmente das pessoas que deveriam estar presentes, da diversidade. E muitos motivos são como os que vc abordou. A individualidade, comparação constante, competição que são incentivadas entre os alunos fere e atinge muito nossa saúde mental. Temos grupos de psicólogos que buscam orientar em rodas de conversa, mas a baixa adesão mostra a dificuldade em se falar sobre o tema de forma ampla. Gosto mto do seu canal. ❤😊

  • @juliaemanuelly8863
    @juliaemanuelly8863 6 років тому +4

    Parabéns. Você falou a pura verdade! Eu por exemplo fiz dois cursos na federal ao mesmo tempo dormia cerca de uma hora ou duas por noite, depois também entrei no mestrado na federal também e concluiu tem cerca de um ano e vou te dizer acabei com minha saúde viva doente. Depois que terminei o mestrado dei um basta e comecei a olhar para mim e para minha saúde que se encontrava debilitada.

  • @amandaquilless
    @amandaquilless 6 років тому +1

    Lembro que eu estava no 2 colegial do ensino médio e onde moro faz muito calor, e todas as meninas iam de shorts para a escola e até então nunca tinha acontecido nada e normal, ai um dia, a coordenadora passou na sala e pediu para as meninas ficarem de pé e chamou eu e uma amiga minha da sala, nisso nos juntamos a algumas outras meninas e fomos passando em frente a todas as outras salas com todo mundo olhando pra fora e zoando das meninas que foram pra fora. Fomos reunidas na biblioteca e proibidas de continuar indo de shorts para a escola, porque um professor e alguns meninos tinham falado que era provocação isso acontecer... Isso foi em 2012, na época eu realmente não sabia, não falava sobre feminismo, mas eu me senti muito ofendida com aquilo tudo e eu fui a única que abri minha boca e falei que aquilo de chamar a gente pra fora, passar por todas as salas era humilhante, e que falava por mim mas eu ia de shorts pra escola porque fazia muito calor e na sala não tinha ar condicionado não. Questionei ela também porque só eu e mais uma menina da minha sala tínhamos sido chamadas pra fora e não todas que estavam de shorts (pq todo meu grupo de amigas estavam de shorts aquele dia) e ela disse que as outras eram muito magrinhas, a gente que tinha as coxas mais grossas chamávamos mais a atenção, e que meninos tinham reclamado da gente.. Eu sinceramente não sabia mais o que falar, hoje percebo como isso foi errado, como que os errados são os garotos e esses professores e não a gente, ah mas se fosse hoje o tanto que a coordenadora ia escutar, talvez me causasse uma suspensão. No fim ela foi particularmente me pedir desculpas e disse que a abordagem não foi correta, e eu nunca passei calor pq macho gosta de olhar pernas de mulher não, resistimos e continuamos indo de shorts.

  • @WallaceSCBarros
    @WallaceSCBarros 6 років тому

    Louie parabéns pelo vídeo, esse tema precisa ser discutido mesmo. Não temos solução fácil, mas se nunca conversarmos nada vai pra frente. Acabei de me formar em medicina, mas a realidade acadêmica era a minha até poucas semanas atrás. Fato é que a universidade destruiu minha saúde mental. Entrei uma pessoa saudável, que tinha tempo para estudar, treinar, sair com amigos, ficar com a família e saí uma pessoa com transtorno misto de ansiedade-depressão. O começo da minha faculdade era puxado, mas pelo menos nos 2 primeiros anos eu tava tolerando o estresse. Do terceiro ano em diante foi ladeira abaixo, nesse período além da faculdade (que já consumia pelo menos 02 turnos), era esperado que você corresse atrás de estágios extracurriculares (fazendo você sacrificar um terceiro turno caso conseguisse o estágio), fosse apresentar trabalhos em eventos, participasse de congressos e tudo o mais.
    Não sei nem como virei quem sou hoje, porque me lembro de ser uma pessoa extremamente positiva no começo do curso, surgisse o problema que fosse eu sempre ia dizer que havia algum caminho, ou que tinha um lado bom e o lado ruim nem era tão ruim. Mas daí o negócio todo desandou, a gente vai passando por semestres com 10-12 matérias, as quais somadas geram cargas semestrais de 800-840 hrs, eu vi que muita coisa tive que estudar pra prova, sem de fato poder compreender o conteúdo. E essa situação é 100% validada pela academia, não existe um sistema de suporte, não existe um preocupação real com a saúde mental dos acadêmicos. Lembro que no meu sétimo período, fui conversar com a professora de geriatria, eu havia tirado nota muito baixa na matéria dela, e fui pedir indicações de livros bons, mas resumidos. Ela olhou pra mim como se fosse inaceitável alguém estudar por livro resumido e disse: "Vocês estão na época de estudar por tratado!". É como se, eles nem se apercebessem que já tínhamos cerca de 6hrs de aula por dia, e cada professor queria que todo mundo estudasse a matéria dele como se só ela fosse importante. Lembro que quase metade dos meus colegas de sala passou a precisar de anti-depressivos, muitos com TAG, outros pânico, outros depressão, insônia, outros tentaram suicídio e por aí vai... Mas parece que se apenas um aluno consegue fazer tudo isso sem adoecer, todos outros que não conseguiram são fracos, ou inúteis, ou fazem drama e muitos ficam nesse discurso raso até que ocorre um suicídio.
    Comecei a ficar pessimista, o tempo todo irritado (sempre fora deboísta), não gostava da minha aparência, nem da produtividade. Quando tirava um domingo para ver séries, depois vinha um peso na consciência gigante, como se eu fosse um completo vagabundo. Eventualmente me toquei que precisava de ajuda e procurei apoio psiquiátrico e psicológico, ainda assim levou quase um ano para que me reconstruísse e voltasse a ter parte da minha antiga positividade. Consegui sair do buraco, hoje estou estável, ainda com apoio de medicação, mas pelo menos agora consigo entender melhor o que são preocupações reais e que são fantasmas criados pela minha mente. Agora formado, existe a pressão para encarar uma residência, que todos dizem ser pior que a faculdade, conscientemente, já adiei esse processo porque sei que preciso me recuperar 100% antes de encarar outra barra.

  • @MrVivipink
    @MrVivipink 6 років тому

    Vc conseguiu descrever exatamente como me senti ao longo de 2018, apesar de estar apenas no 6° semestre do curso de fisioterapia esse ano foi punk. Houve um aumento nas demandas e o mais engraçado é que as pessoas acham que só por não trabalhar vc precisa dedicar seu tempo integral a faculdade. Quando no mês de Dezembro cheguei a crises de exaustão e chorava compulsivamente ainda encontrei o gente pra rir da minha cara e dizer o que eu não tinha o direito de me cansar pq não preciso trabalhar, como se dar conta da demanda de diversas disciplinas e ainda por cima fazer viagens exaustivas de casa para a faculdade (tem dias que passo mais de duas horas dentro de um Ônibus). Houve dias que precisei sair de casa às 05:30 da manhã e só cheguei às 23:45, por estar cursando disciplinas pela manhã e pela noite. Foi um ano tão difícil, sei que por ser uma garota negra, do subúrbio e sem poder aquisitivo, estar na faculdade sem precisar trabalhar é um privilégio. Mas graças a isso nos consumimos mais com as demandas e tentamos nos dedicar ao máximo, deixando de lado nossa saúde física e mental. Estou escrevendo isso é só consigo chorar pq não sei o que será de mim próximo ano, sei que às demandas serão ainda piores, vou começar meu tcc e isso já gera uma ansiedade. Sei que não estou sozinha e fico feliz que este tema esteja sendo debatido. Te amo Louie!!!

  • @jhenisnow3180
    @jhenisnow3180 6 років тому

    No video todo queria te abraçar. Sempre fui "sozinha" no mundo. Pobre mas passei em uma universidade pública que fica na cidade ao lado. Na primeira semana já sabia que não ia conseguir por que sou pobre mesmo. Mas fui pela cabeça dos outros e continuei atráves de doações no primeiro ano. Amei o curso mas com certeza as coisas teriam sido diferentes se eu pudesse ter pago transporte, xerox, roupas e calçados e o que me fez decidir mesmo parar: Comida. Não tinha o que comer. Passava o dia inteiro na universidade pois meu curso era integral e quando chegava em casa desmaiava. Não conseguia estudar mas como eu não faltava acabei concluindo o primeiro ano por causa de ter ido a aula e ter escrito tudo o que os professores falavam. Segundo ano reprovei em tudo, até por falta e comecei a fazer o segundo ano de novo mas tava acontecendo de novo e eu decidi parar. Sem apoio como sempre (Não tinha amigos ou parentes que podiam me ajudar psicológicamente). Hoje tenho certeza que tinha depressão. Acho que até hoje tenho. Mas ainda sem dinheiro pra tratamento psicológico. Amei o curso mas eu sabia desde a primeira semana que eu deveria arrumar um emprego pra um dia poder pagar.
    Obs: Lembrei de um episódio que me abalou muito. Tava dificil eu ir na facul por causa de uma infecção no ouvido que eu tinha e infelizmente não tinha o costume de ir no médico por que era menor de idade e precisava de um responsável, então não tinha esse costume. Fui em uma professora e pedi se ela tinha as faltas por que eu já sabia que tinha reprovado por falta mas tinha a esperança de que tivesse errado as contas. Quando contei pra ela que havia faltado muito porque estava doente (não disse que era fisico e psicológico, só disse doente mesmo). Ela riu na minha cara. Aquilo me desestabilizou de um jeito que eu fiquei desolada sem saber o que fazer. No fim só fui pra casa e não fui mais na aula dela. Já tinha reprovado.
    Obs again: Lembrei de uma episódio que nunca saiu da minha cabeça. Um professor bem velho. Quase se aposentanto falou pra turma toda que ele não se importava como você ia conseguir concluir o curso, fosse com ajuda psicógica ou fosse abdicando matérias pra poder trabalhar. Que ele não se importava. Isso também me marcou durante o tempo que fiquei na facul.

  • @lalalsm
    @lalalsm 6 років тому

    Mal começou o vídeo e eu já estou absolutamente tocada. Eu tive um período escolar muito difícil, apanhei durante o fundamental além de ser excluída pelas pessoas, tudo isso durante o divórcio dos meus pais. Desenvolvi pânico e depressão com 12 anos. Tive que ser trocada de escola no nono ano pois eu tava ameaçada de apanhar por uma menina que estava com muita raiva que eu contei que ela me assediou e ela foi suspensa (ela era um ano mais velha e eu fiquei apavorada). No ensino médio, eu passei por relacionamento abusivo e abuso sexual, entrei numa depressão pior ainda e tentei suicidio no final de 2015. No início de 2016, ano em que me formei, desenvolvi bulimia, eu vomitava quase todos os dias durante meses. Minhas notas nunca caíram, mas eu dei sorte, eu sempre gostei de estudar mas fazer os dois estava me matando. Não passei numa federal e fiquei seis meses no cursinho em constante processo depressivo, dormindo muito e não querer estudar mais nada. Não passei, fui para a privada (privilégio). Em abril desse ano eu estava tão sobrecarregada que eu tive uma crise de burnout que quase me levou pro hospital, e desde então perdi gosto pra estudar. Amo meu curso, amo o conteúdo que eu estudo mas tudo isso acabou comigo. É um ambiente tóxico, tanto que recentemente eu tive uma crise de burnout que me levou pro hospital. Eu não tenho nem 20 anos. Tive muitas vitórias esse ano, mas foi um ano muito difícil, quase tentei suicidio novamente por estar indo mal na faculdade e estar com problemas pessoais. Esse vídeo é MUITO importante.

  • @Leo82024
    @Leo82024 6 років тому

    2018 foi o ano mais bizarro da minha vida, finalmente depois de 3 anos consecutivos consegui ingressar na universidade. Só não contava que ficaria extremamente estressado e abalado emocionalmente com ela. Passei em uma universidade particular e graças a um programa social hj partilho de um espaço que também é meu por direito, meus estresses emocionais começaram no final do primeiro semestre de onde herdei 3 DPS, ver minha turma toda comemorando por ter passado e somente eu ter ficado pra trás me deixou muito triste. Nunca fui um ótimo aluno e diferente da maioria dos meus colegas eu tenho que trabalhar e viajar todos os dias pra conseguir estudar, saio de casa as 5:30 da manhã e retorno as 22:30 morrendo de vontade de dormir. Toda essa rotina me afetou completamente, logo vi que precisava de ajuda e decidi procurar um psicólogo e começo minhas seções no próximo mês. Tem sido muito difícil mas sei que vou conseguir, falar sobre saúde mental na universidade é muito importante! Obrigado Louie ❤️

  • @raissacaetano9549
    @raissacaetano9549 6 років тому +5

    Louie, grava um vídeo sobre ansiedade,(suas experiências, sintomas, como ajudar e se ajudar, etc)

  • @filomenamehendi
    @filomenamehendi 6 років тому

    Eu fiz o meu curso enquanto trabalhava e foi muito difícil, porque a faculdade é cara, então eu tive que ter dois trabalhos para poder estudar e pagar todas as contas. Foi um momento muito gratificante na minha vida, mas muito duro, também. Meu dia começava às 6h da manhã e terminava depois da meia-noite. Eu dormia pouco e ficava constantemente cansada. Havia muitos dias em que eu chorava ou sentia tonturas, apenas porque eu precisava dormir. Por isso, eu valorizo o esforço que você fez e sei que dói. Muitos parabéns!

  • @culpritgames
    @culpritgames 6 років тому +2

    Me vi nesse vídeo. Terminei um ensino médio técnico aos 18, onde eu tinha cerca de 19 matérias por ano, cada uma com suas exigências...desenvolvi ansiedade por conta de tudo isso e no ano do vestibular, quadro depressivo.
    Agora, na graduação - com 19 - passo 16 horas na faculdade porque não tenho condições de estudar em casa. Mal como, mal durmo... são duas horas pra ir e pra voltar pra casa...ser bolsista em faculdade particular é só somar mais pressão encima. :(

  • @laninhabeagle
    @laninhabeagle 4 роки тому +2

    Meu deus, resumiu toda minha faculdade. Que desespero que me dá. A terapia me salvou TB, mas ainda assim me sinto.muito mal, sinto que sou a única na faculdade q n tá dando conta

  • @eduardaluna9998
    @eduardaluna9998 6 років тому

    Desde que eu entrei no ensino médio - à dois anos atrás - estou passando por mtas situações que eu não gostaria, mas que estão me moldando como pessoa, eu acho.
    Tipo, me descobrir bi foi um tiro na testa. Conviver com as expectativas dos meus pais está me fazendo sufocar, pq eles estão sempre falando sobre como esperam que eu cresca financeiramente, construa uma família - e, sempre citando que querem um genro, como se isso fosse o ponto principal da minha futura familia, e nao o amor ou algum tipo de sentimento relacionado.
    Crises de ansiedade começaram a fazer parte do dia à dia, e eu acabo ficando com medo de interagir com pessoas, pq a única coisa que eu fico repetindo mentalmente enquanto elas conversam é "não tenha uma crise", diversas vezes seguidas e de forma automatica, o que acaba me fazendo ter uma crise, eventualmente.
    E, também tem o fato de que ninguém parece entender que eu não sou obrigada a já saber o que eu quero fazer com minha vida inteira AOS DEZESSEIS ANOS.
    Chega à ser frustrante que agora, eu entenda uma frase que meu primo me disse assim que eu entrei no primeiro ano: "Tente sobreviver mentalmente são ao ensino médio, e falhe miseravelmente."

  • @raquelmomedeiros
    @raquelmomedeiros 6 років тому

    Durante todo o vídeo eu só lembrei de um prof meu, de uma disciplina que cursei esse semestre... Sou doutoranda em CSo, prof de Ensino Fundamental e sempre trabalhei durante a graduação, mestrado e, agora, no doutorado. Nunca tive a opção de não trabalhar, pois sou uma das provedoras da minha casa, onde moramos eu, meus irmãos e meus pais. Mesmo com bolsa, ficar sem trabalhar seria viver (ainda mais) apertada, então preciso trabalhar. Pra piorar, ainda mudei de cidade, pq era do Rio e estudo na federal de Juiz de Fora, além de meu pai ter passado por uma cirurgia gravíssima esse ano, com sério risco de morte. Resultado: em todas as aulas, estava sempre exausta. No primeiro dia de aula dessa disciplina, meu prof olhou pra mim e disse, sem conhecer nada da minha história (somente tinha sido aluna dele numa obrigatória do primeiro semestre): "Animação, Raquel. Aproveita que a vida de vcs é mais fácil e vcs têm tempo." Não respondi nada, pq não tinha nem forças pra responder. Isso sem contar o sofrimento de ser uma mulher num ambiente extremamente machista (o meio acadêmico é, em geral, e as CSo são mto mesmo), onde os profs e estudantes homens se apropriam da nossa fala como se fosse pra nos corrigir ou desqualificam nossa fala o tempo inteiro (isso qdo minha fala não é simplesmente cortada, pq não fiz CSo na graduação e no mestrado e não conheço termos que são comuns a quem é da área há mais tempo). Fiquei extremamente feliz em ser aprovada num doutorado de uma área que amo, mas me sinto extremamente culpada por mtas vezes não querer ir pra aula, pq sei de todas essas coisas que vou encontrar lá.

  • @larissaandressa7916
    @larissaandressa7916 6 років тому

    Nossa, esse vídeo é um alívio pra minha mente que sempre questionou todo esse excesso de exigências que matam por dentro e que sempre foi respondida pelos superiores acadêmicos com "essa é a única solução". E eu nunca achei que fosse.
    Eu estudo num Instituto Federal do Rio Grande do Norte e faço o curso de informática. Que envolve programação, redes de computadores, manutenção de computadores, entre outros. Além disso, nós também cursamos o ensino médio com as matérias comuns que vocês já conhecem. Sinceramente é a melhor escola a qual já tive a oportunidade de conhecer. Entretanto, a cobrança excessiva e a falta de empatia para conosco é um problema que, pessoalmente, me afeta muito. Eu não sou a aluna destaque da turma. Nem ao menos chego perto disso, mas sei que me esforço e é doloroso quando não há essa compreensão. Parece que mesmo depois de muita coisa ser concluída com sucesso, a única que dá errado preenche toda a minha cabeça com um sentimento de insuficiência.
    Esse ano também foi, academicamente falando, um momento muito complicado pra mim e mesmo depois das férias eu sentia que tinha algo pra fazer e tá muito difícil relaxar ainda, sabe?Tá difícil cair a ficha de que eu posso relaxar agora.

  •  5 років тому

    Oie Loie tudo bem ? Eu te acompanho a muito tempo e não sei como não tinha visto esse vídeo ainda, é um fato extremamente importante que você tratou, afinal de contas essas coisas acabam sendo realmente naturalizadas. E isso não pode acontecer, sabe sempre foi o meu sonho cursar medicina veterinária e logo que sai do ensino médio eu entrei na faculdade, com 17 anos estava extremamente perdida e realmente passei por muitas dificuldades, através das cobranças que a própria graduação te impõe, o fato da família não depositar muita confiança e isso afeta demais o emocional, lembro que quando entrei eu não sabia como se estudar corretamente e também não tinha tanta maturidade pra estar em uma universidade, assim eu tinha certeza do que queria cursar, mas não tinha ideia de como é a graduação. Com tudo isso assim como você mesma citou os professores esperam que você já venha sabendo de tudo, e não são coisas tão fáceis de se encontrar e isso é um grande problema. Ao final do semestre ainda peguei dois exames e isso foi uma grande frustação, me esforcei muito pra passar foram noites de estudos perdidas, e graças a deus passei. Já no meu segundo semestre eu evolui muito, porém me veio a cobrança de estágios e também o fato de saber que não posso errar. Ninguém me aceitava em clínicas e hospitais e a frustração foi ainda maior, demorei pra conseguir me adequar a faculdade, e mesmo hoje estando no segundo ano, ainda passo por essas dificuldades diárias, assim como você também tenho um canal e ele fica parado por meses, principalmente em época de provas, é complicado pois não consigo sair com minha família, quase não durmo, e também não tenho conseguido um trabalho por saber o quão prejudicial isso vai ser! Meus parabéns te admiro demais por trazer esse assunto!😉😉👏👏👏❤

  • @nathaliaramos9118
    @nathaliaramos9118 6 років тому

    A vida acadêmica é uma ilusão! Quando estamos em época de pré vestibular achamos que assim que entrarmos na faculdade todomo sofrimento, pressão vindo de todos os lados e etc vão acabar mas quando estamos lá dentro vemos a verdadeira face da vida acadêmica... Esse ano foi tão stressante pra mim que estou até com medo do próximo ano... Tive tantas crises de enxaqueca e de ansiedade que não vejo a hora de me formar e sair daquele lugar... Estou indo para o 3° semestre mas minha saúde mental já está na limite

  • @raissabarreto4894
    @raissabarreto4894 6 років тому +1

    Parabéns pelo vídeo. Obrigada por expor aqui as suas experiências, a partir delas me fez perceber que eu n tô sozinha nesse mundão.
    Sou estudante de uma escola federal, onde tudo é muito puxado, tudo é muito complexo. Em um trecho do seu vídeo sobre procrastinação eu me identifiquei, é realmente um grande ciclo. É difícil viver o presente, simplesmente a minha cabeça vive me dizendo que eu tenho que fazer algum trabalho ou estudar pra alguma prova e eu simplesmente não consigo parar de procrastinar.
    Depois que entrei no IFBA minhas crises de ansiedade aumentaram, tive diversos ataques de pânico e problemas de concentração. É muito difícil lidar com esse tipo de coisa quando não se tem apoio, quando não se tem terapia ou algo que ajude a lidar com toda essa confusão todos os dias.
    Os esforços são grandes, noites quase sem dormir, passar o dia todo na escola e as vezes sem comer, porque o tempo que eu "perco" comendo eu poderia ta finalizando algum trabalho ou algo do tipo.
    Agora mesmo eu estou de férias (por um mês apenas, risos), mas a minha cabeça só quer que eu pense nos trabalhos de férias que os professores passaram, nas atividades, nos problemas que tenho que resolver relacionados ao If. Depois que eu entrei no IFBA eu desencadeie vários problemas psicológicos, físicos e sociais. Cada dia é uma etapa diferente, cada dia é um degrau diferente pra subir. E infelizmente não é algo que apenas eu ou meus amigos passam, é um problema universal dentro daquele lugar.

  • @CamilaSantos-dg6pt
    @CamilaSantos-dg6pt 6 років тому

    Esse video é tão necessário. Faz quase 3 anos que eu tranquei meu curso e não consigo voltar. Na época, eu fiz isso pra evitar que algo pior acontecesse, porque minha saúde mental tava péssima. Eu não tinha ânimo pra nada, eu não via sentido pra nada, cogitei suicídio dezenas de vezes e comecei a me comportar de uma forma autodestrutiva, porque não conseguia encontrar um rumo pra minha vida. Meu desempenho acadêmico despencou, comecei a faltar muitas aulas, porque não conseguia me concentrar e no meio disso, eu ainda me culpava por tudo de ruim que estava acontecendo. Resolvi trancar e pensei "quando eu melhorar, eu volto". E o problema é que eu até melhorei, mas dentro de mim ainda existe uma insegurança gigantesca sobre várias questões que eu vou ter que voltar a enfrentar e ao mesmo tempo essa cobrança de que quanto mais tempo levo pra decidir, mas tempo eu perco. Sei que preciso de ajuda profissional o quanto antes, mas ver vídeos sobre isso, ajudam, porque abre esse espaço pra gente conversar, o que é bem mais difícil entre amigos e/ou família (no meu caso).

  • @tainaraalmeida585
    @tainaraalmeida585 6 років тому

    Então minha história com a universidade se iniciou no primeiro vestibular que fiz coincidentemente fiz aos 16 anos. Em todos os momentos da graduação desde o primeiro contato, tudo me gritava que eu não tinha capacidade de estar naquele espaço que ele não me pertencia. Venho de uma família humilde e nunca tive contato com museus, grandes bibliotecas nem nada do tipo. Cada pessoa que eu conhecia eu via que a minha realidade era totalmente diferente e que eu tinha que esforçar mais que os outros estudantes pra permanecer. Nesse processo minha saúde mental se deteriorou, minha familia sabia que tinha algo errado, amigos também, me afastei de todos só não da minha família porque enfim eu morava com eles e eles não sabiam como me ajudar. No segundo semestre tive que escutar de uma professora conceituada e extremamente importante pra minha área que eu só tinha 17 anos e não tinha capacidade cognitiva, nem maturidade pra estar numa universidade, ela não sabe o que me causou, mas esse sentimento de não pertencimento me acompanhou até pouco tempo. Enfim depois de 2 anos afastada voltei esse semestre e dia 07/12/18 apresentei a minha monografia, sou bibliotecária aquilo que sempre sonhei ser e finalmente consegui meu diploma.

  • @marciliomariano5583
    @marciliomariano5583 6 років тому

    Oi Louie, no meu 1 ano do ensino médio eu adoeci e passei um tempo afastado do colégio, foi ai que busquei ajuda e fui diagnosticado com fobia social, ansiedade e inicio de depressão, não consegui de forma alguma pisar na escola, acredito que o Bullying q eu sofri por não estar dentro do padrão de masculinidade esperado pela sociedade tenha contribuído pra isso. Por fim acabou que o tratamento deu super certo e no meu 3 ano do médio eu estava ótimo, outra pessoa.
    No ano posterior ao meu 3 ano entrei no curso de Engenharia Civil, e ai tudo começou a desandar, eu não era competente o suficiente e o curso começou a me sugar, meu quadro de ansiedade retornou e tive que voltar a fazer tratamento, atualmente to no 7º período e aliado as eleições meu quadro depressivo retornou, sigo fazendo tratamento mas estou bem mal na faculdade e isso ta me desgraçando ainda mais, enquanto isso tenho que ouvir das pessoas que universidade é assim mesmo, é normal e tem de ser assim.

  • @vegkaria
    @vegkaria 6 років тому +2

    Parabéns Louie muito legal você ter conseguido! Quando eu estava na graduação eu dei uma surtada total. Larguei uma habilitação, parei 1 semestre. Foi bem bad porque eu estava no curso q eu queria (tb foi Letras!) e que foi a realização de um sonho. Mas trabalhar e morar muito longe com a faculdade, entregar tudo e manter a média alta era muito pesado (e eu sempre me cobrei muito). Eu lamento muito ter largado uma habilitação e nem acreditei quando vi meu diploma do Português. E tinha professores que não respeitavam os alunos que moravam longe. Eu tinha medo de não chegar em casa por não ter mais ônibus e chorava muito. Esse negócio do trabalho acadêmico também pesou, porque a gente estava aprendendo a falar frases simples em Francês na aula de língua, mas tinha que analisar Baudelaire na de Introdução à Literatura. Eu achava isso muito fora da realidade. Foi uma pena ter que ser assim. Não consegui ir pro mestrado porque fui trabalhar em outra área e é meio frustrante. Mas um dia pode ser q eu volte kkk. Temos que falar mais sobre isso mesmo.

  • @alinerafaella1649
    @alinerafaella1649 6 років тому

    Tudo verdade!!! Muita gente não sabe ou não entende a pressão que é uma Universidade. Passei por algumas coisas que vc relata nesse vídeo. Infelizmente é a realidade de muitos jovens e que alguns encontram o suicídio como saída. Isso não é normal. Não é normal vc ser humilhado por um professor, não é normal essa pressão pra ter o currículo lattes perfeito, não é normal você prejudicar a sua saúde física e mental, não é normal a Universidade gerar ansiedade e fobias. Graças a Deus eu tive o privilégio durante minha graduação de ter um lar estruturado e não passar por mais uma fonte de pressão psicológica, de poder adquirir meu material acadêmico e de ter um suporte fraternal entre os colegas de sala. Mas que sabemos que isso é uma realidade de poucos. E isso não é normal.

  • @danielasilva3570
    @danielasilva3570 6 років тому +4

    Passo pelos mesmos processos. Mas moro a 3 h da Universidade, na periferia, trabalho a tarde toda para ter uma fonte de renda de terça a domingo e não consigo fazer terapia. A vontade de desistir é grande.