audiolivro - PAUL SWEEZY - TEORIA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA (11)

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  • Опубліковано 9 лип 2024
  • Capítulo X: Crises de Realização
    1. Crises Provocadas pela Desproporção
    Marx considerava que uma crise geral e a superprodução poderiam resultar da perturbação parcial do processo de produção e circulação. Se todas as mercadorias fossem vendidas pelos seus valores, as proporções relativas na produção estariam corretas. No entanto, os capitalistas não conhecem essas proporções a priori, resultando em superprodução ou subprodução, refletidas em preços superiores ou inferiores aos valores. Essa desproporção pode causar uma interrupção do processo de circulação e levar a uma crise geral se atingir os principais artigos de comércio.
    A desproporção tem suas raízes no caráter anárquico, não-planificado da produção capitalista. Essa condição é aceita por todas as escolas de teoria econômica, embora os clássicos acreditassem que o processo de adaptação seria regular e contínuo. No entanto, crises são inevitáveis devido à natureza imprevisível da produção capitalista, como argumentado por Tugan-Baranowsky. Ele rejeitou as explicações de Marx sobre a tendência decrescente da taxa de lucro e o subconsumo, afirmando que a desproporção entre os vários ramos da produção é a principal causa das crises.
    Tugan-Baranowsky influenciou significativamente o pensamento econômico marxista e não-marxista. Ele argumentou que, com planejamento adequado, a produção social poderia evitar crises, mesmo com consumo restrito. No entanto, essa visão foi criticada por muitos marxistas que afirmaram que o capitalismo, com suas contradições internas, inevitavelmente leva a crises, independentemente de qualquer planejamento.
    2. Crises Provocadas pelo Subconsumo
    A teoria do subconsumo sugere que o capitalismo tem uma tendência inerente a expandir a capacidade de produzir bens de consumo mais rapidamente do que a demanda por esses bens. Isso resulta em uma desproporção entre a produção e o consumo, levando a crises ou estagnação.
    Marx reconheceu essa contradição fundamental do capitalismo: a produção visa a expansão do valor de troca, não do valor de uso, o que resulta em um consumo restrito pelas massas. Mesmo quando a capacidade produtiva aumenta, a capacidade de consumo permanece limitada devido à distribuição desigual de renda. Isso leva a períodos de superprodução e crise, seguidos por estagnação até que novas oportunidades de investimento surjam.
    Teoria do Subconsumo
    A teoria do subconsumo baseia-se na tendência dos capitalistas de acumular uma proporção crescente de mais-valia e investir uma proporção crescente dessa acumulação em novos meios de produção. Isso resulta em uma taxa de crescimento do consumo menor do que a taxa de crescimento dos meios de produção, levando a uma desproporção entre a oferta e a demanda de bens de consumo. Essa desproporção pode manifestar-se em crises ou estagnação.
    A teoria do subconsumo não contradiz a teoria da desproporção; ao contrário, é uma forma específica de desproporção inerente ao capitalismo. Lênin e Bukharin reconheceram essa relação, afirmando que o subconsumo é um aspecto da desproporção na produção social.
    Conclusão
    A teoria do subconsumo oferece uma explicação para as crises capitalistas, destacando a contradição entre a necessidade dos capitalistas de expandir a produção e a restrição do consumo pelas massas. Embora Marx não tenha desenvolvido detalhadamente essa teoria, suas observações indicam que ele reconhecia a importância do subconsumo na dinâmica das crises capitalistas. A formulação moderna dessa teoria pode ajudar a entender melhor os ciclos econômicos e as crises no capitalismo avançado.

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