@@MauricioPereiraTube Pois é,o disco dele tem uma estética muito poética alcançada pelos timbres diferenciados. Esperando ansiosamente para o próximo disco dele
Segue minha interpretação pessoal sobre esse poema, que ao meu ver versa sobre amor e sexo: Beijar-te e fazer sentido O "fazer sentido" nesse verso pode ser entendido de duas formas: 01) que quando o eu lírico beija a interlocutora esse beijo tem significado, é um beijo que materializa um sentimento entre os dois que vai além do puro ato de beijar, um sentimento de amor, de completude e coerência com o mundo como um todo 02) como o ato de "fazer sentir", sendo que o beijo pode levar o eu lírico e a interlocutora a sentir, fisicamente, sensações. Querer-te E me sentir feito um foguete Que prosseguiu subindo Pra Marte Essa estrofe pode ser interpretada tanto como 01) o eu lírico se sente em ascensão (de felicidade, de paixão, de proximidade com a interlocutora) até, de fato, amar a interlocutora (pra Marte = pra amar-te) 02) O foguete é o órgão genital do eu lírico, que após beijar e sentir sensações físicas (beijar-te e fazer sentido) sobe até atingir Marte (que pode ser tanto o planeta quanto a própria interlocutora), ou até o amar-te (fazer amor). Onde te viu sorrindo E é lindo Um foguete querer-te e ter-te Aqui o eu lírico continua sendo representado pelo foguete, e a interlocutora, por Marte, que ao mesmo tempo, se trata do verbo amar. E infindo O dever de beijar-te as partes do mundo Em que escondes teus pensamentos Profunda Aqui o eu lírico está 01) beijando as partes da interlocutora, inclusive partes profundas, em que desejos eróticos são escondidos; 02) paralelamente, está apreciando todos os aspectos da personalidade da interlocutora, inclusive aspectos profundos da psique, onde estão escondidos seus pensamentos. Devoção sem nenhum respeito Pressinto Que é o amor se chocando a um tempo de espanto Nesses versos o eu lírico emenda o adjetivo “profunda” da estrofe anterior e traz, na próxima estrofe, a mesma palavra com o significado de advérbio de intensidade, de forma que completa a frase “profunda devoção sem nenhum respeito”. Aqui torna mais claro o fato do poema se tratar de um tema não só romântico e devocional, mas também físico e erótico, já que o eu lírico, apesar de sentir profunda devoção pela interlocutora, não a trata como um ser inacessível, tal qual a devoção masculina às damas do trovadorismo ou do romantismo de segunda geração, mas sim com uma devoção sem respeito, ou seja, de forma obscena, palpável, real e erótica. Nesse contexto, o eu lírico “pressente”, brincando novamente com o verbo “sentir” (sentir sensações físicas), que o amor se choca a um tempo de espanto. O chocar se refere ao “foguete” do eu lírico, que se choca a Marte, à espantosa, desconhecida e profunda Marte. De beijar-te e se ver Sentindo o encanto De beijar-te e fazer sentido Nesses versos, o eu lírico retoma, em um ciclo, ao “beijar-te” para finalizar o poema, sinalizando o espanto e de amar (devoção) e beijar (erótico) ao mesmo tempo, e reiterando que sente (literalmente) o encanto de beijar e fazer sentido (sentir sensação física ou sentir como significado além do beijo).
BRAVO ! 🎉
Pai e filho em total sintonia. Que leveza
Parabéns!!!!!
Obrigado. Um clássico. 🤝
Eu preciso da letra MDS! Maurício quê genialidade, incrível e triste descobrir só agora suas músicas. Vou levar mesmo pro resto da vida essas canções.
Conceitual o microfone do telefone,amei
Coisa do Chico, essa geração dele caça a poesia tbem no timbre, né?
@@MauricioPereiraTube Pois é,o disco dele tem uma estética muito poética alcançada pelos timbres diferenciados. Esperando ansiosamente para o próximo disco dele
isso é ouro puro
O DEVEER DE BEIJAR-TE ÀS PARTES DO MUUUNDO
Cantando alto pela casa nessa solidão pandêmica
Segue minha interpretação pessoal sobre esse poema, que ao meu ver versa sobre amor e sexo:
Beijar-te e fazer sentido
O "fazer sentido" nesse verso pode ser entendido de duas formas: 01) que quando o eu lírico beija a interlocutora esse beijo tem significado, é um beijo que materializa um sentimento entre os dois que vai além do puro ato de beijar, um sentimento de amor, de completude e coerência com o mundo como um todo 02) como o ato de "fazer sentir", sendo que o beijo pode levar o eu lírico e a interlocutora a sentir, fisicamente, sensações.
Querer-te
E me sentir feito um foguete
Que prosseguiu subindo
Pra Marte
Essa estrofe pode ser interpretada tanto como 01) o eu lírico se sente em ascensão (de felicidade, de paixão, de proximidade com a interlocutora) até, de fato, amar a interlocutora (pra Marte = pra amar-te) 02) O foguete é o órgão genital do eu lírico, que após beijar e sentir sensações físicas (beijar-te e fazer sentido) sobe até atingir Marte (que pode ser tanto o planeta quanto a própria interlocutora), ou até o amar-te (fazer amor).
Onde te viu sorrindo
E é lindo
Um foguete querer-te e ter-te
Aqui o eu lírico continua sendo representado pelo foguete, e a interlocutora, por Marte, que ao mesmo tempo, se trata do verbo amar.
E infindo
O dever de beijar-te as partes do mundo
Em que escondes teus pensamentos
Profunda
Aqui o eu lírico está 01) beijando as partes da interlocutora, inclusive partes profundas, em que desejos eróticos são escondidos; 02) paralelamente, está apreciando todos os aspectos da personalidade da interlocutora, inclusive aspectos profundos da psique, onde estão escondidos seus pensamentos.
Devoção sem nenhum respeito
Pressinto
Que é o amor se chocando a um tempo de espanto
Nesses versos o eu lírico emenda o adjetivo “profunda” da estrofe anterior e traz, na próxima estrofe, a mesma palavra com o significado de advérbio de intensidade, de forma que completa a frase “profunda devoção sem nenhum respeito”. Aqui torna mais claro o fato do poema se tratar de um tema não só romântico e devocional, mas também físico e erótico, já que o eu lírico, apesar de sentir profunda devoção pela interlocutora, não a trata como um ser inacessível, tal qual a devoção masculina às damas do trovadorismo ou do romantismo de segunda geração, mas sim com uma devoção sem respeito, ou seja, de forma obscena, palpável, real e erótica.
Nesse contexto, o eu lírico “pressente”, brincando novamente com o verbo “sentir” (sentir sensações físicas), que o amor se choca a um tempo de espanto. O chocar se refere ao “foguete” do eu lírico, que se choca a Marte, à espantosa, desconhecida e profunda Marte.
De beijar-te e se ver
Sentindo o encanto
De beijar-te e fazer sentido
Nesses versos, o eu lírico retoma, em um ciclo, ao “beijar-te” para finalizar o poema, sinalizando o espanto e de amar (devoção) e beijar (erótico) ao mesmo tempo, e reiterando que sente (literalmente) o encanto de beijar e fazer sentido (sentir sensação física ou sentir como significado além do beijo).