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Acredito que discordar ou debater as ideias é essencial e o Professor Humberto, pra mim, nem criticou o Jessé, mas agregou e ampliou a linha de raciocínio dele. O meu ponto de vista é que o Jessé faz uma análise psicossocial que tambem é super válido, porque somos indivíduos Biopsicossociais. Qualquer ideia é construída através da linguagem. O neoliberalismo nos púlpitos através da ideologia da prosperidade, palestras motivacionais através da PNL ( Programação Neuro linguística), que gradualmente modificam o comportamento social. Nao é apenas a discrepância social, mas as ideais dominantes que influenciam o comportamento coletivo. Acredito que esse seja o contexto discutido por Jessé . Mas sem nenhuma critica ao Professor Humberto e ao Jessé. São muitas perspectivas e a partir delas a gente vai construindo outras.
Falou muito bem, m amigo. São pontos de vista diferentes. Jessé pega pelo lado biopsicossocial. Ele dialoga também com Freud e daí pra diante. Prof. Vladimir Safatle também é um marxista mas que explora esta faceta para além do materialismo dialético de Marx. Não tem uma visão só que consiga explicar TUDO. E eu me formo no conjunto das ideias destes grandes pensadores. O importante é a CRÍTICA. Isto é o pensamento que pauta a Esquerda. O debate.
Perfeito, Andreia. Humberto contestou alguns pontos do Jessé em que os dois estão corretos, as coisas se conectam. Talvez tenha faltado ao Jessé citar ideologia, que tem sido um termo muito mal tratado e mal compreendido (assim como política, que se tornou sinônimo de política institucional partidária).
Os marxistas sentem ódio do mundo como ele é, não tiro a razão deles neste sentido. Mas em muitos pontos sim, a soberba prevalece de uma forma que mesmo uma pessoa de fato com dúvidas é atacada. Eu já vi isto e muito, tem pelo menos uma década. De todo modo, os reacts tem essa faceta de polemizar, normal, é do jogo, importante é captar os conceitos. Como exemplo, este que ele mencionou: "sempre prestem atenção em quem é o mensageiro, pois é uma falácia acreditar que todo mensageiro possui neutralidade". Não foi exatamente com estas palavras, mas este é um ponto chave de percepção.
Colocação perfeita humberto!! Estou usando os videos do jesse como degrau para o marxismo. Foi a maneiras gradual que achei pra trazer as pessoas que se dizem de direita para a realidade
@edofragoso agora ao primeiro momento e um choque saber que ele é um produto de exploração de que hj construímos as pirâmides pro farol que alguns dentre nós adoram
Não deixa de ser compreensível o ponto de vista do Jessé. É que os mais pobres são tão desamparados de tudo, que para eles (eu me incluo e falo por mim também) a diminuição da renda a ponto de não mais poder "comer bem" como nos acostumamos nos primeiros governos do PT, é o que realmente nos faz sentir o peso mais doloroso da pobreza. É quando realmente nos sentimos pobres. Não é o tênis ou a roupa de marca, nem o carro ou a casa própria, mas não ter o que comer direito, como estamos novamente vivendo agora, de uns 6 anos pra cá. A maior tragédia da pobreza, a mais humilhante é a ida ao supermercado. É quando na fila do caixa, no carrinho vazio, a pobreza grita pra todo mundo ouvir, enaltecendo nossa humilhação pública, como que determinando e dizendo quem realmente somos na sociedade.
Sabe que estou meio cansado dessa guerra entre as pessoas da esquerda. A busca de espaço está superando a racionalidade e a cooperação. Tudo pelo "engajamento" está ganhando a luta contra nossas pautas reais.
Se você entende como "guerra", sua leitura já está errada. Não tem ninguém guerreando com ninguém. Agora, se o cidadão se presta a jogar senso comum e fazer revisionismo histórico, ele vai ser, sim, criticado.
Total.... Virou uma masturbação intelectual sem finalidade nenhuma..... Como se diz... criticar é fácil... construir alguma coisa é sempre mais complicado... Galera precisa viver... Eu entendo a necessidade do engajamento pagar as contas e tals.... Pena que nessa vibe nada sai do lugar.
2:19 Humberto, foi preciso 3 temporadas pros reaças fãs de The boys entenderem que homelander não é um antiheroi politicamente incorreto, e sim o retrato dos fascistas psicopatas que detém o poder, imagina coringa que deixa tudo um pouco mais no subjetivo
Me ajudou demais a compreender o ranço dos Marxistas com o Jessé. Ele básicamente coloca a culpa da enchente em São Pedro, e não na infraestrutura mal gerida das cidades. VALEU, Camarada
Besteira essa disputa. O Marxismo e nosso e Jessé também. Li vários livros dele. Ele e muito bom,pois tem uma linguagem acessível. O Marxismo e muito científico.
Ficou bom o novo local para os vídeos, luz boa e som também. Parabéns esse canal me ajuda muito a enfrentar o dia a dia, camarada assim que eu puder irei contribuir financeiramente contigo✊🏾
@@esparragón De todos os webcomunistas, o Humberto é de longe o mais fraquinho. Só repete conceito e aplica forçadamente realidade, sendo que alguns conceitos já não dão conta da realidade e na ciências sociais /história já foram criticados e revistos e até mesmo "superados". A ideia de que a CULTURA é "o refletxo da infraestrutura" é tão simplista e superficial que chega a dar tédio. Uma leitura na área de antropologia talvez aumentasse o repertório. E a visão do Jesse está mais relacionada a perspeciva do Bourdieu, que vai analisar a sociedade estruturada como campos sociais em que ocorrem as disputas pela hegemonia das regras, pela introdução dos capitais culturais, simbólicos, da violência simbólica. Essa perspectiva mesma do Bourdieu é muito mais interessante de analisar a origem da cultura, por exemplo, do que repetir conceito vazio como "a cultura é reflexo da infraestrutura".
@@aleagentileu já vi muitas concordâncias com essa leitura na área da antropologia. Se você falar que existe acréscimos de leituras com lentes adicionais, eu concordo. Agora falar que ler a sociedade e o indivíduo a partir da base econômica material é ultrapassado, aí já é demais né. Não existe outro lugar pra começar o raciocínio que não seja a infraestrutura.
@@drummera7418 "Agora falar que ler a sociedade e o indivíduo a partir da base econômica material é ultrapassado, aí já é demais né. Não existe outro lugar pra começar o raciocínio que não seja a infraestrutura." Anthony Giddens, Bruno Latour, Pierre Bourdieu como já citei, Max Weber, Foucault, todos criticataram essa visão dicotômica da superestrutura e infraestutura. Na Antropologia, o antropólogo marxista Maurice faz uma revisão da relação entre infraestrutura e superestrutura. Max Gluckman tbm fazia crítica essa visão dicotômica. E eu nem estou negando a importância e necessidade de pensar a partir das condições materiais, mas REDUZIR A CULTURA E A ARTE, como o Humberto diz logo no começo do vídeo, é simplista sim, e mostra mais uma necessidade particular dele de analisar a realidade somente sob esse prisma. Van Gogh, por exemplo, podemos dizer que a A noite estrela é uma expressão da sua condição econômica, da infraestrutura, porém, há muito mais relações que o fizeram criar a obra do jeito que fez. Pensando como Bourdieu, o campo cultural, Van Gogh poderia estar desafiando e criando novas regras dentro desse próprio campo, rompendo com as técnicas e formas tradicionais da pintura e desenvolvendo seus próprios traços inovadores, transformando o seu próprio campo artístico. Ou seja, há dinâmicas internas do próprio campo artístico e cultural que devem ser consideradas, e não e tão somente a visão econômica. E ele passou um tempo da sua vida internado num manicômio e isso também afetou sua produção, essas relações de poder e normatividade também devem ser levadas em consideração. Enfim, é só um comentário de como o Humberto com frequência faz um reducionismo a essa perspectiva ditocômica da infraestrutura e superestrutura. Mas ele mesmo, o Humberto, parece não ler os críticos que são marxistas dessa visão.
Sim... sim... há controversias. Tá cheio de exemplos por aí de figuras importantes, negras, que sofrem discriminação. Tem até o caso aí daquele filho de 2 artistas globais, me fugiu o nome agora que sofreu preconceito pela cor de pele. Depois o cara, sim, vai ser aceito, vão passar pano, porque tem grana. Mas o impacto inicial choca. Um casal de pretos no meio do salão de baile dos brancos endinheirados dá um arrepio, vamô mandar a real.
Humberto, mais uma vez: o Jessé Souza não é inimigo dos marxistas. Na verdade, os dois estão compartilhando mais proximidades do que diferenças, mesmo que partindo de aportes teóricos distintos. O Jessé inclusive, concorda com a questão de morte da esquerda e defende um reformismo forte.
Muito boa essa aula Humberto. Tens que fazer essas falas e esclarecimentos sobre essas questões que estão passando despercebidas por muitas pessoas que se entendem de esquerda também.
Concordo camarada, fui ler uma obra do Jessé "Como o racismo criou o Brasil" e sinceramente sai decepcionado com um anticomunismo desnecessário, e com a analise Webberiana das situações, focando em todo aspecto moral e deixando abordagens materiais de lado.
Não tem nada de anticomunismo nesse livro não ele faz um crítica necessaria ao conceito de racismo estrutural e lugar de fala. Onde tem anticomunismo, me diz a página.
Galera aí nos comentários defendendo o Pondé Progressista: se você não consegue perceber que as análises dele são rasas como um pires, sinto muito. A lógica dele não aguenta 5 minutos de realidade, parece o primo rico.
@@Kaos978 pra se mudar qualquer coisa no sistema, o que dirá o sistema como um todo, é necessário ter poder pra realizar isso. O interesse primário de qualquer grupo que quer fazer qualquer mudança no sistema deveria ser de como adquirir poder, de forma pragmática. Os webcomunistas não têm plano ou pretensão alguma de conquistar poder. Eles dizem que não acreditam eleições (que pelo menos é uma via legal pra se adquirir algum poder). Eles falam de revolução, mas nenhum deles sabe nem atirar um .38, nunca vi nem eles incentivando seus seguidores a aprender a atirar, se defender, se preparar pra uma futura disputa por poder. No final, eles só falam em "organizar a classe trabalhadora" . Tá, cara, mas como? E depois que organizar vai fazer o que? A resposta deles "tem que organizar a classe trabalhadora". Nunca tem absolutamente nada de material no que eles falam. As análises deles são só repetições de chavões que quem já viu mais d eu vídeo deles, já tá cansado de ouvir. Eles criticam incansavelmente o governo atual, falam que o Lula não faz enfrentamento algum, mas que enfretamento os comunistas fazem? Esses caras já perdem as estribeiras e têm burnoutinho se o UA-cam desmonetiza um vídeo deles ou alguma mudança de algoritmo faz as visualizações deles caírem. Eu entendo o apelo do discurso dos comunistas. Eles pegam muito jovem de classe média que tá depre com a vida aí no home office. Eu sei, eu sei, que vida difícil e dolorosa. Ver um react do Humberto ajuda a acalmar os ânimos. Mas cedo ou tarde, vocês vão descobrir que desse mato não sai cachorro, que comunista não tem plano concreto nenhum pra nada, que eles só se preocupam com os Pix caindo nas contas deles.
O ilustre articulista contribui para o debate de forma lúcida e consistente. Sua análise merece aplausos. O que não desmerece o (superficial) diagnóstico do petista Jessé Souza, com todas as vênias. O céu NÃO É PERTO e, para "virar a mesa", se faz imperioso navegar "por dentro" da ideologia burguesa e criar -- parafraseando Carlos Marighella -- um socialismo brasileiro, nosso. Sem construir consensos -- a partir do lúmpen, e dos trabalhadores com carteira assinada (cada vez em menor número) -- cairemos no impasse inútil e burro da Nicarágua e da Venezuela. Esta tarefa é gigantesca e -- até hoje -- NINGUÉM ARREGAÇOU AS MANGAS. Comunista de teoria eu também sou. Brizola tentou -- com acertos e erros -- "comer" a estrutura por dentro: muitas escolas, melhores salários no serviço público, "emasculação" da PM nazista e -- até -- estatização dos transportes públicos (o que, depois, foi abandonado, pois a refrega foi grande). Há que se enfrentar a burguesia fétida sim. Mas pra derrotá-la de uma vez só! (Pois eles é que são da guerra: não hesitarão em dar o primeiro tiro: temos que estar preparados!). O Lulismo é eminentemente conservador, "acomodador", e nós da esquerda temos que trabalhar para colocar algo mais inteligente e eficaz no lugar, o que não é fácil (Pepe Mujica que o diga).
Parabéns pelo ponto de vista, por todos os comentários e, principalmente, pela clareza de argumentos. Comunicação realmente é tudo, mas somente quando possui um objetivo claro!!! Parabéns!!!
Humberto; simpatia; a Arte é a Arte e é um laboratório. Assim como a Ciência, os Estudos Sociais, dialogal com a realidade de seu tempo e às vezes é atemporal. Todo trabalho é assim. Nada de glamurizar um ou outro.
Uma análise mto boa Humberto, agradeço a atenção dada a esse vídeo, pois há tempos tento entender pq os marxistas criticam tanto o Jessé Souza. Eu particularmente gosto da obra dele, agora com essa explicação sua, entendo q por mais válido os estudos dele, faltam algumas bases, pq ele não engloba o passo a frente q só a esquerda radical enxerga. Todavia, acho q nesse momento ele pode ser nosso aliado, de não fazer discurso de amor e conciliação, e de questionar sobre valores burgueses q estão na sociedade. A ideia dele não é a solução dos problemas, mas pode ser o pontapé inicial da luta por mudanças que a classe trabalhadora pode buscar.
Professor, peço que o senhor não me leve a mal, mas eu fico perdidinho com esse lance de pós, pós modernismo, pós estruturalismo. De cara, me remeteu ao movimento pós modernista de arte de 22 (e eu sei que não é isso). Pode me ajudar a me situar, por favor?
Pós moderno é o esquema de pensamento que nega as estruturas comuns de pensamento, entre elas o materialismo. O pós moderno acredita que tudo é líquido e solto, nada tem concretude ou raiz. É frontalmente contrário ao pensamento marxista que acredita no materialismo dialético e propõe que só se conhece algo e só se pode afirmar algo sobre algum fenômeno se conhecer a raiz fundante daquela coisa a que se propõe pensar ou criticar. Pós estruturalismo é mais ou menos a mesma pegada, mas ligado às estruturas do pensamento filosófico (que também discordo dos pós estruturalistas, pois na minha concepção as estruturas são fixas). Veja bem, Marx vai dizer com muita clareza que a verdadeira natureza de algo reside em sua origem, ou seja, naquilo que o constitui em sua essência, e não apenas em suas características visíveis ou aparentes. Um pós moderno/pós estruturalista, vai afirmar que não necessariamente. A gente pode fazer um exercício marxista aqui e agora, jogando isso na realidade: o capitalismo pode fazer parecer que a filantropia é uma máxima coesa da razão distributiva da riqueza. Quando um cara como o Bill Gates "doa" 100 BI de dólares de sua fortuna pessoal para uma organização de ações sociais que operam na desigualdade, parece que o capitalismo se auto regulou (uma pessoa hiper acumulou e acumulou de tal forma, que foi capaz de atuar em verdadeira distribuição de renda ao revés do estado, "doando" efetivamente 100 BILHOES e ainda mantendo uma fortuna com outros 160 BILHOES). Mas se a gente fizer um giro dialético histórico e jogar na materialidade, olhando o que realmente é produto do sistema, como ele se assenta e como ele funciona na prática, é assim mesmo? Você tem duas formas de refletir isso. Um olhar metodológico dialetico, ou pós moderno. Você pode usar a estrutura do pensamento marxista, ou até mesmo liberal (claro que darão respostas diferentes), ou "superar" argumentativamente essa estrutura e explicar o fenômeno sem se apegar a nada, a nenhuma estrutura, só mesmo à percepção abstrata do que seria o fenômeno que eu coloquei aí.
@@luguime4946cara, a pessoa que eu mais vejo falando mal de pós modernismo e como ele relativiza tudo é o mano do ateuinforma. Mas me diz uma coisa: ele alguma vez deu exemplo disso? Ele deu o nome de algum filósofo pós moderno e como as obras dele relativizam o conceito de verdade? Pq parece que ele só tá gritando pro nada.
É importante que vocês façam esses vídeos . Pois nós ( humanos comuns que não somos intelectuais) ficamos sem entender , perdidos . O cara é um dos maiores sociólogos da América Latina …
A crítica faz pensar...Ao fim e ao cabo, o mundo está organizado, estruturado para a continuidade do sistema vigente... Nem por partidos, nem por eleições haverá transformações reais...democráticas, de fato! Somos frutos deste contexto histórico... Os mais ricos têm certeza para onde estão a girar a roda, o restante, gira sem saber para onde vai, até onde vai, até quanto pode ir...
Nossa, eu percebi que quanto mais pegado a realidade material das coisas, com fatos e entender pouco de história. Entendo que ser progressista, é que tampar o sol com a peneira para os problemas da classe social.
Em 21:00 notei uma concordância entre Humberto e Jessé. De q o assim denominado "pobre de direita" é fruto da ideologia e da forma como a comunicação no BR vem se dando há décadas, como instrumento de divulgação majoritariamente das ideias de Direita.
Existe uma produção artística que é mero reflexo das relações materiais. Mas existem também expressões artísticas que reinterpretam essas relações, criando um novo vocabulário e até novos conceitos para que a realidade das relações materiais possam ser vistas de uma forma inusitada e reveladora. Leia Shakespeare e outros gênios da literatura e você perceberá o quanto eles influenciam sociólogos e filósofos.
Cheguei aqui pelo Historia Pública e o Pedagolítica, da Soberana também. Nao conhecia o Humberto e cheguei direto nesse vídeo. E não sei se eu não sou o público alvo desse vídeo (talvez a intenção do canal é pregar pra convertido), mas só o que eu vi foi arrogância e prepotência. Nem tô defendendo o Jessé; acho que ele não se coloca como esquerda radical, então com certeza a crítica à fala dele a partir de um ponto de vista marxista faz todo sentido. O que me incomodou nesse vídeo foi esse tom de "eu sou melhor que ele"
Acho que Humberto nao leu A Ralé Brasileira e nem este livro O Pobre de Direita, porque em vários momentos o que Humberto diz está em consonância com a leitura de Jesse
Uma crítica ao vídeo, se em algum momento parecer grosso não é intenção, texto é foda: Primeiro, deixa o reagido concluir o raciocínio, vc vai perceber que concordam muito mais que discordam e muito coisa ali são por termos diferentes. Portanto, é necessário tentar entender o que o outro quer dizer, ter uma boa vontade, senão parece só implicância como alguns comentários abaixo mostram que é uma percepção possível. Vou me basear na entrevista do Jessé com o João Carvalho onde ele expõe as ideias desse livro dele. 1. Ele não culpa o pobre, ele culpa o PT por não estar inserido suficientemente na sociedade. Ele até cita o Gramsci na entrevista. 2. Quando ele fala de esclarecimento não é só propaganda, é estar nesses lugares, ocupar o espaço que as igrejas e os os coachs ocupam. 3. A subjetividade é importante, senão nem precisaria de militância. Precisamos entender como as pessoas se sentem e nisso o Jessé descreve bem. Entender como a pessoa sente é importante na hora de conversar com elas, ter empatia mesmo e sair daquilo de olhar a pessoa como um coitado. Ao entender que a pessoa se vê no Bolsonaro você consegue perceber onde você pode argumentar para desconstruir isso e a partir daí estabelecer uma conversa razoável. Pois a pessoa sabe que a vida dela é ruim, se fosse só mostrar isso era fácil demais. O ponto de discordância que eu tenho com o Jessé é que a maneira como ele fala parece que é só o militante ir nas comunidades e ensinar, não fazer mais nada. Nem sei se é isso q ele pensa exatamente, mas que dá a entender dá. O negócio é que não é apenas isso, e sim ajudar em mutirão, em greve, campanhas de alimentos, em formalização de organizações e TAMBÉM ensinar o que tivemos tempo e acesso para aprender. E a partir daí, incentivar a organização dessas pessoas e contribuir com a sua especialidade para que essas organizações populares consigam alcançar seus objetivos. Adição: Acho importante ao tratar da democracia burguesa mostrar que ela é um avanço em relação ao sistema anterior, sei que para você isso meio que é óbvio, mas com esses discursos Deus Vult vai saber o que está na cabeça de quem tá assistindo.
o último comentário eu acho um pouco disney sendo honesto. Não é preciso ter conversa mole sobre a democracia burguesa, é preciso ser duro e chamar pelo nome, ditadura da burguesia. Nenhum país capitalista chama a China de democracia popular, sabe pq isso? Pq a direita não tem medo de declarar seus inimigos como a esquerda aparentemente tem. Os liberais, por mais progressistas que sejam, no fim são nossos inimigos, eles vão defender o capital a todo custo, inclusive a fogo e ferro. Essa visão de sempre pontuar o positivo ou negativo de algo que é uma barreira a nosso movimento me soa como recuo ou tentativa de conciliar com o incociliavel. Democracia burguesa ou ditadura empresarial-militar ou reinado, na favela, para mais de 90% do povo pouco importa e a real é essa. Parece que pós ditadura de 64 a violência no Brasil sumiu e estamos vivendo tempos de ouro, a dura realidade é que os militares simplesmente venceram e a esquerda é tão irrelevante que eles não precisam mostrar suas armas, só isso que aconteceu, a repressão, o assassinato, o abuso, o roubo, tudo isso continua igualzinho, essa tal "melhora", que eu entendo oq vc quer dizer de vdd, ela é mt pequena para ser considerada por nós comunistas. E não vejo risco de mostrar nosso lado como apoiar reinado ou ditadura militar, não chega nem perto, quem vai fazer esse papel é a própria direita e vai ser dizendo que nós queremos acabar com a democracia e a ordem, isso com ou sem a gente tendo um discurso mais radical, prova disso? Em 2022 tentaram dar um golpe em Lula dizendo que ele iria implantar o comunismo no Brasil... O Lula pow... Pode ficar tranquilo, a esquerda não tem poder para fazer revolução hj e nem para fomentar uma ditadura militar, a direita vai fazer isso por ela mesma como sempre fez.
Nessa entrevista dele pro UOL ficou muito clara a sua teoria que ele aplica pra embasar esse fundamento do "pobre de direita". Não há má vontade de quem faz a crítica, é sobre o que ele mesmo prega. Ouça a entrevista, ele é claro quanto a culpar o trabalhador por sua própria desgraça. Em nenhum momento ele faz menção a super e infra estruturas.
Bicho, o mal comunista muitas vezes é se perder na crítica pela crítica. Eu li o livro do Jessé e o Humberto em muitos momentos bateu em espantalho, em coisas q o Jessé n disse de determinada forma e c determinado sentido. Aí quem não leu livro, vê o vídeo, engole e reproduz algo que não é verdadeiro. Com isto não estou defendendo A ou B. Acho que os dois têm a acrescentar.
@@risco_zero assiste a entrevista dele com o joao carvalho. Temos que considerar os canais de comunicação que tao transmitindo e como a adaptação do discurso pode induzir a uma interpretação enviesada até mesmo dentro do próprio campo ideológico. Culpar a classe trabalhadora é tudo que ele não faz. Por isso faz questão de sempre trazer Bourdieu no analise, com fatores mais amplos sobre a forma da exploração.
A definição que você faz de classe média é exatamente a definição que o Jessé destrincha em seu livro a elite do atraso. Em momento nenhum Jessé defende que a classificação social é função da renda.
Caro Humberto. Gostei muito da sua reação à entrevista do Jessé. Claro, o cerne da discordância está na diferença teórica, já que ele é Weberiano/Bourdieusiano, e não marxista. Contudo, estou lendo o livro e confesso que gostei do argumento, em partes. Ele fala que esse comportamento de uma pessoa de classe dominada apoiar um líder que representa os interesses da classe dominante, o tal fenômeno do pobre de direita, que vota contra o seu próprio interesse, não é bem explicado por fatores econômicos, mas por fatores morais: o sentimento de injustiça, vivenciado como humilhação cotidiana, se converte num ressentimento contra o sistema, que é captado, amplificado e manipulado pela direita. Não explica tudo - por exemplo, não analisa a incapacidade da esquerda em captar e canalisar esse sentimento para oafloramento da consciência de classe -, mas é uma contribuição relevante. Outro comentario: entendo que quando ele diz que "a arte prefigura a ciência", ele está sendo irônico, invertendo o dito popular de que "a arte imita a vida" com a ideia de que "a vida imita a arte". Faz sentido: o filme sacou uma coisa antes da ciência social bolar uma explicação bem elaborada (supostamente a do próprio Jessé). Abraço.
"O sentimento de injustiça, humilhação " e isso não é econômico e material de forma primária, e aí sim, essa parte subjetiva do ressentimento vem em segundo, mas entende que o segundo vem da condição material? É isso que o Humberto tá tentando dizer , o Jesse analisa mais o segundo sem levar em conta que as condições primárias que levam a essa questão sentimental e subjetiva...
Pra resumir o que eu quis dizer, primário vem as condições matérias, que depois , vem os sentimentos morais de humilhação , a direita coopta essa parte mais subjetiva do ressentimento...
Aí que tá esse sentimento subjetivo de humilhação é bem material e econômico sim, aí depois que a pessoa vai manifestar isso no subjetivo , igreja , etc
Ainda bem que existe internet, é sempre bom ouvir uma segunda opinião. Caso isso fosse dito na tv, não existiria uma contra argumentação . Ótimo vídeo,ótima análise. Parabéns pelo excelente e esclarecedor trabalho.
Eu entendo que a situação material acaba influenciando o nosso comportamento. Mas quem escolhe a situação material em que a gente vive é a moral. A moral é a causa primeira. Isso aqui é um debate puramente filosofico. Quando duas pessoas entram numa disputa política, embora a situação material de cada uma influencie na sua decisão moral. Ainda assim é uma decisão moral. Não tem pra onde fugir.
Isso que tu falou no começo sobre a arte é muito o que o Central Pandora sempre fala. A ficção científica não fala sobre o futuro. Ela é um retrato do presente.
Alguém já levantou o currículo do Jesse Souza? Onde ele estudou, onde fez doutorado, onde dá aulas e quais livros publicou? Isso é importante porque é a partir desse ambiente que ele produz esse tipo de pesquisa
32:50 Apesar de em sua origem a criação do coringa não tenha sido pensada para uma crítica à sociedade, talvez algo mais próximo à uma crítica ao indivíduo (é evidente criticas à minorias, doenças mentais, ao diferente, na galeria de vilões dos heróis), futuros autores acabaram por adicionar à esse personagem camadas que nos levam a tais críticas, vide Alan Moore com o clássico piada mortal e Christopher Nolan no filme o cavaleiro das trevas, sendo que neste último durante a construção do personagem eles conversaram a respeito de filósofos como Kant por exemplo, além de estar explícito no filme uma influência de Nietzsche. No caso do Coringa de Tod Philips, este conversa muito com o que é apresentado na HQ A piada morta nos levando a perceber o mundo pela otica do coringa l mas por ser uma obra cinematográfica é muito mais eficiente nesse sentido. Escrevi todas essas palavras para minimamente trazer a tona algumas das camadas que compõem o personagem. Sim, podemos construir análises interessantes à partir de personagens e obras literárias, mas é pertinente um conhecimento de suas nuances para que as análises tenham um pq e sejam de fato construtivas.
Cara as vezes agente acha bacana,engolimos, mas sente que quando cai Lá no estômago demora a ser digerido,isso porque a gente não tem noção do que agente engoliu, principalmente porque outros falam que é muito bom, mas quando vem um rapaz como o unberto é mostra que aquilo que agente engoliu não é tão bom assim, po é isso mesmo,por isso que isso não desceu bem ,umberto vx passa pra gente o que eu nunca poderia entender, principalmente por falta de conhecimento, tamos juntos
Vou demorar o ano de 2025 para absorver todo o conhecimento passado tanto pelo Jessé qto pelo Humberto e ainda ter a capacidade crítica de formular minha própria opinião disso tudo. Realmente um ótimo vídeo/discussão
Qual o problema de se falar da dívida pública, nem acho que precise de auditoria, mas só de suscitar na massa a desconfiança já é positivo, pois pode ser instrumento de mudança.
Discordo da questão do voto Humberto. O voto do rico e do pobre tem o mesmo peso. Pra burguesia este é o problema. Somos muitos e eles poucos. Então a burguesia vai usar seu poder econômico para influenciar tanto a política institucional quanto esferas do poder público que vendem-se como isentas, judiciário, polícias e autarquias regulatórias.
O Edu é o mais lúcido. Diz que o governo Lula não é revolucionário e que concilia para se manter. Não questiona por que concilia. Acho que não quer gerar esse conflito para não dividir a esquerda.
Os argumentos que vc usou pra dizer que ele é elitista são os mesmos que o Galo usou pra descredibilizar vc e o Iam na luta contra o capitalismo. Ou seja, o Galo acusou de vcs de agirem como se dissessem aos pobres : "Vcs não entendem, então, nós, iluminados, explicaremos a vcs...". Esse leitura negativa é perfeitamente aplicável a vcs tb.
@@danielcanela Bom aí já concordo com os comunas: Educação por si só não resolve... "Sem mecanismo de distribuição de renda, o engenheiro vira uber..."
A arte da indicativos pra vida, mestre? No vídeo diz que não, mas como pensar em ideias como a bomba atômica e o cruzamento genético que surgem primeiro como ideias literárias que experimentos científicos? É só dúvida mesmo, mestre
Obrigado pela definição de classe média Humberto. Sempre tive dificuldade em entender esse termo. Mas sempre me pareceu algo meio idiota. Beleza, existem de fato diferenças de privilégios... mas o pequeno burguês ainda tem que trabalhar e tem sua renda atrelada a um oficio. Meu problema com o termo é que muitos da classe média usam o termo para dizer que "não sou rico, mas não me misture com o resto da galera ai". Sou melhor que alguém... é como se o capitalismo tivesse corrompido o termo para seu próprio fim, estimulando a pelegagem da classe média
O professor Jessé traz uma abordagem bastante rica do momento. Já o Humberto repete lugares comuns de uma cultura pretensamente marxista, num discurso enfadonho, presunçoso com ares de catecismo em tom pretensamente professoral. Inveja e cegueira mata!😊
Mano, o problema do Jessé é ser um sociólogo de classe média, ele não viveu as mazelas, então o que mais encanta é Weber, Bourdieu etc. Porém pra classe média eu acho ele positivo, já que pra essa galera as análises dele já são fortes e reveladoras
Humberto, trata de ver sí puedes mejorar. Cuando publicas lo que otros dicen en otros videos, el sonido es muy malo, no se entiende. Por lo tanto es difícil seguir tú razonamiento y respuesta sí no se entiende bien lo que tú respondes. Es la segunda vez que te lo recomiendo. Presta atención y procura mejorar eso.
A meu ver, a dita classe média está mais para ser lida como uma porção da classe trabalhadora mais "privilegida" em razão dos postos de trabalho que ocupam ou por peuquenas heranças como alugueis e comércios de família passados de geração para geração, então esses se sentem como sendo parte da pequena burguesia ou querem ser pequena burguesia, pequena burguesia essa que no caso seria a meu ver mais o que chamam de "classe média alta"
Outro o meu irmão que é pobre de direita, me perguntou de peito cheio "ah, quer dizer que não existe democracia no capitalismo?". Aí eu expliquei que existe uma democracia sim, a burguesa. Os direitos deles vêm em primeiro lugar e o pobre, de vez em quando tem direitos também, mas nunca acima da burguesia. Um exemplo: um pobre que rouba (geralmente negro) é ladrão e pode ficar anos preso esquecido pela justiça. Um rico, geralmente branco, que rouba é um cleptomaníaco, tem uma doença psicológica que precisa ser tratada e todo mundo se compadece e ele não vai preso. Os dois cometeram o mesmo crime, mas tiveram desfechos diferentes. Isso é uma democracia burguesa. O mesmo serve para crimes maiores. Aí ele ficou "ah, é...tem isso mesmo".
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Jesse descrevendo e vc pegando como se fosse o pensamento dele 😊
Acredito que discordar ou debater as ideias é essencial e o Professor Humberto, pra mim, nem criticou o Jessé, mas agregou e ampliou a linha de raciocínio dele. O meu ponto de vista é que o Jessé faz uma análise psicossocial que tambem é super válido, porque somos indivíduos Biopsicossociais. Qualquer ideia é construída através da linguagem. O neoliberalismo nos púlpitos através da ideologia da prosperidade, palestras motivacionais através da PNL ( Programação Neuro linguística), que gradualmente modificam o comportamento social. Nao é apenas a discrepância social, mas as ideais dominantes que influenciam o comportamento coletivo. Acredito que esse seja o contexto discutido por Jessé . Mas sem nenhuma critica ao Professor Humberto e ao Jessé. São muitas perspectivas e a partir delas a gente vai construindo outras.
Falou muito bem, m amigo. São pontos de vista diferentes. Jessé pega pelo lado biopsicossocial. Ele dialoga também com Freud e daí pra diante. Prof. Vladimir Safatle também é um marxista mas que explora esta faceta para além do materialismo dialético de Marx. Não tem uma visão só que consiga explicar TUDO. E eu me formo no conjunto das ideias destes grandes pensadores. O importante é a CRÍTICA. Isto é o pensamento que pauta a Esquerda. O debate.
@@svicente99O importante não seria o questionamento de onde esse discurso me leva? Jessé leva para aonde?
Perfeito, Andreia. Humberto contestou alguns pontos do Jessé em que os dois estão corretos, as coisas se conectam. Talvez tenha faltado ao Jessé citar ideologia, que tem sido um termo muito mal tratado e mal compreendido (assim como política, que se tornou sinônimo de política institucional partidária).
Muito bom, Andréia
15:00 primeira vez que vejo alguém se debruçar sobre a diferença entre baixa burguesia e pequena burguesia. Grato pelo video ✊️
Thanks
Admiro muito vc, Humberto. Adoro o respeito que vc tem mesmo para discordar frontalmente
Não entendi. Ele foi desrespeitoso o vídeo inteiro.
Qual respeito? 😂 Humberto é soberbo pra caramba, e os inscritos pior ainda!
Os marxistas sentem ódio do mundo como ele é, não tiro a razão deles neste sentido.
Mas em muitos pontos sim, a soberba prevalece de uma forma que mesmo uma pessoa de fato com dúvidas é atacada.
Eu já vi isto e muito, tem pelo menos uma década. De todo modo, os reacts tem essa faceta de polemizar, normal, é do jogo, importante é captar os conceitos.
Como exemplo, este que ele mencionou: "sempre prestem atenção em quem é o mensageiro, pois é uma falácia acreditar que todo mensageiro possui neutralidade".
Não foi exatamente com estas palavras, mas este é um ponto chave de percepção.
Falta de respeito pra defensor de elite nem deveria ser criticado. É o mínimo.
@celsositorski4239 onde que o Jessé defende a elite?
Colocação perfeita humberto!!
Estou usando os videos do jesse como degrau para o marxismo.
Foi a maneiras gradual que achei pra trazer as pessoas que se dizem de direita para a realidade
O pobre não sabe a qual classe pertence ele apensa luta pela sobrevivência hj com mais ódio
@@titoismael4842 por isso que noção de classe se aprende
@edofragoso agora ao primeiro momento e um choque saber que ele é um produto de exploração de que hj construímos as pirâmides pro farol que alguns dentre nós adoram
Essa fala é errada,como se os pobres fossem tão burros para não saber sua própria classe
Perfeita reflexão.
O Jessé constrói uma explicação dentro de uma visão da social democracia, onde teríamos um capitalismo justo, o que é uma contradição.
Não deixa de ser compreensível o ponto de vista do Jessé. É que os mais pobres são tão desamparados de tudo, que para eles (eu me incluo e falo por mim também) a diminuição da renda a ponto de não mais poder "comer bem" como nos acostumamos nos primeiros governos do PT, é o que realmente nos faz sentir o peso mais doloroso da pobreza. É quando realmente nos sentimos pobres. Não é o tênis ou a roupa de marca, nem o carro ou a casa própria, mas não ter o que comer direito, como estamos novamente vivendo agora, de uns 6 anos pra cá. A maior tragédia da pobreza, a mais humilhante é a ida ao supermercado. É quando na fila do caixa, no carrinho vazio, a pobreza grita pra todo mundo ouvir, enaltecendo nossa humilhação pública, como que determinando e dizendo quem realmente somos na sociedade.
Você resumiu o sentimento de toda a população mais pobre do Brasil, na qual eu também me incluo. É quase impossível não surtar!
Sabe que estou meio cansado dessa guerra entre as pessoas da esquerda. A busca de espaço está superando a racionalidade e a cooperação. Tudo pelo "engajamento" está ganhando a luta contra nossas pautas reais.
real, e continuamos perdendo, cada vez mais
Também estou, nas figuras de diretas sempre vemos um apoiando o outro mesmo com discrepâncias agora no campo da esquerda é sempre batendo em aliado.
Se você entende como "guerra", sua leitura já está errada. Não tem ninguém guerreando com ninguém. Agora, se o cidadão se presta a jogar senso comum e fazer revisionismo histórico, ele vai ser, sim, criticado.
Quais são as pautas reais ??
Total.... Virou uma masturbação intelectual sem finalidade nenhuma..... Como se diz... criticar é fácil... construir alguma coisa é sempre mais complicado... Galera precisa viver... Eu entendo a necessidade do engajamento pagar as contas e tals.... Pena que nessa vibe nada sai do lugar.
2:19 Humberto, foi preciso 3 temporadas pros reaças fãs de The boys entenderem que homelander não é um antiheroi politicamente incorreto, e sim o retrato dos fascistas psicopatas que detém o poder, imagina coringa que deixa tudo um pouco mais no subjetivo
😂😂😂verdade
Me impressionou o quão eles ficaram putos com isso. Como alguém achou que o homeländer era anti-heroi? Cara era nazista do começo ao fim
Tanto que muito disseram que o filme 2 foi uma porcaria. Devem ter se decepcionado ao entender e mensagem do filme. "Lacração".
Pra eu q não assisto essas bostas vc não disse nada
@@guilhermegarcia8750aí o problema é só seu
Sensacional a aula! React altamente explicativo!!
Me ajudou demais a compreender o ranço dos Marxistas com o Jessé. Ele básicamente coloca a culpa da enchente em São Pedro, e não na infraestrutura mal gerida das cidades. VALEU, Camarada
Você é meio tonto. O Jessé literalmente culpa o capitalismo nos primeiros segundos da entevista.
Foi isso que vc entendeu?
na verdade ele culpa na vítima, o pobre
@@edofragoso Não culpa, não... Você ao menos leu o pobre de direita?
Besteira essa disputa. O Marxismo e nosso e Jessé também. Li vários livros dele. Ele e muito bom,pois tem uma linguagem acessível. O Marxismo e muito científico.
Comentando para ajudar no alcance e no engajamento do vídeo. Abraço, camarada!
Obrigada por explicar. Perfeito!
Ficou bom o novo local para os vídeos, luz boa e som também. Parabéns esse canal me ajuda muito a enfrentar o dia a dia, camarada assim que eu puder irei contribuir financeiramente contigo✊🏾
Perfeito camarada! Fortalecendo...
Mais uma excelente aula professor❤
Humberto, faz uma comparação entre a corrente marxista e weberiana, nos principais pontos.
Seria um conteúdo legal mesmo para embasamento teórico
o Humberto é fraco, não consegue fazer isso
@@esparragón De todos os webcomunistas, o Humberto é de longe o mais fraquinho. Só repete conceito e aplica forçadamente realidade, sendo que alguns conceitos já não dão conta da realidade e na ciências sociais /história já foram criticados e revistos e até mesmo "superados". A ideia de que a CULTURA é "o refletxo da infraestrutura" é tão simplista e superficial que chega a dar tédio. Uma leitura na área de antropologia talvez aumentasse o repertório. E a visão do Jesse está mais relacionada a perspeciva do Bourdieu, que vai analisar a sociedade estruturada como campos sociais em que ocorrem as disputas pela hegemonia das regras, pela introdução dos capitais culturais, simbólicos, da violência simbólica. Essa perspectiva mesma do Bourdieu é muito mais interessante de analisar a origem da cultura, por exemplo, do que repetir conceito vazio como "a cultura é reflexo da infraestrutura".
@@aleagentileu já vi muitas concordâncias com essa leitura na área da antropologia. Se você falar que existe acréscimos de leituras com lentes adicionais, eu concordo. Agora falar que ler a sociedade e o indivíduo a partir da base econômica material é ultrapassado, aí já é demais né. Não existe outro lugar pra começar o raciocínio que não seja a infraestrutura.
@@drummera7418 "Agora falar que ler a sociedade e o indivíduo a partir da base econômica material é ultrapassado, aí já é demais né. Não existe outro lugar pra começar o raciocínio que não seja a infraestrutura."
Anthony Giddens, Bruno Latour, Pierre Bourdieu como já citei, Max Weber, Foucault, todos criticataram essa visão dicotômica da superestrutura e infraestutura.
Na Antropologia, o antropólogo marxista Maurice faz uma revisão da relação entre infraestrutura e superestrutura. Max Gluckman tbm fazia crítica essa visão dicotômica.
E eu nem estou negando a importância e necessidade de pensar a partir das condições materiais, mas REDUZIR A CULTURA E A ARTE, como o Humberto diz logo no começo do vídeo, é simplista sim, e mostra mais uma necessidade particular dele de analisar a realidade somente sob esse prisma.
Van Gogh, por exemplo, podemos dizer que a A noite estrela é uma expressão da sua condição econômica, da infraestrutura, porém, há muito mais relações que o fizeram criar a obra do jeito que fez. Pensando como Bourdieu, o campo cultural, Van Gogh poderia estar desafiando e criando novas regras dentro desse próprio campo, rompendo com as técnicas e formas tradicionais da pintura e desenvolvendo seus próprios traços inovadores, transformando o seu próprio campo artístico. Ou seja, há dinâmicas internas do próprio campo artístico e cultural que devem ser consideradas, e não e tão somente a visão econômica. E ele passou um tempo da sua vida internado num manicômio e isso também afetou sua produção, essas relações de poder e normatividade também devem ser levadas em consideração. Enfim, é só um comentário de como o Humberto com frequência faz um reducionismo a essa perspectiva ditocômica da infraestrutura e superestrutura. Mas ele mesmo, o Humberto, parece não ler os críticos que são marxistas dessa visão.
Quando vc é negro só ter dinheiro não faz vc ser bem tratado no Brasil não!!!!! Descordo plenamente de vc Humberto.
Sim... sim... há controversias. Tá cheio de exemplos por aí de figuras importantes, negras, que sofrem discriminação. Tem até o caso aí daquele filho de 2 artistas globais, me fugiu o nome agora que sofreu preconceito pela cor de pele. Depois o cara, sim, vai ser aceito, vão passar pano, porque tem grana. Mas o impacto inicial choca. Um casal de pretos no meio do salão de baile dos brancos endinheirados dá um arrepio, vamô mandar a real.
Nada a ver. Tá cheio de jogador de futebol, cantor de pagode negro se casando com mulheres loiras como se fossem um troféu a ser exibido.
Obrigado, Humberto!!!
Excelente recomeço!!! Parabéns pelos 10 anos de canal :)
(recomeço depois das férias meio não férias...)
Humberto, mais uma vez: o Jessé Souza não é inimigo dos marxistas. Na verdade, os dois estão compartilhando mais proximidades do que diferenças, mesmo que partindo de aportes teóricos distintos. O Jessé inclusive, concorda com a questão de morte da esquerda e defende um reformismo forte.
Exatamente!
Excelentes análises, Humberto! 👏👏👏🚩🚩🚩
Muito boa essa aula Humberto. Tens que fazer essas falas e esclarecimentos sobre essas questões que estão passando despercebidas por muitas pessoas que se entendem de esquerda também.
Concordo camarada, fui ler uma obra do Jessé "Como o racismo criou o Brasil" e sinceramente sai decepcionado com um anticomunismo desnecessário, e com a analise Webberiana das situações, focando em todo aspecto moral e deixando abordagens materiais de lado.
Anticomunismo? Não tá banalizando muito esse termo?
Não. @@MrMorgothBauglir
@@MrMorgothBauglirnão é banalizar, é um fato, mts progressistas são anticomunistas
Não tem nada de anticomunismo nesse livro não ele faz um crítica necessaria ao conceito de racismo estrutural e lugar de fala. Onde tem anticomunismo, me diz a página.
Mas ele é Webberiano, ele vai fazer uma análise ligada a isso.
Galera aí nos comentários defendendo o Pondé Progressista: se você não consegue perceber que as análises dele são rasas como um pires, sinto muito. A lógica dele não aguenta 5 minutos de realidade, parece o primo rico.
As análises dos webcomunistas são mais rasas ainda.
@@thomast.4966 Por que?
@@Kaos978 pra se mudar qualquer coisa no sistema, o que dirá o sistema como um todo, é necessário ter poder pra realizar isso. O interesse primário de qualquer grupo que quer fazer qualquer mudança no sistema deveria ser de como adquirir poder, de forma pragmática.
Os webcomunistas não têm plano ou pretensão alguma de conquistar poder. Eles dizem que não acreditam eleições (que pelo menos é uma via legal pra se adquirir algum poder). Eles falam de revolução, mas nenhum deles sabe nem atirar um .38, nunca vi nem eles incentivando seus seguidores a aprender a atirar, se defender, se preparar pra uma futura disputa por poder.
No final, eles só falam em "organizar a classe trabalhadora" . Tá, cara, mas como? E depois que organizar vai fazer o que? A resposta deles "tem que organizar a classe trabalhadora".
Nunca tem absolutamente nada de material no que eles falam. As análises deles são só repetições de chavões que quem já viu mais d eu vídeo deles, já tá cansado de ouvir. Eles criticam incansavelmente o governo atual, falam que o Lula não faz enfrentamento algum, mas que enfretamento os comunistas fazem? Esses caras já perdem as estribeiras e têm burnoutinho se o UA-cam desmonetiza um vídeo deles ou alguma mudança de algoritmo faz as visualizações deles caírem.
Eu entendo o apelo do discurso dos comunistas. Eles pegam muito jovem de classe média que tá depre com a vida aí no home office. Eu sei, eu sei, que vida difícil e dolorosa. Ver um react do Humberto ajuda a acalmar os ânimos. Mas cedo ou tarde, vocês vão descobrir que desse mato não sai cachorro, que comunista não tem plano concreto nenhum pra nada, que eles só se preocupam com os Pix caindo nas contas deles.
@@thomast.4966 Tá fazendo oq aqui então? Oxi 😂
@@thomast.4966e pelo oq vi você comenta em todo vídeo, é isso que nois gosta hater que engaja, continue 😂
O ilustre articulista contribui para o debate de forma lúcida e consistente. Sua análise merece aplausos. O que não desmerece o (superficial) diagnóstico do petista Jessé Souza, com todas as vênias. O céu NÃO É PERTO e, para "virar a mesa", se faz imperioso navegar "por dentro" da ideologia burguesa e criar -- parafraseando Carlos Marighella -- um socialismo brasileiro, nosso. Sem construir consensos -- a partir do lúmpen, e dos trabalhadores com carteira assinada (cada vez em menor número) -- cairemos no impasse inútil e burro da Nicarágua e da Venezuela. Esta tarefa é gigantesca e -- até hoje -- NINGUÉM ARREGAÇOU AS MANGAS. Comunista de teoria eu também sou. Brizola tentou -- com acertos e erros -- "comer" a estrutura por dentro: muitas escolas, melhores salários no serviço público, "emasculação" da PM nazista e -- até -- estatização dos transportes públicos (o que, depois, foi abandonado, pois a refrega foi grande). Há que se enfrentar a burguesia fétida sim. Mas pra derrotá-la de uma vez só! (Pois eles é que são da guerra: não hesitarão em dar o primeiro tiro: temos que estar preparados!). O Lulismo é eminentemente conservador, "acomodador", e nós da esquerda temos que trabalhar para colocar algo mais inteligente e eficaz no lugar, o que não é fácil (Pepe Mujica que o diga).
Parabéns pelo ponto de vista, por todos os comentários e, principalmente, pela clareza de argumentos. Comunicação realmente é tudo, mas somente quando possui um objetivo claro!!! Parabéns!!!
Adorei. Muito bom!
Humberto; simpatia; a Arte é a Arte e é um laboratório. Assim como a Ciência, os Estudos Sociais, dialogal com a realidade de seu tempo e às vezes é atemporal. Todo trabalho é assim. Nada de glamurizar um ou outro.
Que aula hein !!!❤
Uma análise mto boa Humberto, agradeço a atenção dada a esse vídeo, pois há tempos tento entender pq os marxistas criticam tanto o Jessé Souza. Eu particularmente gosto da obra dele, agora com essa explicação sua, entendo q por mais válido os estudos dele, faltam algumas bases, pq ele não engloba o passo a frente q só a esquerda radical enxerga.
Todavia, acho q nesse momento ele pode ser nosso aliado, de não fazer discurso de amor e conciliação, e de questionar sobre valores burgueses q estão na sociedade. A ideia dele não é a solução dos problemas, mas pode ser o pontapé inicial da luta por mudanças que a classe trabalhadora pode buscar.
Professor, peço que o senhor não me leve a mal, mas eu fico perdidinho com esse lance de pós, pós modernismo, pós estruturalismo. De cara, me remeteu ao movimento pós modernista de arte de 22 (e eu sei que não é isso). Pode me ajudar a me situar, por favor?
😊Isso mesmo camarada, se tem dúvida, pergunte!
up
Pós moderno é o esquema de pensamento que nega as estruturas comuns de pensamento, entre elas o materialismo. O pós moderno acredita que tudo é líquido e solto, nada tem concretude ou raiz. É frontalmente contrário ao pensamento marxista que acredita no materialismo dialético e propõe que só se conhece algo e só se pode afirmar algo sobre algum fenômeno se conhecer a raiz fundante daquela coisa a que se propõe pensar ou criticar. Pós estruturalismo é mais ou menos a mesma pegada, mas ligado às estruturas do pensamento filosófico (que também discordo dos pós estruturalistas, pois na minha concepção as estruturas são fixas). Veja bem, Marx vai dizer com muita clareza que a verdadeira natureza de algo reside em sua origem, ou seja, naquilo que o constitui em sua essência, e não apenas em suas características visíveis ou aparentes. Um pós moderno/pós estruturalista, vai afirmar que não necessariamente. A gente pode fazer um exercício marxista aqui e agora, jogando isso na realidade: o capitalismo pode fazer parecer que a filantropia é uma máxima coesa da razão distributiva da riqueza. Quando um cara como o Bill Gates "doa" 100 BI de dólares de sua fortuna pessoal para uma organização de ações sociais que operam na desigualdade, parece que o capitalismo se auto regulou (uma pessoa hiper acumulou e acumulou de tal forma, que foi capaz de atuar em verdadeira distribuição de renda ao revés do estado, "doando" efetivamente 100 BILHOES e ainda mantendo uma fortuna com outros 160 BILHOES). Mas se a gente fizer um giro dialético histórico e jogar na materialidade, olhando o que realmente é produto do sistema, como ele se assenta e como ele funciona na prática, é assim mesmo? Você tem duas formas de refletir isso. Um olhar metodológico dialetico, ou pós moderno. Você pode usar a estrutura do pensamento marxista, ou até mesmo liberal (claro que darão respostas diferentes), ou "superar" argumentativamente essa estrutura e explicar o fenômeno sem se apegar a nada, a nenhuma estrutura, só mesmo à percepção abstrata do que seria o fenômeno que eu coloquei aí.
Eu também tenho dificuldade com essa conversa de pós modernismo.
@@luguime4946cara, a pessoa que eu mais vejo falando mal de pós modernismo e como ele relativiza tudo é o mano do ateuinforma.
Mas me diz uma coisa: ele alguma vez deu exemplo disso? Ele deu o nome de algum filósofo pós moderno e como as obras dele relativizam o conceito de verdade? Pq parece que ele só tá gritando pro nada.
Bom debate. Respeitoso e esclarecedor
É importante que vocês façam esses vídeos . Pois nós ( humanos comuns que não somos intelectuais) ficamos sem entender , perdidos . O cara é um dos maiores sociólogos da América Latina …
Jessé é um show.
Ótimo trabalho professor Humberto!
Viva ao materialismo histórico dialético contra as ideologias alienantes.
Cirúrgica a crítica do professor Humberto. Vale cada minuto!
Jessé Souza é um grande sociólogo, gosto muitos das obras dele.
A crítica faz pensar...Ao fim e ao cabo, o mundo está organizado, estruturado para a continuidade do sistema vigente...
Nem por partidos, nem por eleições haverá transformações reais...democráticas, de fato!
Somos frutos deste contexto histórico...
Os mais ricos têm certeza para onde estão a girar a roda, o restante, gira sem saber para onde vai, até onde vai, até quanto pode ir...
Nossa, eu percebi que quanto mais pegado a realidade material das coisas, com fatos e entender pouco de história. Entendo que ser progressista, é que tampar o sol com a peneira para os problemas da classe social.
Em 21:00 notei uma concordância entre Humberto e Jessé. De q o assim denominado "pobre de direita" é fruto da ideologia e da forma como a comunicação no BR vem se dando há décadas, como instrumento de divulgação majoritariamente das ideias de Direita.
Sempre foi. É só ver o tanto de gente que votou em Collors e FHCs, no início deste novo período republicano (pós 1988).
Existe uma produção artística que é mero reflexo das relações materiais. Mas existem também expressões artísticas que reinterpretam essas relações, criando um novo vocabulário e até novos conceitos para que a realidade das relações materiais possam ser vistas de uma forma inusitada e reveladora. Leia Shakespeare e outros gênios da literatura e você perceberá o quanto eles influenciam sociólogos e filósofos.
Cheguei aqui pelo Historia Pública e o Pedagolítica, da Soberana também. Nao conhecia o Humberto e cheguei direto nesse vídeo.
E não sei se eu não sou o público alvo desse vídeo (talvez a intenção do canal é pregar pra convertido), mas só o que eu vi foi arrogância e prepotência.
Nem tô defendendo o Jessé; acho que ele não se coloca como esquerda radical, então com certeza a crítica à fala dele a partir de um ponto de vista marxista faz todo sentido. O que me incomodou nesse vídeo foi esse tom de "eu sou melhor que ele"
Boa tarde, professor e comunidade.
Excelente vídeo camarada! Pauta máxima x Pauta rebaixada (quando não reversa)
Acho que Humberto nao leu A Ralé Brasileira e nem este livro O Pobre de Direita, porque em vários momentos o que Humberto diz está em consonância com a leitura de Jesse
Também postando aqui pra ajudar o canal. Sou muito fã dos seus vídeos. Parabéns!!
Uma crítica ao vídeo, se em algum momento parecer grosso não é intenção, texto é foda:
Primeiro, deixa o reagido concluir o raciocínio, vc vai perceber que concordam muito mais que discordam e muito coisa ali são por termos diferentes. Portanto, é necessário tentar entender o que o outro quer dizer, ter uma boa vontade, senão parece só implicância como alguns comentários abaixo mostram que é uma percepção possível.
Vou me basear na entrevista do Jessé com o João Carvalho onde ele expõe as ideias desse livro dele.
1. Ele não culpa o pobre, ele culpa o PT por não estar inserido suficientemente na sociedade. Ele até cita o Gramsci na entrevista.
2. Quando ele fala de esclarecimento não é só propaganda, é estar nesses lugares, ocupar o espaço que as igrejas e os os coachs ocupam.
3. A subjetividade é importante, senão nem precisaria de militância. Precisamos entender como as pessoas se sentem e nisso o Jessé descreve bem. Entender como a pessoa sente é importante na hora de conversar com elas, ter empatia mesmo e sair daquilo de olhar a pessoa como um coitado. Ao entender que a pessoa se vê no Bolsonaro você consegue perceber onde você pode argumentar para desconstruir isso e a partir daí estabelecer uma conversa razoável. Pois a pessoa sabe que a vida dela é ruim, se fosse só mostrar isso era fácil demais.
O ponto de discordância que eu tenho com o Jessé é que a maneira como ele fala parece que é só o militante ir nas comunidades e ensinar, não fazer mais nada. Nem sei se é isso q ele pensa exatamente, mas que dá a entender dá.
O negócio é que não é apenas isso, e sim ajudar em mutirão, em greve, campanhas de alimentos, em formalização de organizações e TAMBÉM ensinar o que tivemos tempo e acesso para aprender.
E a partir daí, incentivar a organização dessas pessoas e contribuir com a sua especialidade para que essas organizações populares consigam alcançar seus objetivos.
Adição: Acho importante ao tratar da democracia burguesa mostrar que ela é um avanço em relação ao sistema anterior, sei que para você isso meio que é óbvio, mas com esses discursos Deus Vult vai saber o que está na cabeça de quem tá assistindo.
ótimos pontos!
o último comentário eu acho um pouco disney sendo honesto.
Não é preciso ter conversa mole sobre a democracia burguesa, é preciso ser duro e chamar pelo nome, ditadura da burguesia.
Nenhum país capitalista chama a China de democracia popular, sabe pq isso? Pq a direita não tem medo de declarar seus inimigos como a esquerda aparentemente tem.
Os liberais, por mais progressistas que sejam, no fim são nossos inimigos, eles vão defender o capital a todo custo, inclusive a fogo e ferro.
Essa visão de sempre pontuar o positivo ou negativo de algo que é uma barreira a nosso movimento me soa como recuo ou tentativa de conciliar com o incociliavel.
Democracia burguesa ou ditadura empresarial-militar ou reinado, na favela, para mais de 90% do povo pouco importa e a real é essa.
Parece que pós ditadura de 64 a violência no Brasil sumiu e estamos vivendo tempos de ouro, a dura realidade é que os militares simplesmente venceram e a esquerda é tão irrelevante que eles não precisam mostrar suas armas, só isso que aconteceu, a repressão, o assassinato, o abuso, o roubo, tudo isso continua igualzinho, essa tal "melhora", que eu entendo oq vc quer dizer de vdd, ela é mt pequena para ser considerada por nós comunistas.
E não vejo risco de mostrar nosso lado como apoiar reinado ou ditadura militar, não chega nem perto, quem vai fazer esse papel é a própria direita e vai ser dizendo que nós queremos acabar com a democracia e a ordem, isso com ou sem a gente tendo um discurso mais radical, prova disso? Em 2022 tentaram dar um golpe em Lula dizendo que ele iria implantar o comunismo no Brasil... O Lula pow... Pode ficar tranquilo, a esquerda não tem poder para fazer revolução hj e nem para fomentar uma ditadura militar, a direita vai fazer isso por ela mesma como sempre fez.
Nessa entrevista dele pro UOL ficou muito clara a sua teoria que ele aplica pra embasar esse fundamento do "pobre de direita".
Não há má vontade de quem faz a crítica, é sobre o que ele mesmo prega.
Ouça a entrevista, ele é claro quanto a culpar o trabalhador por sua própria desgraça.
Em nenhum momento ele faz menção a super e infra estruturas.
Bicho, o mal comunista muitas vezes é se perder na crítica pela crítica. Eu li o livro do Jessé e o Humberto em muitos momentos bateu em espantalho, em coisas q o Jessé n disse de determinada forma e c determinado sentido. Aí quem não leu livro, vê o vídeo, engole e reproduz algo que não é verdadeiro. Com isto não estou defendendo A ou B. Acho que os dois têm a acrescentar.
@@risco_zero assiste a entrevista dele com o joao carvalho. Temos que considerar os canais de comunicação que tao transmitindo e como a adaptação do discurso pode induzir a uma interpretação enviesada até mesmo dentro do próprio campo ideológico. Culpar a classe trabalhadora é tudo que ele não faz.
Por isso faz questão de sempre trazer Bourdieu no analise, com fatores mais amplos sobre a forma da exploração.
A definição que você faz de classe média é exatamente a definição que o Jessé destrincha em seu livro a elite do atraso. Em momento nenhum Jessé defende que a classificação social é função da renda.
Caro Humberto. Gostei muito da sua reação à entrevista do Jessé. Claro, o cerne da discordância está na diferença teórica, já que ele é Weberiano/Bourdieusiano, e não marxista. Contudo, estou lendo o livro e confesso que gostei do argumento, em partes. Ele fala que esse comportamento de uma pessoa de classe dominada apoiar um líder que representa os interesses da classe dominante, o tal fenômeno do pobre de direita, que vota contra o seu próprio interesse, não é bem explicado por fatores econômicos, mas por fatores morais: o sentimento de injustiça, vivenciado como humilhação cotidiana, se converte num ressentimento contra o sistema, que é captado, amplificado e manipulado pela direita. Não explica tudo - por exemplo, não analisa a incapacidade da esquerda em captar e canalisar esse sentimento para oafloramento da consciência de classe -, mas é uma contribuição relevante. Outro comentario: entendo que quando ele diz que "a arte prefigura a ciência", ele está sendo irônico, invertendo o dito popular de que "a arte imita a vida" com a ideia de que "a vida imita a arte". Faz sentido: o filme sacou uma coisa antes da ciência social bolar uma explicação bem elaborada (supostamente a do próprio Jessé). Abraço.
Perfeito. Exatamente isso.
"O sentimento de injustiça, humilhação " e isso não é econômico e material de forma primária, e aí sim, essa parte subjetiva do ressentimento vem em segundo, mas entende que o segundo vem da condição material? É isso que o Humberto tá tentando dizer , o Jesse analisa mais o segundo sem levar em conta que as condições primárias que levam a essa questão sentimental e subjetiva...
Pra resumir o que eu quis dizer, primário vem as condições matérias, que depois , vem os sentimentos morais de humilhação , a direita coopta essa parte mais subjetiva do ressentimento...
Mas primeiro você tem que estar fodido materialmente, pra depois vir os sentimentos e toda essa questão moral, é assim que eu interpretei
Aí que tá esse sentimento subjetivo de humilhação é bem material e econômico sim, aí depois que a pessoa vai manifestar isso no subjetivo , igreja , etc
Quero muito você no 3 irmãos podcast
Credo, pra quê desejar mal pros outros?
Tem que furar bolha @@gabrielliberato7434
Comunista adora ir em podcast de direita, né.
Ainda bem que existe internet, é sempre bom ouvir uma segunda opinião. Caso isso fosse dito na tv, não existiria uma contra argumentação . Ótimo vídeo,ótima análise. Parabéns pelo excelente e esclarecedor trabalho.
Eu entendo que a situação material acaba influenciando o nosso comportamento. Mas quem escolhe a situação material em que a gente vive é a moral. A moral é a causa primeira. Isso aqui é um debate puramente filosofico. Quando duas pessoas entram numa disputa política, embora a situação material de cada uma influencie na sua decisão moral. Ainda assim é uma decisão moral. Não tem pra onde fugir.
Pelo rompimento com israel
Otima reflexão
Isso que tu falou no começo sobre a arte é muito o que o Central Pandora sempre fala. A ficção científica não fala sobre o futuro. Ela é um retrato do presente.
Alguém já levantou o currículo do Jesse Souza? Onde ele estudou, onde fez doutorado, onde dá aulas e quais livros publicou? Isso é importante porque é a partir desse ambiente que ele produz esse tipo de pesquisa
Salve camaradada
32:50 Apesar de em sua origem a criação do coringa não tenha sido pensada para uma crítica à sociedade, talvez algo mais próximo à uma crítica ao indivíduo (é evidente criticas à minorias, doenças mentais, ao diferente, na galeria de vilões dos heróis), futuros autores acabaram por adicionar à esse personagem camadas que nos levam a tais críticas, vide Alan Moore com o clássico piada mortal e Christopher Nolan no filme o cavaleiro das trevas, sendo que neste último durante a construção do personagem eles conversaram a respeito de filósofos como Kant por exemplo, além de estar explícito no filme uma influência de Nietzsche. No caso do Coringa de Tod Philips, este conversa muito com o que é apresentado na HQ A piada morta nos levando a perceber o mundo pela otica do coringa l mas por ser uma obra cinematográfica é muito mais eficiente nesse sentido.
Escrevi todas essas palavras para minimamente trazer a tona algumas das camadas que compõem o personagem. Sim, podemos construir análises interessantes à partir de personagens e obras literárias, mas é pertinente um conhecimento de suas nuances para que as análises tenham um pq e sejam de fato construtivas.
Cara as vezes agente acha bacana,engolimos, mas sente que quando cai Lá no estômago demora a ser digerido,isso porque a gente não tem noção do que agente engoliu, principalmente porque outros falam que é muito bom, mas quando vem um rapaz como o unberto é mostra que aquilo que agente engoliu não é tão bom assim, po é isso mesmo,por isso que isso não desceu bem ,umberto vx passa pra gente o que eu nunca poderia entender, principalmente por falta de conhecimento, tamos juntos
Conteúdo relevante
Vou demorar o ano de 2025 para absorver todo o conhecimento passado tanto pelo Jessé qto pelo Humberto e ainda ter a capacidade crítica de formular minha própria opinião disso tudo. Realmente um ótimo vídeo/discussão
Pelo vídeo parece que o Humberto só tá destrinchando mais as ideias do Jessé, não parece que estão discordando kkkkk
Ótima crítica Humberto
Qual o problema de se falar da dívida pública, nem acho que precise de auditoria, mas só de suscitar na massa a desconfiança já é positivo, pois pode ser instrumento de mudança.
Obrigada
Perfeito camarada
exato!!
humeerto, reage ao debate com o eng leo. Aproveita o hype
Mas separa o tarja preta, pq o jimo é pra comer de colher
Aquilo é debate?
@@Daniloaug Se fosse seguir a lógica, aquilo ali é exame de psicotécnico. Mas tão chamando de debate kkkk
Discordo da questão do voto Humberto. O voto do rico e do pobre tem o mesmo peso. Pra burguesia este é o problema. Somos muitos e eles poucos. Então a burguesia vai usar seu poder econômico para influenciar tanto a política institucional quanto esferas do poder público que vendem-se como isentas, judiciário, polícias e autarquias regulatórias.
Muito bom!
De alguma maneira essa melhora pode ser pequena mas houve. E a queda também.
Cuidado, Humberto, os funcionários do ICL tem histórico de dar chilique e apostar carros quando contrariados publicamente
Como se o Humberto mesmo já não tivesse trabalhado com o ICL kkkkkkkkkkkkk
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKk
@@Peterodactilus parece um bolsonarista argumentando...
Prepara a garagem Humberto, o carro tá chegando. 🤣🤣🤣
O Edu é o mais lúcido. Diz que o governo Lula não é revolucionário e que concilia para se manter. Não questiona por que concilia. Acho que não quer gerar esse conflito para não dividir a esquerda.
Comentando para ajudar no algoritmo.
Os argumentos que vc usou pra dizer que ele é elitista são os mesmos que o Galo usou pra descredibilizar vc e o Iam na luta contra o capitalismo. Ou seja, o Galo acusou de vcs de agirem como se dissessem aos pobres : "Vcs não entendem, então, nós, iluminados, explicaremos a vcs...". Esse leitura negativa é perfeitamente aplicável a vcs tb.
Jessé elitista?! Gente, dizer que a realidade do Brasil é ruim porque o pobre é de direita e a solução é a educação da Suíça é básico! É sim!
@@danielcanela Bom aí já concordo com os comunas: Educação por si só não resolve... "Sem mecanismo de distribuição de renda, o engenheiro vira uber..."
Jessé Souza explica muito bem quem é a classe média! O principal diferencial é o acesso ao conhecimento e não ao ter valor monetário!
Parabéns, camarada Humberto,. Adorei suas críticas!
O cara transformou meme, pobre de direita, em categoria de análise.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
tem que pagar as contas fi
Dizer que o argumento do jesse eh fofinho eh uma infantilidade
O professor não pode desenvolver o ponto de vista DELE??? Qual o problema?
Alguém disse que não pode? O Humberto só disse que o ponto de vista dele não se sustenta. E explicou com carinho.
Muito bom.
Verdade.
Oposição democrática sempre!
Obrigado pelo vídeo.
Nem sempre a arte imita a vida. Vez por outra, a arte se confunde com a vida. A expressão a "vida imita a arte" não estaria totalmente errada.
A arte da indicativos pra vida, mestre? No vídeo diz que não, mas como pensar em ideias como a bomba atômica e o cruzamento genético que surgem primeiro como ideias literárias que experimentos científicos? É só dúvida mesmo, mestre
Não precisa chamar ele de mestre, ele é um professor, não Jedi 😂
@@MrMorgothBauglir é como eu trato qualquer colega de profissão que n possuo intimidade kkkk
Obrigado pela definição de classe média Humberto. Sempre tive dificuldade em entender esse termo. Mas sempre me pareceu algo meio idiota. Beleza, existem de fato diferenças de privilégios... mas o pequeno burguês ainda tem que trabalhar e tem sua renda atrelada a um oficio. Meu problema com o termo é que muitos da classe média usam o termo para dizer que "não sou rico, mas não me misture com o resto da galera ai". Sou melhor que alguém... é como se o capitalismo tivesse corrompido o termo para seu próprio fim, estimulando a pelegagem da classe média
A preocupação é o funil do icl entupir no jessé.
Enquanto homem negro sei que nao basta ter dinheiro pra ser respeitado, mas valeu a análise.
Boa!
O professor Jessé traz uma abordagem bastante rica do momento. Já o Humberto repete lugares comuns de uma cultura pretensamente marxista, num discurso enfadonho, presunçoso com ares de catecismo em tom pretensamente professoral.
Inveja e cegueira mata!😊
Mano, o problema do Jessé é ser um sociólogo de classe média, ele não viveu as mazelas, então o que mais encanta é Weber, Bourdieu etc. Porém pra classe média eu acho ele positivo, já que pra essa galera as análises dele já são fortes e reveladoras
Papo dce.Passa anos luz do que realmente vai fazer a diferença.Só falta o litrao, a viola e o reggae.
Humberto, trata de ver sí puedes mejorar. Cuando publicas lo que otros dicen en otros videos, el sonido es muy malo, no se entiende. Por lo tanto es difícil seguir tú razonamiento y respuesta sí no se entiende bien lo que tú respondes. Es la segunda vez que te lo recomiendo. Presta atención y procura mejorar eso.
A meu ver, a dita classe média está mais para ser lida como uma porção da classe trabalhadora mais "privilegida" em razão dos postos de trabalho que ocupam ou por peuquenas heranças como alugueis e comércios de família passados de geração para geração, então esses se sentem como sendo parte da pequena burguesia ou querem ser pequena burguesia, pequena burguesia essa que no caso seria a meu ver mais o que chamam de "classe média alta"
❤❤❤
Direitistas criticam Marx sem ler Marx, Marxistas criticam Jessé Souza sem ler Jessé Souza
Dando uma moral pro algoritmo
Outro o meu irmão que é pobre de direita, me perguntou de peito cheio "ah, quer dizer que não existe democracia no capitalismo?". Aí eu expliquei que existe uma democracia sim, a burguesa. Os direitos deles vêm em primeiro lugar e o pobre, de vez em quando tem direitos também, mas nunca acima da burguesia. Um exemplo: um pobre que rouba (geralmente negro) é ladrão e pode ficar anos preso esquecido pela justiça. Um rico, geralmente branco, que rouba é um cleptomaníaco, tem uma doença psicológica que precisa ser tratada e todo mundo se compadece e ele não vai preso. Os dois cometeram o mesmo crime, mas tiveram desfechos diferentes. Isso é uma democracia burguesa. O mesmo serve para crimes maiores. Aí ele ficou "ah, é...tem isso mesmo".