Esse video é lindo né! Se você gostou, procure pelo "Alabê de Jerusalem" e depos volta aqui para nos contar com quantos minutos você começou a chorar de tão lindo que este trabalho do nosso amigo Altay Veloso!
Essa psicografia maravilhosa, contando em verso e prosa a história de Abá Cuntá!!! Maravilhosa também a interpretação do ator, que por vezes achei ser ele próprio Abá!!! Não consigo ter palavras para me expressar!!!
A emoção que me levou a cair em prantos vem de Aba, vem da luz que Altair Veloso emana e vem de ter esta comunicação acontecido no Instituto Meimei. Que todas as casas Espíritas ouçam e difundam a sabedoria de nossos irmãos que por 388 anos foram animalizados e trucidados pela maldade dos que se diziam cristãos nesta pátria que é do Evangelho! Abnegados Pretos Velhos e Pretas Velhas; humildade e sabedoria que são vocês, é o amai-vos escolhido pelo discernimento adquirido pelo conhecimento intelectual em diversas encarnações. Espíritas, escutai-os! Aba! José! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Não me canso de ouvir essa história do Abá Cuntá! Todas às vezes, que ouço me emociono! Muito bem interpretado pelo querido Altay! Com certeza a mediunidade presente. MARAVILHOSO!😍😍😘😘
Essa pisicografia vem ensinar aqueles irmãos dispersos que somos todos um, não importa sua profissão, cor, ideologia ou raça, temos que amar à todos como nossos irmãos ajudar a todos! cada um tem seu tempo de aprendizado não podemos menosprezar.
Não! Eu estive nesse dia no teatro, no dia da gravação! O Altair se confundiu com os papéis e não leu essa parte! Acabou gravando depois!! Mas ficou lindo msm assim!!!
De tempos em tempos torno a ouvir e distribuir para todos que posso. Essa psicografia em alguns momentos o próprio Aba provavelmente ao lado do maravilhosamente locutor se faz presente com sua voz e seu vocábulo. Se a historia de Aba não trazer comoção, transformação e empatia com nosso irmão então, acabou nossa civilização. 😢
Poxa esta história iria fica muita linda, sendo retratada nas imagens e movimento de um curta animação, já pensaram!!!??? Poderia ate inscrever em concursos de curta animação como o Anima Mundi! Poderia usar esta mesma narração, que já é de arrepiar.
A história de um escravo nos tempos da escravidão no Brasil #Escravos #Escravidão #Slaves #slavery - Psicografia feita no Instituto Meimei contando a história de vida e aprendizado de Abá Cuntá quando foi escravizado na África e trazido ao Brasil se tornando então o "Nego Zé"
Emocionante a mensagem "A História de Abá Cuntá"... onde posso encontrar a transcrição da mensagem? Ví que tem no encarte (issuu.com/criato/docs/envarte_cd_seminario ) mas não dá para copiar! Amei a mensagem e queria poder compartilhar ela!
Demais!! Altay é simplesmente incrível! Tive o grande prazer de estar presente neste seminário e conhecê-lo. Foi nesta ocasião que adquiri o DVD "Alabê de Jerusalém", uma obra que transformou minha vida pra sempre! *-*
Eu ando por cá só oiando Ocês nesses falá complicado Com os livro grosso na mão Fiquei mesmo foi assuntando Pra não me fazer enganado Por gente de má intenção Eu já vivi nesse mundo E vi muita gente se escondê Nas máscara das palavra complicada De intenção ruim mascarada Fazendo esse provo sofrê Mas procês eu quero é conta As história que não tem escrivinhado Tá tudo mesmo é gravado Na cabeça de Abá Cuntá Eu era um menino matrero Lá nas terra distante do mar Na tribo dos Iorubá Tribo de homi guerreiro Ah, eu era menino valente Eu corria pelas mata fechada Num tinha medo de nada Nem de escuro, nem de serpente Mas um dia eu conheci o medo Numa manhazinha, logo cedo Saí pra caçá pra famia E cabei por querer ver o mar Desviei do dever, pra nadá Como fazia todo dia Perdido ali na distração Senti uma rede me prendê Comecei a gritar e me debatê Com meu coração na mão Vi dois homi com cara de mau Falando uma fala toda embolada Enquanto a rede era arrastada E eu preso nela, como um animal Lembrei dos aviso dos antigo De não caminhar sozinho nas trilha Andá sempre com gente da famia Ou junto com muitos amigo “Abá, aquieta, por Olorum e Obatalá,” Um dia minha mãe esbravejou: “Quem caiu na rede dos branco, Abá, Nunca mais voltou” Tomado de apavoramento Continuei me debatendo Tentando me libertar Gritei os nome que eu alembrava Pra vê se alguém me escutava E vinha me ajudar Mas só uma resposta Abá recebeu Um dos homi me bateu E eu num vi mais nada Só acordei num lugar diferente Apinhadinho de minha gente Tudo ali, aprisionada Tinha gente de tribo rival Mas na força daquelas corrente Ali nós era tudo igual Era animal, não era gente E coisa engraçada que eu vou contá Inimigo que dantes queria matá Ali se abraçava ao seu malquerer A dor ajuntou os companheiro de sorte Todo mundo ali temia a morte Todo mundo ali queria viver Nós fomos tudo amontoado Em um barco, tudo apertado Pra rumar pro desconhecido E ante a rudeza dos branco Que tratava nós aos solavanco Nenhum gemido era ouvido Pior que o chicote atrevido Era o peito oprimido Enquanto o barco movimentava Gente que os branco prendia Se na praia não morria, Nunca mais vortava! Fiquei oiando minha terra A terra da minha ternura Que lá ia sumindo na lonjura E me fazendo pensar Lá ficou a minha alegria, Minha liberdade e minha famia Que eu não soube escutar Ah, durante os primeiro dia Eu pensava em Iemanjá Esperava ela se levantá E acudir os fio maltratado Mas nós num fomo ajudado Por nenhum deus de nossa crença Naquele barco mardito Era só morte e doença Ou era chicote malvado Que chispava nos lombo pelado Ou era a fome que matava Ou os nego por si mesmo se jogava Nos braço amigo do mar Buscando fim praquele sofrer Achando que era melhor morrer Que se deixar escravizar A comida era pouca e medida E só pra quem não tivesse ferida, Nem febre ou prostração Esses era tudo acorrentado E no mar era tudo jogado Sem qualquer compaixão Nem sei quanto tempo isso levou Mas um dia o barco chegou Onde tinha que chegar E nós descemo tudo assustado E fomo logo apreciado Por quem queria comprar Eu era só um menino Mas tava ali nas corrente Como se eu fosse um bicho E vinha uns home e me oiava De vez enquando falava Aquela língua embolada Eu num entendia nada Mas queria falar pra eles também Que Abá Cuntá era gente também E queria vortar pra casa Aí o povo me agredia Pra piorar meu sofrimento Eu fiquei ali, no relento Depois daquela agonia Naquela viagem sem fim Com fome, com sede e cansado Esperando ser comprado Pra saber o meu fim Acabei por ser comprado Por um homi mal encarado Que me levou até a montaria Mas não me fez montar Me fez foi caminhas Me puxava pela corda amarrada Nas minha mão acorrentada Junto a outras tanta mão De outros que nem eu Que na viagem não morreu Nós ia aquele bando, caladinho E se caía pelo caminho O home dava uns arrancão E gritava as palavra embolada Parecia uma besta malvada Sem dó e nem compaixão Nosso pé descalço no chão Ia ferindo e sangrando Mas o homi ia puxando Sem querer saber de nada Muitas horas caminhamo Com a muringa queimano No sol forte da estrada Caminhamo bem longe Chegamo no alto de um monte Com uma estranha construção Levaro nóis prum lugar Onde nois ia ficar Era nossa prisão Tinha tanto nego lá dentro Que hoje eu penso admirado Com tanta abominação Que pensava esse povo branco Pra fazer tanta loucura? Só por causa da pele escura Nóis não era seus irmão? Durante muitos dia Eu só ficava calado Tava muito acabrunhado De sôdade e de dor Mas as nega veio aproximano Aos poucos fui se acostumano Com aquela vida de horrô Nem sempre nois compreendia O que o outro nego dizia Porque muitos que ali chegou Vierum de lugar diferente Outra tribo, outra gente Mas aos poucos nos aprendia A língua embolada dos branco E a língua uns dos outro também Pra entender as ordi dada E não tomar umas lambada Do chicote do feitô No seu constante estala, estala. Nois trabaiava de dia E de noite se recoia Num lugar chamado Senzala Onde dormia no chão Tudo amontoado Mas tinha também os coitado Que por castigo ou ruindade Ficava preso pelas extremidade Até a luz do dia vortá Me chamarum José Eu não era mais o ABá Eu via o tempo passá Eu já num era mais um menino Agora eu já era um homi forte Mas de jeito fraco, amuado Num queria ser martratado Tinha medo da morte O menino atrevido da mata Agora era manso que nem os gado Obedecia calado Trabaiava nas plantação Fugia das briga Que as veiz se dava entre os irmão E ficava só espreitando O chicote do feitô estalando Nos lombo dos mais afoito Que entrava na confusão Por ser nego manso e calado Que não gostava de brigá Um dia fui apontado Pra poder acompanhá O sinhozinho daquelas terra Parecia boa coisa Ia comer miorzinho Ia vesti miorzinho Ficá na casa grande Sem serviço muito pesado Eu fiquei até animado Pensei que a sorte sorria Pra o coitado do Zé Eu é que num sabia Que tinha tipo de mardade Que faz a gente senti sardade Do chicote do feitô Ah, não! Tem castigo pior Lambada de toda hora Que num estala no lombo Mas causa dor maior A dor da humilhação Que num marca a carne de fora Mas marca o coração
Por momentos era o proprio Aba declamando! Oh Jesus que emocionante! Quanto ensinamento Senhor!! 🙏🙏🙌🙌🙌💖💖💖💖💖
Esse video é lindo né! Se você gostou, procure pelo "Alabê de Jerusalem" e depos volta aqui para nos contar com quantos minutos você começou a chorar de tão lindo que este trabalho do nosso amigo Altay Veloso!
Essa psicografia maravilhosa, contando em verso e prosa a história de Abá Cuntá!!! Maravilhosa também a interpretação do ator, que por vezes achei ser ele próprio Abá!!! Não consigo ter palavras para me expressar!!!
Maravilhosa e sofredora história sempre escuto
Não é ator profissional. É Altay Veloso, um dos maiores compositores do Brasil!!! Esse cara é o CARA!!!!
Onde é que curti infinitas vezes?!!!! Lindo demais! O Espiritismo veio ao mundo pra nos ensinar isso minha gente! O caminho do amor!
A emoção que me levou a cair em prantos vem de Aba, vem da luz que Altair Veloso emana e vem de ter esta comunicação acontecido no Instituto Meimei. Que todas as casas Espíritas ouçam e difundam a sabedoria de nossos irmãos que por 388 anos foram animalizados e trucidados pela maldade dos que se diziam cristãos nesta pátria que é do Evangelho! Abnegados Pretos Velhos e Pretas Velhas; humildade e sabedoria que são vocês, é o amai-vos escolhido pelo discernimento adquirido pelo conhecimento intelectual em diversas encarnações. Espíritas, escutai-os! Aba! José! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Não me canso de ouvir essa história do Abá Cuntá! Todas às vezes, que ouço me emociono! Muito bem interpretado pelo querido Altay! Com certeza a mediunidade presente. MARAVILHOSO!😍😍😘😘
Eu vejo esse vídeo periodicamente e me emociono todas as vezes.
Já assisti 2 vezes e fico sem palavras pra descrever a emoção que senti e da maravilhosa interpretação do nosso querido irmão. Parabéns!
Emocionante Altay Veloso! Que sensibilidade, que talento! Deus o proteja sempre! Muitíssimo lindo! Parabéns!🤩🥰
Emocionante. Minha alma chorou. Evoluímos ao entendermos e colocarmos em prática cada linha dessa linda mensagem.
Nossa!!! SENSACIONAL!!! Texto, interpretacao, cenario...belíssimo!!!
Nunca chorei tanto assistindo um vídeo no UA-cam! Que história linda! Faz a gente querer ser cada vez melhor !
Dificil ouvir e nao cair em prantos com diferentes emoçoes tomando o coraçao! Obgda 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Maravilhoso ouvi pela segunda vez de olhos fechados aleluia
Muito emocionante a historia de Aba. Penso que muitas histórias são semelhantes a esta. Só tenha que agradecer.
Lindo maravilhoso e reflexivo
Essa pisicografia vem ensinar aqueles irmãos dispersos que somos todos um, não importa sua profissão, cor, ideologia ou raça, temos que amar à todos como nossos irmãos ajudar a todos! cada um tem seu tempo de aprendizado não podemos menosprezar.
Que coisa linda! Emocionante. Simplesmente maravilhoso!
No finalzinho,o proprio Aba fala? Emocionante 👏👏👏
Lindo
Não! Eu estive nesse dia no teatro, no dia da gravação!
O Altair se confundiu com os papéis e não leu essa parte! Acabou gravando depois!!
Mas ficou lindo msm assim!!!
Não me canso de ouvir e chorar! ❤
De tempos em tempos torno a ouvir e distribuir para todos que posso. Essa psicografia em alguns momentos o próprio Aba provavelmente ao lado do maravilhosamente locutor se faz presente com sua voz e seu vocábulo. Se a historia de Aba não trazer comoção, transformação e empatia com nosso irmão então, acabou nossa civilização. 😢
Poxa esta história iria fica muita linda, sendo retratada nas imagens e movimento de um curta animação, já pensaram!!!??? Poderia ate inscrever em concursos de curta animação como o Anima Mundi! Poderia usar esta mesma narração, que já é de arrepiar.
Linda psicografia . Salve paz.a todos
Maravilhoso demais. DEUS É O NOSSO MESTRE JESUS É MARAVILHOSO. 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
Forte e emocionante relato.
Maravilhoso Altay!!... Viva Altay!!!... ✨🙌🙏🙌✨
nossa que emocionante , lindo demais . da vontade de viver 😍
vanessa bezerra dá vontade de viver de verdade!
Lindo.
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻maravilhoso
Lindo demais! De arrepiar!
Emoção de rasgar o coração!
Uma das coisas mais bonitas que já escutei na vida
A história de um escravo nos tempos da escravidão no Brasil #Escravos #Escravidão #Slaves #slavery - Psicografia feita no Instituto Meimei contando a história de vida e aprendizado de Abá Cuntá quando foi escravizado na África e trazido ao Brasil se tornando então o "Nego Zé"
Belíssimo! !!
Depois do Mestre, martírios são troféus....
Maravilhoso!!!!
Pura emoção!!!
Lindo incrivelmente lindo
Maravilhoso....
Amei a história de Abá Cuntá.
Paz e luz a Todos 🙏🙏🇧🇷🇧🇷
e pensar que já fizemos e fazemos ainda, como a nossa evolução é lenta.
sem palavras!
Sem palavras!!!!!!!
Maravilhoso Altair
Pura emoção
Que coisa incrível!
😢😢💕💕👏👏🙏🙏🌹🌹
Lindo!!!! Onde consigo o esse texto ?
Lindo
🙏🙏
Lindissimo!😢
Emocionante a mensagem "A História de Abá Cuntá"... onde posso encontrar a transcrição da mensagem? Ví que tem no encarte (issuu.com/criato/docs/envarte_cd_seminario ) mas não dá para copiar! Amei a mensagem e queria poder compartilhar ela!
Querida Adriana, me encontro na mesma situação! :D
O problema é que é longa mesmo... assim contada por esse querido e talentoso Altay Veloso é uma delicia de ouvir né!
Demais!! Altay é simplesmente incrível! Tive o grande prazer de estar presente neste seminário e conhecê-lo. Foi nesta ocasião que adquiri o DVD "Alabê de Jerusalém", uma obra que transformou minha vida pra sempre! *-*
nessa apresentação tem a Histótia de Abá Cuntá em posts issuu.com/criato/docs/envarte_cd_seminario
Eu ando por cá só oiando
Ocês nesses falá complicado
Com os livro grosso na mão
Fiquei mesmo foi assuntando
Pra não me fazer enganado
Por gente de má intenção
Eu já vivi nesse mundo
E vi muita gente se escondê
Nas máscara das palavra complicada
De intenção ruim mascarada
Fazendo esse provo sofrê
Mas procês eu quero é conta
As história que não tem escrivinhado
Tá tudo mesmo é gravado
Na cabeça de Abá Cuntá
Eu era um menino matrero
Lá nas terra distante do mar
Na tribo dos Iorubá
Tribo de homi guerreiro
Ah, eu era menino valente
Eu corria pelas mata fechada
Num tinha medo de nada
Nem de escuro, nem de serpente
Mas um dia eu conheci o medo
Numa manhazinha, logo cedo
Saí pra caçá pra famia
E cabei por querer ver o mar
Desviei do dever, pra nadá
Como fazia todo dia
Perdido ali na distração
Senti uma rede me prendê
Comecei a gritar e me debatê
Com meu coração na mão
Vi dois homi com cara de mau
Falando uma fala toda embolada
Enquanto a rede era arrastada
E eu preso nela, como um animal
Lembrei dos aviso dos antigo
De não caminhar sozinho nas trilha
Andá sempre com gente da famia
Ou junto com muitos amigo
“Abá, aquieta, por Olorum e Obatalá,”
Um dia minha mãe esbravejou:
“Quem caiu na rede dos branco, Abá,
Nunca mais voltou”
Tomado de apavoramento
Continuei me debatendo
Tentando me libertar
Gritei os nome que eu alembrava
Pra vê se alguém me escutava
E vinha me ajudar
Mas só uma resposta Abá recebeu
Um dos homi me bateu
E eu num vi mais nada
Só acordei num lugar diferente
Apinhadinho de minha gente
Tudo ali, aprisionada
Tinha gente de tribo rival
Mas na força daquelas corrente
Ali nós era tudo igual
Era animal, não era gente
E coisa engraçada que eu vou contá
Inimigo que dantes queria matá
Ali se abraçava ao seu malquerer
A dor ajuntou os companheiro de sorte
Todo mundo ali temia a morte
Todo mundo ali queria viver
Nós fomos tudo amontoado
Em um barco, tudo apertado
Pra rumar pro desconhecido
E ante a rudeza dos branco
Que tratava nós aos solavanco
Nenhum gemido era ouvido
Pior que o chicote atrevido
Era o peito oprimido
Enquanto o barco movimentava
Gente que os branco prendia
Se na praia não morria,
Nunca mais vortava!
Fiquei oiando minha terra
A terra da minha ternura
Que lá ia sumindo na lonjura
E me fazendo pensar
Lá ficou a minha alegria,
Minha liberdade e minha famia
Que eu não soube escutar
Ah, durante os primeiro dia
Eu pensava em Iemanjá
Esperava ela se levantá
E acudir os fio maltratado
Mas nós num fomo ajudado
Por nenhum deus de nossa crença
Naquele barco mardito
Era só morte e doença
Ou era chicote malvado
Que chispava nos lombo pelado
Ou era a fome que matava
Ou os nego por si mesmo se jogava
Nos braço amigo do mar
Buscando fim praquele sofrer
Achando que era melhor morrer
Que se deixar escravizar
A comida era pouca e medida
E só pra quem não tivesse ferida,
Nem febre ou prostração
Esses era tudo acorrentado
E no mar era tudo jogado
Sem qualquer compaixão
Nem sei quanto tempo isso levou
Mas um dia o barco chegou
Onde tinha que chegar
E nós descemo tudo assustado
E fomo logo apreciado
Por quem queria comprar
Eu era só um menino
Mas tava ali nas corrente
Como se eu fosse um bicho
E vinha uns home e me oiava
De vez enquando falava
Aquela língua embolada
Eu num entendia nada
Mas queria falar pra eles também
Que Abá Cuntá era gente também
E queria vortar pra casa
Aí o povo me agredia
Pra piorar meu sofrimento
Eu fiquei ali, no relento
Depois daquela agonia
Naquela viagem sem fim
Com fome, com sede e cansado
Esperando ser comprado
Pra saber o meu fim
Acabei por ser comprado
Por um homi mal encarado
Que me levou até a montaria
Mas não me fez montar
Me fez foi caminhas
Me puxava pela corda amarrada
Nas minha mão acorrentada
Junto a outras tanta mão
De outros que nem eu
Que na viagem não morreu
Nós ia aquele bando, caladinho
E se caía pelo caminho
O home dava uns arrancão
E gritava as palavra embolada
Parecia uma besta malvada
Sem dó e nem compaixão
Nosso pé descalço no chão
Ia ferindo e sangrando
Mas o homi ia puxando
Sem querer saber de nada
Muitas horas caminhamo
Com a muringa queimano
No sol forte da estrada
Caminhamo bem longe
Chegamo no alto de um monte
Com uma estranha construção
Levaro nóis prum lugar
Onde nois ia ficar
Era nossa prisão
Tinha tanto nego lá dentro
Que hoje eu penso admirado
Com tanta abominação
Que pensava esse povo branco
Pra fazer tanta loucura?
Só por causa da pele escura
Nóis não era seus irmão?
Durante muitos dia
Eu só ficava calado
Tava muito acabrunhado
De sôdade e de dor
Mas as nega veio aproximano
Aos poucos fui se acostumano
Com aquela vida de horrô
Nem sempre nois compreendia
O que o outro nego dizia
Porque muitos que ali chegou
Vierum de lugar diferente
Outra tribo, outra gente
Mas aos poucos nos aprendia
A língua embolada dos branco
E a língua uns dos outro também
Pra entender as ordi dada
E não tomar umas lambada
Do chicote do feitô
No seu constante estala, estala.
Nois trabaiava de dia
E de noite se recoia
Num lugar chamado Senzala
Onde dormia no chão
Tudo amontoado
Mas tinha também os coitado
Que por castigo ou ruindade
Ficava preso pelas extremidade
Até a luz do dia vortá
Me chamarum José
Eu não era mais o ABá
Eu via o tempo passá
Eu já num era mais um menino
Agora eu já era um homi forte
Mas de jeito fraco, amuado
Num queria ser martratado
Tinha medo da morte
O menino atrevido da mata
Agora era manso que nem os gado
Obedecia calado
Trabaiava nas plantação
Fugia das briga
Que as veiz se dava entre os irmão
E ficava só espreitando
O chicote do feitô estalando
Nos lombo dos mais afoito
Que entrava na confusão
Por ser nego manso e calado
Que não gostava de brigá
Um dia fui apontado
Pra poder acompanhá
O sinhozinho daquelas terra
Parecia boa coisa
Ia comer miorzinho
Ia vesti miorzinho
Ficá na casa grande
Sem serviço muito pesado
Eu fiquei até animado
Pensei que a sorte sorria
Pra o coitado do Zé
Eu é que num sabia
Que tinha tipo de mardade
Que faz a gente senti sardade
Do chicote do feitô
Ah, não! Tem castigo pior
Lambada de toda hora
Que num estala no lombo
Mas causa dor maior
A dor da humilhação
Que num marca a carne de fora
Mas marca o coração
Sei o que estou pagando
Emocionante
😢😢💕💕👏👏🙏🙏🌹🌹