Sabe o que me lembra esse tema? Do livro do Wright Mills: A Nova Classe Média. O livro faz uma genealogia do mundo profissional dos EUA, explicando como o indivíduo passou de livre pra dominado. Primeiro, o mundo muito igualitário e meritocrático das colônias do norte dos eua (padeiros, ferreiros, artistas, professores, artesãos, fazendeiros, lojistas etc) onde as oportunidades e sucesso eram bem equilibradas entre as pessoas, salva a ressalva do patriacalismo. Esse mundo desapareceu no século 19 e no lugar, surgiu uma sociedade dominada por grandes empresas e uma burocracia estatal onipresente, ambas esmagando o indivíduo e o submetendo a lógicas de produção e vida alheias a ele. Claramente, a eficiência econômica aumentou, mas junto veio aumento abissal de desigualdade e concentração de poder político. A época dos grandes tubarões e barões do norte industrial, na época base eleitoral dos democratas, enquanto a massa de pobres e classe média, base dos republicanos. Esse futuro da IA parece isso: empregos de capacitação técnica média e alta (engenheiros, arquitetos, médicos, jornalistas, cientistas, artistas etc) perdendo seu caráter de profissionais liberais (competindo no mercado por clientes graças a sua capacidade) e virando meros funcionários de mega empresas. Pense: se essa tecnologia de IA se massificar como a Cora e o Pedro dizem (e desejam, e eu tb, pq é incrível), o consumidor comum não vai mais contratar arquiteto e engenheiro pra fazer obra, mas vão recorrer a um "profissional"-algoritmo. Virará uma espécie de UBER, que desestruturou o mercado de taxistas autônomos, e "contrata" uma legião de entregadores e motoristas. Será que o emprego de classe média também não vai se uberizar? Uma empresa, a que tem a patente do IA específico, empresta sua tecnologia (assim como a uber faz) a profissionais outrora autônomos, e cobra uma taxa. "ahh mas arquiteto já compra licença temporária de autocad". Sim, mas eu imagino que se a IA ficar onipotente, isso só vai aumentar. Pense, a empresa que detém a tecnologia vai contratar centenas de arquitetos e engenheiros pra montar suas configurações técnicas voltadas pra construção civil. O consumidor compra uma licença dessa IA, contrata pedreiros e constrói sua casa. O arquiteto como profissional liberal some. E se antes (na época de livre competição entre indivíduos liberais), milhares de arquitetos competiam no mercado por clientes, agora uma mega empresa tem 200 arquitetos fixos, e vende seu IA de construção civil pra população. Só os melhores arquitetos reterão seus empregos. A IA pode muito bem gerar desemprego massivo inclusive na classe média qualificada. Como os governos lidarão com isso? Taxando os poucos donos da IA pra criar mais assistencialismo? Não sei. A IA é inevitável. Se na era industrial, os operários de ensino médio perdem (e estão ainda perdendo) empregos graças a mecanização, os "colarinhos brancos" da classe média com faculdade também perderão graças a IA. O profissional liberal deixa de competir por clientes no mercado e passa a competir por vaga de emprego em poucas empresas, essas sim competindo por clientes. O middleman intermediário entre o técnico e o cliente ganha muito mais escala, fica gigante, aufere lucros gigantes, diminui a competição, e ganha poder de lobby no congresso nunca dantes visto. Adam Smith escreveu seu A Riqueza das Nações na era do liberalismo pré tubarões, na era quando só havia sardinhas, atum e pintado. O motorista do uber aceita o cliente que o aplicativo manda pra ele, um verdadeiro algoritmo, que em vez de conteúdo do feed, aloca prestador de serviço e cliente, pensando em eficiência. Será que não vai rolar o mesmo com cargos mais qualificados? Toda relação econômica mediada por algoritmos impessoais, desenhados por poucos centenas de técnicos do topo da capacidade técnica, é um futuro bizarro.
Trabalho com fotografia há 15 anos e estou longe de ser um conservador. Me adaptei muito bem ao fluxo de inteligência artificial e, para muitas coisas, não pretendo voltar atrás. Mas não podemos ser ingênuos. A criação de imagens generativas não são meras ferramentas. Se você não é bom fotógrafo, não adianta uma boa câmera. Se não sabe operar adequadamente o photoshop, todo tratamento vai ser ruim. O mesmo não pode ser dito em relação à IA. Ela preenche lacunas de habilidades do usuário e pode, sim, entregar imagens de qualidade sem muita dificuldade. O termo "engenharia de prompt" é enganador. Não raro, a ferramenta ignora o prompt e faz o que quer, às vezes com resultados surpreendentemente bons, ainda que quase sempre medíocres. O único erro do concurso foi ter deixado a arte chegar onde chegou antes de desclassificá-la. O processo de uso de uma IA pode ser artístico, mas nada garante que o seja. Concursos precisam de prêmios especiais para este tipo de ferramenta, sob o risco de comparar alhos a bugalhos, e acabar premiando preguiçosos com sorte (não estou falando deste caso em especial). Sugiro chamarem algum especialista em estética para comentar um tema tão complexo, senão fica parecendo que é somente uma rixa entre modernidade x conservadorismo.
É, acho que em cada vez mais áreas a IA vai desafiar os limites do que é ou não ferramenta. É que muita gente tem um certo dogma que IA = ferramenta apenas.
Acho que a discussão do uso de IA em ilustração é a mesma discussão entre quem criou uma obra de arte o artista que criou o conceito ou o artesão que o executou.
Uma analogia possível: o ciclismo criou uma categoria somente para bicicletas com assistência elétrica. Entendo a IA como algo nesta linha - um assistente, um potencializador à criatividade do ilustrador. Nesta linha, entendo que caberia sim a criação de uma categoria à parte para ilustrações feitas com o auxílio de IA.
Concursos e exposições de fotografias são sobre fotografias. Concursos e exposições de pintura, mesmo que hiper-realistas, são relacionadas à pintura e ao processo de aprendizado, técnica e narrativa do criar humano... É obrigatóriamente analógico. Não vejo problemas em criar uma categoria de premiações para criações em IA, mas considero a desclassificação correta. Foi um erro da organização do evento colocar a obra na disputa, mas a desclassificação foi correta. Penso que a questão não está em demonizar as IAs na arte, (até porque seria uma ação inútil) mas ir com um pouco mais de calma nessa empolgação. Ir com mais calma e mais respeito com a "trajetória" de artistas que desenvolvem sua arte à maneira clássica.
Eu sou amigo dos editores e inclusive trabalhei com o CLC em outros projetos. Uma questão que tem sido esquecida, é que o PRÓPRIO marketing dessa edição enfatizava ser um livro criado por IA. Além disso, a escolha tem ligação direta com a própria temática do livro que é o contato com uma inteligência não humana. Dessa maneira, a escolha ilustra esteticamente a estranheza que o texto traz. Acho lamentável que a discussão seja colocada em um plano tão rasteiro.
Sou assinante do Clube de Literatura Clássica e, independente de qualquer coisa, foi a capa mais feia que eles publicaram. Destoa totalmente das outras!
Imagine que, em alguns anos, os livros poderão ser escritos pelo Chat GPT, no estilo deste ou daquele autor, ilustrados pelo Midjourney por prompts que o próprio GPT vai criar, seguindo este ou aquele artista, publicados por editoras administradas por AI e depois premiados por jurados que também serão AIs. Qual o valor disso?
Há poucos dias eu brinquei com amigos que devia ter uma AI para me ajudar a responder contatos de dating apps (Tinder, Bumble, etc) já que a conversa inicial é basicamente sempre a mesma, e eu já não tenho paciência. Depois se fosse interessante essa AI mandava-me os detalhes já sugerindo o primeiro encontro. hahaha. Parece que essa nova função do Chat GPT alinha com essa ideia. Já fica a dica Open AI. 😅
Cora, me desculpe mas não é preciso de muito estudo para fazer uma ilustração com IA. É questão de estudar por 1h testando os prompts, literalmente. Querer comparar isso com alguém que estudou desenho, pintura e composição por anos, é bem raso.
Pra fazer ilustração realmente não precisa de muito não. Agora pra fazer um trabalho artístico de qualidade e de forma elaborada tem que conhecer os estilos de ilustração, pintura, composição de cores etc.
Há gente apostando que novos empregos serão gerados, e haverá emprego para todos. Eu não sei em que mundo louco, em que grande parte do que se faz hoje em dia será automatizado, isso poderia acontecer.
Esse é o mesmo tipo de pensamento que pessoas usavam charretes e alugavam cavalos diziam sobre o início da indústria automobilística. E que serviços de streaming iriam acabar com a indústria de entretenimento. É sempre o mesmo “problema” clichê, apenas regurgitado pelo status quo paranóico e alarmista.
@@dontfearai Diziam que streaming iria acabar com a indústria de entretenimento? Desta vez é diferente de tudo que veio antes. Vão existir empregos para humanos em profissões nas quais o elemento humano é importante para nós, como atletas, artistas, _entertainers,_ prostitutas e acompanhantes. Mas acho improvável que haja emprego para todos.
@@dontfearaiUm dos objetivos da área de IA, provavelmente o principal, é criar uma AGI (Artificial General Intelligence). A OpenAI, a Google DeepMind e a Anthropic (3 principais empresas de IA) dizem explicitamente que o objetivo delas é criar uma AGI, e já disseram que esperam que isso aconteça em menos de 10 anos. Uma AGI seria uma IA capaz de realizar QUALQUER tarefa intelectual que um humano seja capaz. E provavelmente seria mais eficaz e barata. Mesmo assim você acha que dessa vez não é diferente? Por favor, explique por que os empregos intelectuais continuariam existindo (pelo menos mais de 10% deles), mesmo com uma IA os realizando de forma mais rápida, barata e eficiente, 24 horas por dia.
@@joaodecarvalho7012 acho que a questão é: a indústria de charretes desapareceu, mas novos empregos surgiram. Só que em vez de haver 5 produtores de charrete por cidade (o q dá milhares no país) competindo no mercado, agora existem poucas empresas de carro no mundo inteiro competindo. Antes o charretista não contava com proteção nem subsídio de governo local. Agora, o mega produtor de carros ganha essas coisas de governos nacionais. Poucas empresas que controlam o destino profissional de milhões (operários, engenheiros, designers etc). A era do liberalismo de livre competição entre individuos virou uma arena de poucos lutadores, hiper musculosos, que são muito mais avessos a entrada de novos players na arena do que os charretistas de outrora.
@@arthur_stivanello Sim, mas desta vez as pessoas vão perder os seus empregos, e não será possível elas encontrarem novos. E vão ser profissões altamente qualificadas.
Quem assina a responsabilidade técnica em "projetos" feitos pelo chat gpt? Se cair, pegar fogo, rachar, quem é o responsável?? Projetos para engenharia como cálculo estrutural, orçamento, acompanhamento de obras, etc. já existem a décadas. O problema é o custo para pequenas obras. Um abraço!
Sabe o que me lembra esse tema? Do livro do Wright Mills: A Nova Classe Média. O livro faz uma genealogia do mundo profissional dos EUA, explicando como o indivíduo passou de livre pra dominado. Primeiro, o mundo muito igualitário e meritocrático das colônias do norte dos eua (padeiros, ferreiros, artistas, professores, artesãos, fazendeiros, lojistas etc) onde as oportunidades e sucesso eram bem equilibradas entre as pessoas, salva a ressalva do patriacalismo. Esse mundo desapareceu no século 19 e no lugar, surgiu uma sociedade dominada por grandes empresas e uma burocracia estatal onipresente, ambas esmagando o indivíduo e o submetendo a lógicas de produção e vida alheias a ele. Claramente, a eficiência econômica aumentou, mas junto veio aumento abissal de desigualdade e concentração de poder político. A época dos grandes tubarões e barões do norte industrial, na época base eleitoral dos democratas, enquanto a massa de pobres e classe média, base dos republicanos. Esse futuro da IA parece isso: empregos de capacitação técnica média e alta (engenheiros, arquitetos, médicos, jornalistas, cientistas, artistas etc) perdendo seu caráter de profissionais liberais (competindo no mercado por clientes graças a sua capacidade) e virando meros funcionários de mega empresas. Pense: se essa tecnologia de IA se massificar como a Cora e o Pedro dizem (e desejam, e eu tb, pq é incrível), o consumidor comum não vai mais contratar arquiteto e engenheiro pra fazer obra, mas vão recorrer a um "profissional"-algoritmo. Virará uma espécie de UBER, que desestruturou o mercado de taxistas autônomos, e "contrata" uma legião de entregadores e motoristas. Será que o emprego de classe média também não vai se uberizar? Uma empresa, a que tem a patente do IA específico, empresta sua tecnologia (assim como a uber faz) a profissionais outrora autônomos, e cobra uma taxa. "ahh mas arquiteto já compra licença temporária de autocad". Sim, mas eu imagino que se a IA ficar onipotente, isso só vai aumentar. Pense, a empresa que detém a tecnologia vai contratar centenas de arquitetos e engenheiros pra montar suas configurações técnicas voltadas pra construção civil. O consumidor compra uma licença dessa IA, contrata pedreiros e constrói sua casa. O arquiteto como profissional liberal some. E se antes (na época de livre competição entre indivíduos liberais), milhares de arquitetos competiam no mercado por clientes, agora uma mega empresa tem 200 arquitetos fixos, e vende seu IA de construção civil pra população. Só os melhores arquitetos reterão seus empregos. A IA pode muito bem gerar desemprego massivo inclusive na classe média qualificada. Como os governos lidarão com isso? Taxando os poucos donos da IA pra criar mais assistencialismo? Não sei. A IA é inevitável. Se na era industrial, os operários de ensino médio perdem (e estão ainda perdendo) empregos graças a mecanização, os "colarinhos brancos" da classe média com faculdade também perderão graças a IA. O profissional liberal deixa de competir por clientes no mercado e passa a competir por vaga de emprego em poucas empresas, essas sim competindo por clientes. O middleman intermediário entre o técnico e o cliente ganha muito mais escala, fica gigante, aufere lucros gigantes, diminui a competição, e ganha poder de lobby no congresso nunca dantes visto. Adam Smith escreveu seu A Riqueza das Nações na era do liberalismo pré tubarões, na era quando só havia sardinhas, atum e pintado. O motorista do uber aceita o cliente que o aplicativo manda pra ele, um verdadeiro algoritmo, que em vez de conteúdo do feed, aloca prestador de serviço e cliente, pensando em eficiência. Será que não vai rolar o mesmo com cargos mais qualificados? Toda relação econômica mediada por algoritmos impessoais, desenhados por poucos centenas de técnicos do topo da capacidade técnica, é um futuro bizarro.
Trabalho com fotografia há 15 anos e estou longe de ser um conservador. Me adaptei muito bem ao fluxo de inteligência artificial e, para muitas coisas, não pretendo voltar atrás. Mas não podemos ser ingênuos. A criação de imagens generativas não são meras ferramentas. Se você não é bom fotógrafo, não adianta uma boa câmera. Se não sabe operar adequadamente o photoshop, todo tratamento vai ser ruim. O mesmo não pode ser dito em relação à IA. Ela preenche lacunas de habilidades do usuário e pode, sim, entregar imagens de qualidade sem muita dificuldade. O termo "engenharia de prompt" é enganador. Não raro, a ferramenta ignora o prompt e faz o que quer, às vezes com resultados surpreendentemente bons, ainda que quase sempre medíocres. O único erro do concurso foi ter deixado a arte chegar onde chegou antes de desclassificá-la. O processo de uso de uma IA pode ser artístico, mas nada garante que o seja. Concursos precisam de prêmios especiais para este tipo de ferramenta, sob o risco de comparar alhos a bugalhos, e acabar premiando preguiçosos com sorte (não estou falando deste caso em especial). Sugiro chamarem algum especialista em estética para comentar um tema tão complexo, senão fica parecendo que é somente uma rixa entre modernidade x conservadorismo.
É, acho que em cada vez mais áreas a IA vai desafiar os limites do que é ou não ferramenta. É que muita gente tem um certo dogma que IA = ferramenta apenas.
Acho que a discussão do uso de IA em ilustração é a mesma discussão entre quem criou uma obra de arte o artista que criou o conceito ou o artesão que o executou.
Uma analogia possível: o ciclismo criou uma categoria somente para bicicletas com assistência elétrica. Entendo a IA como algo nesta linha - um assistente, um potencializador à criatividade do ilustrador. Nesta linha, entendo que caberia sim a criação de uma categoria à parte para ilustrações feitas com o auxílio de IA.
Concursos e exposições de fotografias são sobre fotografias. Concursos e exposições de pintura, mesmo que hiper-realistas, são relacionadas à pintura e ao processo de aprendizado, técnica e narrativa do criar humano... É obrigatóriamente analógico. Não vejo problemas em criar uma categoria de premiações para criações em IA, mas considero a desclassificação correta. Foi um erro da organização do evento colocar a obra na disputa, mas a desclassificação foi correta. Penso que a questão não está em demonizar as IAs na arte, (até porque seria uma ação inútil) mas ir com um pouco mais de calma nessa empolgação. Ir com mais calma e mais respeito com a "trajetória" de artistas que desenvolvem sua arte à maneira clássica.
Eu sou amigo dos editores e inclusive trabalhei com o CLC em outros projetos.
Uma questão que tem sido esquecida, é que o PRÓPRIO marketing dessa edição enfatizava ser um livro criado por IA. Além disso, a escolha tem ligação direta com a própria temática do livro que é o contato com uma inteligência não humana. Dessa maneira, a escolha ilustra esteticamente a estranheza que o texto traz. Acho lamentável que a discussão seja colocada em um plano tão rasteiro.
Gente, eu amo o programa mas POR FAVOR alguém me diga de onde é essa sandália maravilhosa da Cora! 😂 Tendência!
É da Outer. 😊
Sou assinante do Clube de Literatura Clássica e, independente de qualquer coisa, foi a capa mais feia que eles publicaram. Destoa totalmente das outras!
Imagine que, em alguns anos, os livros poderão ser escritos pelo Chat GPT, no estilo deste ou daquele autor, ilustrados pelo Midjourney por prompts que o próprio GPT vai criar, seguindo este ou aquele artista, publicados por editoras administradas por AI e depois premiados por jurados que também serão AIs. Qual o valor disso?
Há poucos dias eu brinquei com amigos que devia ter uma AI para me ajudar a responder contatos de dating apps (Tinder, Bumble, etc) já que a conversa inicial é basicamente sempre a mesma, e eu já não tenho paciência. Depois se fosse interessante essa AI mandava-me os detalhes já sugerindo o primeiro encontro. hahaha. Parece que essa nova função do Chat GPT alinha com essa ideia. Já fica a dica Open AI. 😅
Cora, me desculpe mas não é preciso de muito estudo para fazer uma ilustração com IA. É questão de estudar por 1h testando os prompts, literalmente. Querer comparar isso com alguém que estudou desenho, pintura e composição por anos, é bem raso.
Assisto com vocês, Mesa do Meio, Cora, Ponto de partida, cursos, enfim. Valorizo muito.
Pra fazer ilustração realmente não precisa de muito não. Agora pra fazer um trabalho artístico de qualidade e de forma elaborada tem que conhecer os estilos de ilustração, pintura, composição de cores etc.
AMO o jeito descontraído e amigável que vocês discutem, Pedro e Cora. Vocês TÊM CERTEZA que não foram irmãos amorosos em uma vida passada? 😍
Cria uma categoria pra ilustração com IA, mas o prêmio, a princípio, é para desenho criativo autoral.
Gostei da bermuda Pedro Doria
Eu uso o gpt no mínimo uma vez por dia
A comissão está certa... Se quiser, cria para os próximos anos outra categoria
Dória vc vai poder fazer direto do vídeo sem precisar mandar o texto. GPT Vision.
Estão reclamando do calor? Vem morar em Belém no Pará!!🥵🥵🥵
Há gente apostando que novos empregos serão gerados, e haverá emprego para todos. Eu não sei em que mundo louco, em que grande parte do que se faz hoje em dia será automatizado, isso poderia acontecer.
Esse é o mesmo tipo de pensamento que pessoas usavam charretes e alugavam cavalos diziam sobre o início da indústria automobilística.
E que serviços de streaming iriam acabar com a indústria de entretenimento.
É sempre o mesmo “problema” clichê, apenas regurgitado pelo status quo paranóico e alarmista.
@@dontfearai Diziam que streaming iria acabar com a indústria de entretenimento?
Desta vez é diferente de tudo que veio antes.
Vão existir empregos para humanos em profissões nas quais o elemento humano é importante para nós, como atletas, artistas, _entertainers,_ prostitutas e acompanhantes. Mas acho improvável que haja emprego para todos.
@@dontfearaiUm dos objetivos da área de IA, provavelmente o principal, é criar uma AGI (Artificial General Intelligence). A OpenAI, a Google DeepMind e a Anthropic (3 principais empresas de IA) dizem explicitamente que o objetivo delas é criar uma AGI, e já disseram que esperam que isso aconteça em menos de 10 anos.
Uma AGI seria uma IA capaz de realizar QUALQUER tarefa intelectual que um humano seja capaz. E provavelmente seria mais eficaz e barata.
Mesmo assim você acha que dessa vez não é diferente? Por favor, explique por que os empregos intelectuais continuariam existindo (pelo menos mais de 10% deles), mesmo com uma IA os realizando de forma mais rápida, barata e eficiente, 24 horas por dia.
@@joaodecarvalho7012 acho que a questão é: a indústria de charretes desapareceu, mas novos empregos surgiram. Só que em vez de haver 5 produtores de charrete por cidade (o q dá milhares no país) competindo no mercado, agora existem poucas empresas de carro no mundo inteiro competindo. Antes o charretista não contava com proteção nem subsídio de governo local. Agora, o mega produtor de carros ganha essas coisas de governos nacionais. Poucas empresas que controlam o destino profissional de milhões (operários, engenheiros, designers etc). A era do liberalismo de livre competição entre individuos virou uma arena de poucos lutadores, hiper musculosos, que são muito mais avessos a entrada de novos players na arena do que os charretistas de outrora.
@@arthur_stivanello Sim, mas desta vez as pessoas vão perder os seus empregos, e não será possível elas encontrarem novos. E vão ser profissões altamente qualificadas.
Os artistas e intelectuais são muito conservadores em termos de ciência e tecnologia.
Quem assina a responsabilidade técnica em "projetos" feitos pelo chat gpt? Se cair, pegar fogo, rachar, quem é o responsável??
Projetos para engenharia como cálculo estrutural, orçamento, acompanhamento de obras, etc. já existem a décadas. O problema é o custo para pequenas obras.
Um abraço!
Chat GPT não faz projetos. É uma máquina que obedece à comandos hiper literais.
Essa pergunta é um tanto quanto fraca em sustentação.
@@dontfearai Fraca em sustentação? Tu não é engenheiro ou arquiteto, né?
Interessante. E a questão de direito autoral?