Quem deu bastante atenção e reflexão as introduções das cartas de Paulo foi o dr. Martyn Lloyd Jones. Ele nos deixou 14 volumes de Romanos, 8 de Efesios...ele era extremamente piedoso e se tornou uma referência para muitos.
O evangelho de João em sua introdução também contém os temas desenvolvidos depois na narrativa. Essa composição celestial, para nao dizer genial ou espiritual, contém todis os temas da cosmovisao cristã expõe a trindade ontologica e funcional com maestria.
Moris, Moo e Carson, em sua Introdução ao NT chamam a atenção para o número de palavras nas epistolas de Paulo e em outros autores, como Cicero e Sêneca. Fiquei pensando sobre o gasto que o apóstolo tinha com as epistolas, sobre a condição financeira dele, sobre o assédio de diferentes pessoas e ideologias as igrejas que ele fundara. Além da mente reflexiva e aguçada desse servo de Deus. Interessante é constatar que de todos os apóstolos, somente poucos tiveram livros preservados na coleção canonica. Algo que teve um precende nos profetas do AT.
Me pareceu haver mais formalidade na igreja de Roma do que em Corinto. Essas cidades tinham perfis diferentes, como todas as cidades que Paulo visitou. Clemente de Roma escreveu uma carta exortando os corintios novamente. Ficamos pensando que o luxo, ostentação e sofisticação da capital do império pode ter gerado essa carta-tratado espetacular.
Paulo foi para Roma, nao do jeito que pensava, livre, mas sob custódia, preso. Quem nos legou a sequência canonica do NT talvez levou em consideração o final de Atos e desmembrou Lucas-Atos. O final do evangelho de Joao tambem possui uma conexao com Atos, a restauração de Pedro é marcada pela pregação poderosa no pentecostes.
O gênero epistolar é o mais utilizado no NT. Excluindo os Evangelhos, Atos e o Apocalipse, os demais livros sao epistolas. O livro de Apocalipse contém cartas, como o livro de Atos também mas o gênero apocaliptico e narrativo predomina nesses documentos.
Me deixa curioso essa sequência canônica no NT que chegou até nós. Esse arco de Romanos até Filemom. Da epístola mais complexa do ponto de vista doutrinário a epístola mais pessoal. Adolf Deissmann contribuiu com a distinção entre epístola e carta, formalidade e pessoalidade, algo que não é adotado por todos.
Talvez a resposta seja que uma coisa é lançar o fundamento, como em Corinto, e outra é edificar sobre ele, Jesus Cristo. Haviam pessoas que nao dominavam a tradição biblica do AT e nem a tradição apostólica sobre a pregação e ensino de Jesus e isso causava problemas nas igrejas.
Situação ou circunstância epistolar, isso foi resumido no termo, ad hoc, se nao estou enganado. Fiquei curioso sobre a origem desse termo, será que começou a ser usado por Ben Whiterington III?
Quantas vezes Paulo leu e releu, pensou e repensou varios temas depois de sua conversão a Cristo. Até que o evangelho que ele pregava tomou certa forma e conteudo exposto em Romanos. Fé mútua talvez signifique: "vou expor o que creio e prego aos gentios e espero que vocês tenham o mesmo entendimento".
Se eu entendi direito o que você quis dizer, só venho lembrar que todo o processo foi guiado por Deus e que o que nós temos hoje nas Escrituras foi exatamente aquilo que Deus queria que nós tivéssemos.
É o trabalho de uma vida, no caso de Paulo há algo que os teólogos posteriores, como Tertuliano, Irineu, Justino, Orígenes, Atanásio, Agostinho... não tem, a autoridade doutrinaria e exortativa com o chamado apostólico.
Os protestantes acreditam na sucessão profética no AT e no chamado apostólico no NT. Sem sucessão. A igreja de Roma acredita na sucessão apostólica, com bispos sendo ordenados por outros bispos retornando aos apóstolos. Os protestantes acreditam em uma sucessão doutrinária, ensinando o que está no NT e esse é o critério para avaliar todos os teólogos, concílios e práticas posteriores.
As cartas são obras primas da mente de Paulo como pastor das ovelhas de Cristo. Isso é inegavel, depois vem a distinção entre cartas as igrejas e pessoas. Cartas doutrinarias, da prisao, pastorais e pessoal. Mas é dificil manter essa distinção pois doutrina aparece em todas e a praxis cristã derivada da doutrina, o indicativo que conduz ao imperativo, o exemplo a imitação, a obra divina e o dever humano.
Seção teologica ou exposição doutrinária. O referencial dos apostolos estava em Jesus de Nazare, o Cristo, e a mensagem tinha duas ênfases, pregação e ensino ou ensino e exortação. Talvez houve duas fases no ministério de Cristo, a primeira de ensino ou elucidativa. Limpar o campo sobre Deus e as Escrituras tirando toda a tradição, joio e espinhos, para semear a palavra de Deus original. Depois veio o anuncio, baseado no AT, sobre sua morte e ressurreição. É claro que pregação e ensino caminham juntas e como diz John Stott, sao inseparáveis.
Foi bom lembrar essa palavra tão desgastada e mal compreendida, autoridade. Paulo tem autoridade doutrinaria e exortativa. Se o cristão nao ler e meditar sobre os conceitos: de revelação, autoridade, inspiracao e canonização; perderá uma noção preciosa da teologia.
Excelente. Louvado seja o SENHOR. Em nome de Jesus
Vendo aqui do Sul. Graça e Paz. Joinville SC
Excelente 🙌🏼🙌🏼🙌🏼
Muito bom! DEUS ABENÇOE.
É isso mesmo dr. Diego, ao usar termos tecnicos, como parenese, dê o significado em seguida.
Quem deu bastante atenção e reflexão as introduções das cartas de Paulo foi o dr. Martyn Lloyd Jones. Ele nos deixou 14 volumes de Romanos, 8 de Efesios...ele era extremamente piedoso e se tornou uma referência para muitos.
Sensacional
O evangelho de João em sua introdução também contém os temas desenvolvidos depois na narrativa. Essa composição celestial, para nao dizer genial ou espiritual, contém todis os temas da cosmovisao cristã expõe a trindade ontologica e funcional com maestria.
Moris, Moo e Carson, em sua Introdução ao NT chamam a atenção para o número de palavras nas epistolas de Paulo e em outros autores, como Cicero e Sêneca. Fiquei pensando sobre o gasto que o apóstolo tinha com as epistolas, sobre a condição financeira dele, sobre o assédio de diferentes pessoas e ideologias as igrejas que ele fundara. Além da mente reflexiva e aguçada desse servo de Deus. Interessante é constatar que de todos os apóstolos, somente poucos tiveram livros preservados na coleção canonica. Algo que teve um precende nos profetas do AT.
Muito Bom!
❤
Me pareceu haver mais formalidade na igreja de Roma do que em Corinto. Essas cidades tinham perfis diferentes, como todas as cidades que Paulo visitou. Clemente de Roma escreveu uma carta exortando os corintios novamente. Ficamos pensando que o luxo, ostentação e sofisticação da capital do império pode ter gerado essa carta-tratado espetacular.
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Paulo foi para Roma, nao do jeito que pensava, livre, mas sob custódia, preso. Quem nos legou a sequência canonica do NT talvez levou em consideração o final de Atos e desmembrou Lucas-Atos. O final do evangelho de Joao tambem possui uma conexao com Atos, a restauração de Pedro é marcada pela pregação poderosa no pentecostes.
O gênero epistolar é o mais utilizado no NT. Excluindo os Evangelhos, Atos e o Apocalipse, os demais livros sao epistolas. O livro de Apocalipse contém cartas, como o livro de Atos também mas o gênero apocaliptico e narrativo predomina nesses documentos.
Me deixa curioso essa sequência canônica no NT que chegou até nós. Esse arco de Romanos até Filemom. Da epístola mais complexa do ponto de vista doutrinário a epístola mais pessoal. Adolf Deissmann contribuiu com a distinção entre epístola e carta, formalidade e pessoalidade, algo que não é adotado por todos.
Ele é irmão do Dr Jonas Madureira? Muito parecido, que até imitar o mesmo.
Talvez a resposta seja que uma coisa é lançar o fundamento, como em Corinto, e outra é edificar sobre ele, Jesus Cristo. Haviam pessoas que nao dominavam a tradição biblica do AT e nem a tradição apostólica sobre a pregação e ensino de Jesus e isso causava problemas nas igrejas.
Tô vendo o comercial e a pregação tá atrapalhando....kkkkkkk
É pregação........OU COMERCIAL
Situação ou circunstância epistolar, isso foi resumido no termo, ad hoc, se nao estou enganado. Fiquei curioso sobre a origem desse termo, será que começou a ser usado por Ben Whiterington III?
Quantas vezes Paulo leu e releu, pensou e repensou varios temas depois de sua conversão a Cristo. Até que o evangelho que ele pregava tomou certa forma e conteudo exposto em Romanos. Fé mútua talvez signifique: "vou expor o que creio e prego aos gentios e espero que vocês tenham o mesmo entendimento".
Se eu entendi direito o que você quis dizer, só venho lembrar que todo o processo foi guiado por Deus e que o que nós temos hoje nas Escrituras foi exatamente aquilo que Deus queria que nós tivéssemos.
É o trabalho de uma vida, no caso de Paulo há algo que os teólogos posteriores, como Tertuliano, Irineu, Justino, Orígenes, Atanásio, Agostinho... não tem, a autoridade doutrinaria e exortativa com o chamado apostólico.
Os protestantes acreditam na sucessão profética no AT e no chamado apostólico no NT. Sem sucessão. A igreja de Roma acredita na sucessão apostólica, com bispos sendo ordenados por outros bispos retornando aos apóstolos. Os protestantes acreditam em uma sucessão doutrinária, ensinando o que está no NT e esse é o critério para avaliar todos os teólogos, concílios e práticas posteriores.
As cartas ou epistolas paulinas foram escritas para substituir a presença do apóstolo e sao verdadeiras obras de arte.
As cartas são obras primas da mente de Paulo como pastor das ovelhas de Cristo. Isso é inegavel, depois vem a distinção entre cartas as igrejas e pessoas. Cartas doutrinarias, da prisao, pastorais e pessoal. Mas é dificil manter essa distinção pois doutrina aparece em todas e a praxis cristã derivada da doutrina, o indicativo que conduz ao imperativo, o exemplo a imitação, a obra divina e o dever humano.
Seção teologica ou exposição doutrinária. O referencial dos apostolos estava em Jesus de Nazare, o Cristo, e a mensagem tinha duas ênfases, pregação e ensino ou ensino e exortação. Talvez houve duas fases no ministério de Cristo, a primeira de ensino ou elucidativa. Limpar o campo sobre Deus e as Escrituras tirando toda a tradição, joio e espinhos, para semear a palavra de Deus original. Depois veio o anuncio, baseado no AT, sobre sua morte e ressurreição. É claro que pregação e ensino caminham juntas e como diz John Stott, sao inseparáveis.
Foi bom lembrar essa palavra tão desgastada e mal compreendida, autoridade. Paulo tem autoridade doutrinaria e exortativa. Se o cristão nao ler e meditar sobre os conceitos: de revelação, autoridade, inspiracao e canonização; perderá uma noção preciosa da teologia.