Olá, professor! Sou estudante de composição musical na ufrgs e tenho tentado estudar metrificação sozinho tem um tempo. Seu curso está me ajudando muito, parabéns pelo bom trabalho e obrigado por disponibiliza-lo! Gostaria de fazer uma pequena ressalva sobre essa aula: Na música 'Eu te amo', do Chico, o "ah" do primeiro verso está na cabeça do compasso, no tempo forte, por isso é incorreto dizer que está em anacruse, musicalmente falando. O verso decassílabo, sim, começa em anacruse, uma vez que só na sílaba "de" de perDEmos é que entramos na cabeça do compasso. O mesmo ocorre em quase todos os outros versos, assim como nas demais canções usadas como exemplo. Quero deixar claro que é só um detalhe e que em nada prejudica a aula. Isso só me chamou atenção porque me lembrou de uma questão que já havia me colocado antes, que é a diferença de tratamento entre o texto da canção e o texto do poema, uma vez que o texto da canção está sujeito a melodia, que tem regras próprias e nem sempre respeita o ritmo do poema. Enfim, obrigado pela aula!
Tem razão, Jean! Eu citei de cabeça e não pensei direito no que estava dizendo. Muito obrigado pelo comentário gentil e pela necessária correção! Grande abraço!
Tenho compartilhado com deus e o diabo teus vídeos! Fico feliz de ver teu trabalho cuidadoso, cara, até jogando God of War hahahahhahaa (faz um vídeo jogando coisa da nossa época, Altered Beast do Mega Drive tem um enredo meio mitológico né?)
Oi, professor. Excelente esta forma de abordar a métrica. Os tratados que li normalmente explanam daquela forma mais tradicional fica parecendo mais complicado. Assim é muito mais intuitivo. Também foi bom ter aprendido a noção de tonicidade relativa, considerando a sílaba com relação a todo o restante do verso - e não apenas a palavra isolada. Eu ficava sem entender por que algumas tônicas não eram consideradas fortes em passagens teóricas a respeito de ritmo. Ou seja, eu estava com uma noção puramente gramatical de tônicas e átonas, sem olhar como soam - a intensidade relativa na leitura do verso. Uma questão com a qual ainda me bato um pouco é a das junções ou separações de vogais (hiato, sinalefa, elisão etc.) e sua relação com a métrica. Para finalizar: poderia indicar livros de rítmica ou que tratem a métrica do ponto de vista do ritmo? Abraço e obrigado pelas lições!
Oi, Marcos! Fico muito feliz com o seu feedback. Que bom que o curso está sendo útil! Sua pergunta é excelente. Muitas pessoas, mesmo colegas professores, têm essa mesma dúvida: quando devo juntar ou separar as vogais entre as palavras? Em metrificação tradicional, a tendência é o poeta adotar uma regra clara para cada poema ou cada estrofe: ou sempre junta, ou nunca junta. Porém, entre poetas contemporâneos, essa regra não é sempre observada, justamente porque forçar um hiato, como demonstrado no verso sobre o mangue, no poema do Emmanuel Santiago, também pode ser um artifício significativo dentro do poema. Pode ser um elemento com que o poeta está jogando para alterar ou salientar algum aspecto da obra. Ou seja: o poeta dita a lei de seu poema. Para o leitor, portanto, o caminho é ler o poema e entender se ele está composto em versos de medidas fixas. Se há um padrão, então é preciso ler cada verso tentando encontrar a leitura que se adapte ao padrão. Se não há medidas fixas, então a questão das junções ou não junções de vogais fica mais uma questão de performance, de como o leitor acha que o poema soará melhor.
O Fabiano Calixto resolveu a questão hoje cedo, ao me mandar o encarte do disco: http2.mlstatic.com/lp-belchior-alucinaco-serie-luxo-1976-com-encarte-D_NQ_NP_169501-MLB20359413566_072015-F.jpg Eles venceram e o sinal está fechado pra nós, que somos jovens.
É FERIDA QUE DÓI E NÃO SE SENTE - MARTELO AGALOPADO. Mesmo o mais popular no Nordeste! Violeiro repentista daqui só canta nele, quando não GALOPA no HENDECASSÍLABO - 11 sílabas (há diferença deste, que é "galope à beira-mar" pr'aquele, que seria "martelo agalopado").
Q legal! O improviso no final foi a melhor parte! De um copo marrom para a Terra Plana, como isso foi possível?! Perdeu o pé no sentido, mas nenhum passo fora da métrica! Parabéns!
Olá, professor! Sou estudante de composição musical na ufrgs e tenho tentado estudar metrificação sozinho tem um tempo. Seu curso está me ajudando muito, parabéns pelo bom trabalho e obrigado por disponibiliza-lo! Gostaria de fazer uma pequena ressalva sobre essa aula: Na música 'Eu te amo', do Chico, o "ah" do primeiro verso está na cabeça do compasso, no tempo forte, por isso é incorreto dizer que está em anacruse, musicalmente falando. O verso decassílabo, sim, começa em anacruse, uma vez que só na sílaba "de" de perDEmos é que entramos na cabeça do compasso. O mesmo ocorre em quase todos os outros versos, assim como nas demais canções usadas como exemplo. Quero deixar claro que é só um detalhe e que em nada prejudica a aula. Isso só me chamou atenção porque me lembrou de uma questão que já havia me colocado antes, que é a diferença de tratamento entre o texto da canção e o texto do poema, uma vez que o texto da canção está sujeito a melodia, que tem regras próprias e nem sempre respeita o ritmo do poema. Enfim, obrigado pela aula!
Tem razão, Jean! Eu citei de cabeça e não pensei direito no que estava dizendo. Muito obrigado pelo comentário gentil e pela necessária correção! Grande abraço!
Vídeo top!
Ki aula! Adorei! Lembrei do meu tempo do antigo ginásio...Foi assim que aprendi a gostar de poesia! Obrigada, mestre Leonardo Antunes!
Leo, demais! Parabéns pela didática, meu caro! Acho que é assim que a Universidade pública brasileira se encontra (um pouco mais) com a sociedade...
Obrigado, querido!
Tenho compartilhado com deus e o diabo teus vídeos! Fico feliz de ver teu trabalho cuidadoso, cara, até jogando God of War hahahahhahaa (faz um vídeo jogando coisa da nossa época, Altered Beast do Mega Drive tem um enredo meio mitológico né?)
Aula maravilhosa.
Muito obrigado professor! Uma ótima aula 👍
Você é incrível Léo!
Bravo! Bravíssimo 🌹🌹
BelchiÓr!
Oi, professor. Excelente esta forma de abordar a métrica. Os tratados que li normalmente explanam daquela forma mais tradicional fica parecendo mais complicado. Assim é muito mais intuitivo. Também foi bom ter aprendido a noção de tonicidade relativa, considerando a sílaba com relação a todo o restante do verso - e não apenas a palavra isolada. Eu ficava sem entender por que algumas tônicas não eram consideradas fortes em passagens teóricas a respeito de ritmo. Ou seja, eu estava com uma noção puramente gramatical de tônicas e átonas, sem olhar como soam - a intensidade relativa na leitura do verso. Uma questão com a qual ainda me bato um pouco é a das junções ou separações de vogais (hiato, sinalefa, elisão etc.) e sua relação com a métrica. Para finalizar: poderia indicar livros de rítmica ou que tratem a métrica do ponto de vista do ritmo? Abraço e obrigado pelas lições!
Oi, Marcos! Fico muito feliz com o seu feedback. Que bom que o curso está sendo útil!
Sua pergunta é excelente. Muitas pessoas, mesmo colegas professores, têm essa mesma dúvida: quando devo juntar ou separar as vogais entre as palavras?
Em metrificação tradicional, a tendência é o poeta adotar uma regra clara para cada poema ou cada estrofe: ou sempre junta, ou nunca junta.
Porém, entre poetas contemporâneos, essa regra não é sempre observada, justamente porque forçar um hiato, como demonstrado no verso sobre o mangue, no poema do Emmanuel Santiago, também pode ser um artifício significativo dentro do poema. Pode ser um elemento com que o poeta está jogando para alterar ou salientar algum aspecto da obra.
Ou seja: o poeta dita a lei de seu poema.
Para o leitor, portanto, o caminho é ler o poema e entender se ele está composto em versos de medidas fixas. Se há um padrão, então é preciso ler cada verso tentando encontrar a leitura que se adapte ao padrão.
Se não há medidas fixas, então a questão das junções ou não junções de vogais fica mais uma questão de performance, de como o leitor acha que o poema soará melhor.
Adorei!! 👏🏼👏🏼👏🏼
Faz todo sentido! Adorei a crítica elegante à turma da Terra Plana!😀
Eu/ não/ vi/ por/que / es/ ta/ va / meio / zo/ nzo. Adorei. Obrigada por mais esta aula maravilhosa ;)
No Ceará falamos aberto, Belchior [ó]
E não está errado. É variação linguística.
Para mim, em Como nossos pais, o verso é "E o sinal está fechado pra nós", que é um decassílabo.
O Fabiano Calixto resolveu a questão hoje cedo, ao me mandar o encarte do disco: http2.mlstatic.com/lp-belchior-alucinaco-serie-luxo-1976-com-encarte-D_NQ_NP_169501-MLB20359413566_072015-F.jpg
Eles venceram e o sinal está
fechado pra nós, que somos jovens.
É FERIDA QUE DÓI E NÃO SE SENTE - MARTELO AGALOPADO. Mesmo o mais popular no Nordeste! Violeiro repentista daqui só canta nele, quando não GALOPA no HENDECASSÍLABO - 11 sílabas (há diferença deste, que é "galope à beira-mar" pr'aquele, que seria "martelo agalopado").
Q legal! O improviso no final foi a melhor parte! De um copo marrom para a Terra Plana, como isso foi possível?! Perdeu o pé no sentido, mas nenhum passo fora da métrica! Parabéns!
Renato Russo musicou Camões lindamente...
Uma pena o ruído do teu teclado.
Tão bom curso mas invadido por publicidade o tempo todo
Belchior é foda... Ops!