COMO DEIXAR DE SER A BOAZINHA? | SALVA-VIDAS | EMANUEL ARAGÃO
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- Опубліковано 7 чер 2021
- Ser ou não ser boazinha?
Você precisa ser boa para ser amada?
E se você não foi mais boa??
E como deixar de ser boazinha?
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O dilema da boazinha.
A história acontece mais ou menos assim:
Você constrói a ideia de que para ser amada você precisa ser boa.
Se não for boa, amada não vai ser.
E, a partir daí, segue a vida.
E você é sempre boa.
Muito boa.
Boazinha demais, como dizia a sua vó.
E com isso o mundo espera de você que você seja sempre boa.
E com isso o mundo espera de você que você nunca grite.
E com isso o mundo espera de você que você não tenha raiva.
Que você dê conta de tudo.
Que você esteja sempre disposta e disponível.
Que você só faça boas ações e tenha bons pensamentos.
E você mesma espera tudo isso de você mesma.
Mesmo quando é muito difícil, você se obriga a só pensar coisas boas e fazer coisas boas.
Afinal, você tem a certeza de que só vai ser amada se continuar sendo a boazinha.
E quanto mais boazinha você é mais o outro espera que você seja e menos atenção ele te dá.
Afinal, você dá conta de tudo e não faz questão de nada.
Que boazinha que ela é.
E assim a coisa segue por anos a fio.
Até que um dia, por uma coisa besta qualquer, você não aguenta e estoura em um ataque de ódio.
E xinga o mundo inteiro.
E fala chega, não aguento mais ser a boazinha!
E o outro nem consegue entender.
Afinal, você sempre foi tão boazinha.
E o outro se afasta.
E você fica sozinha.
E agora sem saber mais quem você é se já não é mais a boazinha.
E eu te pergunto: será que teria um outro caminho pra essa história?
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/ emanuel aragão
Outro problema: a pessoa boazinha está sempre disposta a ser ouvinte dos problemas alheios (pelo menos, é o que acham), mesmo se ela estiver morrendo de ansiedade e tendo de lidar com seus próprios problemas sozinha.
A sociedade em geral aprova apenas essa mulher boazinha como padrão ideal. Nunca dizer não, nunca levantar a voz, estar sempre linda e pronta para o outro. Aprendemos desde sempre que para sermos amadas precisamos ser essa boazinha. Destruidor! Haja terapia!
Ser bonzinho no ambiente de trabalho é "flertar" com a síndrome de burnout.
Sempre fui a boa filha, submissa, obediente, aos 30 anos (tardiamente), deixei de ser assim e passei a fazer mais oq eu queria e não aquilo que meus pais queriam, começaram a falar que eu tava rebelde, diziam coisas como “vc era tão doce, Kd aquela menina meiga?” Eu só respondo “aquela menina cresceu e passou a ter vontade própria”.
Nossa, sempre fui a "boazinha". Agora estou mudando muito e muita gente se afastou. Cansei de fazer pelos outros e nada. Sei que no fundo não sou boazinha e sim carente. Agradava para as pessoas gostarem de mim, me aceitarem...Que trabalho.
Eu sou total a boazinha. Essa construção veio de uma criação católica, onde tudo era pecado. Sentir raiva era pecado. Deus não ia me amar se eu pecasse. Um dia uma menina me bateu na escola e eu disse “Jesus te ama”. Até pouco tempo atrás ficava tentando justificar o erro do outro porque era minha maneira de não sentir raiva e ser boazinha mesmo quando o outro me fazia mal. São anos de terapia pra me livrar dessa culpa católica, hoje eu não acredito em Deus, sinto raiva, mas ainda não consigo estabelecer bem meus limites. A aprovação do outro pra me sentir amada ainda é muito necessária pra mim. Mais alguns anos de terapia, quem sabe…
A melhor coisa que me aconteceu na vida foi o dia que eu entendi que valia mais a pena perder o outro do que dizer sim. Gente: liberta.
Durante muito tempo eu era a boazinha em todos lugares. A minha mãe me achava uma boa filha mas, ao mesmo tempo, me criticava porque achava que eu era boa demais. A certa altura, eu percebi que as pessoas se serviam de mim quando precisavam e depois, quando era eu a precisar da ajuda delas, elas nem se apercebiam, e eu tinha sempre que resolver os meus problemas sozinha. Quando cheguei aos 30 anos, eu resolvi mudar a minha forma de lidar com o mundo. Continuo a ser uma pessoa pacífica e não gosto de conflitos, mas decidi parar de querer ajudar toda a gente. Agora, quando percebo que as pessoas só querem falar sobre elas e são completamente egoístas, afasto-me delas. Quando não o posso fazer, porque são da família, não lhes dou muita confiança e, assim, já não têm coragem de me pedir certos favores. Tornei-me muito independente, porque percebi que sou uma presa fácil para os abusadores. Às vezes noto que tenho poucas amizades por causa disso, mas acho que, em certas situações, mais vale só do que mal acompanhado. A minha mãe agora queixa-se porque eu também deixei de ser a filha submissa que eu era antes.
1min45seg - pausa no vídeo. "Pra ser amada, eu preciso FAZER alguma coisa". Não, não foi um insight. Foi uma implosão.
Eu sou a boazinha com crise de identidade hahaha triste... mas tá rolando uma reabilitação
E o pior é que deixar de ser boazinha rompe mesmo alguns vínculos, pq as relações tinham se estruturado na dinâmica de um ceder e o outro "sugar". Dificilmente o "sugador", que provavelmente também tem seu grau alto de neuroticismo, vai topar ceder mais, porque que ele já viu que nessa relação ele não precisava ceder.
Ser a filha "boazinha" é extremamente desgastante, afinal nenhum ser humano é capaz de atingir a utopia da pessoa bondosa e carinhosa 100% do tempo. Então pais que cobram essa postura dos filhos normalmente apenas reconhecem essa "qualidade" nos filhos dos outros, mas JAMAIS em seus próprios. Almejar estar SEMPRE diante da melhor versão do outro é cruel e desumano.
Uma vez, em um término, o cara disse "você é a pessoa mais bondosa que já conheci"... E lembro d raiva que senti ao escutar isso, pq na minha cabeça: "sou tão boa e estou sendo abandonada" e depois disso comecei a perceber a raiva que tinha dentro de mim. Isso foi Em 2015 e até hoje mtas vezes ainda me vejo como a pessoa tolerante demais em uma relação, que entende sempre e está disposta a escutar e ajudar. Percebo que me anulo totalmente nesse esquema e engulo o que realmente sinto.
Esse SIM, foi o vídeo mais importante desse canal ! O contrário também pode acontecer, você força ser boazinha pra evitar conflitos... e ao longo do tempo cansada por não se identificar com as ações da falsa boazinha, entra em conflito de identidade. Até assumir ... e ver o quanto "sofreu", porque não há sofrimento maior do que o não pertencimento, o não encaixar... "ser um peixe fora d'água" ...
É muito difícil de construir essa nova identidade. Acho que há uma tendência natural a regredir com comportamentos do "bonzinho", além de ficar em um certo limbo do senso de si e, finalmente, ter que exercitar falar não às pessoas.
Lendo os comentários lembrei que isso se figura como a canção de O Terno diz:
Exato. Ai quando se reconstrói, se vê aliviado e super bem consigo mesmo sem as relações toxicas anteriores e perde o interesse de ser relacionar de novo com os outros... instaura-se o novo desafio. E viva a psicanálise por ajudar no percurso dessas lindas descobertas e da grande aventura que é a vida!
Toda mulher foi ensinada que precisa ser boazinha, mesmo as que não foram, em algum momento tentaram ou se culparam por não ser. Aprendemos que nosso lugar é ceder, dar, compreender, ajudar, ter paciência e amor, mesmo só levando na cara, porque afinal os homens são assim mesmo, são brutos (devem ser) e imaturos.
No início da minha adolescência, tinha aquela brincadeira (que eu amava) de responder nos cadernos dos colegas... cor favorita, altura, uma música, qualidade, defeito etc. Resultado: minha qualidade - ser boazinha. Meu defeito: ser boazinha demais.
Muito obrigado por esse vídeo. Eu tô há meses passando por uma instabilidade emocional mto específica e não tava conseguindo sacar oq tava acontecendo. agr vendo o seu vídeo, é total isso. sou gay nascido e criado em bairro e família de evangélicos. com 18 mudei de cidade pra fazer faculdade e me transformei, porém continuei vivendo em função dos outros, disfarçado de "estou vivendo minha melhor fase". no começo desse ano, graças a terapia eu comecei a me impor em umas situações que achei meio abusivas, isso me deixou doido da cabeça pq sempre fui O BONZINHO. pra todo mundo. Aí voltei a morar com os meus pais e tô aqui agora sendo super grosso com eles o tempo todo como forma inconsciente de me impor mas de uma forma forçada e agressiva. Vou levar esse assunto pra terapia. Obrigado!!!!!