D' Idalécio... Todos Temos Um Pouco

D’ IDALÉCIO… TODOS TEMOS UM POUCO
Idalécio é um artista outsider, auto-didacta, nascido em 1952, numa aldeia do interior do distrito de Aveiro.
Na casa rural onde cresceu como órfão, foi criando espontaneamente sem pretensões artísticas nem interesse em revelar o acervo que foi acumulando ao longo da sua vida.
Foi um feliz acaso que nos levou até ao mundo secreto deste metalúrgico sexagenário. Lá chegados, a surpresa não poderia ter sido maior, pois esperavam-nos mais de um milhar de pinturas e algumas centenas de esculturas, que só os familiares mais chegados tiveram, até hoje, oportunidade de apreciar.
Parte dos quartos e salas da casa do tio com quem viveu desde a sua meninice foram por ele convertidos em galerias surrealistas, totalmente preenchidas pelas suas invulgares criações, enquanto que a outra parte funciona como um museu, onde preserva a memória de várias culturas populares vividas e descontinuadas ao longo de quase um século. Tudo apresentado num imenso caos organizado como resultado de um processo entrópico obsessiva e meticulosamente controlado pelo artista.
A exposição inaugurada na galeria Cruzes Canhoto em Abril de 2016 marcou a primeira vez que os seus quadros e as suas esculturas foram mostrados ao público, sendo que levou mais de 5 meses a convencer Idalécio a expôr o seu trabalho.
Apesar de ter vendido mais de 300 peças de arte, Idalécio prefere manter-se anónimo e continua a trabalhar na fábrica onde sempre trabalhou, criando apenas nos seus tempos livres.
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WE ALL HAVE SOMETHING OF... IDALÉCIO
Idalécio (b. 1952) is a portuguese self-taught artist from a small village in Aveiro district.
He started creating spontaneously in the country house where he grew up as an orphan, having no artistic pretensions or interest in revealing the collection he has been accumulating throughout his entire life. It was only by chance that we came in contact with the secret world of this sexagenarian metallurgist, since he never promoted himself.
When we arrived there, the surprise could not have been greater: waiting for us there were more than a thousand paintings and hundreds of sculptures, that only close relatives had the opportunity to see until then.
Part of the rooms of his uncle’s house, with whom he lived from a very young age, were transformed into surrealistic galleries, completely filled with his singular creations, while another part of the house served as a museum, preserving the memory of nearly a century of several living and dead cultures.
All of this was presented in a vast organized chaos as a result of an entropic process obsessively and meticulously controlled by the artist.
The exhibition that took place in the gallery Cruzes Canhoto in April 2016 was the first time that his outsider paintings and sculptures were exhibited in public, not before five months of efforts in order to convince him to accept showing his works.
Despite having sold more than 300 art pieces in recent months, Idalécio intends to remain anonymous and continues to work in the factory where he has always worked, creating only in his spare time.
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cruzescanhoto.c...
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