Ciclone de 1941: o “demónio” de vento que varreu Portugal

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  • Опубліковано 14 жов 2024
  • A única memória que Rosária tem do pai é do dia do ciclone. Lembra-se dos gritos das mulheres em seu redor, de mexerem nos bolsos do corpo já sem vida e de lá tirarem um punhado de laranjas. Joaquim do Simplício apanhara-as ao longo do caminho de cinco horas que percorreu a pé na fúria do vendaval. Ao chegar ao alto da aldeia da Gralheira de Montemuro, acabou arremessado pelo vento, quando já estava exausto da travessia. A poucos passos de casa, o seu corpo ficou coberto de neve.
    Ali ficou com as laranjas que tinha trazido, conta-nos Rosária, que na altura tinha três anos. “Ele trazia laranjas para nos dar a nós”, diz a filha mais nova, referindo-se a si e ao irmão Porfírio. “Nunca as comemos.” As mãos, calejadas da idade e da vida de trabalho, acariciam a bengala que traz consigo. “É isso que me lembro do meu pai, não me lembra mais nadinha.”
    Naquele dia, o “tempo já estava voltado”. Sentada num banco de granito numa tarde de Fevereiro, ao sol, Rosária veste preto da cabeça aos pés e vai-se aconchegando para não sentir tanto o frio. Está acompanhada por pessoas da aldeia e por um gato que ali foi abandonado, que se enrosca nas pernas e não sai da sua beira. Com o olhar pousado na serra, recorda o dia em que o vento lhe roubou o pai. Joaquim do Simplício tinha ido a pé com um grupo de homens para um julgamento em Cinfães, por serem testemunhas no negócio de uma vaca. Depois, “o tempo virou para pior.”
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