QUEM FOI CARLOS LACERDA

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  • Опубліковано 7 вер 2024
  • QUEM FOI CARLOS LACERDA.
    Carlos Frederico Werneck de Lacerda, nascido em 30 de abril de 1914 no Rio de Janeiro e falecido em 21 de maio de 1977 na mesma cidade, foi um destacado jornalista e figura política brasileira.
    Ele foi filiado à União Democrática Nacional (UDN) e exerceu os cargos de vereador (1947), deputado federal (1955-1960) e governador do estado da Guanabara (1960-1965). Além de ter fundado o jornal Tribuna da Imprensa em 1949, foi também o criador da editora Nova Fronteira em 1965.
    Carlos Lacerda nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde sua família tinha profunda ligação política e residência ancestral. Seu nome, Carlos Frederico, foi uma homenagem a pensadores políticos renomados como Karl Marx e Friedrich Engels. Filho do político e escritor Maurício de Lacerda e de Olga Caminhoá Werneck, Carlos tinha uma linhagem familiar marcada por figuras importantes da política e da nobreza brasileira.
    Seu avô paterno, Sebastião Lacerda, foi ministro do Supremo Tribunal Federal e dos Transportes durante o governo de Prudente de Morais. Pela linha materna, Carlos era descendente de Joaquim Monteiro Caminhoá, um renomado botânico, e de várias figuras de destaque na nobreza brasileira, como o barão do Ribeirão e o visconde de Cananeia.
    A família de Carlos tinha laços distantes com Francisco Rodrigues Alves, o primeiro sesmeiro de Vassouras, embora seu sobrenome Lacerda não tenha origem direta nessa linha genealógica. O sobrenome foi herdado de seu bisavô português, um confeiteiro que se estabeleceu em Vassouras após chegar ao Brasil.
    Esse bisavô, João Augusto Pereira de Lacerda, fazia parte das famílias nobres açorianas dos Lacerdas do Faial, descendentes dos Pereiras, senhores da Feira, e dos Lacerdas, ligados aos reis de Castela e Leão e à nobreza francesa.
    Em 1929, Carlos Lacerda iniciou seus estudos na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, hoje conhecida como Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Durante sua trajetória acadêmica, destacou-se como habilidoso orador e participante ativo do movimento estudantil de esquerda no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. Seu envolvimento político intenso o levou a abandonar o curso em 1932.
    Ele se tornou um militante comunista, seguindo os passos de seu pai, Maurício de Lacerda, e de seus tios, Paulo Lacerda e Fernando Paiva de Lacerda, todos ex-militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
    A primeira ação de Carlos Lacerda contra o governo de Getúlio Vargas, estabelecido pela revolução de 1930, ocorreu em janeiro de 1931. Ele planejou incentivar marchas de desempregados no Rio de Janeiro e em Santos, durante as quais seriam realizados ataques ao comércio. Contudo, a conspiração comunista foi descoberta e frustrada pela polícia sob a liderança de João Batista Luzardo.
    Em março de 1934, Carlos Lacerda teve a responsabilidade de ler o manifesto oficial durante o lançamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização associada ao Partido Comunista do Brasil, em um evento solene na cidade do Rio de Janeiro que atraiu milhares de participantes.
    Em 1966, Carlos Lacerda se opôs ao regime militar ao criticar a prorrogação do mandato do presidente Castelo Branco. Ele alertou que essa medida poderia consolidar o governo "revolucionário" como um regime militar de longa duração. Lacerda estava confiante em sua experiência bem-sucedida como governador da Guanabara para enfrentar o candidato de oposição Juscelino Kubitschek.
    Em novembro de 1966, Lacerda lançou a Frente Ampla, um movimento de resistência ao regime militar de 1964, liderado por ele em conjunto com seus antigos opositores João Goulart e Juscelino Kubitschek. No entanto, em dezembro de 1968, Lacerda foi cassado pelo regime militar e preso em um Regimento de Cavalaria da Polícia Militar.
    Durante seu período na prisão, compartilhou a cela com Mário Lago, um antigo companheiro do PCB com quem não tinha contato há décadas. Após ser libertado, Lacerda retornou brevemente ao jornalismo antes de focar suas atividades na editora Nova Fronteira, de sua propriedade.
    Carlos Lacerda faleceu em 1977 na Clínica São Vicente, vítima de um infarto do miocárdio. As mortes quase simultâneas dos três líderes da Frente Ampla levantaram especulações sobre uma possível relação entre elas, embora nunca tenha sido comprovada.
    Em 20 de maio de 1987, por meio do decreto federal nº 94.353, Carlos Lacerda teve suas condecorações nacionais restabelecidas postumamente. Ele foi reincluído nas ordens do mérito das quais fora excluído em 1968 durante seu período de cassação pelo regime militar.
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