Pessoal é que a criança, quando faz continhas matemáticas, primeiro ela conta, depois ela vai aprender o que é o "número" e o "cálculo".Quem não se lembra disso na escola? Sem grandes conceitos se aprende primeiro.É uma técnica muito boa, de humanizar a educação, muito usado na psicologia da educação de hoje, a contribuição de Merleau-Ponty.Mesmo sendo hoje só um modo de aprendizagem, esse é o grande legado de Merleau-Ponty para os dias de hoje: quem aprende sobre o mundo(nas escolas, principalmente) sabe que conhecimento vem de nós, do nosso interesse. "Percepção" para este grande pensador, é: um jeito ou modo de aprender sem depender "tanto" de ideias científicas.Por exemplo: se eu descansar debaixo de uma árvore, será que tenho que aprender sobre leis de óptica ou de fisiologia vegetal para descansar? Não! Claro que não!Ou se, quando a gente é criança, vê o sol e acha que é menor do que a Terra, é burrice? Não! É a primeira vez que temos conhecimento científico sem saber dele.Primeiro vem a curiosidade, depois aprendizado elaborado.
Essa prioridade e até superioridade do sentir e da percepção me lembrou a filosofia de Espinoza q fala sobre os afetos. É sempre lindo ouvir esse professor.
Curioso como, experiências de Iluminação/Satori (de tradições orientais como Budhismo), parecem relacionar-se muito precisamente, com essa noção de Recuperação da Percepção - ou Transcendência da Percepção, isto é, de um de seus determinados Estágios de se "Sentir o Mundo". Uma excelente apresentação, sintética e clara.
Muito pertinente, como sempre. Eu só faria um adendo a respeito da faceta romântica do idealismo alemão, que já buscava, em alguma medida, a recuperação da percepção, desde um ponto de vista mais antropológico que epistemológico, é verdade, mas com implicações críticas epistemológicas. Considero importante levar isso em consideração ao se referir ao Merleau-Ponty pela influência que essa modernidade ( entre as demais modernidades) teve sobre ele.
Uilson Junior Francisco Fernandes concordo no quis diz respeito à clareza que devemos ter em relação a originalidade do pensamento de Merleau-Ponty, mas quando vamos para as aplicações que o autor faz (como em 'o olho e o espírito' por exemplo) há sim uma aproximação com os românticos. As vezes parece esquisito dizer isso, porque em geral os movimentos românticos são colocados como posteriores aos ilustrados e opostos a estes, mas não acho que essa divisão de manual se sustenta quando lemos com cuidado a ambos os lados. As duas coisas ocorrem simultaneamente e conversam muito, são ambos projetos modernos, projetos para a subjetividade e também são bastante plurais, desde dentro dos programas idealistas, como dos românticos. Daí acho que vem a complexidade da filosofia atual e da tentativa de diálogo com a sociedade... Pois se os programas idealistas triunfaram como metodologias e se transmutaram epistemologicamente no que temos hoje, a estética romântica é indiscutivelmente mais atual e guiam muito mais nossas percepções e projetos, que as categorias duras e axiológicas da outra modernidade.
Por alguma razão o UA-cam comeu uma linha, onde eu dizia que a separação mais dura entre uma coisa e outra só acontece no século XIX, onde se cria esse antagonismo (Nietzsche tem uma parcela da culpa aqui). Mas realmente entender como esses dois projetos se mesclam e separam, é fundamental, ao meu ver, pra entender o Merleau-Ponty e outros autores como o Camus.
Percepção é uma das áreas da psicologia científica na qual houve mais progressos nas últimas décadas. Sabemos que muito de nossa percepção é construído. A informação que chega dos olhos é paupérrima (cada olho é como uma câmera de 1 megapixel de resolução), e toda essa experiência visual que temos pode ser mais bem entendida como uma simulação criada pelo cérebro do que como informação que chega dos sentidos.
Entendendo melhor a nossa existência, tudo fica mais claro e harmonioso com a "neurosofia", como os neoronios atuam em nossas emoções fazendo as pequenas reações , sendo elétricas ou químicas? Apenas aceitando a diversidade conseguimos sair do nílvel preocupante para o aprendizado, e assim vamos evoluindo.
tenho uma visão sobre Percepção e Reflexão, não encontrei nenhum motivo que me obrigasse a ficar em um lado da balança dualista(P/ e R/). enxergo mais o lado psicológico sobre o tema.
A filosofia não cria nem elabora verdades , ao contrário, a verdade vai se revelando ao homem que dispõe seu espírito e racionalidade para ela! É a percepção que inicia essa comunicação, a obra filosófica é apenas desdobramento de que o homem é por natureza capaz de realizar.
Não é construído (ou ainda, é construído sim, mas no seguinte sentido comunal e ontológico), mas se assenta sobre uma experiência intersubjetiva que é histórica e cultural, nesse sentido, apesar de ser primordial, a percepção nada tem de "natural". "Detalhe" importante que ele não menciona.
Canuto, me parece que com tua pergunta você traz à baila a diferença que Ned Block faz entre consciência ordinária (n me lembro o termo q ele usa), justamente essa consciência que pensa e que interpreta ainda que sem palavras o que percebe, e a consciência fenomênica, a conexão pura entre mundo percebido e mundo que se deixa perceber.
Acho que Maurice M. Ponty quiz dizer muito mais sobre o fenomenologia da percepção quando ele afirma que existe algo que está além daquilo que o corpo percebe.O que também estaria inserido a mente.Ate mesmo a mente e o pensamento. Como ele era influenciado por Heiddger ele estava falando do metafísico. Uma consciência superior.
Quê??? O que está falando não tem nada de Merleau-Ponty. E o que diz de Heidegger nada tem de Heidegger. A metafísica, nestes autores, nada tem a ver com "consciência superior", não sei de onde tirou isso. É uma interpretação muito mística da sua parte, e ambos os filósofos nada aceitam de misticismo.
Ponty, diz que o devemos reaprender a ver o mundo, através da percepção, ele entende que somos corpos habitados por uma consciência, A reflexão não se retira do mundo em direção à unidade da consciência enquanto fundamento do mundo; ela toma distância para ver brotar as transcendências, ela distende os fios intencionais que nos ligam ao mundo para fazê-los aparecer, ela só é consciência do mundo porque o revela como estranho e paradoxal.
@@Patuffson , realmente o que ele disse não tem absolutamente nada a ver com o trabalho desses dois autores, acredito até que tenham dito algo totalmente oposto que o "Temporário" falou no comentário dele.
O testemunho dos sentidos é verdadeiro, o erro está no intelecto, o conhecimento é uma atribuição de sentidos. Ninguém explica a realidade, somente interpreta. A realidade em si mesma não existe.
Você está certo. Mas a realidade existe só não temos acesso a ela em todas as suas faces ou em nenhuma face porque sempre há o subjetivo. Negar que a realidade existe é dizer que o mundo só o é a partir da nossa percepção.
@@claudiasilene7201 e se o mundo não existir a partir da nossa percepção, como existirá? Isso não nega a realidade, mas a contitui como um objeto percebido pela nossa consciência....
Para Maurice Merleau-Ponty, a separação entre consciência e natureza a ) fortaleceu o sentido expressivo das nossas vivências pré-reflexivas. b ) é o que impede o reconhecimento do papel constituinte na nossa consciência. c ) é uma condição para que efetivamente venha a ocorrer a redução fenomenológica. d ) está na origem das filosofias que ignoram o papel expressivo do corpo e da percepção.
Sem a referência aos exemplos que Ponty utiliza em suas obras, as afirmações do vídeo ficam vulgares e não tocam no ponto que ele visa tocar...na economia de suas obras, o erro tem um lugar fundamental, pois é através dele que a percepção pode ser delineada em suas condições estruturantes do perceber e sentir, por isso os exemplos que ele explora das várias disciplinas experimentais , como a Gestalt, tem função essencial na economia de seus raciocínios, sem explorar tais exemplos, afirmar o primado da percepção vira uma afirmação fútil, como se ele estivesse meramente advogando pelo sentir em detrimento do intelecto, ou um relativismo em que só a pessoa possa falar sobre si, não se trata disso, mas de indentificar na percepção o fio condutor para alguma objetividade que é doada por alguma subjetivamente transcendental, mas a questão é, de que forma estabelecer as condições dessa subjetivamente transcendental? Simplesmente pensando? Não, e sim aplicando a reflexão aos dados experimentais como os da Gestalt, pq é através desse tipo de experimentação, quando há erro da percepção, é que ela pode aparecer em sua estrutura ( fora disso a percepção aparece como não mediada), e aqui é onde Ponty está em confluência com a psicanálise estrutural de Lacan em que o desencontro no Outro tem importante papel de subjetivacao no manejo da transferência ( em que o eu recebe sua própria mensagem invertida por meio do Outro).
Concordo. Para Nietzche a percepção não era fonte segura de conhecimento da realidade, como aliás nenhuma fonte era considerada segura para ele. Viver os sentidos era a forma que traria maior intensidade e sabor à própria vida, sem que isso fosse considerado um valor absoluto.
Quando eu olho as pessoas eu vejo macacos de óculos e de chapéus falando.( sem pre- conceito) . Acho que voltei tanto na natureza humana que fui parar na época das cavernas . Kkkkkkk
Mas o problema epistemológico principal não é saber a respeito de quem vem primeiro se a percepção ou a razão (conceitos ou teorias). O problema é saber se a experiência é fonte de justificação de nossas crenças. E filósofos como Sellars (mito do dado) ou Quine (holismo) sustentaram cada uma a sua maneira que para uma percepção ser justificada ela demanda interpretação de um conjunto de outras crenças prévias (coerentismo). Uma percepção pura é cega. O próprio Ponty, para justificar a origem primária da percepção (pré-reflexão) se utiliza de muitas outras ideias e algumas bem teóricas como psicologia do desenvolvimento etc. Em suma, o vídeo não respondeu ao problema principal. Até Platão concorda que a fonte primeira das crenças são as sombras da caverna.
Mas Merleau-Ponty não defende uma percepção pura, primeira - muito pelo contrário, ele defende que a sensibilidade é condicionada tanto historicamente, quanto culturalmente. A questão da oposição ao intelectualismo, ao meu ver, é muito mais num campo de disputa epistemológico, do que de uma primazia interpretativa (que se revela ou por um ou por outro).
Boa colocação. Mas o referencial para primar a percepção deve-se ao Retorno fenomenológico. Pode-se observar, por exemplo, que o mesmo também é colocado por Husserl ao criticar as ciências positivas que se restringem àquilo que já está posto, já está dado, e que se esquecem da própria cosnciência. Trata-se da base.
@@marianaveras8049 É verdade, as ciências pressupõem muitas coisas que não são objeto de sua pesquisa, mas a possibilitam. Isso é correto. Mas o erro de Husserl é achar que devemos suspender todos os nossos juízos (epoqué) para fazer ciência e assim voltar as coisas mesmas, como aparecem na consciência de um sujeito. Mas isso parece ser errado. Pois, para fazer ciência ou qualquer teoria nós temos que estar munidos de uma linguagem com muitos conceitos e teorias. É impossível ir às coisas mesmas sem alguma teoria que as estruture, pois toda linguagem implica uma determinada ontologia (há coisas e propriedades, por exemplo). Todo tipo de fundacionismo parece estar mal concebido. O que temos são teorias que podem ser melhores ou piores para compreender o mundo. Piores no sentido de serem incoerentes, contraditórias e ininteligíveis em comparação com as rivais. É um mito pensar que quando descrevemos aquilo que nos aparece podemos eliminar nossos compromissos ontológicos advindos da linguagem que usamos para descrever os fenômenos. Husserl também se esqueceu da "base", pois a relação do sujeito e do objeto também necessita de algo a mais que é o Ser (que não é o conjunto dos entes). Nisso, Heidegger supera a fenomenologia de Husserl apontando o Ser que engloba tanto o seres como o sujeito e a relação entre ambos no Ser.
Kant respondeu, dizendo que embora todo conhecimento se origine da sensibilidade nem todo ele deriva da sensibilidade. E disse: "sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas." Estão colocando em outras palavras apenas???
Pessoal é que a criança, quando faz continhas matemáticas, primeiro ela conta, depois ela vai aprender o que é o "número" e o "cálculo".Quem não se lembra disso na escola? Sem grandes conceitos se aprende primeiro.É uma técnica muito boa, de humanizar a educação, muito usado na psicologia da educação de hoje, a contribuição de Merleau-Ponty.Mesmo sendo hoje só um modo de aprendizagem, esse é o grande legado de Merleau-Ponty para os dias de hoje: quem aprende sobre o mundo(nas escolas, principalmente) sabe que conhecimento vem de nós, do nosso interesse.
"Percepção" para este grande pensador, é: um jeito ou modo de aprender sem depender "tanto" de ideias científicas.Por exemplo: se eu descansar debaixo de uma árvore, será que tenho que aprender sobre leis de óptica ou de fisiologia vegetal para descansar? Não! Claro que não!Ou se, quando a gente é criança, vê o sol e acha que é menor do que a Terra, é burrice? Não! É a primeira vez que temos conhecimento científico sem saber dele.Primeiro vem a curiosidade, depois aprendizado elaborado.
Até lendo os comentários eu me divirto e aprendo.
Essa prioridade e até superioridade do sentir e da percepção me lembrou a filosofia de Espinoza q fala sobre os afetos. É sempre lindo ouvir esse professor.
Para você ver... Será que é só isso que Merleau Ponty faz? Não acrescentou nada?
arrasou lindo maravilhoso quer o mundo eu te dou
Merleau- ponty um filoso top, vamos lá que amanhã tem seminário pra mim apresentar, top esse professor
A percepção é o maior dos privilégios ela vem da consciência pura isso é maravilhoso 🥰
O que é consciência?
@@Rafael-wt6yx o dicionário diz que é relativo a percepção.
Curioso como, experiências de Iluminação/Satori (de tradições orientais como Budhismo), parecem relacionar-se muito precisamente, com essa noção de Recuperação da Percepção - ou Transcendência da Percepção, isto é, de um de seus determinados Estágios de se "Sentir o Mundo".
Uma excelente apresentação, sintética e clara.
Então não faz nada de diferente do que já se fazia há 5 mil anos?
Que fala magnífica, super elucidativa. Amei, muito obrigada
uau... que professor bacana.. adorei... muito fofo... amei...
kkkkkk
Que Senhor sábio!
Maravilha. Mudou meu eixo de visão.
Coisa linda de ouvir
Vida longa Professor e Casa do Saber
Exatamente como a experiência organísmica de Carl Rogers! Sensacional.
Explicação maravilhosa!!!! To vendo meu trabalho pronto, agora é estudar, parabéns e obrigada!
Legal. A Percepcao de Ponty tem pontos de contato com a Intuicao de Bergson.
Muito pertinente, como sempre. Eu só faria um adendo a respeito da faceta romântica do idealismo alemão, que já buscava, em alguma medida, a recuperação da percepção, desde um ponto de vista mais antropológico que epistemológico, é verdade, mas com implicações críticas epistemológicas. Considero importante levar isso em consideração ao se referir ao Merleau-Ponty pela influência que essa modernidade ( entre as demais modernidades) teve sobre ele.
Uilson Junior Francisco Fernandes concordo no quis diz respeito à clareza que devemos ter em relação a originalidade do pensamento de Merleau-Ponty, mas quando vamos para as aplicações que o autor faz (como em 'o olho e o espírito' por exemplo) há sim uma aproximação com os românticos. As vezes parece esquisito dizer isso, porque em geral os movimentos românticos são colocados como posteriores aos ilustrados e opostos a estes, mas não acho que essa divisão de manual se sustenta quando lemos com cuidado a ambos os lados. As duas coisas ocorrem simultaneamente e conversam muito, são ambos projetos modernos, projetos para a subjetividade e também são bastante plurais, desde dentro dos programas idealistas, como dos românticos. Daí acho que vem a complexidade da filosofia atual e da tentativa de diálogo com a sociedade... Pois se os programas idealistas triunfaram como metodologias e se transmutaram epistemologicamente no que temos hoje, a estética romântica é indiscutivelmente mais atual e guiam muito mais nossas percepções e projetos, que as categorias duras e axiológicas da outra modernidade.
Por alguma razão o UA-cam comeu uma linha, onde eu dizia que a separação mais dura entre uma coisa e outra só acontece no século XIX, onde se cria esse antagonismo (Nietzsche tem uma parcela da culpa aqui). Mas realmente entender como esses dois projetos se mesclam e separam, é fundamental, ao meu ver, pra entender o Merleau-Ponty e outros autores como o Camus.
Paulo, em quais autores dessa faceta você identifica isso? Curiosidade mesmo, porque, pela sua fala, me lembrou o Feurbach.
Novalis, Schlegel, Schleiermacher, Schiller, Jacobi, Fichte (em certa medida) e Feuerbach (como você bem lembrou) seriam exemplos.
Que precioso!!!
Percepção é uma das áreas da psicologia científica na qual houve mais progressos nas últimas décadas. Sabemos que muito de nossa percepção é construído. A informação que chega dos olhos é paupérrima (cada olho é como uma câmera de 1 megapixel de resolução), e toda essa experiência visual que temos pode ser mais bem entendida como uma simulação criada pelo cérebro do que como informação que chega dos sentidos.
Irretocável, perfeito! 👏🏻
Maravilhoso! Obrigada, professor!
Muito obrigado. Excelente
Que vídeo fantástico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que incrível!!!
incrivel.
Esse camarada é fera
Franklin, grande pensador brasileiro!
Genial !! Grato
Brabo de mais!
Entendendo melhor a nossa existência, tudo fica mais claro e harmonioso com a "neurosofia", como os neoronios atuam em nossas emoções fazendo as pequenas reações , sendo elétricas ou químicas? Apenas aceitando a diversidade conseguimos sair do nílvel preocupante para o aprendizado, e assim vamos evoluindo.
Maravilhoso!!!!!!! 💎👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
AMEEEEEEEI! você é ótimo!
Adorei!!
Parabéns professor!
Grande professor!
O senhor se incomodaria em ser meu vozinho?
Então somos primos.
Um comentario divertido é tão bom quanto um comentario filosofico
Excelente esse canal,amei
Grande Franklin!
Muito bom resumo!
Ottima spiegazione 😁
Talvez, a tão conhecida problemática sobre a superação da última barreira do conhecimento (conhecer a nós mesmo)...
Top.👏👏👏
O nosso precioso retorno à casa...
tenho uma visão sobre Percepção e Reflexão, não encontrei nenhum motivo que me obrigasse a ficar em um lado da balança dualista(P/ e R/). enxergo mais o lado psicológico sobre o tema.
esse dualismo que ele diz que precisamos voltar a origem, a pré-reflexão, é muito opcional.
otimização, total.👏👏👏
muito bom
A filosofia não cria nem elabora verdades , ao contrário, a verdade vai se revelando ao homem que dispõe seu espírito e racionalidade para ela! É a percepção que inicia essa comunicação, a obra filosófica é apenas desdobramento de que o homem é por natureza capaz de realizar.
Perfeito mais um inscrito. :)
Talvez o que é percebido também seja construído.
Não é construído (ou ainda, é construído sim, mas no seguinte sentido comunal e ontológico), mas se assenta sobre uma experiência intersubjetiva que é histórica e cultural, nesse sentido, apesar de ser primordial, a percepção nada tem de "natural". "Detalhe" importante que ele não menciona.
Canuto, me parece que com tua pergunta você traz à baila a diferença que Ned Block faz entre consciência ordinária (n me lembro o termo q ele usa), justamente essa consciência que pensa e que interpreta ainda que sem palavras o que percebe, e a consciência fenomênica, a conexão pura entre mundo percebido e mundo que se deixa perceber.
Acho que Maurice M. Ponty quiz dizer muito mais sobre o fenomenologia da percepção quando ele afirma que existe algo que está além daquilo que o corpo percebe.O que também estaria inserido a mente.Ate mesmo a mente e o pensamento. Como ele era influenciado por Heiddger ele estava falando do metafísico. Uma consciência superior.
Quê??? O que está falando não tem nada de Merleau-Ponty. E o que diz de Heidegger nada tem de Heidegger. A metafísica, nestes autores, nada tem a ver com "consciência superior", não sei de onde tirou isso. É uma interpretação muito mística da sua parte, e ambos os filósofos nada aceitam de misticismo.
Ponty, diz que o devemos reaprender a ver o mundo, através da percepção, ele entende que somos corpos habitados por uma consciência, A reflexão não se retira do mundo em direção à unidade da consciência enquanto fundamento do mundo; ela toma distância para ver brotar as transcendências, ela distende os fios intencionais que nos ligam ao mundo para fazê-los aparecer, ela só é consciência do mundo porque o revela como estranho e paradoxal.
@@Patuffson , realmente o que ele disse não tem absolutamente nada a ver com o trabalho desses dois autores, acredito até que tenham dito algo totalmente oposto que o "Temporário" falou no comentário dele.
A casa do saber ou alguém poderia dizer qual referência de obra - do autor citado - estaria por trás desse vídeo?
O testemunho dos sentidos é verdadeiro, o erro está no intelecto, o conhecimento é uma atribuição de sentidos. Ninguém explica a realidade, somente interpreta.
A realidade em si mesma não existe.
Você está certo. Mas a realidade existe só não temos acesso a ela em todas as suas faces ou em nenhuma face porque sempre há o subjetivo. Negar que a realidade existe é dizer que o mundo só o é a partir da nossa percepção.
esse comentário me lembrou um trecho do edgar morin e o idéario do registro Real do lacan
@@claudiasilene7201 e se o mundo não existir a partir da nossa percepção, como existirá? Isso não nega a realidade, mas a contitui como um objeto percebido pela nossa consciência....
👏🏻🙌🏻💕💕
Eu queria morar nesse vídeo!!!!
👏👏👏💖
Para Maurice Merleau-Ponty, a separação entre consciência e natureza
a )
fortaleceu o sentido expressivo das nossas vivências pré-reflexivas.
b ) é o que impede o reconhecimento do papel constituinte na nossa consciência.
c )
é uma condição para que efetivamente venha a ocorrer a redução fenomenológica.
d ) está na origem das filosofias que ignoram o papel expressivo do corpo e da percepção.
b
👌🏼
"Even flow"(sempre assim)...🕳️🕳️🕳️🕳️🕳️
Sem a referência aos exemplos que Ponty utiliza em suas obras, as afirmações do vídeo ficam vulgares e não tocam no ponto que ele visa tocar...na economia de suas obras, o erro tem um lugar fundamental, pois é através dele que a percepção pode ser delineada em suas condições estruturantes do perceber e sentir, por isso os exemplos que ele explora das várias disciplinas experimentais , como a Gestalt, tem função essencial na economia de seus raciocínios, sem explorar tais exemplos, afirmar o primado da percepção vira uma afirmação fútil, como se ele estivesse meramente advogando pelo sentir em detrimento do intelecto, ou um relativismo em que só a pessoa possa falar sobre si, não se trata disso, mas de indentificar na percepção o fio condutor para alguma objetividade que é doada por alguma subjetivamente transcendental, mas a questão é, de que forma estabelecer as condições dessa subjetivamente transcendental? Simplesmente pensando? Não, e sim aplicando a reflexão aos dados experimentais como os da Gestalt, pq é através desse tipo de experimentação, quando há erro da percepção, é que ela pode aparecer em sua estrutura ( fora disso a percepção aparece como não mediada), e aqui é onde Ponty está em confluência com a psicanálise estrutural de Lacan em que o desencontro no Outro tem importante papel de subjetivacao no manejo da transferência ( em que o eu recebe sua própria mensagem invertida por meio do Outro).
Isso me fez lembrar da teoria nietzschiana sobre o uso dos sentidos. Por um acaso há alguma relação?
Concordo. Para Nietzche a percepção não era fonte segura de conhecimento da realidade, como aliás nenhuma fonte era considerada segura para ele. Viver os sentidos era a forma que traria maior intensidade e sabor à própria vida, sem que isso fosse considerado um valor absoluto.
Interessante.... Mas não será q tais verdades sejam 'autênticas' por serem um encontro particular de fatores??
Quando eu olho as pessoas eu vejo macacos de óculos e de chapéus falando.( sem pre- conceito) .
Acho que voltei tanto na natureza humana que fui parar na época das cavernas . Kkkkkkk
Que vídeo foda! Precisava me libertar realmente do intelectualismo.
Mas o problema epistemológico principal não é saber a respeito de quem vem primeiro se a percepção ou a razão (conceitos ou teorias). O problema é saber se a experiência é fonte de justificação de nossas crenças. E filósofos como Sellars (mito do dado) ou Quine (holismo) sustentaram cada uma a sua maneira que para uma percepção ser justificada ela demanda interpretação de um conjunto de outras crenças prévias (coerentismo). Uma percepção pura é cega. O próprio Ponty, para justificar a origem primária da percepção (pré-reflexão) se utiliza de muitas outras ideias e algumas bem teóricas como psicologia do desenvolvimento etc. Em suma, o vídeo não respondeu ao problema principal. Até Platão concorda que a fonte primeira das crenças são as sombras da caverna.
Muito boa colocação.
Mas Merleau-Ponty não defende uma percepção pura, primeira - muito pelo contrário, ele defende que a sensibilidade é condicionada tanto historicamente, quanto culturalmente. A questão da oposição ao intelectualismo, ao meu ver, é muito mais num campo de disputa epistemológico, do que de uma primazia interpretativa (que se revela ou por um ou por outro).
Boa colocação. Mas o referencial para primar a percepção deve-se ao Retorno fenomenológico. Pode-se observar, por exemplo, que o mesmo também é colocado por Husserl ao criticar as ciências positivas que se restringem àquilo que já está posto, já está dado, e que se esquecem da própria cosnciência. Trata-se da base.
@@marianaveras8049 É verdade, as ciências pressupõem muitas coisas que não são objeto de sua pesquisa, mas a possibilitam. Isso é correto. Mas o erro de Husserl é achar que devemos suspender todos os nossos juízos (epoqué) para fazer ciência e assim voltar as coisas mesmas, como aparecem na consciência de um sujeito. Mas isso parece ser errado. Pois, para fazer ciência ou qualquer teoria nós temos que estar munidos de uma linguagem com muitos conceitos e teorias. É impossível ir às coisas mesmas sem alguma teoria que as estruture, pois toda linguagem implica uma determinada ontologia (há coisas e propriedades, por exemplo). Todo tipo de fundacionismo parece estar mal concebido. O que temos são teorias que podem ser melhores ou piores para compreender o mundo. Piores no sentido de serem incoerentes, contraditórias e ininteligíveis em comparação com as rivais. É um mito pensar que quando descrevemos aquilo que nos aparece podemos eliminar nossos compromissos ontológicos advindos da linguagem que usamos para descrever os fenômenos. Husserl também se esqueceu da "base", pois a relação do sujeito e do objeto também necessita de algo a mais que é o Ser (que não é o conjunto dos entes). Nisso, Heidegger supera a fenomenologia de Husserl apontando o Ser que engloba tanto o seres como o sujeito e a relação entre ambos no Ser.
Kant respondeu, dizendo que embora todo conhecimento se origine da sensibilidade nem todo ele deriva da sensibilidade. E disse: "sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas." Estão colocando em outras palavras apenas???
Porquê iriamos querer voltar a origem? Eu quero andar para frente no raciocínio abstrato, quem quer voltar a origem é preguiçoso e quer se enganar.
Cada um faz o que quer da vida. Essa é a verdade basal para qualquer progresso intelectual.
Hahahaha, entendeu tudo errado, companheiro.
Se foi só isso que Ponty falou, não falou nada mais do que os modernos e nem tocou nos gregos.
Platão deu deslike nesse vídeo.
Me da 1 reallll
que voz gostosa
Gosto muito do canal Casa do Saber, mas de fato está aula e muito fraca.
Foi uma aula midiatica
Kkkkkkkkkkk
primeiro
Raelson araujo otimo
Que coisa chata, só vim pq preciso tirar 25 em filosofia pra passar
Marckos Ferreira eu preciso tirar 40 kkkk
Dá pra entender o pq vc precisa de nota.
@@Synyco65465 sério, que vêm responder 2 anos depois?? Vou aproveitar e te indico um ótimo filósofo, o Píton, que teve como discípulo Karl Marx
E o que me impede? A resposta não é só pra você.
Muito bom! Grata🙏🏾