Bálsamo de Arma: A História de um Estranho Remédio
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- Опубліковано 8 вер 2024
- Sobre o "pó de simpatia", ou "pó de vitriol", ou "bálsamo de arma", um estranho medicamento que supostamente curava o paciente mesmo sem ter contato com ele.
Referências:
WADDELL, Mark A. The perversion of nature: Johannes Baptista Van Helmont, the society of Jesus, and the magnetic cure of wounds. Canadian Journal of History, v. 38, n. 2, p. 179-198, 2003.
WADDELL, Mark A. Magic, science, and religion in early modern Europe. Cambridge University Press, 2021.
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Excelente tópico desse vídeo! Por sinal esse assunto me trouxe a curiosidade sobre outro assunto interessante: Como os antigos (principalmente nessa época medieval) encaravam a Radiestesia? Pois até hj muitos usam Radiestesia para encontrar poços e veias da água e aparentemente isso sempre funciona, mesmo a ciência atual não conseguindo comprovar sua eficiência atualmente. Faz um vídeo explicando como os antigos viam esse tema, seria bem massa.
Em outras palavras os cães devem eterna gratidão ao inventor do relógio…
Essa história de observar o comportamento de animais lembra Cicero em de Divinatione mostra que mostra que era costume se manter um grupo seleto de galinhas presas em uma gaiola para que fossem soltas e se observasse a forma delas comerem, quando da realização de um augúrio: se recursassem a sair da gaiola era mau presságio, caso dançassem o [dança sagrada] quando soltas era um bom presságio. As galinhas conhecidas como ex tripudiīs eram mantidas em uma gaiola sob os cuidados do pullarius (guardião das galinhas do augúrio).Cláudio Pulcro, comandante da esquadra romana na primeira guerra púnica consultou um bando de frangos que levara para observar como comiam e decidir sobre a melhor estratégia. Como os frangos se recusavam a comer Cláudio Pulcro lançou os animais ao mar. Ao final tendo sido derrotado na guerra contra os cartigineses Cláudio foi julgado e condenado por ter ofendido aos deuses com sua atitude.(HADAS, Moses. Roma Imperial, Biblioteca de História Universal Life, Rio de Janeiro: José Olympio, 1969, p. 132)
Riquíssima e Pertinente informação. E ainda com a fonte. Nota 10!
imagine um camponês sem estudo desconfiado deste tratamento confrontando um doutor formado em uma universidade da época e tendo que ouvir "confie na ciência"
Então...nessa época não existia "ciência" como nós conhecemos hj em dia. O método científico ainda estava se desenvolvendo e as ciências ainda estavam empregnadas da merdas da superstições e da religião.
Exatamente, e sendo rotulado de negacionista tambem
É engraçado, desde que você não esteja traçando um paralelo com o que acontece hoje.
@@hectorvido é exatamente oq estou fazendo
@@fabionr4706 então não faz sentido. Hoje nós temos o suporte teórico do conhecimento capaz de explicar os efeitos (ou não) de um determinado tratamento. Qualquer pessoa poderia, ao duvidar de um médico, começar a estudar desde a unidade mais básica até os conceitos mais avançados e entender a lógica por trás.
No passado não, tudo era muito empírico.
Cai de paraquedas, estou amando o canal pois estou aprendendo e tendo conhecimento pois sou bem ignorante 😢 obrigado
Ignorantes todos somos, iluminados não são os que se julgam conhecedores, mas os que buscam conhecimento! Boa sorte na jornada, prezada!
Essa simpática medicina medieval é praticamente "quântica". Lembra a fala de Einstein quando se referiu ao hoje conhecido fenômeno do emaranhamento quântico como "ação fantasmagórica à distância". Obrigado por mais esse curioso vídeo. 👍
E a referência de Einstein era exatamente à antiga controvérsia sobre "actio in distans", comentada no vídeo.
Exatamente o🤩
Eu vi este quadro que vc mostrou, do Hyeronimus Bosh (a extraçao da pedra da loucura) no museu do Prado e foi uma das pinturas mais impressionantes da exposiçao de obras desta epoca. Fiquei muito impactado na epoca, mas nao tinha elementos para pesquisar sobre este procedimento. Esta serie esta muito interessante. valeu, abraços
Bosch é fantástico! Essa pintura não trata exatamente do Bálsamo de Arma, mas é uma sátira a certas crenças médicas da época (algo que alguns faziam também em relação ao bálsamo). Abraços!
Umberto Eco contou essa história no seu livro A Ilha do Dia Anterior.
São tortuosos os caminhos do conhecimento. Me faz pensar nas ideias que hoje temos como certeza e que se baseiam em pressupostos absurdos.
Excelente apresentação, mestre!
Depois que conheci teu canal, não consigo passar o dia sem ver um dos vídeos.
Chega me dá angústia esperando vídeo novo kkkkkkk
Haha. Valeu, velho! Pena que o tempo é bem limitado, e a quantidade de horas pra fazer um vídeo desses não é pequena. Senão, teria vídeo toda hora.
Para Fracastoro os corpos emitem effluxiones de modo que as emissões de dois corpos distintos produzem movimentos de átomos que tendem a se equilibrar e que pode levar a sua atração respectiva. Dessa forma doenças como a peste ou a varíola, por exemplo, poderiam ser transmitidas mesmo sem contato direto ou indireto, por meio de seminaria invisíveis. No entanto Frascotoro embora reconheça que a possibilidade de transmissão de fato ocorra em dias determinados, rejeita a posição dos astrólogos que associam tais dias a ocorrências planetárias (ROSSI, Paolo. O Nascimento da ciência moderna na Europa, Bauru:Edusc, 2001, p. 62)
Essas "proto-ideias" relacionadas ao fenômeno do contágio são muito interessantes, e era algo crescente no período, realmente.
Ainda bem que hj em dia a CURA é através de orações e passes magnéticos a distância.
🤔
@@henriquecaldeira cada época com sua tecnologia de cura. Curandeiros a distância...😉
Seu vídeo é muito interessante,nunca tinha ouvido falar sobre isso,mas acredito no poder sobrenatural,e você também deve considerar,pois como ja foi escrito: há mais mistérios entre o céus e a terra,do que sonha a vá filosofia humana...
Cara imagina a dedicaçao do cara que procura um fungo que nasce em ossos humanos pra fazer esse negócio KKKKKKKKK. Realmente sorte que o remédio nao tocava na pessoa 😂😂😂😂😂
Eu não sei o que é mais estranho: procurar fungo em ossos humanos por aí, ou cultivá-los em ossos guardados em casa (que imagino que era o caso)...
Pesquisando sobre a maçonaria, o YT me indicou esse canal. Rapaz, esse YT sabe das coisas🤭
"Furar o pé numa zona de obra" Por uma cebola no prego o meu avô ensinou o meu tio eu ouvi estranhei mas nunca duvidei 😂
Muito bacana! Ja tinha lido sobre o método canino de cálculo da longitude no livro de Dava Sobel, mas não conhecia a história do pó de vitriol. Uma sugestão é fazer um video sobre o láudano, outra dessas panaceias que foram empregadas até fins do seculo XVIII.
Esse vídeo é fantástico, muito bom. 😂 Parabéns!
Essa idéia não é a mesma do "entralaçamento quântico" de hoje? Bem na "modinha"??🙂🙂
Este tratamento seguiria o mesmo princípio do boneco de vudu, onde boneco feito com partes da vítima, como o cabelo, é espetado e a pessoa longe dali sofre dores no mesmo lugar.
Lindo documentário, parabéns!!
Amo seus vídeos, muito obrigado por continuar
Opa, valeu demais, velho! :)
A influência da fé,se torna muito importante na cura,e não importa a distância.
Esta ai uma coisa que é difícil achar conteúdo parabéns irmão
E, no fim, tanto a força que move o girassol, quanto a que une os imãs eram a mesma força.
Para o católico Athanasius Kircher (1602-1680) no seu livro Magnes sive de magnética arte de 1641 o magnetismo era uma força invisível que refletia o amor de Deus para unir toda a criação e trazer os fieis inexoravelmente para Ele. Para Kircher a força magnética permeia o universo “todas as coisas descansam conectadas por nós escondidos” (omnia nodis arcanis conexa quiescunt). Kircher contradisse a teoria do magnetismo de Gilbert segundo a qual a Terra era um grande ímã, pois para Kircher havia apenas um ímã no universo e dele precederia a magenetização de tudo o que existe. (PRINCIPE, Lawrence. Mito 11: que os católicos não contribuíram com a revolução científica. In: NUMBERS, Ronald. Terra plana, Galileu na prisão e outros mitos sobre a ciência e religião, Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2020, p. 147; PRINCIPE, Lawrence. The secrets of alchemy, Chicago: Univ Chicago Press, 2013, p.203; BLAVATSKY, Helena. Ísis sem veu, V. I Ciência, São Paulo: Pensamento, 1995, p. 270)
Ótimas referências! Obrigado por compartilhar, Antonio.
Super interessante essa história.
Maravilhoso!
Valeu, Ana! :)
Pedersen pelo canal, sou fã
Vcs tem podcast também ?
Procurei e não achei
Obrigado
Obrigado! Não, ainda não. No momento, o tempo não permite...
Uma delícia de estória humana! Tantas crendices pela história a fora! Obrigada Mestre!
Como dizem na minha cidade, isso aí e nada é a mesma coisa
A Ilha do dia anterior, Umberto Eco.
Muito bom!
Há mais coisas entre o céu e a terra do que nossas vãs filosofias.......rss
Os cachorro: po meu inventa outro jeito aí coe
Essa historia me lembrou da vez que eu pisei num prego e minha falecida vó pegou uma cebola e partiu no meio, colocou metade no meu pé e metade no prego, eu sempre fiquei apavorado com os absurdos que os adultos faziam, aiai. :v
Mas afina!! Funcionava??
Daqui há pouco vai aparecer um maluco dizendo que é entrelaçamento "quântico" e vai aparecer um coach vendendo um curso. Kkkkkkk
Quem não ajuda muito atrapalha 😂😂😂
emaranhamento quântico?
Ta.... e como o cachorro morreu?
Primeiro... nao é um remedio? Funcionou como veneno. 2 como funcionou?
O gato de schrödinger
tadinho do cachorro
Olha o entrelaçamento quântico aí 😂
Há alguma conexão com essa corrente com a homeopatia? Seus adeptos também não discutem se funciona, mas como funciona
Magnetismo
Muito legal essa ideia... parece coisa de anime
Se bobear, deve aparecer em algum.
@@henriquecaldeira me lembra os personagens manipuladores de marionetes do Naruto... mas não tem a onda de curar nada... quem sabe em algum outro 😊
Às vezes só histórias como essas pra medir o nível que tivemos de ignorância... Até que evoluímos muito! Às vezes achamos que tudo está perdido, mas quando olhamos há pouco tempo, vemos que já fomos muito piores!
Simpatias e superstições, são coisas formadas por crenças religiosas. Já pratiquei muitos...Uma vez até simpatia, mas não deu certo em nada. Mais os crentes, muitos deles, ainda fazem este tipos de crenças em suas vidas. Faz sentido? Par me não!
Muito bom!
Obrigado, Ruth!
Os cachorro: po meu inventa outro jeito aí coe