Impressões sobre o edifício Parque Verde Mar - arquitetura Artacho Jurado
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- Опубліковано 6 кві 2016
- O olhar feminino sobre o mais charmoso edifício da orla de Santos: Impressões sobre o edifício Parque Verde Mar,construído na década de 50 pelo arquiteto Artacho Jurado / Documentário : imagens e direção de arte Eber de Gois, edição do vídeo André Argolo.
- Розваги
Que documentário bom!
Gracas a Deus pela internet
Sempre admirei esse prédio.. passava as férias em Santos na adolescência e sempre passava por ele... lindo... imponente pela arquitetura de frente para o mar e passagem de navios... maravilhoso! Parabéns!
Grande documentário, parabéns pela edição e história contada.
Artacho e suas esculturas deliciosas !
O EDIFICIO MAIS LINDO DE SANTOS SP
Que lembrança boa, de 76 a 89 morando no Verde Mar, quando vim para o interior de São Paulo.. mas que deu vontade de voltar, isso deu..
Esse Artacho era um visionário das edificações não só aqui na cidade de Santos-sp como na capital de Sp com vários empreendimentos surreais arquitetônicos 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Grande conteúdo, que prazer ver este vídeo
Belo documentário
Precisando ir a São Paulo conhecer as obras da Artacho Jurado.
Que lindo! Esta é a diferença entre a obra de um entusiasta e um produto imobiliário que visa simplesmente o máximo de lucro no menor intervalo de tempo.
Amo esse prédio, saudades eternas desse predio.
É mágico!!!
Que emocionante eu fiquei com cada história , cada sentimento de cada morador . Incrível é para ser guardado , preservado e Tombado ! Até eu me emocionei e entendi cada emoção ! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏😘😘😘😘😘😘
Cara que rico esse vídeo..agradeço..pela edição..pela boa vontade.. por tdo..pelas pessoas que participaram... linda matéria
Fiquei apaixonado
Que maravilha achar hoje esse vídeo sobre o Parque Verde Mar que sempre admirei ! Sempre morei por perto desse prédio maravilhoso do Arquiteto auto didata João Artacho Jurado que sempre admirei e estive por perto das obras dele ! Hj em dia moro em SP em Higienópolis e trabalho na Bela Vista ambos bairros que estão cheios da obras do Artacho Jurado !
Como eu gostaria de morar nesse paraíso...
Ficaria ouvindo por horas as duas mulheres, a do pai espanhol e a que foi dar uma vida melhor aos filhos. Obrigada pelo vídeo.
Adorei!
Melhor doc, que assisti até hoje !
Tantos depoimentos afetivos e sensíveis, evidenciando a especialidade e pujança da edificação.
Grato.
Costumava passar as manhãs de domingo em frente, na barraca do Clube 2004, quando criança. Ficava admirando a tonalidade, a entrada, a cobertura, enfim, sonho de criança, residir algum dia neste Monumental Colosso.
Ótimo documentário, sempre admirei esse prédio.
Adorei conhecer as histórias dos moradores.
Esse prédio é muito bonito.
Os edifícios de Artacho Jurado conseguiram não ser descaraterizados
Isso é muito legal
Sao dois em Santos
Alguem sabe o nome do outro?
Algumas palavras de agradecimento pela comoção que eu senti quando assisti o vídeo. Como esse foi o texto que eu escrevi pra acompanhar a exposição dos slides. Eu achei melhor colocar ele aqui inteiro.
- Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha nos grandes dou de talho.
Essa é a apresentação de Um certo capitão Rodrigo (Cambará), que assim como a Ana Terra, foram as duas únicas personagens que extrapolaram, cada uma em outros romances, a maior epopeia já escrita no Brasil. O tempo e o vento, do Érico Veríssimo.
Pois eu me inspirei nessas duas frases célebres para começar e terminar, esta que é a primeira apresentação, da primeira turma do curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo da UNESA Teresópolis. E deu-se ainda, de calhar justa coincidência de ser para a disciplina Teoria e crítica em Arquitetura, o que justifica por sua vez, e talvez única, a exposição do trabalho à partir da linguagem escrita. Que logo mais, no desenrolar do curso deverá de ser mais dedicada a linguagem geométrica e projetual.
Porém, hoje, ainda não o é. Embora permeada pelo agora de uma virtualidade jamais vista na efervescência do tempo contemporâneo do mundo. Esse momento de isolamento forçado, favorece ao indivíduo a busca do contato em comunhão simplificada. O tal do encaixe, a origem do rolê. Afinal, o que é que é mesmo que eu tenho pra dizer de arquitetura?
O quê, por quê, quando, aonde... é que foi mesmo? Que na minha vida eu escutei um baratinho que fosse. Que significou tanto assim ao ponto de me trazer até aqui? Pra esse lugar de aprender, de desejar futuro. De ato estudante de sê-lo eu, um entendido da minha própria coisa, que agora já, eu só posso imaginar, como “o” será, o que é que é, o ser como se deve ser.
Dá-lhe. Tudo começa sendo novo. O ponto final é também a ideia seminal que orienta o rumo d`outro lance. A mesma, mesmíssima coisa de sempre. A brutalidade da escolha.
Daí, daí, eu resolvi me bandear pro lado dos pequenos, me bandeei por dar de prancha. De ficar fazendo vento, de deitar no entendimento que tem muito mais, na parada do tudo pra todo mundo, do que no detalhar o virtuoso do único. E foi por isso, que para a minha primeira apresentação de trabalho sobre arquitetura, eu optei, então, pelo não público. Não o templo, a igreja. Não o museu, o palácio. Eu quis a morada, a casa, a residência. Enfim um prédio de apartamentos.
Parque Verde Mar, em Santos - SP.
Inaugurado em 1959, na orla da praia, este edifício representou a primazia da realidade da mudança do mundo em forma de moradia. A verdade de uma nova vida que se abria em confronto com uma ultrapassada atualidade. Um gracioso tapa na cara da aristocracia. O status deixava de ser sobrenome para tornar-se endereço. O bom gosto abandonou a imutabilidade do eterno para se libertar em movimento. A coroa da princesa foi substituída pelo sorriso da estrela da TV. O casarão imperial foi demolido pela ordem de um novo “bem viver”.
De autoria de um não arquiteto, o senhor João Artacho Jurado, um autodidata de peculiaridades visionárias, o edifício destaca-se na paisagem da orla. O conjunto das cores e das formas, a escolha dos materiais e dos adereços. Desde sua concepção até a prova maior da arquitetura, que é ultrapassar a crítica do tempo. São exemplos da constatação que a futurança do hoje, do ontem e do amanhã. Encontrar-se-á por demais desenvolvida sob a atmosfera da beleza do cênico.
A vida mudava, e a segunda casa na praia era o desenrolar de um novo fluxo para a emergente classe média. O verão, as férias de verão e feriados seriam agora, melhor aproveitados com a mudança dos ares, com os banhos de mar. O monótono, da vida cotidiana durante a semana, seria quebrado pelo prazer da convivência nas áreas comuns do fim de semana. A sala de TV, a mesa de baralho, a sala das crianças, o terraço dos adolescentes. Tudo isso que hoje, se chama: conveniência. Naquele momento era futuro, era desobediência.
Um arquiteto perseguido pela “patrulha da modernidade”, o ritual de bom gosto esquecido pela velocidade do “American Way of life”. A hierarquia da família centrada no homem provedor e cerceada pela rigorosidade da madame. Deu lugar a mulher que trabalha, a filha que estuda e faz o que quer.
Desvela-se então, o final da história, ou melhor, o resultado da mudança. Um hoje, no qual o arquiteto é celebrado, um hoje em que o prédio é tombado. O hoje de quem faz da memória a perseverança de um futuro.
Eternizado pelas senhoras que lá estão. E que de ferramenta em mãos, assim como a Ana Terra, que com aquela sua velha e enferrujada tesoura de parteira, sempre que nascia uma mulher, dizia:
- Mais uma escrava.
E tenho eu, pequena voz de certeza, por muito imaginar que assim se ouça a minha profunda admiração. De que hoje, orgulham-se essas femininas, por saberem elas, que apenas dorme no panteão do sono da justiça. A mulher que jamais fugiu da peleia, que subiu a coxilha e fincou adaga no chão. Pra dizer:
- Aqui não, aqui nunca mais.
Eu queria ver um apartamento o elevador