Muito boa entrevista. Oportunidade de conhecer a idéia da Virgínia Fontes, que conseguiu lançar o "olhar para frente" a partir da crítica da "planta baixa" do "capital", rs. Axé pra nóis!
A angústia do "pós-capitalismo" não é somente chegar a perceber o "Adeus ao Proletariado" - como ressaltou Gorz - mas perceber que além do "piloto automático" (que necessitará de 'trabalho complexo' para sua efetivação, manutenção e reprodução), é também, hoje (agora), a cultura, as ciências, a educação, a biotecnologia, o laser, etc... que já se alvoram em categorizantes de trabalho...
Confesso que ando muito pessimista em relação as possibilidades da humanidade. A imagem sombria de Soren Kierkegaard me soa muito familiar: “Há um incêndio no interior de um teatro. O palhaço sobe ao palco para avisar o público. Eles pensam que é uma piada e aplaudem. O palhaço repete o aviso, mas é aplaudido com mais entusiasmo! É como eu penso que o mundo chegará ao seu fim, sendo aplaudido por testemunhas que acreditam que tudo não passa de uma piada”. Robert Kurz em seu polêmico livro de 1989 também nos apresenta uma imagem assustadora dos fim dos tempos: “Os passageiros do Titanic querem ficar no convés, e que a banda continue tocando. Se tivermos que viver mesmo o ‘fim da história’, não será um final feliz”. Os tempos são sombrios e tenho dúvidas se teremos chance. Meszaros, que também estava muito pessimista quando nos deixou, asseverou: Encher buracos cavando buracos cada vez maiores, tem sido a maneira predileta de solucionar os problemas presentes…Fico me perguntando: será que a classe trabalhadora sempre foi o elemento básico do capitalismo e não sua negação? Será que a luta de classes sempre foi parte integrante da dinâmica do capitalismo e não seu fundamento? Será que não há contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção já que ambas são dois polos da dinâmica de produção e reprodução do valor ? Será que o proletario é um burguês menor que age como homem egoista e apenas que valorizar sua mercadoria força de trabalho? Será que o motor da história são os estranhamentos como aventou Lukacs em sua monumental Ontologia ou os fetichismos como asseverou Marx em O Capital? Será que a classe trabalhadora é estóica por definição e está condenada estruturalmente ao destino histórico que lhes impõe o sujeito automático (capital)? Será que estamos cerrando o galho no qual estamos sentado ao lado do proletariado? O que Marx quis dizer ao afirmar que o “proletariado e a burguesia são são máscaras do sujeito automático”? Será que o capital de Marx é semelhante ao Geist de Hegel que põe a si mesmo, que é sujeito de si mesmo, que realiza a si mesmo e que retorna a si mesmo? Parafraseando Bertold Brecht, “Perguntas de um trabalhador que lê”
O Carlos Nelson foi um dos grandes mestres de uma frutífera geração de pensadores de esquerda no Brasil. Dito isso, ele é responsável por uma intricada confusão teórica entre comunismo e democracia.
Atualizando os Rascunhos... rs. (Saudade, mestre. Sempre presente) A ESCOLHA TEM QUE SER POLITICA, ÉTICA, PRINCÍPIOS. Não podemos trocar a agenda econômica neoliberal por uma suposta pauta anti-fundamentalista. Nossos direitos tem que estar no orçamento público. Nós só conseguiremos fazer a diferença se radicalizarmos, mostrando pra sociedade que temos lado. O que temos é um bloco histórico hegemônico ultraneoliberal fundamentalista. Por isso O combate tem que ser ao bloco inteiro. Não podemos apoiar para a presidência da Câmara quem participou o golpe de 16. Lembre: Para os agentes do golpe, tirar DILMA significa "estancar a sangria", quer dizer, estancar os investimentos públicos, que para eles "sangram o capital". ESSA é a verdade que nos foi imposta. Nem podemos apoiar o candidato do governo, comprometido com a agenda econômica e fundamentalista... e com essa tragédia nacional. A ÉTICA DA POLÍTICA não é uma abstração, que se utiliza como demagogia para enganar desavisados, geralmente referida como "ética na política" . Com essa visão idealista a Ética fica limitada como moral pessoal. Aqui, vamos reafirmar que por trás das idéias sempre estão os interesses de classe e por isso a Ética da Política precisa necessariamente considerar a transcendência das condições em que se dá a exploração capitalista, as relações sociais e a atuação dos agentes-suportes das estruturas, onde os políticos se encontram. Ética da Política, no capitalismo, só pode significar Luta de Classe na construçâo da Revolução Socialista. Joyce Cesar Pires
O ser humano não pode ser classificado e com isso ter o seu comportamento previsto, seja como classe ou qualquer outra segmentação,,, as pessoas mudam profundamente quando alteram sua posição no ambiente , sinto constatar que na maioria das vezes para o pior,,, e isso não é exclusividade do Comunismo que matou milhões,,, assim como a igreja,,, assim como o capitalismo,, cada um a seu modo vem assassinando os seus semelhantes por dinheiro e ou poder. doce ilusão esperar quê gostaríamos de sermos iguais,,,, nunca houve sociedade significativa com essa condição,,,, essa eh uma opinião bastante simplória de um ser humano bem ciente dos limites da sua própria natureza....
4 роки тому+7
Estude o comunismo primitivo, as comunidades indígenas e quilombolas antes de vomitar senso comum.
Grande trabalho da Boitempo. Por outro lado, mais do que nunca, o prof Carlos Nelson Coutinho está fazendo muita falta.
Muito bom ver as pessoas estudando, analisando os textos clássicos...e como é complexo o entendimento de obras escritas em alemão...
Hoje eu acordei e meu celular reproduzia este imprescindível seminário...sabido demais!
CARLOS NELSON COUTINHO morreu menos de um ano depois, em 20/09/2012, com 69 anos de idade.
Sempre bom ouvir estes professores.
Muito boa entrevista. Oportunidade de conhecer a idéia da Virgínia Fontes, que conseguiu lançar o "olhar para frente" a partir da crítica da "planta baixa" do "capital", rs. Axé pra nóis!
Na verdade ouvindo e assistido hoje essa aula em 16/2/2024 chego a conclusão que nunca no Brasil houve pós ditadura!
Sempre muito apropriado para os tempos atuais, rever a palavra de Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Neto.
Alem de ser bastante didática, a professora Virgínia é muito charmosa e tem a voz linda.
Fantástico!!!
Perfeito!
1:53:40
Saudade de Virgínia!!!
cnc,a sutileza do pensamento
16:20
21:50
23:49
A angústia do "pós-capitalismo" não é somente chegar a perceber o "Adeus ao Proletariado" - como ressaltou Gorz - mas perceber que além do "piloto automático" (que necessitará de 'trabalho complexo' para sua efetivação, manutenção e reprodução), é também, hoje (agora), a cultura, as ciências, a educação, a biotecnologia, o laser, etc... que já se alvoram em categorizantes de trabalho...
Confesso que ando muito pessimista em relação as possibilidades da humanidade. A imagem sombria de Soren Kierkegaard me soa muito familiar: “Há um incêndio no interior de um teatro. O palhaço sobe ao palco para avisar o público. Eles pensam que é uma piada e aplaudem. O palhaço repete o aviso, mas é aplaudido com mais entusiasmo! É como eu penso que o mundo chegará ao seu fim, sendo aplaudido por testemunhas que acreditam que tudo não passa de uma piada”. Robert Kurz em seu polêmico livro de 1989 também nos apresenta uma imagem assustadora dos fim dos tempos: “Os passageiros do Titanic querem ficar no convés, e que a banda continue tocando. Se tivermos que viver mesmo o ‘fim da história’, não será um final feliz”. Os tempos são sombrios e tenho dúvidas se teremos chance. Meszaros, que também estava muito pessimista quando nos deixou, asseverou: Encher buracos cavando buracos cada vez maiores, tem sido a maneira predileta de solucionar os problemas presentes…Fico me perguntando: será que a classe trabalhadora sempre foi o elemento básico do capitalismo e não sua negação? Será que a luta de classes sempre foi parte integrante da dinâmica do capitalismo e não seu fundamento? Será que não há contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção já que ambas são dois polos da dinâmica de produção e reprodução do valor ? Será que o proletario é um burguês menor que age como homem egoista e apenas que valorizar sua mercadoria força de trabalho? Será que o motor da história são os estranhamentos como aventou Lukacs em sua monumental Ontologia ou os fetichismos como asseverou Marx em O Capital? Será que a classe trabalhadora é estóica por definição e está condenada estruturalmente ao destino histórico que lhes impõe o sujeito automático (capital)? Será que estamos cerrando o galho no qual estamos sentado ao lado do proletariado? O que Marx quis dizer ao afirmar que o “proletariado e a burguesia são são máscaras do sujeito automático”? Será que o capital de Marx é semelhante ao Geist de Hegel que põe a si mesmo, que é sujeito de si mesmo, que realiza a si mesmo e que retorna a si mesmo? Parafraseando Bertold Brecht, “Perguntas de um trabalhador que lê”
O Carlos Nelson foi um dos grandes mestres de uma frutífera geração de pensadores de esquerda no Brasil. Dito isso, ele é responsável por uma intricada confusão teórica entre comunismo e democracia.
Pode explicar?
MESTRES QUERIDOS.EU ME SINTO DOENTE E TORTURADA.
Atualizando os Rascunhos... rs.
(Saudade, mestre. Sempre presente)
A ESCOLHA TEM QUE SER POLITICA, ÉTICA, PRINCÍPIOS.
Não podemos trocar a agenda econômica neoliberal por uma suposta pauta anti-fundamentalista. Nossos direitos tem que estar no orçamento público.
Nós só conseguiremos fazer a diferença se radicalizarmos, mostrando pra sociedade que temos lado.
O que temos é um bloco histórico hegemônico ultraneoliberal fundamentalista. Por isso O combate tem que ser ao bloco inteiro.
Não podemos apoiar para a presidência da Câmara quem participou o golpe de 16. Lembre:
Para os agentes do golpe, tirar DILMA significa "estancar a sangria", quer dizer, estancar os investimentos públicos, que para eles "sangram o capital". ESSA é a verdade que nos foi imposta.
Nem podemos apoiar o candidato do governo, comprometido com a agenda econômica e fundamentalista... e com essa tragédia nacional.
A ÉTICA DA POLÍTICA não é uma abstração, que se utiliza como demagogia para enganar desavisados, geralmente referida como "ética na política" .
Com essa visão idealista a Ética fica limitada como moral pessoal.
Aqui, vamos reafirmar que por trás das idéias sempre estão os interesses de classe e por isso a Ética da Política precisa necessariamente considerar a transcendência das condições em que se dá a exploração capitalista, as relações sociais e a atuação dos agentes-suportes das estruturas, onde os políticos se encontram.
Ética da Política, no capitalismo, só pode significar Luta de Classe na construçâo da Revolução Socialista.
Joyce Cesar Pires
Alex Fiuza de Melo, ex Reitot ds Ufpa, apóia Jair Bolsonaro
O ser humano não pode ser classificado e com isso ter o seu comportamento previsto, seja como classe ou qualquer outra segmentação,,, as pessoas mudam profundamente quando alteram sua posição no ambiente , sinto constatar que na maioria das vezes para o pior,,, e isso não é exclusividade do Comunismo que matou milhões,,, assim como a igreja,,, assim como o capitalismo,, cada um a seu modo vem assassinando os seus semelhantes por dinheiro e ou poder. doce ilusão esperar quê gostaríamos de sermos iguais,,,, nunca houve sociedade significativa com essa condição,,,, essa eh uma opinião bastante simplória de um ser humano bem ciente dos limites da sua própria natureza....
Estude o comunismo primitivo, as comunidades indígenas e quilombolas antes de vomitar senso comum.
Marxismo branco
1:29:40
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