Zeca Afonso . Dulce Pontes . Vozes da Rádio . Paulo Soares - os índios da meia praia (letra)
Вставка
- Опубліковано 2 сер 2024
- 00:00 - José Afonso
03:36 - Dulce Pontes
08:30 - Vozes da Rádio (vozes)
12:11 - Paulo Soares (guitarras)
Lista de músicas de José Afonso no canal: • Cristina Branco . Dulc...
Excertos do documentário português de longa-metragem de António da Cunha Teles (1976) - "Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia": Na década de 50, dezenas de pescadores originários de Monte Gordo chegaram a Lagos, na outra ponta do Algarve, à procura de trabalho. Na Meia-Praia havia peixe mas faltavam casas. Improvisaram-se cabanas colmo nas dunas... o aspeto valeu-lhes a alcunha de Índios, os Índios da Meia-Praia.
Quando se deu a revolução de 25 de Abril de 1974 já só restava uma cabana de colmo. Todas as outras tinham sido transformadas. Eram barracas de zinco, com os dias contados porque o governo da altura queria acabar com as barracas no país.
Através do serviço ambulatório de apoio local, conhecido como projeto SAAL, o governo cedia o terreno, o apoio técnico e parte do dinheiro, se as populações avançassem com a mão-de-obra.
Ansiosa por deixar as barracas, a população organizou-se em turnos. Quando os homens estavam no mar, eram as mulheres que trabalhavam nas obras. Havia duas regras: as habitações tinham de começar a ser construídas ao mesmo tempo e todos teriam de ajudar na construção de todas as casas.
O carisma dos Índios da Meia-Praia chegou aos ouvidos de um realizador de cinema. António da Cunha Telles decidiu documentar a transformação que estava em marcha. O trabalho deu origem à música de Zeca Afonso.
__ Os índios da meia praia __
Composição: Zeca Afonso
Aldeia da Meia Praia
Ali mesmo ao pé de Lagos
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e faço
De Montegordo vieram
Alguns por seu próprio pé
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha à ré
Quando os teus olhos tropeçam
No voo de uma gaivota
Em vez de peixe vê peças de oiro
Caindo na lota
Quem aqui vier morar
Não traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constrói uma cabana
Tu trabalhas todo o ano
Na lota deixam-te nudo
Chupam-te até ao tutano
Levam-te o couro cabeludo
Quem dera que a gente tenha
De Agostinho a valentia
Para alimentar a sanha
De esganar a burguesia
Adeus disse a Montegordo
Nada o prende ao mal passado
Mas nada o prende ao presente
Se só ele é o enganado
Oito mil horas contadas
Laboraram a preceito
Até que veio o primeiro
Documento autenticado
Eram mulheres e crianças
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Quem diz o contrário é tolo
E se a má língua não cessa
Eu daqui vivo não saia
Pois nada apaga a nobreza
Dos índios da Meia-Praia
Foi sempre tua figura
Tubarão de mil aparas
Deixas tudo à dependura
Quando na presa reparas
Das eleições acabadas
Do resultado previsto
Saiu o que tendes visto
Muitas obras embargadas
Mas não por vontade própria
Porque a luta continua
Pois é dele a sua história
E o povo saiu à rua
Mandadores de alta finança
Fazem tudo andar para trás
Dizem que o mundo só anda
Tendo à frente um capataz
Eram mulheres e crianças
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Que diz o contrário é tolo
E toca de papelada
No vaivém dos ministérios
Mas hão de fugir aos berros
Inda a banda vai na estrada
“Música feita em Portugal”
Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.
Dulce Pontes aqui a cantar,Zeca Afonso,uma voz fabulosa que tem dado a volta ao mundo.Os Indios da Meia Praia também iterpretado por um solista e coro. Um som a não esquecer.Muito bom.Parabéns a todos!
Quem aqui vier morar
Não traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constrói uma cabana
Zeca Afonso
Adoro!
Adoroooooooooo *)))
MARAVILHAS!!!
LINDO, LINDO!!
Obrigado
Mandadores de alta finança
Fazem tudo andar para trás
Dizem que o mundo só anda
Tendo à frente um capataz
José Afonso (... para sempre ...)
++++++++++++++++++++++++++ !!+++++
gostei muito vou compartir . grato portuscale pt
joao farias Obrigado! É importante partilhar, dar a conhecer o melhor da nossa cultura…
muito bom portuscale ...vc conhece o rui cabral ? tuga tambem .do porto. portuscale pt
joao farias Lamento João... mas não o conheço.
Cumprimentos!
Apaixonante!
Que lindo acervo🌲🌱🌲🌻🌼🌺
Belíssimas vozes, todas as versões.
muitíssima linda essa música a mais bela da literatura musical 💗💗💗💗💗💗
Ainda com as palavras de Zeca Afonso...
Parabéns, boas escolhas estas três versões da mesma canção, que conta uma história épica do povo. Sim, que heróis não são apenas os que vêm nos manuais de História.
Bela conjugação da música com as imagens.
Adorei ver a Dulce Pontes a cantar ao vivo, gostava de saber onde.
Venham mais cinco me faria bem também!
Lindissimooooo
Adoro..........
Ah, Portuscale, você me faz trabalhar muito! Esse boêmio que eu sou só quer curtir a noite, boa música e uma boa taça de vinho! Tenho compartilhado esse vídeo na França e no Brasil.
Não vi o documentário todo, não tive tempo. Eu louvo sua ideia de incorporá-lo no vídeo.
Não vou repetir o que disse sobre o José Afonso. Ele criou o tema e o que ele criou é a coisa mais válida.
A Dulce Pontes não é ruim, mas foi melhor na música que te disse ontem.
Adoro as seis guitarras do Paulo Soares!
Quantas recreações virão da música de José Afonso? Eu acho que elas serão incontáveis...
Você não vai ter um vídeo de José Afonso - Eu Vou Ser Como a Toupeira?