A UM GUASQUEIRO Ritmo: Chacarera Letra: Carlos Roberto Hahn Melodia: Leonardo Charrua Há um desenho emoldurado num armário do galpão. Retrata, em tom amarelado, por entre a bruma, um peão. É Pedro Xiru, flor de estampa, um guasqueiro de escol, que trançou tiras de pampa, desde a aurora ao arrebol. No fio de sua xerenga, desquinou “miles” de tentos. Das tranças de encomenda, não lonqueou os seus proventos. Quem trança os seus dias em um cepo de galpão sabe tecer galhardias pras armadas de um peão. Mas, qual folha de outono, que do galho despencou, o Xiru perdeu o entono quando o tempo o pealou. O tempo deu um tombo no destino do guasqueiro; e foi lonqueando o seu lombo para o tento derradeiro. Entrevaram-se os dedos entre a trama das guascas. Ficou o retrato na parede a lembrar que a gente passa.
Que maravilha
A UM GUASQUEIRO
Ritmo: Chacarera
Letra: Carlos Roberto Hahn
Melodia: Leonardo Charrua
Há um desenho emoldurado
num armário do galpão.
Retrata, em tom amarelado,
por entre a bruma, um peão.
É Pedro Xiru, flor de estampa,
um guasqueiro de escol,
que trançou tiras de pampa,
desde a aurora ao arrebol.
No fio de sua xerenga,
desquinou “miles” de tentos.
Das tranças de encomenda,
não lonqueou os seus proventos.
Quem trança os seus dias
em um cepo de galpão
sabe tecer galhardias
pras armadas de um peão.
Mas, qual folha de outono,
que do galho despencou,
o Xiru perdeu o entono
quando o tempo o pealou.
O tempo deu um tombo
no destino do guasqueiro;
e foi lonqueando o seu lombo
para o tento derradeiro.
Entrevaram-se os dedos
entre a trama das guascas.
Ficou o retrato na parede
a lembrar que a gente passa.