Esse jogo foi inesquecível, eu tinha 8 anos e tava sozinho em casa. Minha mãe ficou a tarde inteira num salão de beleza fazendo um penteado para um casamento que iriamos naquela mesma noite, enquanto que eu então padrasto estava na casa da mãe dele vendo o jogo. À certa altura do segundo tempo, mudei de canal e assisti tanto a TV Cultura, que exibia um programa inédito do X-Tudo, quanto o SBT, que transmitia o jogo. E vocês acreditam que eu perdi o gol do Branco. Fui ver um trecho do X-Tudo e quando voltei pra ver o jogo, vi os holandeses aborrecidos e o Amarelinho pulando na tela, o Brasil tinha feito 3x2.
Lembro dessa partida como se fosse hoje. Eu tinha doze anos de idade, a noite estava fria e eu e minha irmã ficamos tristes com a virada da Holanda. Até que, do nada ,veio a bomba do Branco. Foi o gol brasileiro mais bonito e surpreendente da copa do mundo de 1994. Foi a primeira vez que vi o Brasil levar a taça. Desde que me mudei pra Holanda nunca perdi a oportunidade de refrescar a memória dos holandeses sobre este dia. E ainda jogamos contra a Laranja Mecânica em 1998 quando após muito sufoco, o Brasil venceu nos pênaltis.
Logo em seguida, aos oito minutos, Frank Rijkaard começou o contragolpe holandês e fez o passe longo. Aldair se antecipou e interceptou. Com a bola dominada, o camisa 13 fez um lançamento perfeito para Bebeto em velocidade na ponta esquerda. Ele dominou e cruzou para o meio da área, onde onde Romário chegava em disparada. O cruzamento foi um pouco mais alto do que o ideal, mas o Baixinho era o mestre das finalizações. De sem pulo, com os dois pés no alto, como se fosse um bailarino, ele finalizou de primeira e inaugurou o marcador. Era o quarto gol de Romário na Copa. A vantagem fez a Seleção Brasileira recuar naturalmente, para tentar explorar os avanços do aversário, que atacava e abusava da tática do impedimento, com sua defesa muito alta. Lesionado, Van Vossen deu lugar a Bryan Roy. Mas nada inibia Jorginho, que criava boas oportunidades. Em uma delas, ele tabelou com Mazinho e deu um passe vertical pela direita para Bebeto. Dentro da área, o camisa 7 chuta cruzado e a bola chega a tocar de leve na trave. Mas aos 18 minutos, o goleiro De Goeij repôs a bola em jogo com um chutão, Branco escorou de cabeça e devolveu a bola para a intermediária ofensiva. Percebendo que estava em impedimento, Romário abandonou a jogada e passou a andar calmamente rumo ao seu próprio campo, no claro objetivo de mostrar que não participava do lance. O assistente Yousif Abdulla Al Ghattan, do Bahrein, percebeu o impedimento passivo do camisa 11 e não levantou a bandeira. A defesa holandesa se distraiu e Bebeto veio de trás, em posição legal, acelerando em direção à bola. O zagueiro Valckx se atira tentando parar o brasileiro a qualquer custo, mas Bebeto saiu livre, driblou De Goeij e tocou para o fundo do gol. Os holandeses choram o gol impedido até hoje e afirmam que Romário participou da jogada, prendendo a atenção da defesa. Na comemoração, Bebeto correu à linha lateral, posicionou os braços como quem carrega uma criança e passou a embalá-los para os lados. Romário e Mazinho o acompanharam na coreografia. Bebeto, assim, homenageava o filho recém-nascodo Mattheus. Estava criada a comemoração “nana-neném”, até hoje copiada mundo afora. A Seleção Brasileira, enfim, começou a jogar um futebol rápido e envolvente e, pela primeira vez nessa Copa, empolgou sua torcida. Bebeto e Romário, a “Dupla BR”, colocava o Brasil em boa vantagem. A torcida holandesa, também em bom número no Cotton Bowl, já estava desanimando, mas a resposta tardou apenas um minuto. O Brasil já comemorava, mas ninguém contava com a genialidade e esperteza de Dennis Bergkamp. Witschge cobrou o lateral e Aldair deixou Bargkamp entrar na área com a bola. O craque holandês ganhou a dividida com Márcio Santos e, na pequena área, deu um toque de bico sutil, tirando o alcance de Taffarel. Uma enorme falta de atenção do sistema defensivo brasileiro. A Holanda se animou depois do primeiro gol. Faltava muito tempo ainda para se jogar. Para dar mais criatividade ao seu meio campo, o técnico Dick Advocaat tirou o apagado Rijkaard e colocou Ronald de Boer como centroavante, recuando Bergkamp. Essa mudança acuou o Brasil e a Holanda passou a mandar mais ainda no jogo. Winter chutou rasteiro, mas Taffarel espalmou para o lado. A pressão holandesa era terrível. Na cobrança de escanteio, Overmars levantou para a área e o próprio Winter se antecipou à defesa, desviando de cabeça para o gol. Estava tudo igual no placar. A Holanda retomava o sonho de ser semifinalista pela primeira vez desde 1978, quando foi vice-campeã. Mesmo sentindo falta de Gullit e Van Basten, aquele time tinha suas qualidades. “Foram duas falhas incríveis da defesa. Todo mundo falhou, inclusive o Taffarel. Tomamos um gol que começou um lateral, uma coisa inacreditável para a categoria e a consistência daquele time. Aí conseguimos marcar o terceiro naquela falta cobrada pelo Branco, recuperamos o domínio do jogo e fomos em frente.” - Carlos Alberto Parreira “Aquela seleção só tomou três gols. E dois naquele jogo. Ali, por algums minutos, ficou a sensação de que todo esse esforço, todo o sacrifício daquele grupo seria em vão.” - Mauro Silva O empate fez a Seleção voltar a jogar. O jogo fica dramático e Branco se agiganta. A dez minutos do fim, ele partiu para o campo de ataque acossado por Overmars e lhe deu um safanão no rosto, mas o juiz mandou o jogo seguir. O lateral brasileiro avançou pelo meio e foi “ensanduichado” por Jonk e Winter e, depois de caído, foi chutado sem bola por Koeman. Houve um princípio de confusão, com os holandeses reclamando do tapa recebido por Overmars e os brasileiros se queixando da agressão de Koeman. Branco ajeitou a bola com carinho e cobrou com muito efeito. A curva colocada foi incrível, saindo da barreira. Atento, Romário se contorceu para desviar da bola, que passou raspando em suas costas. Provavelmente a presença de Romário interferiu na visão de De Goeij, mas é fato que o goleiro holandês poderia ter chegado melhor à bola. Ela chegou a tocar no pé da trave antes de entrar. Os holandeses até hoje lamentam a falha do goleiro De Goeij no chute de Branco. Branco, às lágrimas, correu em direção ao banco de reservas e apontou para o Dr. Lídio Toledo, médico responsável por bancar sua permanência entre os convocados, e o massagista Nocaute Jack, que o acompanhou durante toda sua recuperação. Com certeza aquele foi o gol mais importante da carreira de Branco, que o fez protagonista da melhor partida da Copa do Mundo. Logo na saída, Raí entrou no lugar de Mazinho, dando fôlego novo ao meio campo. Mais perto do fim, Parreira trocou o exausto Branco por Cafu. Até o fim, o Brasil catimbou muito e deixou o tempo correr. Mauro Silva valorizou bastante uma falta recebida de Bergkamp e chegou a ficar quase três minutos no campo até sair para receber atendimento. Branco, antes de deixar o campo, quis cumprimentar todos jogadores que via pela frente. O árbitro costarriquenho Rodrigo Badilla foi firme e deu cinco minutos de acréscimo. A Seleção Brasileira suportou a pressão holandesa até os 50 minutos e depois comemorou a classificação às semifinais.
1974🇩🇪Brasil eliminado pela Holanda. 1994🇺🇸Brasil eliminou Holanda. Será? 2006🇩🇪Brasil eliminado pela França. 2026🇺🇸Brasil elimina a França. Curioso que nas 2 últimas copa com final 6 teve Brasil vs França. 1986-2006-2026?
Bela teoria! Tomara que 20 anos depois rola Brasil x França nas quartas de finais em 2026 para que nossa seleção dar troco ganhando de 2x1 e conquistar o hexa no final.
Esse jogo foi inesquecível, eu tinha 8 anos e tava sozinho em casa. Minha mãe ficou a tarde inteira num salão de beleza fazendo um penteado para um casamento que iriamos naquela mesma noite, enquanto que eu então padrasto estava na casa da mãe dele vendo o jogo. À certa altura do segundo tempo, mudei de canal e assisti tanto a TV Cultura, que exibia um programa inédito do X-Tudo, quanto o SBT, que transmitia o jogo. E vocês acreditam que eu perdi o gol do Branco. Fui ver um trecho do X-Tudo e quando voltei pra ver o jogo, vi os holandeses aborrecidos e o Amarelinho pulando na tela, o Brasil tinha feito 3x2.
Sempre choro ao me lembrar destes tempos, minha bela infância, 11 anos de idade e um sonho de ser igual a estes heróis do tetra!!!!!!!!!
Jogão de bola saudades
Lembro dessa partida como se fosse hoje. Eu tinha doze anos de idade, a noite estava fria e eu e minha irmã ficamos tristes com a virada da Holanda. Até que, do nada ,veio a bomba do Branco. Foi o gol brasileiro mais bonito e surpreendente da copa do mundo de 1994. Foi a primeira vez que vi o Brasil levar a taça. Desde que me mudei pra Holanda nunca perdi a oportunidade de refrescar a memória dos holandeses sobre este dia. E ainda jogamos contra a Laranja Mecânica em 1998 quando após muito sufoco, o Brasil venceu nos pênaltis.
00:36 caiu o meu retorno 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
seleçao que dava gosto de assistir e torcer, isso sim é futibol
Logo em seguida, aos oito minutos, Frank Rijkaard começou o contragolpe holandês e fez o passe longo. Aldair se antecipou e interceptou. Com a bola dominada, o camisa 13 fez um lançamento perfeito para Bebeto em velocidade na ponta esquerda. Ele dominou e cruzou para o meio da área, onde onde Romário chegava em disparada. O cruzamento foi um pouco mais alto do que o ideal, mas o Baixinho era o mestre das finalizações. De sem pulo, com os dois pés no alto, como se fosse um bailarino, ele finalizou de primeira e inaugurou o marcador. Era o quarto gol de Romário na Copa.
A vantagem fez a Seleção Brasileira recuar naturalmente, para tentar explorar os avanços do aversário, que atacava e abusava da tática do impedimento, com sua defesa muito alta.
Lesionado, Van Vossen deu lugar a Bryan Roy. Mas nada inibia Jorginho, que criava boas oportunidades. Em uma delas, ele tabelou com Mazinho e deu um passe vertical pela direita para Bebeto. Dentro da área, o camisa 7 chuta cruzado e a bola chega a tocar de leve na trave.
Mas aos 18 minutos, o goleiro De Goeij repôs a bola em jogo com um chutão, Branco escorou de cabeça e devolveu a bola para a intermediária ofensiva. Percebendo que estava em impedimento, Romário abandonou a jogada e passou a andar calmamente rumo ao seu próprio campo, no claro objetivo de mostrar que não participava do lance. O assistente Yousif Abdulla Al Ghattan, do Bahrein, percebeu o impedimento passivo do camisa 11 e não levantou a bandeira. A defesa holandesa se distraiu e Bebeto veio de trás, em posição legal, acelerando em direção à bola. O zagueiro Valckx se atira tentando parar o brasileiro a qualquer custo, mas Bebeto saiu livre, driblou De Goeij e tocou para o fundo do gol.
Os holandeses choram o gol impedido até hoje e afirmam que Romário participou da jogada, prendendo a atenção da defesa.
Na comemoração, Bebeto correu à linha lateral, posicionou os braços como quem carrega uma criança e passou a embalá-los para os lados. Romário e Mazinho o acompanharam na coreografia. Bebeto, assim, homenageava o filho recém-nascodo Mattheus. Estava criada a comemoração “nana-neném”, até hoje copiada mundo afora.
A Seleção Brasileira, enfim, começou a jogar um futebol rápido e envolvente e, pela primeira vez nessa Copa, empolgou sua torcida. Bebeto e Romário, a “Dupla BR”, colocava o Brasil em boa vantagem.
A torcida holandesa, também em bom número no Cotton Bowl, já estava desanimando, mas a resposta tardou apenas um minuto. O Brasil já comemorava, mas ninguém contava com a genialidade e esperteza de Dennis Bergkamp. Witschge cobrou o lateral e Aldair deixou Bargkamp entrar na área com a bola. O craque holandês ganhou a dividida com Márcio Santos e, na pequena área, deu um toque de bico sutil, tirando o alcance de Taffarel. Uma enorme falta de atenção do sistema defensivo brasileiro.
A Holanda se animou depois do primeiro gol. Faltava muito tempo ainda para se jogar. Para dar mais criatividade ao seu meio campo, o técnico Dick Advocaat tirou o apagado Rijkaard e colocou Ronald de Boer como centroavante, recuando Bergkamp. Essa mudança acuou o Brasil e a Holanda passou a mandar mais ainda no jogo.
Winter chutou rasteiro, mas Taffarel espalmou para o lado. A pressão holandesa era terrível.
Na cobrança de escanteio, Overmars levantou para a área e o próprio Winter se antecipou à defesa, desviando de cabeça para o gol. Estava tudo igual no placar. A Holanda retomava o sonho de ser semifinalista pela primeira vez desde 1978, quando foi vice-campeã. Mesmo sentindo falta de Gullit e Van Basten, aquele time tinha suas qualidades.
“Foram duas falhas incríveis da defesa. Todo mundo falhou, inclusive o Taffarel. Tomamos um gol que começou um lateral, uma coisa inacreditável para a categoria e a consistência daquele time. Aí conseguimos marcar o terceiro naquela falta cobrada pelo Branco, recuperamos o domínio do jogo e fomos em frente.” - Carlos Alberto Parreira
“Aquela seleção só tomou três gols. E dois naquele jogo. Ali, por algums minutos, ficou a sensação de que todo esse esforço, todo o sacrifício daquele grupo seria em vão.” - Mauro Silva
O empate fez a Seleção voltar a jogar.
O jogo fica dramático e Branco se agiganta. A dez minutos do fim, ele partiu para o campo de ataque acossado por Overmars e lhe deu um safanão no rosto, mas o juiz mandou o jogo seguir. O lateral brasileiro avançou pelo meio e foi “ensanduichado” por Jonk e Winter e, depois de caído, foi chutado sem bola por Koeman. Houve um princípio de confusão, com os holandeses reclamando do tapa recebido por Overmars e os brasileiros se queixando da agressão de Koeman.
Branco ajeitou a bola com carinho e cobrou com muito efeito. A curva colocada foi incrível, saindo da barreira. Atento, Romário se contorceu para desviar da bola, que passou raspando em suas costas. Provavelmente a presença de Romário interferiu na visão de De Goeij, mas é fato que o goleiro holandês poderia ter chegado melhor à bola. Ela chegou a tocar no pé da trave antes de entrar. Os holandeses até hoje lamentam a falha do goleiro De Goeij no chute de Branco.
Branco, às lágrimas, correu em direção ao banco de reservas e apontou para o Dr. Lídio Toledo, médico responsável por bancar sua permanência entre os convocados, e o massagista Nocaute Jack, que o acompanhou durante toda sua recuperação.
Com certeza aquele foi o gol mais importante da carreira de Branco, que o fez protagonista da melhor partida da Copa do Mundo.
Logo na saída, Raí entrou no lugar de Mazinho, dando fôlego novo ao meio campo.
Mais perto do fim, Parreira trocou o exausto Branco por Cafu.
Até o fim, o Brasil catimbou muito e deixou o tempo correr. Mauro Silva valorizou bastante uma falta recebida de Bergkamp e chegou a ficar quase três minutos no campo até sair para receber atendimento. Branco, antes de deixar o campo, quis cumprimentar todos jogadores que via pela frente.
O árbitro costarriquenho Rodrigo Badilla foi firme e deu cinco minutos de acréscimo.
A Seleção Brasileira suportou a pressão holandesa até os 50 minutos e depois comemorou a classificação às semifinais.
0:33 caiu meu retorno kkkkk😂
12:03 heróico, o golaço de falta do Branco que levou o Brasil 🇧🇷 na semifinal.
04:24 olha a Chátima Bernardes de cabelo comprido, é a moda da última década do milênio
1974🇩🇪Brasil eliminado pela Holanda.
1994🇺🇸Brasil eliminou Holanda.
Será?
2006🇩🇪Brasil eliminado pela França.
2026🇺🇸Brasil elimina a França.
Curioso que nas 2 últimas copa com final 6 teve Brasil vs França.
1986-2006-2026?
Bela teoria! Tomara que 20 anos depois rola Brasil x França nas quartas de finais em 2026 para que nossa seleção dar troco ganhando de 2x1 e conquistar o hexa no final.
Época que o Brasil jogava como o Brasil.
Era um dia de Sábado na época.
Realizado pelo juiz padre Antônio Moraes Oliveira.
Templo :"Santuário de Fátima às 16:30hs
Pois é, tô ficando velho kkkkkk
idem
❤🎉 casamento de André Souza e a Andréa souza
Foi em um sábado esse jogo kk eu lembro
4:57 OPA!
Até hj a Holanda ta na fila.
A última vez em que o Brasil esteve numa semifinal de copa foi justamente em 1974.
Não entendi ó quê vc quiz dizer com isso
5:08 ai meu pé
a Holanda deu o troco 16 anos depois
Realizado pelo juiz padre Antônio Moraes Oliveira.
Templo :"Santuário de Fátima às 16:30hs
idem