CARNAVAIS IMAGINÁRIOS Tem músicas que nos fazem viajar. Pra mim, uma das que se encarregam com perfeição desse prazeroso papel chama-se “Pai Mundo”, da banda Maglore. Há 10 anos (e até hoje) é só ouvi-la que eu me sinto catapultado para um carnaval imaginário em Salvador no seu melhor estilo. Circuito Barra-Ondina, trio elétrico, um abadá sobre o esqueleto, uma latinha de cerveja na mão, suor no rosto, olho fechado e cantando alucinadamente, sem parar, como se estivesse interpretando a música com a alma e o coração, tentando atingir, inclusive, as difíceis notas que essa letra fantástica nos obriga. Haja voz e haja pulmão! Fazendo, inclusive, caretas, caras e bocas. Hilário! Música, melodia e letra entrando; emoção, diversão e “good vibes” saindo por todos os poros. É alucinante, contagiante, muito louco e curioso! Como uma simples música é capaz de criar uma atmosfera extremamente alto astral de um carnaval imaginário. Isso a qualquer hora do dia, da noite ou madrugada. Principalmente porque dificilmente coloco uma determinada música para tocar. Como as minhas músicas sempre tocam no modo aleatório, então elas sempre vêm sem eu esperar. E quando vem “Pai Mundo”... Peraí, para tudo! Independente do estado de espírito em que me encontro e do que estou fazendo. Dentro de um metrô lotado, com o carro no meio de um puta congestionamento paulistano, numa corridinha de 10 km, puto ou preocupado com alguma coisa, num dia sacal desta interminável pandemia chata pra buné... Não! O espírito vai para uma outra dimensão. Não dá para permanecer triste, puto, preocupado ou indiferente com uma música dessa tocando. É carnaval (ainda que imaginário) em Salvador! A música me hipnotiza e seus quase 4 minutos passam tão rápidos que, como um viciado maluco, me obrigo, compulsivamente, a reiniciá-la repetidas vezes. Trânsito? Que trânsito? Metrô cheio? Onde? Problema? Qual? Pandemia? “Que que isso”? Não tem carnaval e muito menos feriado? Como assim? E os imaginários? Acho que eu já ouvi, com facilidade, em diversas ocasiões, essa música mais 40 vezes seguidas (e até hoje consegui não enjoar). E no melhor estilo Hermano “Bloco do Eu Sozinho”, mesmo solitariamente, mesmo sóbrio e caretão de tudo, o festivo e animado carnaval imaginário deste folião é instalado. Mas uma dúvida me persegue nesses 10 anos. Será que “Pai Mundo” realmente teria algo a ver com carnaval e, mais ainda, com carnaval da Bahia ou até mesmo axé music? Gostaria de algum dia perguntar para o Teago e banda. Quem sabe um dia não trombo com eles e pergunto. De repente, eles falam “Cara, de verdade, você deu uma viajada monstra. A gente nunca tinha pensado nisso”. kkkkk!!! Mas pra mim, apesar de a qualidade rítmica e harmônica muito superior à quase totalidade das “junk - music - food” que saem das caixas de som dos trios elétricos baianos, insisto em considerar que tem tudo a ver com esse universo. Espero que outras pessoas, mesmo sozinhas, mesmo em momentos nada a ver, em suas simplórias rotinas, também tenham gatilhos deflagradores, mesmo que bobos, que sejam capazes de levá-las ao nirvana em razão de segundos, permitindo-as criar seus próprios carnavais imaginários, em quaisquer dos 365 dias do ano, com pandemia ou sem, tendo ou não carnaval de rua pra valer. Então... Tira o pé do chão!!!! “Deixa eu escorregar nas ondas desse mar incerto como Deus dará que é certo e raro o pai ser nosso mundo... Viva com vida, levar a sua missão... Sinta com gosto quando sentir paixão... Que a maré baixa, quando estamos pra partir...” PS: É uma grande pena e um crime de lesa-pátria essa música não tocar no carnaval (nem no de Salvador). Nem tudo é perfeito. Rs...
CARNAVAIS IMAGINÁRIOS
Tem músicas que nos fazem viajar. Pra mim, uma das que se encarregam com perfeição desse prazeroso papel chama-se “Pai Mundo”, da banda Maglore. Há 10 anos (e até hoje) é só ouvi-la que eu me sinto catapultado para um carnaval imaginário em Salvador no seu melhor estilo. Circuito Barra-Ondina, trio elétrico, um abadá sobre o esqueleto, uma latinha de cerveja na mão, suor no rosto, olho fechado e cantando alucinadamente, sem parar, como se estivesse interpretando a música com a alma e o coração, tentando atingir, inclusive, as difíceis notas que essa letra fantástica nos obriga. Haja voz e haja pulmão! Fazendo, inclusive, caretas, caras e bocas. Hilário! Música, melodia e letra entrando; emoção, diversão e “good vibes” saindo por todos os poros. É alucinante, contagiante, muito louco e curioso! Como uma simples música é capaz de criar uma atmosfera extremamente alto astral de um carnaval imaginário. Isso a qualquer hora do dia, da noite ou madrugada. Principalmente porque dificilmente coloco uma determinada música para tocar. Como as minhas músicas sempre tocam no modo aleatório, então elas sempre vêm sem eu esperar. E quando vem “Pai Mundo”... Peraí, para tudo! Independente do estado de espírito em que me encontro e do que estou fazendo. Dentro de um metrô lotado, com o carro no meio de um puta congestionamento paulistano, numa corridinha de 10 km, puto ou preocupado com alguma coisa, num dia sacal desta interminável pandemia chata pra buné... Não! O espírito vai para uma outra dimensão. Não dá para permanecer triste, puto, preocupado ou indiferente com uma música dessa tocando. É carnaval (ainda que imaginário) em Salvador! A música me hipnotiza e seus quase 4 minutos passam tão rápidos que, como um viciado maluco, me obrigo, compulsivamente, a reiniciá-la repetidas vezes. Trânsito? Que trânsito? Metrô cheio? Onde? Problema? Qual? Pandemia? “Que que isso”? Não tem carnaval e muito menos feriado? Como assim? E os imaginários?
Acho que eu já ouvi, com facilidade, em diversas ocasiões, essa música mais 40 vezes seguidas (e até hoje consegui não enjoar). E no melhor estilo Hermano “Bloco do Eu Sozinho”, mesmo solitariamente, mesmo sóbrio e caretão de tudo, o festivo e animado carnaval imaginário deste folião é instalado.
Mas uma dúvida me persegue nesses 10 anos. Será que “Pai Mundo” realmente teria algo a ver com carnaval e, mais ainda, com carnaval da Bahia ou até mesmo axé music? Gostaria de algum dia perguntar para o Teago e banda. Quem sabe um dia não trombo com eles e pergunto. De repente, eles falam “Cara, de verdade, você deu uma viajada monstra. A gente nunca tinha pensado nisso”. kkkkk!!! Mas pra mim, apesar de a qualidade rítmica e harmônica muito superior à quase totalidade das “junk - music - food” que saem das caixas de som dos trios elétricos baianos, insisto em considerar que tem tudo a ver com esse universo.
Espero que outras pessoas, mesmo sozinhas, mesmo em momentos nada a ver, em suas simplórias rotinas, também tenham gatilhos deflagradores, mesmo que bobos, que sejam capazes de levá-las ao nirvana em razão de segundos, permitindo-as criar seus próprios carnavais imaginários, em quaisquer dos 365 dias do ano, com pandemia ou sem, tendo ou não carnaval de rua pra valer. Então...
Tira o pé do chão!!!!
“Deixa eu escorregar nas ondas desse mar incerto como Deus dará que é certo e raro o pai ser nosso mundo... Viva com vida, levar a sua missão... Sinta com gosto quando sentir paixão... Que a maré baixa, quando estamos pra partir...”
PS: É uma grande pena e um crime de lesa-pátria essa música não tocar no carnaval (nem no de Salvador). Nem tudo é perfeito. Rs...
❤
Essa música tem me salvado da quarentena ♥️
amo a música.
Maglore só música boa! 👏👏❤
me lembra muito o marcelo camello..
Cara, que música harmônica.