Visitando o Santuário do São Bento da Porta Aberta, no Gerês ~ Portugal ~ Walking Tour Europa

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  • Опубліковано 11 вер 2022
  • Visitando o Santuário do São Bento da Porta Aberta, no Gerês ~ Portugal 2022 ~ Walking Tour Europa
    Cordenadas: 41.690164, -8.203880
    Encurralado entre as franjas rendilhadas do Gerês - local da mais próspera e faustosa fauna e flora em Portugal - e inundado pelas águas abundantes da Caniçada, ergue-se um dos maiores fenómenos religiosos de Portugal.
    O santuário de S. Bento da Porta Aberta é o segundo maior santuário português e atrai anualmente centenas de milhares de peregrinos. Depois de Fátima, lidera as estatísticas, mesmo não gozando de uma situação geográfica favorável, nem ser beneficiado por grandes vias de comunicação. Plantado no coração do Minho, é lugar preferencial de culto ao fundador dos beneditinos.
    A Basílica que atualmente contemplamos é muito recente, o que poderá indiciar que a devoção a São Bento terá sofrido um incremento significativo nos finais do século XIX. No entanto, sabemos que no ano de 1758, já existiria devoção notória neste santuário.
    A construção da atual igreja iniciou-se apenas em 1880, tendo ficado concluída em 1895. A torre sineira que se aninha na fachada, avista-se em todo o vale da Caniçada e, apontando ao alto, serve de rosto ao santuário. Apesar de não ser uma edificação notável do ponto de vista artístico, são dignos de realce os painéis de azulejos da capela-mor, que retratam a vida de S. Bento, assim como o retábulo de talha coberto a ouro.
    O baldaquino de pequenas dimensões, que se desvela ao centro do altar, é o foco de todas as atenções. Lá se venera a imagem de São Bento, na qual os peregrinos depositam as suas ofertas e as suas promessas. Cravos multicolores, figuras em cera, produtos agrícolas - entre os quais galinhas, ovos e azeite - sal, e até objetos em ouro e dinheiro, tudo serve de reconhecimento para as graças alcançadas.
    Em 21 de Março de 2015, na comemoração dos 400 anos do Santuário, o Papa Francisco elevou-o à categoria de Basílica, a pedido do Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Jorge Ortiga, mediante proposta da Mesa Administrativa da altura.
    Atendendo às diminutas dimensões da igreja existentes, foi decidido no ano de 1994, erigir um novo espaço muito próximo do primeiro, tendo sido entregue ao arquitecto Luís Cunha a preparação do projecto. A inauguração foi em 1998, ficando concluída, no ano de 2002. Em todo o edifício há uma ligação de simplicidade entre a construção civil e tudo o resto. O projecto contemplou grandes aberturas para o exterior facilitando o arejamento e o contacto com a natureza, de modo especial na zona nascente.
    No claustro da cripta podemos observar, quatro extraordinárias estátuas, como: S. Bernardo de Claraval, Santa Escolástica, Santa Gertrudes e S. Gregório Magno. Na entrada da Cripta encontram-se duas estátuas em bronze de linhas sóbrias e despojadas de S. Rosendo e de S. Geraldo (Monge Beneditino e Arcebispo de Braga) da autoria do escultor António Pacheco.
    Dignos de uma observação atenta são os dez painéis de azulejos, pintados por Querubim Lapa, mestre ceramista que era também pintor e escultor, que tão bem retratam episódios da vida de S. Bento.
    Monjas Cistercienses:
    Há vários anos que se encontra no Santuário uma pequena comunidade monástica, e única em Portugal, de monjas de Cister. Esta comunidade, como qualquer comunidade inspirada na regra de S. Bento, pratica o “Ora et Labora”.
    A sua tradição monástica vem do século VI com o Nosso Pai São Bento, de quem são herdeiras. Os seus Padres Fundadores, São Roberto, Santo Alberico e São Estêvão, em 1098, quiseram voltar à prática primitiva da Regra de São Bento, cujos pilares são: a oração, o trabalho manual e a leitura espiritual, num ambiente de silêncio mas com uma vida fraterna intensa. Com eles nasceu a Ordem de Cister em França. A Ordem de Cister é Mariana, e teve em São Bernardo de Claraval, um grande servidor e «cantor» da Virgem Maria. São Bernardo, conselheiro de Reis e de Papas, grande místico do século XII, deixou-nos uma grande herança de escritos espirituais. Foi o último Doutor da Igreja. Deu um grande impulso à Ordem apesar dele não ser o Fundador.
    O santuário de S. Bento da Porta Aberta é um local de peregrinação contínua ao longo do ano e ao longo dos 400 anos da sua existência. Provavelmente o maior afluxo de peregrinos situa-se a partir do século XVIII.
    Verifica-se que qualquer que seja o dia do ano, de noite ou de dia, há peregrinos que demandam a este lugar sagrado. Uns usando os novos meios de locomoção, outros, muitos deslocam-se a pé individualmente ou em grupo. Não podemos esquecer do número, sempre elevado, de turistas que buscam este Santuário da Natureza.

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