Não existe psique,não existe alma, apenas matéria. Qdo a neurociência traduzir os neurotransmissores em algoritmos q traduzam e mostrem os pensamentos e as imagens quer dizer q acabou pro Jung.
@@herlondaveiga3812 Jung nunca foi um metafísico, ele realizou sua obra gigantesca sem fazer uma afirmação ex catedra sobre o que está além dos limites da consciência. Jung foi um médico psiquiatra empirista, e estudava fenômenos observáveis.Existem inúmeros estudos de psicologia analítica atrelado a neurociência, seria bom pesquisar antes. Afirmar que "tudo é matéria" mostra um desentendimento não só da neorociencia como também da própria física, aliás, e o conceito de energia? E a linguagem tão explorada pela psicanálise de Lacan? Tem que ser no mínimo onisciente pra afirmar que tudo é matéria, que rejeita totalmente qualquer outra possibilidade, e justamente por isso a ciência não é dogmática, a neorociencia não é essa deusa toda aí não, a gente precisa entender o sistema nervoso, e de forma transdisciplinar com estudos sobre a subjetividade (TCC, Behaviorismo, Psicologia Analítica, Psicanálise, Gestalt, etc.) podemos entender muito mais.
Eles também gostam muito de usar Undertale e Steven Universe, além de Persona 3 no final da maioria dos vídeos. Sem contar a diversidade de ChillHop/Lo-fi hip hop.
A única forma de podermos interpretar a sincronicidade é admitindo que existe uma força inversa ao próprio tempo, correndo do futuro ao passado, que possa trazer dados do que vai acontecer antes mesmo que aconteça.
Olhem, queridos meteóricos, esse conceito já foi muito e muito discutido. É intrigante, misterioso, mas... jamais verificado. Após muitos ensaios e pesquisas foi abandonado. Esse livro do Jung eu tenho e o acho lindo, inclusive esteticamente, mas é só, para mim. O que de melhor Synchronicity se fixou em fim foi o último álbum em estúdio do The Police. A Sinchronicity II, então, eu frequentemente ouço; está na minha seleção no cel e pendrive que carrego para todo lado.
O canal é um tanto extraviado daquilo que apresenta; visto que Carl Jung claramente demonstra que a moral é uma ideia abstraida de um padrão comportamental incosciente oriundo de processos neuro-fisiologicos; e que as histórias bíblicas são verdadeiras quando interpretadas de forma metaforica.
Que prazer de ver Jung divulgado, o trabalho dele é incrível e vale todo o esforço de se aprofundar. O conceito de 'sombra' no 'inconsciente coletivo' tbm ajuda a compreender o que tem ocorrido na política brasileira e mundial, por exemplo. Torço muito pra ver mais vídeos explorando o pensamento junguiano. Obrigado 🙏
Eu, ontem, depois de anos, assisti uma pessoa consultar esse oráculo chinês para o Brasil. E hoje acordo com esse vídeo. Jung também se interessava por astrologia. Se não estou enganada, Mercúrio transita em Câncer, comunicação e memória, passado, emoção. Fez todo o sentido pra mim. Tenho o I Ching desde a adolescência e o Homem e seus símbolos, de Jung, também, mas só li o começo. Darei mais atenção a eles. Gratidão!
Pra quem tiver interesse no fenômeno da sincronicidade em si, a melhor referência ainda é o 'Sincronicidade" do Jung pela Editora Vozes. O Homem e seus símbolos é um livro amplo e com vários colaboradores. Não explora a fundo o conceito.
Mais um vídeo que me agradou profundamente mas me deixou com "gosto de quero mais"... Sou psicóloga, não trabalho diretamente com as técnicas de Jung mas sou amante das teorias dele, e o conceito de Sincronicidade desenvolvido por ele é apaixonante assim como todo o seu trabalho com símbolos e arquétipos, vemos também o "uso" dessa sincronicidade no budismo, onde é aplicada a ideia de conexão das pessoas umas com as outras e com todos os elementos ao nosso redor. Muito bacana mesmo o vídeo, e vale muito a pena se aprofundar mais nas teorias de Jung. Parabéns novamente pelo trabalho!
Acontece quase que o tempo todo comigo, horas iguais sempre que olho, penso em alguém, e essa pessoa me manda uma mensagem, penso sobre algo e alguém completa sem eu ter abrido a minha boca pra falar algo; É como se as coisas vão materializando através de meus pensamentos, é incrível! :3
Usando o próprio exemplo dado, se você for árabe e receber uma encomenda de roupa preta não associaria com a morte já que para eles a cor de luto é o branco. Pra mim parece uma questão de ver algo quando se quer ver. Lembro quando era criança e, em um dia de inverno, saindo de casa ir para escola, com minha mãe, ela apontou para uma coruja que estava em nosso telhado e ela disse que aquilo era sinal de algo ruim, talvez morte. Na madrugada do dia seguinte, o nosso vizinho com 20 e poucos anos, casado e com duas meninas crianças (uma delas era bebê de colo) morreu atropelado saindo do trabalho. Foi algo que me chocou muito, acho que foi porque foi uma morte inesperada e de alguém próximo. Minha mãe comentou depois em casa soe o caso da coruja. Só que tinha um detalhe que ela não percebia. Eu, como era criança, já tinha visto aquela coruja várias vezes pelo telhados das casas no horário da manhã e vi muitas vezes depois disso. A única morte que ocorreu foi a dele. Mas ela viu ou percebeu a coruja só naquele dia e via essa "sincronicidade" entre as coisas.
Fico com a causa e efeito, com a ciencia e a lógica, essas interpretaçoes individuais sao sempre aleatórias como você provou.Obrigado pelo seu relato lúcido, temos que fugir do que pode levar à pos-verdade.
Obrigado meteoro, eu amo esse tema, por favor traz mais psicologia pro nosso brazilzão, é uma ciência nova e é uma das melhores formas de desmitificar a parte mais ""mística"" da ciência, trazendo mais conscientização.
Tema dificil pra um video curto, vcs são bem corajosos ahjahahah. Vou deixar aqui algumas contribuições pq eu sou psicólogo de orientação junguiana. Tem um capitulo no "dinamica do inconsciente" do Jung que descreve bem o conceito de sincronicidade e alguns exemplos bem interessante. Em psicologia da religião oriental ele fala bastante de como o nosso pensamento de causa e efeito é que dificulta o entendimento de eventos sincronisticos, e que é importante tbm não achar que isso acontece toda hora, o tempo todo é preciso um "alinhamento" de elementos da psique com a realidade exterior e isso passa por um outro conceito da psicologia Junguiana que é a anima mundi e tbm o inconsciente coletivo seria como se vc precisasse de um simbolo x e seu inconsciente te direcionasse pra isso. Não é lei da atração, nem o segredo, é só que pra Jung os arquetipos fundamentam a psique e ai conseguem direcionar os sujeitos e o que acontece com eles, em algumas ocasiões. Isso pq nesse aspecto coletivo da psiquê, que é arquetipico a gente consegue ter interpretações simbolicas semelhantes. Em analise por exemplo é comum ocorrerem eventos de sincronicidade pq vc tem um rebaixamento do nivel de consciencia e ai seu inconsciente consegue "falar" melhor. Mas vale a pena citar que Jung nunca fechou o conceito de sincronicidade, ele apontou essa possibilidade, observou os fenomenos mas nunca bateu o martelo de que é algo "real" por assim dizer. Esse é um dos temas mais distorcidos dentro da teoria Junguiana, principalmente pelo movimento "Jung nova era" descrito pelo david tacey que se apropria de conceitos junguianos e os distorce pra validar crenças "misticas". Caso interesse, eu tenho feito na minha pagina do instagram @psicologojordanvieira um "dossiê" que explica bem o pq da gente ver jung difundido nos cursos de graduação de psicologia
Alô, Umas dúvidas! No caso, o david tacey seria crítico dessa distorção dos conceitos junguianos, ou um dos responsáveis pela distorção? Não entendi. É pra pegar a referência Outra! Por acaso o Jung tinha alguma espiritualidade ou fé? Ou ele era ateu, agnóstico.. ? Valeu pelo comentário!
Jung em tese era protestante. O pai dele fora pastor, em algum livro do vol 10, que não lembro agora ,ele fala sobre a própria fé e ainda se define protestante. Mas de maneira geral ele estaria num lugar não praticante. O ponto é que desde muito cedo, pra volta de 8/9 anos Jung já fazia leituras escondidas da biblioteca do pai, então msm com uma base protestante ele leu muita coisa teológica desde muito cedo, o que fica evidenciado nos sonhos que ele apresenta ao falar da sua infância
@@gust.ssousa sim, mas vale ressaltar que Jung tinha muito clara a linha entre o que ele acreditava pessoalmente e a psicologia que ele propôs. Quando ele se refere a deus psicologicamente ele tá falando da imagem Arquetípica de deus e não de um deus metafísico. Nesse sentido deus é uma imagem psicológica e Jung só trata dele nesse campo.
Meteoro raiz. Eu me interessei por esse canal por conta de videos como esse, antes no canal perder o foco e começar a forçar demasiadamente com política. Este video mereceria ser mais longo.
Jung caiu na falácia do viés de confirmação e teorizou isso. Mas não passa de uma ilusão em busca de significado. O ser humano não consegue aceitar que as coisas não tem sentido. Sentido é algo inventado por nós . Só existe na nossa cabeça. Assim como conceito de bom ou ruim, bonito feio, amor e sentimento em geral e por aí vai...
Olá, amigos do Meteoro Brasil! Sou psicólogo e este meu primeiro comentário no UA-cam, desde sempre, é para dizer que esse tema merecia um vídeo inteiro, daqueles completos... sem ser um desses "short". A qualidade do conteúdo de vocês é inigualável, pelo deixo aqui meus parabéns! Continuem assim!
Vocês acabam de invocar a figura mitológica de terence mckenna! ♥️ Hahaha. Inclusive, deveria fazer um ep do meteoro só pra ele. Principalmente nesse momento de pandemia, ele pode nos ensinar melhor a sermos nossos astronautas internos em um processo mais que necessario de autoconhecimento. Parabéns :)
@@RogerioLupoArteCientifica Talvez por não assumirem ainda a relação entre os assuntos. A linha de pesquisa de TERENCE e bem "distinta" tb, convenhamos. Para uma introdução, como essa, soaria aleatório o credenciamento dele.
@@MoserDavid não acho que alguma justificativa faça sentido. Se não quisessem apresentar o comentarista porque isso levaria a muita delonga, o mínimo que se deveria fazer é dar o nome do cara pra que as pessoas busquem por si mesmas. Acho que foi esquecimento do pessoal do Meteoro, eles não são de fazer isso. Mas é uma bela escorregada bonita. E de qualquer modo o Terence bem podia ser visto como um modesto continuador do trabalho do Jung numa especulação em vias psicodélicas.
@@araguaiam essa pessoa é uma daquelas que, quando começam a falar, têm um poder de magnetizar sua atenção com uma oratória genial, de um jeito que você passaria dias ouvindo sem cansar. E com um humor refinado e único. Um cara dos mais insubstituíveis da história.
Nossa que nostalgia 😁😁😁 eu lia o I Ching quando adolescente, depois nunca mais li! Bateu vontade de procurar o livro de novo, é muito interessante! Obrigada pelo vídeo ❤
Puxa vida que bacana ver um assunto que eu me interesso tanto abordado por vocês. Sou apenas um curioso, porém já li bastante sobre Jung e a sincronicidade. Cometendo a ousadia de dar uma dica, o melhor livro que eu vi sobre o tema é JUNG, SINCRONICIDADE E O DESTINO HUMANO, de IRA PROGOFF. Uma obra de 1973, que comprei a pelo menos 15 anos, da editora CULTRIX. Parabéns pelo video.
Olha que interessante. Antes de ontem eu assisti ao filme brasileiro que relata um trecho muito importante da vida da Dra. Nise Da Silveira, responsável por um excelente trabalho em um hospital psiquiátrico nos anos 50. Em resumo, ela utilizou da arte e de animais de estimação para tratar seus “clientes”, como ela chamava seus pacientes. Nos desenhos, os clientes retratavam imagens de seus inconscientes, sendo que, no começo da terapia, muitos desenhavam mandalas e símbolos “primitivos” da sociedade, como círculos iluminados e etc. Jung já tinha um estudo sobre isso e a Dra. Nise se correspondeu a ele com cartas, mandando imagens dos desenhos e pedindo orientações para a continuidade de seu trabalho. Hoje me deparo com esse vídeo que, de certa forma, permeia o trabalho e o conceito desenvolvido por ela e Jung. Seria uma causalidade ou um sincronicidade? rs Recomendo que Assistam ao filme, é muito bonito e inspirador o trabalho desta grande médica brasileira.
Já curtia essa página, mas agora eu amo, obrigado por usar a trilha sonora do Donkey kong country 2. Para mim, até agora, dos jogos que conheço, as melhores trilhas estão nesse jogo. Elas sempre estão nas playlists de vaporwave no Spotify.❤
Impressionante, a 2 dias atras peguei o livro I Ching e mostrei para o namorado da minha avó, e agora esse video aparece na reprodução automática, isso com certeza é manifestação pratica, ainda não li todo livro, só algumas partes, pela complexidade exige mais atenção e energia para a interpretação, mas de uma maneira resumida na prática podemos ver a manifestação desse tema tão vasto e completo
isso se chama coincidências, isso acontece a todos os momentos, não tem nada demais nisso. existe um negócio também que ajuda as coincidências é a causa e o efeito prático. pessoas religiosas tentam colocar "significados" fantásticos onde não tem, numa escala matemática da quantidade de pessoas, algumas coincidências vão acontecer, e isso é um fato e não um evento sobrenatural.
Jung e seus sonhos, visões, premonições, curas milagrosas, experiências psicocinéticas e proféticas, seus devaneios sobre a vida depois da morte e a reencarnação, suas experiências com os mortos, seu confronto com deuses (arquétipos) na “Terra dos Mortos” (o inconsciente coletivo), seus retiros ascéticos em sua torre de pedra em Bollingen, tudo isso fica entrelaçado nas Memórias, sonhos, reflexões com os temas de suas teorias finais (a teoria do inconsciente coletivo e dos arquétipos) e culmina com a descrição da vida de Jung como demonstração de suas teorias. Dessa forma, Jung se torna a única imagem de individuação completa a ser encontrada na literatura junguiana. Nesse aspecto, tanto na intenção didática quanto no estilo, as Memóriales, sonhos, reflexões se assemelham mais às biografias pagãs de um theos aner como, por exemplo, a “Vida de Apolônio de Tiana” por Filóstrato (século III), ou, em menor grau, às hagiografias cristãs da Idade Média, do que às modernas histórias dos “grandes homens”. [Charles Talbert, “Biographies of philosophers and rulers as instruments of religious propaganda in Mediterranean Antiquity”, em “Aufstieg und Niedergang der romischen Welt” II. 16.2 (1978), p. 1619-51. Na tradição biográfica pagã, segundo Talbert, “a vida do filósofo funciona como legitimação dos ensinamentos dele” (p. 1643). A imagem desse herói personifica o sistema de valores da comunidade que ele tenha fundado. “Essa vida produzida diretamente pela comunidade religiosa poderia com certeza ser dominada um ‘culto-legenda’” (p 1626). De modo similar, afirmo que a imagem idealizada e sacralizada de Jung nas Memórias, sonhos, reflexões se tornou o culto-legenda do movimento junguiano (Noll, 1996, p. 16 e p. 332) O “homem divino” da Antiguidade tardia era um indivíduo carismático, geralmente com um corpo de discípulos que acreditavam ter ele “uma relação especial com os deuses”. [Kee, “Medicine, miracle and magic”, p 84]. Essa relação especial permitia ao homem divino realizar feitos miraculosos de cura e profecia. Apolônio de Tiana, por exemplo, tinha, segundo Filóstrato, o dom da profecia e podia “receber e interpretar mensagens divinas em forma de sonhos” [Kee, “Medicine, miracle and magic”, p 85]. (...) De modo bastante semelhante ao que aconteceu com o movimento freudiano e com o junguiano (entre muitos outros), alguns homens santos atraíam centenas de seguidores. Além disso, tal qual ocorreu com a fundação de institutos oficiais de formação analistas freudianos ou junguianos e a proliferação de organizações sociais junguianas, em larga medida compostas de pacientes de analistas junguianos, o Egito da Antiguidade tardia (séculos II e III) “constitui a primeira mostra da formação de uma clientela leiga e clerical em torno do homem santo [...] [Brown, “The rise and function of the holy man”, p. 101]. Outro paralelo com os tempos modernos é a afirmação de que “os arqueólogos revelaram que os solitários claustros dos reclusos no Egito dispunham de consultórios médicos bem providos” [ibidem]. Nas Memórias, sonhos, reflexões, portanto, não temos a história de um homem que era um médico e cientista renomado, mas antes o mito de um herói divino, um homem realmente santo, uma vida diretamente produzida por uma comunidade essencialmente religiosa e, em decorrência disso, uma biografia enquanto “culto-legenda”. No movimento junguiano, a vida de Jung tornou-se a base de valores e crenças compartilhadas do transcendente (o inconsciente coletivo) e da redenção (a individuação). Só que hoje sabemos o quanto essa imagem de Jung parece ter sido fabricada (admitindo-se que tal é, infelizmente, a tragédia de todas as biografias de celebridades). O culto-legenda que tem sido reverentemente sustentado após a morte de Jung pelo movimento junguiano (e especialmente por sua elite de analistas) se assemelha ao fenômeno sociológico do “pseudo carisma fabricado”, através do qual os meios de comunicação de massa são usados por elites sequiosas de poder para promover fantasias sedutoras e, assim, garantir e conservar ganhos econômicos e sociais. [Ver Ronald Glassman, “Manufactured charisma and legitimacy”, em Social Research, 42: 615-36 (1975)]. (Noll, 1996, p. 17-8 e p. 342)
Precisei assistir duas vezes. A primeira eu fiquei preso na Bramble Blast do DK2, curtindo; na segunda eu pude me concentrar no conteúdo maravilhoso do Meteoro.
Bizarro mesmo é eu estar procurando tanta coisa sobre sincronicidade (está acontecendo eventos bizarros comigo) e do nada esse canal que gosto muito e venho acompanhando bastante postar algo sobre...
Sou socrático e cético o suficiente pra achar que, a despeito de toda essa sabedoria chinesa, a única forma de interação entre tudo é causal. A "sincronicidade" não deveria ser colocada ao lado da causalidade como hipótese investigativa, porque são coisas em posições diferentes. A "sincronicidade" pra mim, tem mais a ver como o fato de que a "realidade" está diretamente relacionada com aquilo que nós, humanos, como forma de vida inteligente, somos capazes de perceber. Pode ser que todas as possibilidades coexistam ao mesmo tempo e o que faz o recorte entre o que APARENTEMENTE existe e não existe, são as características específicas da nossa forma de perceber o meio e também o tipo de posicionamento que temos com a existência. É isso que nos determina e determina o nosso meio. Nós temos a capacidade de influenciar o meio, mas temos que estar cientes que também somos fruto de decisões que foram tomadas antes da gente. Inclusive, é possível que o Big Bang, que seria o marco científico pro começo do nosso universo, seja só mais uma etapa nesse processo evolutivo/decisório, um "deploy" de uma nova realidade com características específicas e definidas, ou uma interação com ao que está fora da nossa percepção. Então, pra mim, sincronicidade tem mais a ver com a forma em que lidamos com aquilo que não está inteiramente no nosso controle, mas que ao mesmo tempo, somos parte e conseguimos influenciar de forma apenas marginal.
Só em 1912, aos 37 anos, Jung iria repudiar o Cristianismo tão definitivamente quanto Nietzsche, seu mentor imaginal. (Noll, 1996, p. 40) “Já faz dois anos que escuto com atenção os teólogos e tento inutilmente encontrar uma pista para a misteriosa concepção que eles fazem da personalidade humana. Inutilmente, procurei descobrir de onde a personalidade humana extrai sua força motivadora. Ao que parece, a descrição da personalidade humana de Jesus tem o objetivo de apresentar-nos uma imagem claramente definida. A formação de um caráter ético deveria resultar da manutenção de tal imagem, ou porque exista alguma correspondência secreta inacessível à percepção, ou, de maneira mais natural, porque essa imagem deva servir como modelo para levar-nos a imitar Cristo. [...] Encontramos tanta motivação em qualquer outra personalidade (e até mais naquelas personalidades modernas que nos são mais familiares) quanto na de Cristo, que está tão distante de nós, quer no tempo, quer nas interpretações. Por isso, o que pode haver de tão especial em Cristo para que ele seja nossa força motivadora? Por que não outro modelo, como Paulo, o Buda, Confúcio ou Zoroastro? [...] Se virmos Cristo como ser humano, então não terá absolutamente nenhum sentido considera-lo modelo obrigatório para nossas ações.” - C. G. Jung, “Thoughts on the interpretation of Christianity, with reference to the theory of Albrecht Ritschl” (1899), em CW A, § 251. O “já faz dois anos que escuto com atenção os teólogos” é provavelmente uma referência à liberdade que sentia para fazer tal coisa desde a morte do pai, com quem tinha muitas discordâncias teológicas (Paul Jung morrera em 1896). (Noll, 1996, p. 41 e p.342) Nesta palestra, Jung dava a entender que, embora ainda não estivesse pronto a descartar o mistério do Cristianismo, já estava considerando fontes de inspiração não-cristãs e talvez até pagãs. Na época, esse modo de pensar se comparava ao de milhares de outras pessoas que, formulando questões semelhantes, trilhavam caminhos não-cristãos. Jung, porém, ainda tinha muito de idealista jovem, burguês e cristão e ridicularizava aqueles que diziam “jogar fora tudo que por dezoito séculos se construiu em torno da figura de Cristo, todos os ensinamentos, todas as tradições, e aceitar apenas o Jesus histórico”. Para ele [Jung], “isso não era grande coisa, pois quem fala assim não costuma ter nem o que jogar fora”. (Ibidem p. 107). Mas o posterior repúdio de Jung à ortodoxia cristã tinha origem na mesma teologia crítica protestante que levara Nietzsche a explorar vias pagãs de regeneração. Em certo sentido, portanto, Schweitzer [Albert Schweitzer (1875-1965)] tinha mais razão do que imaginava quando alardeou que os teólogos alemães determinariam o pensamento religioso do futuro: a abordagem psicológica junguiana do “Deus-imagem”, que exerceu tanta influência no século XX (sendo discutida de modo mais complexo em 1952, no “Resposta a Jó”), tem por base a obra daqueles teólogos críticos em que Jung procurou “inutilmente” alguma orientação. Graças à influência de Jung na espiritualidade da Nova Era, muitos até acreditam ser um direito humano inalienável escolher a imagem de nosso deus (ou de nossos deuses). De fato, o desenvolvimento de uma psicoterapia científica ou temporal que não dependesse do dogma religioso talvez tivesse sido retardada se não fosse o trabalho daqueles teólogos, primordialmente alemães. (Noll, 1996, p. 41-2) A partir de 1890, aproximadamente, essa abordagem mais crítica do protestantismo estimulou na região de Boston uma forma tipicamente americana de psicoterapia, que parece ter-se baseado nos princípios espirituais e morais do transcendentalismo da Nova Inglaterra de Ralph Waldo Emerson (e outros); e no fortalecimento da volição (o “aprendizado da vontade”). Ver George E. Gifford, Jr., ed. Psychoanalysis, psychotherapy and the New England medical scene, 1894-1944 (New York, Science/History Publications, 1978); o “movimento de Emanuel”, liderado pelo reverendo Elwood Worcester (da famosa igreja de Emanuel, em Boston), gerou uma modalidade psicoterápica e até um jornal (1909), chamado Psychotherapy, que constituía um foro para o debate dos elos comuns entre a psicologia, a medicina e a religião. As obras de Emerson, William James e Henri Bergson eram a base da maioria das discussões. Além de clérigos, participavam médicos e psiquiatras eminentes. Ver Robert Fuller, Americans and the unconscious (New York, Oxford University Press, 1986), p. 100-108. (Noll, 1996, p. 342) Além disso, rever a imagem de Cristo e o desenvolvimento do Cristianismo também permitia que os classicistas do fim de século reavaliassem a religião pagã, em especial os antigos mistérios helenísticos, que pareciam ter muitas semelhanças superficiais com determinados aspectos do Cristianismo primitivo do Império Romano. Os mistérios e deuses pagãos não iriam parecer tão satânicos e proibidos ao cristão comum - ou pelo menos ao erudito, que podia ser um clérigo e talvez receasse a influência herética dos estudos do paganismo ou o estigma social conferido a tais estudos por cristãos que investigassem ramos bem mais seguros da história da Igreja. Ainda em 1952, a possível pecha do paganismo dava a impressão de preocupar alguns estudiosos interessados em escrever sobre o desenvolvimento histórico do Cristianismo no contexto pagão, pois, como observa com otimismo o eminente classicista Arthur Darby Nock, “talvez tenhamos chegado a um ponto em que possamos considerar tais coisas ‘sine ira et studio’ [sem raiva nem parcialidade], sem nenhum desejo de desacreditar as origens do cristianismo e sem nenhum sentimento de que a simples sugestão da presença de elementos helenísticos implicasse algo de ‘vulgar’ ou ‘impuro’.” [A. D. Nock, “Hellenistic mysteries and Christian sacraments”, em Essays on religion and the ancient world, ed. Zeph Stewart, 2 v. (Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1972), v. 2, p. 791. De modo semelhante, historiadores da ciência que pesquisam a astrologia, a magia e a individuação em seus contextos culturais antigos são também vistos com suspeita. Para uma argumentação contra essa pecha, ver David Pingree, “Hellenophilia versus the history of the science”, em Isis, 83: (1992). 554-63] (Noll, 1996, p. 42-3 e p. 342)
Esse vídeo podia ser mais longo hein haha. Adorei que colocou Terence McKenna no final. Podia também falar sobre ele, talvez um vídeo sobre psicotrópicos e consciência ou até a teoria do "stoned ape"
Meteoro, crítica construtiva aqui: 1:40 enquanto voce tenta descrever a sincronicidade a música de fundo, apesar de maravilhosa porque é a minha favorita de Donkey kong, fica muito dominante comparado com sua voz e fica dificil prestar atencao no que voce está falando, tem que abaixar o som de fundo pra diminuir a competicao. abraco!
Acabei de viver uma coincidência significativa: estava ontem à noite comentando com uma pessoa sobre os arquétipos de Jung e acordo com esse vídeo : sincronicidade. 🤔
@@enrizes Que eu saiba algoritmo funciona quando a gente busca algo na internet, não sei desse algoritmo que funciona baseado em ondas sonoras não, pq conversei por ao vivo com a pessoa... não força rs
Nao to forçando, ce tava c o celular perto quando tava falando c a pessoa? O google ouve td q vc fala e usa pra mostrar oq vc quer ver.. eu ja fiz esse teste varias vezes e é bizarro.. so de falar sobra qualquer coisa q sempre aparece algo nos vídeos relacionados
conceito bacana mesmo. Eu descobri por causa do disco do The Police, Synchronicity, que tá inspirado no livro raiz da coincidência que nao lembro de quem é rs lembro que na epoca que li a respeito rolou o mind blowing
A primeira coisa que lembrei quando falou em I Ching foi na teoria do "Timewave Zero" do T. Mckenna, e para minha felicidade ele apareceu pra fechar o vídeo com chave de ouro, só lamento que o mesmo não foi apresentado ao público pelo narrador. Desta forma passou despercebido para muitas pessoas que não o conhecem.
Sugiro explorar o livro Conected, que estuda a ligação invisível entre as pessoas como a forma como o hábito de fumar é contagiosa ou como pessoas que foram casadas por muito tempo falecem em períodos próximos.
Adorei o vídeo, como sempre. Como psicólogo junguiano, tomarei a liberdade de sugerir outro livro, para quem tem interesse em uma leitura mais complexa, o livro que Jung fala apenas desse fenômeno. O nome do livro é sincronicidade, vol. 8/3 das obras completas de Jung. Parabéns, meteoro!
AAAAAAAA ESSE CANAL FALANDO DISSO ❤ É MUITO interessante e Foda, pra um espiritualista, ver a Ciência chegando nesses pontos. Chegará um dia em que a Ciência e a Espiritualidade serão uma coisa só, porque tudo é observável, e o mundo "extrafísico" (mental/emocional/espiritual/energético) é também natural. Não existe "sobrenatural", porque tudo está dentro das leis naturais. Obrigado pelo vídeo! ❤
Jung ao som de Stickerbrush Symphony?! É muita sincronicidade para minha alma! "O Homem e Seus Símbolos" é como uma introdução à abordagem da psicologia analítica, escrito para leigos. É uma boa porta de entrada. Jung tem um livro especifico sobre o tema, chamado apenas "Sincronicidade".
Olha, é muito difícil resumir esse livro, ele é de uma complexidade que para entendê-lo demandará bem mais do que uma leitura, por isso aplaudo a tentativa de resumi-lo em 3 minutos. Mas aplaudo ainda mais a versão alternativa utilizada da trilha de Donkey Kong Country 2, Stickerbrush Symphony, ao fundo. Tornou o vídeo agradável demais, acertaram na mosca!
Essa é a campanha de financiamento coletivo que mantém esse canal no ar:
www.padrim.com.br/meteorobrasil
Amo o Meteoro e Carl Jung. Poderia fazer mais vídeos sobre a psicologia analítica? ❤❤❤❤
Não existe psique,não existe alma, apenas matéria. Qdo a neurociência traduzir os neurotransmissores em algoritmos q traduzam e mostrem os pensamentos e as imagens quer dizer q acabou pro Jung.
Pq ainda não teve um programa para falar da história do principal articulista do bolsonarismo, o Augusto Nunes?
@@herlondaveiga3812 Jung nunca foi um metafísico, ele realizou sua obra gigantesca sem fazer uma afirmação ex catedra sobre o que está além dos limites da consciência. Jung foi um médico psiquiatra empirista, e estudava fenômenos observáveis.Existem inúmeros estudos de psicologia analítica atrelado a neurociência, seria bom pesquisar antes. Afirmar que "tudo é matéria" mostra um desentendimento não só da neorociencia como também da própria física, aliás, e o conceito de energia? E a linguagem tão explorada pela psicanálise de Lacan? Tem que ser no mínimo onisciente pra afirmar que tudo é matéria, que rejeita totalmente qualquer outra possibilidade, e justamente por isso a ciência não é dogmática, a neorociencia não é essa deusa toda aí não, a gente precisa entender o sistema nervoso, e de forma transdisciplinar com estudos sobre a subjetividade (TCC, Behaviorismo, Psicologia Analítica, Psicanálise, Gestalt, etc.) podemos entender muito mais.
Trilha sonora: Donkey Kong Country 2
um dos meus assuntos e tema musical e canal prediletos, fiquei super contemplado!
Eles também gostam muito de usar Undertale e Steven Universe, além de Persona 3 no final da maioria dos vídeos. Sem contar a diversidade de ChillHop/Lo-fi hip hop.
Bah eu já ia falar, não consegui prestar atenção no que ele falava .... justamente pq a trilha fazia eu viajar para minha infância..
Incrível a trilha sonora!
Nostalgia pesada
A única forma de podermos interpretar a sincronicidade é admitindo que existe uma força inversa ao próprio tempo, correndo do futuro ao passado, que possa trazer dados do que vai acontecer antes mesmo que aconteça.
Espero q essa força não seja "Deus".
@@jussaradias6342 pode chamar de Todo. O Todo é Tudo. É o que se chama de Deus dentro do senso comum.
A mecânica quântica explica
A entrevista no fim do vídeo é com Terence McKenna, recomendo.
Ja leu sobre ele ? Alucinações Reais abriu minha mente a esperiencia dele com o irmao na amazonia.. Foda..
Conheci ele antes, durante e depois das minhas experiências com DMT, psylocibina, LSD e LSA (argyreia nervosa).
alimento dos deuses
Por isso o Bugalho fala de Jung hoje! Sincronicidade!
Quando isso ocorre, entre esses dois canais, pode esperar q lá vem bomba pra hj no covil do Bozo.
Ou será agenda setting? Nunca vamos saber! Kk
Também tinha observado isso. Cheguei tarde pra comentar.kkkk. Mas acho que foi isso também...
Já são canais ligados assim como outros, é normal você fala disso e eu falo daquilo. . .
A sincronicidade entre um autoritário no poder e uma pandemia, onde ambos tiram o poder do povo...
Olhem, queridos meteóricos, esse conceito já foi muito e muito discutido. É intrigante, misterioso, mas... jamais verificado. Após muitos ensaios e pesquisas foi abandonado. Esse livro do Jung eu tenho e o acho lindo, inclusive esteticamente, mas é só, para mim. O que de melhor Synchronicity se fixou em fim foi o último álbum em estúdio do The Police. A Sinchronicity II, então, eu frequentemente ouço; está na minha seleção no cel e pendrive que carrego para todo lado.
Carl Jung, Terence McKeena e Timoty Leary foram mentes brilhantes, muito a frente de seu tempo.
Meteoro tem que fazer um video sobre o terrence McKenna
O canal é um tanto extraviado daquilo que apresenta; visto que Carl Jung claramente demonstra que a moral é uma ideia abstraida de um padrão comportamental incosciente oriundo de processos neuro-fisiologicos; e que as histórias bíblicas são verdadeiras quando interpretadas de forma metaforica.
Jung e Meteoro. É pra aplaudir de pé igreja 👏👏👏👏👏👏
Que prazer de ver Jung divulgado, o trabalho dele é incrível e vale todo o esforço de se aprofundar. O conceito de 'sombra' no 'inconsciente coletivo' tbm ajuda a compreender o que tem ocorrido na política brasileira e mundial, por exemplo. Torço muito pra ver mais vídeos explorando o pensamento junguiano. Obrigado 🙏
Eu, ontem, depois de anos, assisti uma pessoa consultar esse oráculo chinês para o Brasil. E hoje acordo com esse vídeo. Jung também se interessava por astrologia. Se não estou enganada, Mercúrio transita em Câncer, comunicação e memória, passado, emoção. Fez todo o sentido pra mim. Tenho o I Ching desde a adolescência e o Homem e seus símbolos, de Jung, também, mas só li o começo. Darei mais atenção a eles. Gratidão!
Um cético sempre chamará isso de viés de confirmação
Pra quem tiver interesse no fenômeno da sincronicidade em si, a melhor referência ainda é o 'Sincronicidade" do Jung pela Editora Vozes. O Homem e seus símbolos é um livro amplo e com vários colaboradores. Não explora a fundo o conceito.
Mais um vídeo que me agradou profundamente mas me deixou com "gosto de quero mais"...
Sou psicóloga, não trabalho diretamente com as técnicas de Jung mas sou amante das teorias dele, e o conceito de Sincronicidade desenvolvido por ele é apaixonante assim como todo o seu trabalho com símbolos e arquétipos, vemos também o "uso" dessa sincronicidade no budismo, onde é aplicada a ideia de conexão das pessoas umas com as outras e com todos os elementos ao nosso redor. Muito bacana mesmo o vídeo, e vale muito a pena se aprofundar mais nas teorias de Jung.
Parabéns novamente pelo trabalho!
A banda "The Police", em seu álbum entitulado Synchonicity, foi inspirado pelo livro de Jung. Tem duas músicas com esse nome...
Inspiração para o Is Tingue...
😂😂😂😂😂
Desde que li o Homem e seus símbolos, meus sonhos nunca mais foram enigmas para mim. Esse assunto merece um vídeo maior. Tem muito a ser explorado.
Acontece quase que o tempo todo comigo, horas iguais sempre que olho, penso em alguém, e essa pessoa me manda uma mensagem, penso sobre algo e alguém completa sem eu ter abrido a minha boca pra falar algo;
É como se as coisas vão materializando através de meus pensamentos, é incrível! :3
Usando o próprio exemplo dado, se você for árabe e receber uma encomenda de roupa preta não associaria com a morte já que para eles a cor de luto é o branco. Pra mim parece uma questão de ver algo quando se quer ver. Lembro quando era criança e, em um dia de inverno, saindo de casa ir para escola, com minha mãe, ela apontou para uma coruja que estava em nosso telhado e ela disse que aquilo era sinal de algo ruim, talvez morte. Na madrugada do dia seguinte, o nosso vizinho com 20 e poucos anos, casado e com duas meninas crianças (uma delas era bebê de colo) morreu atropelado saindo do trabalho. Foi algo que me chocou muito, acho que foi porque foi uma morte inesperada e de alguém próximo. Minha mãe comentou depois em casa soe o caso da coruja. Só que tinha um detalhe que ela não percebia. Eu, como era criança, já tinha visto aquela coruja várias vezes pelo telhados das casas no horário da manhã e vi muitas vezes depois disso. A única morte que ocorreu foi a dele. Mas ela viu ou percebeu a coruja só naquele dia e via essa "sincronicidade" entre as coisas.
Fico com a causa e efeito, com a ciencia e a lógica, essas interpretaçoes individuais sao sempre aleatórias como você provou.Obrigado pelo seu relato lúcido, temos que fugir do que pode levar à pos-verdade.
PERFEITO, Meteoro Brasil!!
Uma explicação sucinta e acurada de Sincronicidade melhor do que a de muitos Psicólogo por aí.
Eu acompanho o canal a muito tempo, as vezes só, às vezes compartilhando o conteúdo. Vocês são uma inspiração, fazem um trabalho admirável. Parabéns!
Obrigado meteoro, eu amo esse tema, por favor traz mais psicologia pro nosso brazilzão, é uma ciência nova e é uma das melhores formas de desmitificar a parte mais ""mística"" da ciência, trazendo mais conscientização.
Parabéns pelo resumo deste conceito! Façam mais vídeos abordando temas como este.
Stickerbrush Symphony no fundo foi aula demais! O efeito sonoro do Megaman x no início não passou batido tb não!
A origem do samba e do blues/jazz são um exemplo histórico de sincronicidade.
Meteoro merece o nosso muito obrigado
Tema dificil pra um video curto, vcs são bem corajosos ahjahahah.
Vou deixar aqui algumas contribuições pq eu sou psicólogo de orientação junguiana.
Tem um capitulo no "dinamica do inconsciente" do Jung que descreve bem o conceito de sincronicidade e alguns exemplos bem interessante. Em psicologia da religião oriental ele fala bastante de como o nosso pensamento de causa e efeito é que dificulta o entendimento de eventos sincronisticos, e que é importante tbm não achar que isso acontece toda hora, o tempo todo é preciso um "alinhamento" de elementos da psique com a realidade exterior e isso passa por um outro conceito da psicologia Junguiana que é a anima mundi e tbm o inconsciente coletivo seria como se vc precisasse de um simbolo x e seu inconsciente te direcionasse pra isso.
Não é lei da atração, nem o segredo, é só que pra Jung os arquetipos fundamentam a psique e ai conseguem direcionar os sujeitos e o que acontece com eles, em algumas ocasiões. Isso pq nesse aspecto coletivo da psiquê, que é arquetipico a gente consegue ter interpretações simbolicas semelhantes.
Em analise por exemplo é comum ocorrerem eventos de sincronicidade pq vc tem um rebaixamento do nivel de consciencia e ai seu inconsciente consegue "falar" melhor. Mas vale a pena citar que Jung nunca fechou o conceito de sincronicidade, ele apontou essa possibilidade, observou os fenomenos mas nunca bateu o martelo de que é algo "real" por assim dizer. Esse é um dos temas mais distorcidos dentro da teoria Junguiana, principalmente pelo movimento "Jung nova era" descrito pelo david tacey que se apropria de conceitos junguianos e os distorce pra validar crenças "misticas".
Caso interesse, eu tenho feito na minha pagina do instagram @psicologojordanvieira um "dossiê" que explica bem o pq da gente ver jung difundido nos cursos de graduação de psicologia
Alô, Umas dúvidas! No caso, o david tacey seria crítico dessa distorção dos conceitos junguianos, ou um dos responsáveis pela distorção? Não entendi. É pra pegar a referência
Outra! Por acaso o Jung tinha alguma espiritualidade ou fé? Ou ele era ateu, agnóstico.. ?
Valeu pelo comentário!
@@gust.ssousa totalmente crítico!
Jung em tese era protestante. O pai dele fora pastor, em algum livro do vol 10, que não lembro agora ,ele fala sobre a própria fé e ainda se define protestante. Mas de maneira geral ele estaria num lugar não praticante. O ponto é que desde muito cedo, pra volta de 8/9 anos Jung já fazia leituras escondidas da biblioteca do pai, então msm com uma base protestante ele leu muita coisa teológica desde muito cedo, o que fica evidenciado nos sonhos que ele apresenta ao falar da sua infância
@@magmarashii Interessante!! Cara, valeu por responder.
Então o Jung tinha uma espiritualidade? Quase certo isso? Ateu ele não era.
@@gust.ssousa sim, mas vale ressaltar que Jung tinha muito clara a linha entre o que ele acreditava pessoalmente e a psicologia que ele propôs. Quando ele se refere a deus psicologicamente ele tá falando da imagem Arquetípica de deus e não de um deus metafísico. Nesse sentido deus é uma imagem psicológica e Jung só trata dele nesse campo.
A musica desse vídeo mexeu muito comigo, me senti anestesiado enquanto prestava atenção no enredo.
Meteoro raiz.
Eu me interessei por esse canal por conta de videos como esse, antes no canal perder o foco e começar a forçar demasiadamente com política.
Este video mereceria ser mais longo.
vocês fazem arte! um conteúdo muito bem colocado e com um embasamento fácil de captar! parabéns pelo seguimento e pela autenticidade das informações!
Essa música é a melhor de toda a saga DK!!!! Arrepiado do início ao fim do vídeo, valeu meteoro! Essenciais.
Jung, sincronicidade, filosofia oriental e música do Donkey Kong, zerou o UA-cam esse vídeo!!!
pois é,donkey kong 2 ainda
Jung caiu na falácia do viés de confirmação e teorizou isso. Mas não passa de uma ilusão em busca de significado. O ser humano não consegue aceitar que as coisas não tem sentido. Sentido é algo inventado por nós . Só existe na nossa cabeça. Assim como conceito de bom ou ruim, bonito feio, amor e sentimento em geral e por aí vai...
as pessoas tem medo de olhar para o vazio dentro delas, não o suportam, logo criam historinhas
Não sou fã do Jung ,suas interpretaçãoes são pessoais e existe rótulos negativos para aspectos naturais da pesonalidade
Saudade desse formato de vídeo 🥲
A conclusão do vídeo c uma palavrinha do Dr Mckenna foi de engrandecer meu coração de amor!
Olá, amigos do Meteoro Brasil! Sou psicólogo e este meu primeiro comentário no UA-cam, desde sempre, é para dizer que esse tema merecia um vídeo inteiro, daqueles completos... sem ser um desses "short". A qualidade do conteúdo de vocês é inigualável, pelo deixo aqui meus parabéns! Continuem assim!
Agora ouçam o álbum do Police - "Synchronicity"
Stickerbush Symphony é a música que mais me remete a espiritualidade desde que sou molequinho. Casou muito bem como trilha sonora aí.
O melhor é a trilha sonora, música do game Donkey Kong 2. Isso desencadeou várias sincronicidades com o meu passado.
3:20 Terence McKenna . Recomendo muito as palestras dele, tem bastante coisa aqui no You Tube.
Vocês acabam de invocar a figura mitológica de terence mckenna! ♥️ Hahaha. Inclusive, deveria fazer um ep do meteoro só pra ele. Principalmente nesse momento de pandemia, ele pode nos ensinar melhor a sermos nossos astronautas internos em um processo mais que necessario de autoconhecimento.
Parabéns :)
Só não entendi por que não citam o nome dele no vídeo. Quem não conhece fica sem saber quem é.
@@RogerioLupoArteCientifica Talvez por não assumirem ainda a relação entre os assuntos. A linha de pesquisa de TERENCE e bem "distinta" tb, convenhamos. Para uma introdução, como essa, soaria aleatório o credenciamento dele.
Eu mesma não o conheço e quis saber quem era essa pessoa.
@@MoserDavid não acho que alguma justificativa faça sentido. Se não quisessem apresentar o comentarista porque isso levaria a muita delonga, o mínimo que se deveria fazer é dar o nome do cara pra que as pessoas busquem por si mesmas. Acho que foi esquecimento do pessoal do Meteoro, eles não são de fazer isso. Mas é uma bela escorregada bonita. E de qualquer modo o Terence bem podia ser visto como um modesto continuador do trabalho do Jung numa especulação em vias psicodélicas.
@@araguaiam essa pessoa é uma daquelas que, quando começam a falar, têm um poder de magnetizar sua atenção com uma oratória genial, de um jeito que você passaria dias ouvindo sem cansar. E com um humor refinado e único. Um cara dos mais insubstituíveis da história.
Ah grande Hermes Trimegistos, grande Pitágoras com seus 72 versos de ouro....👏👏👏
a trilha sonora é um espetáculo gamer à parte!!!
Um dos melhores canais do UA-cam!!!! Parabéns Meteoro Brasil!!!!!!
Nossa que nostalgia 😁😁😁 eu lia o I Ching quando adolescente, depois nunca mais li! Bateu vontade de procurar o livro de novo, é muito interessante! Obrigada pelo vídeo ❤
Puxa vida que bacana ver um assunto que eu me interesso tanto abordado por vocês. Sou apenas um curioso, porém já li bastante sobre Jung e a sincronicidade. Cometendo a ousadia de dar uma dica, o melhor livro que eu vi sobre o tema é JUNG, SINCRONICIDADE E O DESTINO HUMANO, de IRA PROGOFF. Uma obra de 1973, que comprei a pelo menos 15 anos, da editora CULTRIX. Parabéns pelo video.
Um dos meus canais preferidos, senão ,o que mais gosto.Continuem,Continuem .Abraços ,e obrigado!
Meteoro faz mais vídeos sobre psicologia, sou estudante e amante do assunto
Stickerbrush Symphony é a melhor musica de videojogo eletrônico ja feita na historia e ninguem pode me provar o contrario
Olha que interessante. Antes de ontem eu assisti ao filme brasileiro que relata um trecho muito importante da vida da Dra. Nise Da Silveira, responsável por um excelente trabalho em um hospital psiquiátrico nos anos 50. Em resumo, ela utilizou da arte e de animais de estimação para tratar seus “clientes”, como ela chamava seus pacientes. Nos desenhos, os clientes retratavam imagens de seus inconscientes, sendo que, no começo da terapia, muitos desenhavam mandalas e símbolos “primitivos” da sociedade, como círculos iluminados e etc. Jung já tinha um estudo sobre isso e a Dra. Nise se correspondeu a ele com cartas, mandando imagens dos desenhos e pedindo orientações para a continuidade de seu trabalho.
Hoje me deparo com esse vídeo que, de certa forma, permeia o trabalho e o conceito desenvolvido por ela e Jung. Seria uma causalidade ou um sincronicidade? rs
Recomendo que Assistam ao filme, é muito bonito e inspirador o trabalho desta grande médica brasileira.
Um dos melhores videos do canal. Obrigado por compartilhar o conhecimento.
Temas sempre muito bem escolhidos. Amo esse canal!
É um sentimento que te faz ter crença em algo novamente na vida, porque ele sempre se repete em momentos inesperados
Ri muito com o vídeo dos galãs feios e agora aprendo com o Meteoro.
Já curtia essa página, mas agora eu amo, obrigado por usar a trilha sonora do Donkey kong country 2. Para mim, até agora, dos jogos que conheço, as melhores trilhas estão nesse jogo. Elas sempre estão nas playlists de vaporwave no Spotify.❤
Nossa, que interessante, nunca tinha ouvido sobre este conceito. Como sempre, muito obrigado, Meteoro, vocês são demais!
tbm nunca ouvi falar, já querendo pesquisar
E a sincronicidade de ter começado a ler o homem e seus símbolos ontem, e ter esse vídeo maravilhoso hoje?! ❤️🌞
Eu assisti um curso no UA-cam semana passada...
Isso, infelizmente, são os algoritmos.
😂@@adrianomariano7016
Impressionante, a 2 dias atras peguei o livro I Ching e mostrei para o namorado da minha avó, e agora esse video aparece na reprodução automática, isso com certeza é manifestação pratica, ainda não li todo livro, só algumas partes, pela complexidade exige mais atenção e energia para a interpretação, mas de uma maneira resumida na prática podemos ver a manifestação desse tema tão vasto e completo
Eu estava lendo um jogo de tarot quando recebi a notificação desse vídeo. Amo Jung (e o Meteoro tbm) 🤗
isso se chama coincidências, isso acontece a todos os momentos, não tem nada demais nisso.
existe um negócio também que ajuda as coincidências é a causa e o efeito prático.
pessoas religiosas tentam colocar "significados" fantásticos onde não tem, numa escala matemática da quantidade de pessoas, algumas coincidências vão acontecer, e isso é um fato e não um evento sobrenatural.
Meu Buda!! Poderia rever este vídeo todos os dias pra dormir em paz!!
Seja pelo conteúdo, seja pela trilha sonora de DKC 2!!
Parabéns aos envolvidos!!
Passei esses dias escutando essa musica do donkey kong 2 e quando abro um video sobre sincronicidade do Meteoro.....hahahahahha
Jung e seus sonhos, visões, premonições, curas milagrosas, experiências psicocinéticas e proféticas, seus devaneios sobre a vida depois da morte e a reencarnação, suas experiências com os mortos, seu confronto com deuses (arquétipos) na “Terra dos Mortos” (o inconsciente coletivo), seus retiros ascéticos em sua torre de pedra em Bollingen, tudo isso fica entrelaçado nas Memórias, sonhos, reflexões com os temas de suas teorias finais (a teoria do inconsciente coletivo e dos arquétipos) e culmina com a descrição da vida de Jung como demonstração de suas teorias. Dessa forma, Jung se torna a única imagem de individuação completa a ser encontrada na literatura junguiana. Nesse aspecto, tanto na intenção didática quanto no estilo, as Memóriales, sonhos, reflexões se assemelham mais às biografias pagãs de um theos aner como, por exemplo, a “Vida de Apolônio de Tiana” por Filóstrato (século III), ou, em menor grau, às hagiografias cristãs da Idade Média, do que às modernas histórias dos “grandes homens”. [Charles Talbert, “Biographies of philosophers and rulers as instruments of religious propaganda in Mediterranean Antiquity”, em “Aufstieg und Niedergang der romischen Welt” II. 16.2 (1978), p. 1619-51.
Na tradição biográfica pagã, segundo Talbert, “a vida do filósofo funciona como legitimação dos ensinamentos dele” (p. 1643). A imagem desse herói personifica o sistema de valores da comunidade que ele tenha fundado. “Essa vida produzida diretamente pela comunidade religiosa poderia com certeza ser dominada um ‘culto-legenda’” (p 1626). De modo similar, afirmo que a imagem idealizada e sacralizada de Jung nas Memórias, sonhos, reflexões se tornou o culto-legenda do movimento junguiano (Noll, 1996, p. 16 e p. 332)
O “homem divino” da Antiguidade tardia era um indivíduo carismático, geralmente com um corpo de discípulos que acreditavam ter ele “uma relação especial com os deuses”. [Kee, “Medicine, miracle and magic”, p 84]. Essa relação especial permitia ao homem divino realizar feitos miraculosos de cura e profecia. Apolônio de Tiana, por exemplo, tinha, segundo Filóstrato, o dom da profecia e podia “receber e interpretar mensagens divinas em forma de sonhos” [Kee, “Medicine, miracle and magic”, p 85].
(...) De modo bastante semelhante ao que aconteceu com o movimento freudiano e com o junguiano (entre muitos outros), alguns homens santos atraíam centenas de seguidores. Além disso, tal qual ocorreu com a fundação de institutos oficiais de formação analistas freudianos ou junguianos e a proliferação de organizações sociais junguianas, em larga medida compostas de pacientes de analistas junguianos, o Egito da Antiguidade tardia (séculos II e III) “constitui a primeira mostra da formação de uma clientela leiga e clerical em torno do homem santo [...] [Brown, “The rise and function of the holy man”, p. 101]. Outro paralelo com os tempos modernos é a afirmação de que “os arqueólogos revelaram que os solitários claustros dos reclusos no Egito dispunham de consultórios médicos bem providos” [ibidem].
Nas Memórias, sonhos, reflexões, portanto, não temos a história de um homem que era um médico e cientista renomado, mas antes o mito de um herói divino, um homem realmente santo, uma vida diretamente produzida por uma comunidade essencialmente religiosa e, em decorrência disso, uma biografia enquanto “culto-legenda”. No movimento junguiano, a vida de Jung tornou-se a base de valores e crenças compartilhadas do transcendente (o inconsciente coletivo) e da redenção (a individuação). Só que hoje sabemos o quanto essa imagem de Jung parece ter sido fabricada (admitindo-se que tal é, infelizmente, a tragédia de todas as biografias de celebridades). O culto-legenda que tem sido reverentemente sustentado após a morte de Jung pelo movimento junguiano (e especialmente por sua elite de analistas) se assemelha ao fenômeno sociológico do “pseudo carisma fabricado”, através do qual os meios de comunicação de massa são usados por elites sequiosas de poder para promover fantasias sedutoras e, assim, garantir e conservar ganhos econômicos e sociais. [Ver Ronald Glassman, “Manufactured charisma and legitimacy”, em Social Research, 42: 615-36 (1975)]. (Noll, 1996, p. 17-8 e p. 342)
Colocou a musica de Donkey Kong, da melhor fase, já merece 1000 likes e claro pelo conteúdo incrível também.
Excelente!!!
Precisei assistir duas vezes. A primeira eu fiquei preso na Bramble Blast do DK2, curtindo; na segunda eu pude me concentrar no conteúdo maravilhoso do Meteoro.
Terence McKenna é quem aparece no Final do Video, TA ai um Possivel tema, ele tem algumas obras muito Bacanas! Pesquisem.
o jung é brabo
Bizarro mesmo é eu estar procurando tanta coisa sobre sincronicidade (está acontecendo eventos bizarros comigo) e do nada esse canal que gosto muito e venho acompanhando bastante postar algo sobre...
Sou socrático e cético o suficiente pra achar que, a despeito de toda essa sabedoria chinesa, a única forma de interação entre tudo é causal. A "sincronicidade" não deveria ser colocada ao lado da causalidade como hipótese investigativa, porque são coisas em posições diferentes. A "sincronicidade" pra mim, tem mais a ver como o fato de que a "realidade" está diretamente relacionada com aquilo que nós, humanos, como forma de vida inteligente, somos capazes de perceber. Pode ser que todas as possibilidades coexistam ao mesmo tempo e o que faz o recorte entre o que APARENTEMENTE existe e não existe, são as características específicas da nossa forma de perceber o meio e também o tipo de posicionamento que temos com a existência. É isso que nos determina e determina o nosso meio. Nós temos a capacidade de influenciar o meio, mas temos que estar cientes que também somos fruto de decisões que foram tomadas antes da gente. Inclusive, é possível que o Big Bang, que seria o marco científico pro começo do nosso universo, seja só mais uma etapa nesse processo evolutivo/decisório, um "deploy" de uma nova realidade com características específicas e definidas, ou uma interação com ao que está fora da nossa percepção. Então, pra mim, sincronicidade tem mais a ver com a forma em que lidamos com aquilo que não está inteiramente no nosso controle, mas que ao mesmo tempo, somos parte e conseguimos influenciar de forma apenas marginal.
Jung , obrigado por ter persistido em seus estudos .... obrigado.
Só em 1912, aos 37 anos, Jung iria repudiar o Cristianismo tão definitivamente quanto Nietzsche, seu mentor imaginal. (Noll, 1996, p. 40)
“Já faz dois anos que escuto com atenção os teólogos e tento inutilmente encontrar uma pista para a misteriosa concepção que eles fazem da personalidade humana. Inutilmente, procurei descobrir de onde a personalidade humana extrai sua força motivadora. Ao que parece, a descrição da personalidade humana de Jesus tem o objetivo de apresentar-nos uma imagem claramente definida. A formação de um caráter ético deveria resultar da manutenção de tal imagem, ou porque exista alguma correspondência secreta inacessível à percepção, ou, de maneira mais natural, porque essa imagem deva servir como modelo para levar-nos a imitar Cristo. [...] Encontramos tanta motivação em qualquer outra personalidade (e até mais naquelas personalidades modernas que nos são mais familiares) quanto na de Cristo, que está tão distante de nós, quer no tempo, quer nas interpretações. Por isso, o que pode haver de tão especial em Cristo para que ele seja nossa força motivadora? Por que não outro modelo, como Paulo, o Buda, Confúcio ou Zoroastro? [...] Se virmos Cristo como ser humano, então não terá absolutamente nenhum sentido considera-lo modelo obrigatório para nossas ações.” - C. G. Jung, “Thoughts on the interpretation of Christianity, with reference to the theory of Albrecht Ritschl” (1899), em CW A, § 251. O “já faz dois anos que escuto com atenção os teólogos” é provavelmente uma referência à liberdade que sentia para fazer tal coisa desde a morte do pai, com quem tinha muitas discordâncias teológicas (Paul Jung morrera em 1896). (Noll, 1996, p. 41 e p.342)
Nesta palestra, Jung dava a entender que, embora ainda não estivesse pronto a descartar o mistério do Cristianismo, já estava considerando fontes de inspiração não-cristãs e talvez até pagãs. Na época, esse modo de pensar se comparava ao de milhares de outras pessoas que, formulando questões semelhantes, trilhavam caminhos não-cristãos. Jung, porém, ainda tinha muito de idealista jovem, burguês e cristão e ridicularizava aqueles que diziam “jogar fora tudo que por dezoito séculos se construiu em torno da figura de Cristo, todos os ensinamentos, todas as tradições, e aceitar apenas o Jesus histórico”. Para ele [Jung], “isso não era grande coisa, pois quem fala assim não costuma ter nem o que jogar fora”. (Ibidem p. 107). Mas o posterior repúdio de Jung à ortodoxia cristã tinha origem na mesma teologia crítica protestante que levara Nietzsche a explorar vias pagãs de regeneração.
Em certo sentido, portanto, Schweitzer [Albert Schweitzer (1875-1965)] tinha mais razão do que imaginava quando alardeou que os teólogos alemães determinariam o pensamento religioso do futuro: a abordagem psicológica junguiana do “Deus-imagem”, que exerceu tanta influência no século XX (sendo discutida de modo mais complexo em 1952, no “Resposta a Jó”), tem por base a obra daqueles teólogos críticos em que Jung procurou “inutilmente” alguma orientação. Graças à influência de Jung na espiritualidade da Nova Era, muitos até acreditam ser um direito humano inalienável escolher a imagem de nosso deus (ou de nossos deuses). De fato, o desenvolvimento de uma psicoterapia científica ou temporal que não dependesse do dogma religioso talvez tivesse sido retardada se não fosse o trabalho daqueles teólogos, primordialmente alemães. (Noll, 1996, p. 41-2)
A partir de 1890, aproximadamente, essa abordagem mais crítica do protestantismo estimulou na região de Boston uma forma tipicamente americana de psicoterapia, que parece ter-se baseado nos princípios espirituais e morais do transcendentalismo da Nova Inglaterra de Ralph Waldo Emerson (e outros); e no fortalecimento da volição (o “aprendizado da vontade”). Ver George E. Gifford, Jr., ed. Psychoanalysis, psychotherapy and the New England medical scene, 1894-1944 (New York, Science/History Publications, 1978); o “movimento de Emanuel”, liderado pelo reverendo Elwood Worcester (da famosa igreja de Emanuel, em Boston), gerou uma modalidade psicoterápica e até um jornal (1909), chamado Psychotherapy, que constituía um foro para o debate dos elos comuns entre a psicologia, a medicina e a religião. As obras de Emerson, William James e Henri Bergson eram a base da maioria das discussões. Além de clérigos, participavam médicos e psiquiatras eminentes. Ver Robert Fuller, Americans and the unconscious (New York, Oxford University Press, 1986), p. 100-108. (Noll, 1996, p. 342)
Além disso, rever a imagem de Cristo e o desenvolvimento do Cristianismo também permitia que os classicistas do fim de século reavaliassem a religião pagã, em especial os antigos mistérios helenísticos, que pareciam ter muitas semelhanças superficiais com determinados aspectos do Cristianismo primitivo do Império Romano. Os mistérios e deuses pagãos não iriam parecer tão satânicos e proibidos ao cristão comum - ou pelo menos ao erudito, que podia ser um clérigo e talvez receasse a influência herética dos estudos do paganismo ou o estigma social conferido a tais estudos por cristãos que investigassem ramos bem mais seguros da história da Igreja. Ainda em 1952, a possível pecha do paganismo dava a impressão de preocupar alguns estudiosos interessados em escrever sobre o desenvolvimento histórico do Cristianismo no contexto pagão, pois, como observa com otimismo o eminente classicista Arthur Darby Nock, “talvez tenhamos chegado a um ponto em que possamos considerar tais coisas ‘sine ira et studio’ [sem raiva nem parcialidade], sem nenhum desejo de desacreditar as origens do cristianismo e sem nenhum sentimento de que a simples sugestão da presença de elementos helenísticos implicasse algo de ‘vulgar’ ou ‘impuro’.” [A. D. Nock, “Hellenistic mysteries and Christian sacraments”, em Essays on religion and the ancient world, ed. Zeph Stewart, 2 v. (Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1972), v. 2, p. 791. De modo semelhante, historiadores da ciência que pesquisam a astrologia, a magia e a individuação em seus contextos culturais antigos são também vistos com suspeita. Para uma argumentação contra essa pecha, ver David Pingree, “Hellenophilia versus the history of the science”, em Isis, 83: (1992). 554-63] (Noll, 1996, p. 42-3 e p. 342)
Esse vídeo podia ser mais longo hein haha. Adorei que colocou Terence McKenna no final. Podia também falar sobre ele, talvez um vídeo sobre psicotrópicos e consciência ou até a teoria do "stoned ape"
É uma sincronicidade esse vídeo ter reunido meu autor preferido e minha música de jogo preferida. METEORO, EU AMO VOCÊS! 💖
Meteoro, crítica construtiva aqui: 1:40 enquanto voce tenta descrever a sincronicidade a música de fundo, apesar de maravilhosa porque é a minha favorita de Donkey kong, fica muito dominante comparado com sua voz e fica dificil prestar atencao no que voce está falando, tem que abaixar o som de fundo pra diminuir a competicao. abraco!
Nossa, senti a mesma coisa, fiquei bem irritada :(
Verdade
Video muito Bacana explorando Ciência de Jung. Dar hr d mais to lendo, Homem seus símbolos mt boooom!!!!
Excelente tema que desperta interesse.
Acabei de viver uma coincidência significativa: estava ontem à noite comentando com uma pessoa sobre os arquétipos de Jung e acordo com esse vídeo : sincronicidade.
🤔
Eu também!!!
Isso se chama algoritmo
@@enrizes Algoritmo? Explica ae, não entendi.
@@enrizes Que eu saiba algoritmo funciona quando a gente busca algo na internet, não sei desse algoritmo que funciona baseado em ondas sonoras não, pq conversei por ao vivo com a pessoa... não força rs
Nao to forçando, ce tava c o celular perto quando tava falando c a pessoa? O google ouve td q vc fala e usa pra mostrar oq vc quer ver.. eu ja fiz esse teste varias vezes e é bizarro.. so de falar sobra qualquer coisa q sempre aparece algo nos vídeos relacionados
conceito bacana mesmo. Eu descobri por causa do disco do The Police, Synchronicity, que tá inspirado no livro raiz da coincidência que nao lembro de quem é rs
lembro que na epoca que li a respeito rolou o mind blowing
Tema excelente, trilha sonora Perfeita!
A primeira coisa que lembrei quando falou em I Ching foi na teoria do "Timewave Zero" do T. Mckenna, e para minha felicidade ele apareceu pra fechar o vídeo com chave de ouro, só lamento que o mesmo não foi apresentado ao público pelo narrador. Desta forma passou despercebido para muitas pessoas que não o conhecem.
Sugiro explorar o livro Conected, que estuda a ligação invisível entre as pessoas como a forma como o hábito de fumar é contagiosa ou como pessoas que foram casadas por muito tempo falecem em períodos próximos.
Ah amo esse assunto! Obrigada Meteoro!!!
Amo meteoro e Jung ❤❤
Coincidentemente estou lendo "O Homem e seus Símbolos" nesse momento. Sincronicidade?
(Ainda não cheguei nessa parte)
Eu tmb !!
Também
também comecei a estudar Jung ONTEM kkkkk
@@helenamoraes9049 comecei ontem tmb
Eu tbem! Kkkk Depois de assistir os vídeos do Marlon Reikdal.
Muito obrigado por abordarem a Psicologia Analítica ❤
Vídeo muito interessante, obrigada pelo trabalho duro!
MEU DEUS VOCES SAO OS MELHORES
A relação que existe entre assoar o nariz e o avião é o jato.
Li sobre Jung e coincidência significativa em um livro sobre The Dark Side of the Moon, no momento que abordava o album e o filme Mágico de Oz
Adorei o vídeo, como sempre. Como psicólogo junguiano, tomarei a liberdade de sugerir outro livro, para quem tem interesse em uma leitura mais complexa, o livro que Jung fala apenas desse fenômeno. O nome do livro é sincronicidade, vol. 8/3 das obras completas de Jung.
Parabéns, meteoro!
me amarro nesses temas, parabens meteoro!!
AAAAAAAA ESSE CANAL FALANDO DISSO ❤
É MUITO interessante e Foda, pra um espiritualista, ver a Ciência chegando nesses pontos. Chegará um dia em que a Ciência e a Espiritualidade serão uma coisa só, porque tudo é observável, e o mundo "extrafísico" (mental/emocional/espiritual/energético) é também natural. Não existe "sobrenatural", porque tudo está dentro das leis naturais.
Obrigado pelo vídeo! ❤
Vídeo maravilhoso! Façam mais desses, por favoooor
Vocês são surpreendentes! 💕👏👏
Vou dar a minha curtida no vídeo só pelo áudio do game que amo. Ainda não li esse livro, mas vou colocar na lista aqui. Interessante o assunto.
Excelente! 👏👏
Vcs são demais 😉
Jung ao som de Stickerbrush Symphony?! É muita sincronicidade para minha alma!
"O Homem e Seus Símbolos" é como uma introdução à abordagem da psicologia analítica, escrito para leigos. É uma boa porta de entrada. Jung tem um livro especifico sobre o tema, chamado apenas "Sincronicidade".
Vcs são incríveis...
Acho que preciso rever (algumas vezes).
Ótimo vídeo!
Queria q falassem mais sobre esse assunto em outro video no futuro. Um abraço!
Olha, é muito difícil resumir esse livro, ele é de uma complexidade que para entendê-lo demandará bem mais do que uma leitura, por isso aplaudo a tentativa de resumi-lo em 3 minutos.
Mas aplaudo ainda mais a versão alternativa utilizada da trilha de Donkey Kong Country 2, Stickerbrush Symphony, ao fundo. Tornou o vídeo agradável demais, acertaram na mosca!