"Enquanto eu viajava a trabalho, minha madrasta ligou: 'Usei o dinheiro do seu fundo de confiança.'

Eu estava sentado no saguão de um hotel, a 400 quilômetros de casa, revisando contratos enquanto o café esfriava ao meu lado. A rotina das viagens de trabalho era pesada, mas nada me preparou para a ligação que recebi naquele dia. O nome dela apareceu na tela: Regina, minha madrasta. Respirei fundo antes de atender. O que ela queria dessa vez?
- Usei o dinheiro do seu fundo de confiança para ajudar a Mariana - ela disse com a frieza de quem não tinha remorso algum. - Ela merece mais que você.
Meu coração parou por um segundo. O dinheiro que minha mãe deixou antes de morrer, a única garantia que ela me deu para o futuro... Agora era como se nunca tivesse existido. Mas, em vez de gritar ou xingar, eu apenas respirei fundo e respondi:
- Entendi. Obrigado por avisar.
Regina riu, debochada, sem saber que aquele seria o início do fim para ela. Desliguei, já decidido. Se ela achava que ia roubar meu futuro e sair impune, estava muito enganada. O jogo tinha começado... e ela estava prestes a perder tudo...