Excelente dica! Esse filme é mesmo sensacional. Acho que a diretora soube construir, com muita personalidade, aquela atmosfera malsã e bizarra dos filmes iniciais de Cronenberg (como “The Brood”) e do Lynch, mas também de um diretor que foi mais “guerrilheiro” no início de carreira, o Darren Aronofsky (o por assim dizer “modus operandi” de uso da Substância, que parece emular uma droga injetável inebriante, recupera de forma mais sofisticada até a montagem empregada em “Réquiem” para mostrar o cotidiano desse tipo de vício).
Excelente trabalho, as referências a Oscar Wilde, Robert Louis Stevenson, Mary Shelley, além dos diretores citados fazem do filme um dos melhores da temporada. O final me lembrou “A cor que caiu do céu” do Lovecraft, achei sensacional!
Barcinski,acabei perdendo no cinema,mas tenho muita vontade de ver.....pelo que já li,me parece muito bom...Demi Moore voltando a brilhar...Muito Bom!!!
Eu acho que o uso da substância no final, quando a personagem tenta uma outra versão dela, faz referência a "The Fly" do Cronenberg, quando Seth Brundle tenta reverter sua mutação. Dentre tantas outras referências (os letreiros a la Gaspar Noé)...
Concordo 120% contigo. O grotesco é uma terapia de choque pra mulherada acordar para a violência que estão se auto-impondo em busca de uma juventude eterna e inatingível. Eu tinha contado umas 10 referências de filme, e vc conseguiu citar mais uma que eu desconhecia, sem falar em livros como "O retrato de Dorian Gray". Muito massa, André!
O filme é muito bom mesmo! O qur eu mais gostei dele é que a diretora não faz nenhuma concessão (pq com certeza os investidores devem ter importunado a diretora para "pegar leve")! E o final para mim é perfeito!
Eu assisti esse filme assim que saiu no cinema...é de fato excelente e sem dúvida um dos melhores filmes do ano junto com "ninguém vai te salvar ""...vale cada centavo essas duas obras primas!
Ainda não assisti, mas pretendo assistir em breve. As referências são interessantes e respeitáveis. Só diretores que eu admiro e sigo com enorme prazer!
Também vi algo de requiem para um sonho e cronemberg, mas também algo de filmes B exagerados caricatos, apesar da perfeição protética hiperrealista.. mas o grotesco do body horror de A Coisa. (The Stuff, 1985)
Suas dicas são sempre certeiras pra mim, terei que assistir...rs Porém já me preparando para a ressaca como a que tive ao ver o filme Requiem Para Um Sonho ( amei o filme mas demorei anos para assistir de novo). Grande abraço
depois da metade do filme eu comecei a imaginar tudo como se fossem aquele animes e mangás de terror. Dennis Quaid super exagerado achei super chefe de grandes corporações megalomaníaco tipo vilão de anime tbm. Um monte de referência foda no filme. Eu imaginei uma sessão de cinema só com essas celebridades super modificadas e ver a reação dessa galera. Mas daí é crueldade demais pensar nisso.
Vi elementos de O Retrato de Dorian Gray, Erasehead, Carrie, O Iluminado, a Mosca, A Bolha assassina, Irreversível, etc. É uma baita diversão ficar procurando referência no filme
Assisti esse filme ontem e achei incrivel, pensei nas mesmas referencias que vc faz no incio do seu video. Fiquei com uma referencia de photografia de uma outra area: Os closes, as expressoes e ate o estilo "plastificado" dos personagens, me trouxe uma lembranca direta do clipe do Soundgarden - Black Hole Sun. Voce consegue ver esse referencia ou esse acaso? Abs
Peeling de Fenol não tem exagero algum né? Rsrs Ela foi corajosa e bateu pesado mesmo. Quem quer final leve e suave vá assistir aos filmes pra crianças e adolescentes, epidêmicos hoje em dia.
Um filme excepcional e perturbador, sobre a ditadura da perfeição corporal dos dias atuais, que para chamar a atenção sobre o tema, parece exagerado e freak (sem ser piegas), sem contar os outros tantos temas doentios da nossa época que foram abordados pelo filme!
Ela não cai na tentação de fazer um final mais palatável. E isso foi brilhante porque a obsessão que o mundo vive hoje é cada dia mais irracional e brutal.
Tenho amigos que disseram que não gostaram por causa do final. Que é exagerado e tal. E foi justamente isso que me arrebatou. Já estava excelente e de repente começa o show de bizarrices. Zero concessões e muita ousadia. Assim que eu gosto.
Concordo sobre o terço final. É quase como uma alegoria grotesca sobre todo o contexto da pressão pela perfeição que vivemos e que se conecta com tudo que foi mostrado anteriormente no filme (inclusive, ecos de "Sisters - Irmãs Diabólicas", "O Homem Elefante" e praticamente toda a obra do Cronenberg pré "Marcas da Violência"). E impressionante como as mulheres estão na linha de frente do cinema extremo: Coralie Fargeat, Julia Ducournau, Rose Glass, etc
Achei bem ruim o filme, apesar da premissa ser muito interessante. Concordo que Demi Moore está muito bem mas, não é pra concorrer ao Oscar, como muitos estão propagando. Margaret Qualley também está muito bem. Vi referências a Fome Animal do Peter Jackson.
Assitindo o trailer, me parece uma versão "requien for a dream". Os olhos estalados e as injetadas são constantes, repetitivos. Além disso, tem aquela atmosfera neurótica de programa de auditório, que aparece no filme do Darren Aronofsky. Uma base, quase uma cópia.
A única coisa que discordo, é que há uma discussão sobre estética. Para mim, ela não existiu, a premissa indica que o filme vai falar sobre isso, mas dá metade para o final, ele só tentar chocar, deixando essa discussão de lado.
@@BarulhoAndreBarcinski mas essa é a premissa inicial não? Não há nada no decorrer do filme abordando padrões estéticos e de beleza. A partir do momento que ela toma a substância, o tempo passa, ela vai ficando mais "feia", mas e aí? As ideias do filme meio que acabam, e segue na toada de deixar o monstro cada vez mais bizarro.
Caro Barcinski, Achei um dos piores filmes que vi na vida. Principalmente pela preguiça do roteiro (que curiosamente ganhou prêmio em Cannes, parece de sacanagem). Se não fosse a quantidade de falhas e arestas, talvez fosse um filme bom. Mas a quantidade de erros é tanta que passa a impressão de que o público atualmente merece ser desprezado em sua inteligência, afinal, o que vale é a MENSAGEM, como se um filme cheio de efeitos e nojeiras tivesse valor apenas por seu impacto e por exibir a nudez corajosa de uma sexagenária. O filme tem soluções fáceis de roteiro, incoerências várias e pontas soltas absurdas (OLHA O SPOILER AÍ, GEEEENTE!): - A substância é inexplicavelmente de graça e tem um SAC de competência invejável. - A patricinha arrebenta a parede do banheiro e, TCHARAM!!, há uma sala vazia ao lado (muito conveniente, acho que todos deveriam fazer isso em casa, vai que encontrem também...). Algimas pontas soltas piores: - Como uma velha decrépita que tem dificuldades de se locomover para mudar de canal passa a correr como Usain Bolt? - Como uma mulher com pêlos gera uma outra com depilação atrasada de duas semanas?? (Se ela viesse sem pelo algum, haveria alguma verossimilhança na fantasia, mas que crescimento simétrico é aquele?). Faltou orçamento para um Gilette Sensor? - Como Sue tem o chute mais forte do que o do Roberto Carlos? - Por que raios o dente incisivo que cai TEM RAIZ DUPLA?? Esse erro foi primário e gravíssimo. - Como a casa dela e o estúdio podem ser tão próximos? - Como ela chega na hora H da apresentação de ano novo e entra no palco sem um staff a esperá-la preocupado com seu desaparecimento? Todos ali aguardando a repentina chegada dela?? Mas como, se a viram fugir antes e ficar desaparecida por horas?? Essa cartilha com discurso primário em formato de filme com efeitos especiais para tratar rasteiramente dos maus efeitos da vaidade doentia com a passagem dos anos de uma mulher tem falhas grosseiras, conveniências ridículas no roteiro. Há efeitos que imitam (homenageiam?) A Mosca, ESTE SIM, um filmaço conciso, coerente, objetivo (acho que dura menos de 1h30), marcante, de final arrebatador. O monstro de A Substância me lembrou a capa de um disco do Prodigy, Music For a Jilted Generation. Se alguém apontar a semelhança, é capaz de dizerem que foi uma citação. Acho que foi coincidência, aquela capa também faz referência a algo mais antigo, mas me lembrei na hora. A crítica nascida no século XXI considera esse filme o ponto alto na carreira de Demi Moore. Nem do outro lado da vida. Possivelmente falam isso porque ela se expôs demais e a onda do empoderamento… já viu, né? Eu acho esse filme um tremendo mico na carreira dela. Mas bateram tambor demais e isso ofusca a sensatez. Demi Moore deve ter ficado muito orgulhosa e, se vacilar, vai levar seu Oscar. É muito barulho. Nunca vi tanta reportagem elogiando um filme tão explicitamente falho. No mundo invertido A Substância leva o Oscar! Desde que aquele filme da garota que alimentava um baiacu com ovo ganhou o seu, não duvido de mais nada. Um abraço.
A arte moderna tem muito disso. Chocar para expor um discurso que no final é mais importante que o trabalho artístico em si. Ao se compreender aquilo que "o artista quis dizer", uma obra passa a ter um significado diferente daquele que primeiramente tivemos. É como naquele filme "Nope" do Jordan Peele, um amontoado de camadas de significados tão subjetivos que ao se descobrir a real intenção do diretor com tudo aquilo, a experiência pode melhorar ou piorar. De toda forma, esse "A Substância" pesa a mão de maneira desproporcional. É por isso que "A Mosca" será sempre um clássico e esse ficará lembrado apenas caso a Demi Moore ganhe o Oscar e olhe lá.
a maior qualidade do filme é a ousadia de levar um estética totalmente inimaginável para as grandes produções de hollywood hoje em dia
Concordo, é muito ousado.
Excelente dica! Esse filme é mesmo sensacional. Acho que a diretora soube construir, com muita personalidade, aquela atmosfera malsã e bizarra dos filmes iniciais de Cronenberg (como “The Brood”) e do Lynch, mas também de um diretor que foi mais “guerrilheiro” no início de carreira, o Darren Aronofsky (o por assim dizer “modus operandi” de uso da Substância, que parece emular uma droga injetável inebriante, recupera de forma mais sofisticada até a montagem empregada em “Réquiem” para mostrar o cotidiano desse tipo de vício).
Excelente trabalho, as referências a Oscar Wilde, Robert Louis Stevenson, Mary Shelley, além dos diretores citados fazem do filme um dos melhores da temporada.
O final me lembrou “A cor que caiu do céu” do Lovecraft, achei sensacional!
Barcinski,acabei perdendo no cinema,mas tenho muita vontade de ver.....pelo que já li,me parece muito bom...Demi Moore voltando a brilhar...Muito Bom!!!
Eu acho que o uso da substância no final, quando a personagem tenta uma outra versão dela, faz referência a "The Fly" do Cronenberg, quando Seth Brundle tenta reverter sua mutação. Dentre tantas outras referências (os letreiros a la Gaspar Noé)...
bem lembrado
Pode ser , bem observado.
Boa! O letreiro também me remeteu ao Enter the Void do Gaspar Noé.
Esse filme é fodástico mesmo. E ainda tem o luxo de ter várias citações bacanas: 'Um Corpo Que Cai', 'Carrie, a Estranha', 'Crepúsculo dos Deuses'.
Crítica e filme excelentes! Ambos valem cada segundo! O é impactante e a crítica esclarece os caminhos da obra.
Sem dúvida é um filme impactante. Escancara a "Ditadura de Beleza" de uma maneira nunca vista antes.
Vi ontem com a minha esposa... Fiquei chapado...Filme maravilhoso!!!
Excelente crítica - meu, eu amo ouvir você falar. Achei o filme foda também.
Obrigado pela dica
Concordo 120% contigo. O grotesco é uma terapia de choque pra mulherada acordar para a violência que estão se auto-impondo em busca de uma juventude eterna e inatingível. Eu tinha contado umas 10 referências de filme, e vc conseguiu citar mais uma que eu desconhecia, sem falar em livros como "O retrato de Dorian Gray". Muito massa, André!
Legal que gostou!
Eu tb curti o final. A filmografia da Coralie é mt boa e só melhora.
Muito bom esse filme. Deixo três dicas do mesmo nível ou até melhores: Titane, Lamb e Cuando Acecha la Maldad.
O filme é muito bom mesmo! O qur eu mais gostei dele é que a diretora não faz nenhuma concessão (pq com certeza os investidores devem ter importunado a diretora para "pegar leve")!
E o final para mim é perfeito!
É um filme excelente e na minha opinião se não fosse o exagero do final a demi moore concorreria ao Oscar
Peguei uma mania de falar “sensacional”, graças ao André
Eu assisti esse filme assim que saiu no cinema...é de fato excelente e sem dúvida um dos melhores filmes do ano junto com "ninguém vai te salvar ""...vale cada centavo essas duas obras primas!
"Ninguém vai te salvar" é de 2023.
Mas também gostei bastante.
Ainda não assisti, mas pretendo assistir em breve. As referências são interessantes e respeitáveis. Só diretores que eu admiro e sigo com enorme prazer!
Também vi algo de requiem para um sonho e cronemberg, mas também algo de filmes B exagerados caricatos, apesar da perfeição protética hiperrealista.. mas o grotesco do body horror de A Coisa. (The Stuff, 1985)
Pra mim é o melhor filme do ano!
Criatividade em Hollywood? Cinema de autor é coisa rara hoje em dia. Essa diretora merece atenção!
Suas dicas são sempre certeiras pra mim, terei que assistir...rs Porém já me preparando para a ressaca como a que tive ao ver o filme Requiem Para Um Sonho ( amei o filme mas demorei anos para assistir de novo). Grande abraço
Excelente filme.
depois da metade do filme eu comecei a imaginar tudo como se fossem aquele animes e mangás de terror. Dennis Quaid super exagerado achei super chefe de grandes corporações megalomaníaco tipo vilão de anime tbm. Um monte de referência foda no filme. Eu imaginei uma sessão de cinema só com essas celebridades super modificadas e ver a reação dessa galera. Mas daí é crueldade demais pensar nisso.
🍺
Vou assistir !!!!
Ouvi você recomendando no ABFP.
Vi elementos de O Retrato de Dorian Gray, Erasehead, Carrie, O Iluminado, a Mosca, A Bolha assassina, Irreversível, etc.
É uma baita diversão ficar procurando referência no filme
sensa!
Dica excelente..
Filme sensacional. Um dos melhores de 2024.😊
Sem dúvida. Pra mim, outro filmaço de 2024 é "Entrevista com o Demônio". Ambos muito criativos e com finais acachapantes.
@eduardoabreu1785 também gostei. E outro que uma galera reclamou do final.
@@tomadaum6222 Se pensar, a reclamação das pessoas é pelo mesmo motivo. Aparentemente, parte do público prefere desfechos mais flat e convencionais.
Sextou com Barsinki dicas e maus dicas da hora 🎉
Assisti esse filme ontem e achei incrivel, pensei nas mesmas referencias que vc faz no incio do seu video. Fiquei com uma referencia de photografia de uma outra area: Os closes, as expressoes e ate o estilo "plastificado" dos personagens, me trouxe uma lembranca direta do clipe do Soundgarden - Black Hole Sun. Voce consegue ver esse referencia ou esse acaso?
Abs
Não tinha pensado, vou rever.
Pensei que você não iria gostar!!!!!
Ps:
Aqui... Peguim na MAX é bom para caralho viu????????
Prezado professor
Recebi com muita alegria o livro encontro com criaturas notáveis,
Um primor !
Muito obrigado professor
Que ótimo, espero que goste!
@BarulhoAndreBarcinski
Digamos que se conhece o livro pela capa, uma encadernação de primeira.
Seguramente o conteúdo é a altura
Obrigado
Peeling de Fenol não tem exagero algum né? Rsrs Ela foi corajosa e bateu pesado mesmo. Quem quer final leve e suave vá assistir aos filmes pra crianças e adolescentes, epidêmicos hoje em dia.
Um filme excepcional e perturbador, sobre a ditadura da perfeição corporal dos dias atuais, que para chamar a atenção sobre o tema, parece exagerado e freak (sem ser piegas), sem contar os outros tantos temas doentios da nossa época que foram abordados pelo filme!
Eu quase não fui ver pela classificação de terror ( não gosto), mas vi o trailer, Demi Moore, fui. Adorei. Sai do cinema pensando tanta coisa.
De todos os absurdos do filme, o que me pegou mesmo foi ela fazer a reforma no banheiro. 😂😂😂
❤
Ela não cai na tentação de fazer um final mais palatável. E isso foi brilhante porque a obsessão que o mundo vive hoje é cada dia mais irracional e brutal.
Pois é, foi isso que achei.
Filmaço com muitas referências, principalmente a Cronenberg. O gore é totalmente justificável porque o filme é terror gore.
Tenho amigos que disseram que não gostaram por causa do final. Que é exagerado e tal.
E foi justamente isso que me arrebatou. Já estava excelente e de repente começa o show de bizarrices.
Zero concessões e muita ousadia. Assim que eu gosto.
O final é genial!
Concordo sobre o terço final. É quase como uma alegoria grotesca sobre todo o contexto da pressão pela perfeição que vivemos e que se conecta com tudo que foi mostrado anteriormente no filme (inclusive, ecos de "Sisters - Irmãs Diabólicas", "O Homem Elefante" e praticamente toda a obra do Cronenberg pré "Marcas da Violência"). E impressionante como as mulheres estão na linha de frente do cinema extremo: Coralie Fargeat, Julia Ducournau, Rose Glass, etc
Verdade.
Achei bem ruim o filme, apesar da premissa ser muito interessante. Concordo que Demi Moore está muito bem mas, não é pra concorrer ao Oscar, como muitos estão propagando. Margaret Qualley também está muito bem. Vi referências a Fome Animal do Peter Jackson.
Assitindo o trailer, me parece uma versão "requien for a dream".
Os olhos estalados e as injetadas são constantes, repetitivos.
Além disso, tem aquela atmosfera neurótica de programa de auditório, que aparece no filme do Darren Aronofsky.
Uma base, quase uma cópia.
Você está analisando um filme baseado no trailer?
@BarulhoAndreBarcinski Não assisti o filme, não tenho como assistir.
Pelos flashs, me lembrou bastante, foi isso.
A única coisa que discordo, é que há uma discussão sobre estética. Para mim, ela não existiu, a premissa indica que o filme vai falar sobre isso, mas dá metade para o final, ele só tentar chocar, deixando essa discussão de lado.
Como assim? O filme todo fala de estética. A premissa é que a Demi Moore "não serve mais" porque não atende a uma exigência estética.
@@BarulhoAndreBarcinski mas essa é a premissa inicial não? Não há nada no decorrer do filme abordando padrões estéticos e de beleza. A partir do momento que ela toma a substância, o tempo passa, ela vai ficando mais "feia", mas e aí? As ideias do filme meio que acabam, e segue na toada de deixar o monstro cada vez mais bizarro.
Acho maravilhosa a cena final, com os restos dela sendo limpos do chão. Igual ao final de "O Incrível Homem Que Derreteu" e tão triste como.
Caro Barcinski,
Achei um dos piores filmes que vi na vida. Principalmente pela preguiça do roteiro (que curiosamente ganhou prêmio em Cannes, parece de sacanagem). Se não fosse a quantidade de falhas e arestas, talvez fosse um filme bom. Mas a quantidade de erros é tanta que passa a impressão de que o público atualmente merece ser desprezado em sua inteligência, afinal, o que vale é a MENSAGEM, como se um filme cheio de efeitos e nojeiras tivesse valor apenas por seu impacto e por exibir a nudez corajosa de uma sexagenária.
O filme tem soluções fáceis de roteiro, incoerências várias e pontas soltas absurdas (OLHA O SPOILER AÍ, GEEEENTE!):
- A substância é inexplicavelmente de graça e tem um SAC de competência invejável.
- A patricinha arrebenta a parede do banheiro e, TCHARAM!!, há uma sala vazia ao lado (muito conveniente, acho que todos deveriam fazer isso em casa, vai que encontrem também...).
Algimas pontas soltas piores:
- Como uma velha decrépita que tem dificuldades de se locomover para mudar de canal passa a correr como Usain Bolt?
- Como uma mulher com pêlos gera uma outra com depilação atrasada de duas semanas?? (Se ela viesse sem pelo algum, haveria alguma verossimilhança na fantasia, mas que crescimento simétrico é aquele?). Faltou orçamento para um Gilette Sensor?
- Como Sue tem o chute mais forte do que o do Roberto Carlos?
- Por que raios o dente incisivo que cai TEM RAIZ DUPLA?? Esse erro foi primário e gravíssimo.
- Como a casa dela e o estúdio podem ser tão próximos?
- Como ela chega na hora H da apresentação de ano novo e entra no palco sem um staff a esperá-la preocupado com seu desaparecimento? Todos ali aguardando a repentina chegada dela?? Mas como, se a viram fugir antes e ficar desaparecida por horas??
Essa cartilha com discurso primário em formato de filme com efeitos especiais para tratar rasteiramente dos maus efeitos da vaidade doentia com a passagem dos anos de uma mulher tem falhas grosseiras, conveniências ridículas no roteiro. Há efeitos que imitam (homenageiam?) A Mosca, ESTE SIM, um filmaço conciso, coerente, objetivo (acho que dura menos de 1h30), marcante, de final arrebatador.
O monstro de A Substância me lembrou a capa de um disco do Prodigy, Music For a Jilted Generation. Se alguém apontar a semelhança, é capaz de dizerem que foi uma citação. Acho que foi coincidência, aquela capa também faz referência a algo mais antigo, mas me lembrei na hora.
A crítica nascida no século XXI considera esse filme o ponto alto na carreira de Demi Moore. Nem do outro lado da vida. Possivelmente falam isso porque ela se expôs demais e a onda do empoderamento… já viu, né? Eu acho esse filme um tremendo mico na carreira dela. Mas bateram tambor demais e isso ofusca a sensatez. Demi Moore deve ter ficado muito orgulhosa e, se vacilar, vai levar seu Oscar. É muito barulho. Nunca vi tanta reportagem elogiando um filme tão explicitamente falho.
No mundo invertido A Substância leva o Oscar! Desde que aquele filme da garota que alimentava um baiacu com ovo ganhou o seu, não duvido de mais nada.
Um abraço.
A arte moderna tem muito disso. Chocar para expor um discurso que no final é mais importante que o trabalho artístico em si. Ao se compreender aquilo que "o artista quis dizer", uma obra passa a ter um significado diferente daquele que primeiramente tivemos. É como naquele filme "Nope" do Jordan Peele, um amontoado de camadas de significados tão subjetivos que ao se descobrir a real intenção do diretor com tudo aquilo, a experiência pode melhorar ou piorar. De toda forma, esse "A Substância" pesa a mão de maneira desproporcional. É por isso que "A Mosca" será sempre um clássico e esse ficará lembrado apenas caso a Demi Moore ganhe o Oscar e olhe lá.