Esse foi o melhor vídeo que já assisti sobre Foucault e sobre o conceito de genealogia. Estou muito grata. Assisti rapidamente porque já está tarde da noite, mas acredito que revisitarei este vídeo com papel e caneta na mão para fazer anotações.
História é o arquivo biosociopolíticocultural da estrutura de um povo, que tem por finalidade salvaguardar a história desse mesmo povo, seja em forma escrita ou oral.
Penso que há muitas formas de se fazer isso. Mas não há garantias. Resistência não é nunca uma garantia, ainda mais em se tratando de estudos. Mas Foucault é um grande exemplo de que é possível uma resposta afirmativa a sua pergunta.
Excelente vídeo! Impressiona tua capacidade de síntese e clareza ao discorrer sobre as estruturas complexas do pensamento de Foucault. Utilizo muito a noção de genealogia no meu trabalho de maneira muito intuitiva e a vejo exatamente como vc tão bem expôs. Grato. 👍
A piração é a seguinte: imagine que o "filósofo" Foucault é um jornalista e que você é um jogador de tênis que venceu uma partida. O "filósofo" francês, na condição de jornalista JAMAIS vai informar no jornal a vitória que você teve. Ele vai ignorar esse fato. No lugar disso, ele vai ficar dando desculpas eternamente para sua eventual possível vitória e para a eventual possível derrota do seu oponente. O "filósofo-jornalista" vai dizer: - fulano é mais alto, é burguês, é branco, é hetero, quer jogar tênis, comprou uma raquete de tênis... - sicrano é proletário, é vítima da sociedade, sofre discriminação, tem menos de 1.80m, tem uma raquete de tênis, quer jogar tênis. 'História", para ele, é ficar eternamente justificando por que você venceu, mas sem mencionar o fato em si, ou seja, o jogo e a vitória. Daí os leitores do jornal perguntam: "OK, mas quem venceu?" O "filósofo-jornalista-historiador" vai voltar fugir (eternamente) e vai voltar a enrolar..
Oi Henrique obrigado. Sim tenho feito isso em videos mais novos. Para esse coloquei Referências: Recomendo o artigo Nietzsche, Genealogia e História, escrito por Michel Foucault.
Muito legal. Eu que estou mergulhado atualmente na genealogia achei interessante esse conteúdo mais profundo. Eu mesmo venho produzindo alguns textos mais íntimos pra vasculhar os meus sentimentos em relação a pesquisa genealógica. Tento escrever sem muita critica para extrair o que realmente estou sentindo. A meu sentimento é de que com a genealogia crio um diálogo íntimo de posse do conhecimento dos fragmentos ocorridos no tempo com cada antepassado. Realmente a ideia é criar com esta pesquisa, as possibilidades no hoje. Sem com isso querer finalizar algo como certo e final, mas sim abrindo um portal com a história íntima familiar. Um quase paralelo com a "história oficial". E dela ir criando pensamento presente. Enxergando o passado por uma nova óptica, quem nem sempre se distância tanto da história tida como "oficial". É uma viagem incrível agora que estou no nível e intensidade em que alcancei da pesquisa. Sem pensar muito, entendo o quanto isso me abre possibilidades de um diálogo íntimo e como isso me impacta positivamente na criação de uma nova consciência. E que essa pode se multiplicar junto a muitas outras, já que a conversa com outros genealogistas é muito similar em sentimentos e sensações. Parabéns pela exposição! Um pouco densa, é verdade, mas muito interessante. Sucesso!
Sim, esquematicamente pode dizer isso. Embora mesmo a fase arqueologica não está isenta de relações de poder, e a fase genalogica se utiliza de arquivos/discursos.
História é algo que alguém me contou. Alguém que ouviu de outro alguém , algo que foi produzido por um grupo . Quanto mais poderosos são aqueles que propagaram aquela história , mais relevante se torna a história.
Exatamente, não é linear porque sempre há resistências diversas a formas de opressão diversas e que mudam. E que dependem tambem sempre de nosso olhar e modo de vida.
História não pode ser apenas escolha, porque é embate, sempre contestada e em parte incontrolável, mas certamente quando falamos sobre a história fazemos escolhas, conscientemente ou não.
Rodrigo. Uma pergunta. 6:10 Vc fala no começo do vídeo que uma dos efeitos da Genealógica é "abrir possibilidades de vida no presente". Gostaria de saber se a despatologização da homossexualidade nos 3 volumes de História da sexualidade de Foucault seria um exemplo dos "efeitos desses método". Pq mostrar q a sexualidade é uma construção histórica ele de certa forma ajudou de maneira poderosa a descriminalizar a homossexualide. Abraços para vc.
Olá Tiago, sim Foucault ajuda a mostrar como toda produção de discurso sobre subjetividade é uma construção historica ligada a outras construções como a verdade, e a relações de poder especificas. Não há uma história do surgimento da homossexualidade por exemplo, que não seja a da construção de sujeitos, enunciados de verdade, e relações de poder que tornam possivel enxergar e falar sobre algo que vem a ser chamado de homossexualidade. Ou seja, não existe a homossexualidade em si mesma. O que existe é um campo de forças, saberes, relações de poder que estabelecem que algo que se chama homossexualidade existe. E declaram isso ao mesmo tempo que o declaram como uma verdade sobre sujeitos e isso já vem com toda uma gama de ações esperadas em torno desses sujeitos que podemos chamar por um nome de normalização. Espera-se normalizar esses sujeitos que são considerados anormais. E a questão agora é que muitos sujeitos vão se apropriar desse mesmo mecanismo para se identificar como gay etc. mas Foucault mostra de onde vieram essas identificações ligadas a sexualidade, vieram de produções de subjetividade já normalizada, reduzida, atolada e que agora a resistencia a essa normalização tenta se apoderar, mas a questão é se devemos usar daquilo que nos atola como nossa forma de resistencia, ou se devemos questionar o modo pelo qual se produziu esse atolamento. Nesse questionamento da produção das identidades, a genealogia pode ajudar.
Muito boa a análise! Pontos bem relevantes. A escola dos Annales em suas três gerações (1929-1989) vai fazer uma revolução da cientificidade da história, no fazer historiográfico, se contrapondo às teorias do século XIX, sobretudo o positivismo. Bem resumidamente e que foi abordado no tema a questão do discurso histórico, os Annales vão pensar novas metodologias, novas formas teóricas. Essa transformação foi chamada de a história problema, que foge à história factual, dos grandes nomes, cronológica, que não faz critica ao documento e tem por fonte histórica somente os documentos ditos oficiais. Na primeira geração (lembrando que hpa mais duas e que exploram os conceitos e teorias e discussões com outros críticos) com composta por Marc Bloch (Apologia da historia ou o oficio do historiador) e Lucien Fevbre, o programa deles se constitui-se em cinco pontos fundamentais : a histórica problema; um novo conceito e representação de tempo histórico, o dito método regressivo e também o que Fernad Braudel pensou, que é a longa duração, media duração e curta duração (respetivamente correspondendo a: mentalidade, estrutura e eventos, sendo que os eventos não se mostravam importantes ao historiador, mas sim pensar essa longa duração e média); também o fato histórico como construção, ou seja, o fato não se encontra no documento, mas é construído por meio de problematizações, para assim, não cair numa narrativa da classe dominante (como foi citado no vídeo); um novo conceito de fonte, causando uma ampliação, já que antes só eram usadas fontes do estado e suas instituições, deixando os grupos subalternos à margem, então jornal, fotografia, musica, roupa, corpo, tudo se constituía em fonte para compor o trabalho historiográfico, tendo opção para cruzar fontes e legitimar outas vozes silenciadas; também surge a historia global e total e a interdisciplinaridade. Muitos criticam o Foucault por não se ater a essa duração do processo histórico, focando muito no evento. O evento não explica a estrutura, mas o inverso, ou seja, entra essa discussão a respeito da temporalidade histórica e a construção dela. Parabéns pela a análise, o século XX foi frutífero para a discussão da cientificidade das ciências sociais, e a historia para se firmar, dialogou muito com a antropologia, sociologia. Indicação de leitura que contribui para a discussão: REIS, José Carlos. A legitimidade intelectual e social da História. In: A história entre a filosofia e a ciência. Belo Horizonte: Autêntica, 2011; BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado e seu futuro. In: A escrita da história: novas perspectivas. REIS, José Carlos. Escola dos Annales. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. REIS, José Carlos. Escola dos Annales. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Obrigado. Como dito no video, a preocupação de Foucault não é com a história, mas sim em afetar o presente. Por isso ele não faz história nem ciências, ele faz livros-bomba cujos efeitos duram o que precisam durar.
Na origem não temos a unidade. Portanto, na origem está a diferença, ou seja, o caos de disputas. Assim sendo, não existe a origem em si. Foucault compreende o fluir histórico a partir do Devir, sobretudo como temporalidade radical. Foucault faz uma varredura a contrapelo da modernidade. Excelente aula!!!
Incrível. Muito obrigada por esse vídeo. Será que ao constituir uma dúvida não estou também organizando no plano discursivo uma busca pela verdade das coisas? Mesmo que pela genealogia haja um reconhecimento de que esse lugar não existe? Fiquei aqui pensando... Entendo que o jogo entre luz e sombra dominado por aqueles que têm poder forjam identidades, subjetivações. Mas, é difícil extrapolar, mesmo na crítica, esse lugar subjetivado, né? Ou estou eu aqui viajando demais? Obrigada novamente pelo vídeo.
Olá, vc não está viajando demais não, pois realmente nunca estamos fora dos jogos de verdade, estamos sempre dentro deles. E o jogo de luz e sombra perpassa todos nós, de modos diversos, mas nos perpassa, não apenas de cima para baixo em relação ao poder (como dominação/opressão) mas atravessa todas as nossas relações. Estamos sempre dentro de relações de produção de verdades e de subjetividades, nunca fora.
tá amigo, aquele momento da alma que tu compreende como genialidade, como uma definição do pensamento alheio no caso de Michel foucoult, fica sendo genialidade quando tu consegue dizer e interpretar algo de maneira que isso vá fazer bem para tua pessoa e para pessoa dos indivíduos que estão te ouvindo e lendo o que tu escreveu, genialidade não significa tu ter certeza do que está dizendo mas sim, tu ter certeza de que está tendo uma interpretação correta de algo válido e que está sendo dito, também algo válido para teu leitor, aí eu concordo contigo mas no momento que tu cita algo que Michel focoult disse, como sendo genialidade aí tu tá enganado a ti mesma... desculpas pelo comentário mas genialidade não interessa se foi Michel focoult ou Albert Einstein quem escreveu, generalidade é uma partir do momento que aquilo tem serventia e benefício para tua vida
Maravilhoso ❤ gratidao
11:36 Gostaria de citar essa parte onde Nietzsche fala de cópia da cópia. Se souberem pelo menos qual livro respondam pfvr. Obg
HISTÓRIA é a ciência dos homens no tempo. Estória é contos de fadas, literatura.
Os olhos do historiador sangram ao ver os comentários
Esse foi o melhor vídeo que já assisti sobre Foucault e sobre o conceito de genealogia. Estou muito grata. Assisti rapidamente porque já está tarde da noite, mas acredito que revisitarei este vídeo com papel e caneta na mão para fazer anotações.
Eu entendo que história são relatos do passado
História é o arquivo biosociopolíticocultural da estrutura de um povo, que tem por finalidade salvaguardar a história desse mesmo povo, seja em forma escrita ou oral.
História para mim é o um ou vários eventos que ocorreram por consequência de influências múltiplas.
então, qual o motivo pelo qual as noções de decadência e de progresso podem se tornar obstaculos para o trabalho genealógico?
PQP tu é F0D#!
Muito bom o vídeo! Obrigada
Bom dia!
Eu posso estudar a resistência do passado para resistir o presente?
Penso que há muitas formas de se fazer isso. Mas não há garantias. Resistência não é nunca uma garantia, ainda mais em se tratando de estudos. Mas Foucault é um grande exemplo de que é possível uma resposta afirmativa a sua pergunta.
😍😍😍😍😍
Excelente vídeo! Impressiona tua capacidade de síntese e clareza ao discorrer sobre as estruturas complexas do pensamento de Foucault. Utilizo muito a noção de genealogia no meu trabalho de maneira muito intuitiva e a vejo exatamente como vc tão bem expôs. Grato. 👍
Não entendi nada, mas deve ter me ajudado de alguma forma!!! 🤣
carai kkkkkkkkkkkkkk
😅🤣
A piração é a seguinte: imagine que o "filósofo" Foucault é um jornalista e que você é um jogador de tênis que venceu uma partida.
O "filósofo" francês, na condição de jornalista JAMAIS vai informar no jornal a vitória que você teve. Ele vai ignorar esse fato. No lugar disso, ele vai ficar dando desculpas eternamente para sua eventual possível vitória e para a eventual possível derrota do seu oponente.
O "filósofo-jornalista" vai dizer:
- fulano é mais alto, é burguês, é branco, é hetero, quer jogar tênis, comprou uma raquete de tênis...
- sicrano é proletário, é vítima da sociedade, sofre discriminação, tem menos de 1.80m, tem uma raquete de tênis, quer jogar tênis.
'História", para ele, é ficar eternamente justificando por que você venceu, mas sem mencionar o fato em si, ou seja, o jogo e a vitória.
Daí os leitores do jornal perguntam: "OK, mas quem venceu?" O "filósofo-jornalista-historiador" vai voltar fugir (eternamente) e vai voltar a enrolar..
Parabéns pelo vídeo. Como sugestão, seria interessante colocar as referências das citações para aprofundarmos as leituras!
Oi Henrique obrigado. Sim tenho feito isso em videos mais novos. Para esse coloquei Referências: Recomendo o artigo Nietzsche, Genealogia e História, escrito por Michel Foucault.
Gente que video incrível!
Muito legal. Eu que estou mergulhado atualmente na genealogia achei interessante esse conteúdo mais profundo. Eu mesmo venho produzindo alguns textos mais íntimos pra vasculhar os meus sentimentos em relação a pesquisa genealógica. Tento escrever sem muita critica para extrair o que realmente estou sentindo. A meu sentimento é de que com a genealogia crio um diálogo íntimo de posse do conhecimento dos fragmentos ocorridos no tempo com cada antepassado. Realmente a ideia é criar com esta pesquisa, as possibilidades no hoje. Sem com isso querer finalizar algo como certo e final, mas sim abrindo um portal com a história íntima familiar. Um quase paralelo com a "história oficial". E dela ir criando pensamento presente. Enxergando o passado por uma nova óptica, quem nem sempre se distância tanto da história tida como "oficial". É uma viagem incrível agora que estou no nível e intensidade em que alcancei da pesquisa. Sem pensar muito, entendo o quanto isso me abre possibilidades de um diálogo íntimo e como isso me impacta positivamente na criação de uma nova consciência. E que essa pode se multiplicar junto a muitas outras, já que a conversa com outros genealogistas é muito similar em sentimentos e sensações. Parabéns pela exposição! Um pouco densa, é verdade, mas muito interessante. Sucesso!
Pendando aqui se a cartografia deleuziana é uma genealogia
A década de 60 é marcada pela arqueologia/discurso, e década de 70 genealogia/poderes? Gratidão❤
Sim, esquematicamente pode dizer isso. Embora mesmo a fase arqueologica não está isenta de relações de poder, e a fase genalogica se utiliza de arquivos/discursos.
@@criticanietzschefoucault Grato professor. ❤👏👏👏👏👏
Referencia essas citaçõooooooes! Por favor
Referências: Recomendo o artigo Nietzsche, Genealogia e História, escrito por Michel Foucault.
Boa noite, poderia fornecer a referência do texto Retorno à História citado no início do vídeo? Obrigado
Começando os estudos sobre a obra do Foucault. Muito obrigado.
História é algo que alguém me contou. Alguém que ouviu de outro alguém , algo que foi produzido por um grupo . Quanto mais poderosos são aqueles que propagaram aquela história , mais relevante se torna a história.
Esmo tendo em vista que a história não é linear.
Exatamente, não é linear porque sempre há resistências diversas a formas de opressão diversas e que mudam. E que dependem tambem sempre de nosso olhar e modo de vida.
Caí aqui de paraquedas!! Pergunta: Qual o ponto de influência de Nietzsche em Foucault?? E qual que é a base do pensamento de Foucault? Valeu!
Olá Icaro essa pergunta é muito ampla e respondo em varios videos.
@@criticanietzschefoucault Valleuuu! 👍
Muito boa a aula!!!
Uma pergunta relacionada: história, é escolha?
Parabéns pela aula, e muito obrigado.
História não pode ser apenas escolha, porque é embate, sempre contestada e em parte incontrolável, mas certamente quando falamos sobre a história fazemos escolhas, conscientemente ou não.
@@criticanietzschefoucault Já ia dá pitaco e responder. Mas vc respondeu bem
Rodrigo. Uma pergunta. 6:10
Vc fala no começo do vídeo que uma dos efeitos da Genealógica é "abrir possibilidades de vida no presente". Gostaria de saber se a despatologização da homossexualidade nos 3 volumes de História da sexualidade de Foucault seria um exemplo dos "efeitos desses método". Pq mostrar q a sexualidade é uma construção histórica ele de certa forma ajudou de maneira poderosa a descriminalizar a homossexualide.
Abraços para vc.
Olá Tiago, sim Foucault ajuda a mostrar como toda produção de discurso sobre subjetividade é uma construção historica ligada a outras construções como a verdade, e a relações de poder especificas. Não há uma história do surgimento da homossexualidade por exemplo, que não seja a da construção de sujeitos, enunciados de verdade, e relações de poder que tornam possivel enxergar e falar sobre algo que vem a ser chamado de homossexualidade. Ou seja, não existe a homossexualidade em si mesma. O que existe é um campo de forças, saberes, relações de poder que estabelecem que algo que se chama homossexualidade existe. E declaram isso ao mesmo tempo que o declaram como uma verdade sobre sujeitos e isso já vem com toda uma gama de ações esperadas em torno desses sujeitos que podemos chamar por um nome de normalização. Espera-se normalizar esses sujeitos que são considerados anormais. E a questão agora é que muitos sujeitos vão se apropriar desse mesmo mecanismo para se identificar como gay etc. mas Foucault mostra de onde vieram essas identificações ligadas a sexualidade, vieram de produções de subjetividade já normalizada, reduzida, atolada e que agora a resistencia a essa normalização tenta se apoderar, mas a questão é se devemos usar daquilo que nos atola como nossa forma de resistencia, ou se devemos questionar o modo pelo qual se produziu esse atolamento. Nesse questionamento da produção das identidades, a genealogia pode ajudar.
Ja chego dando Like. 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾😁
Muito bom o vídeo, gostaria de saber onde posso achar o artigo usado nesta exposição ou saber o titulo para procurar na internet, abraço desde Uruguay
Recomendo o artigo Nietzsche, Genealogia e História, escrito por Michel Foucault.
Muito boa a análise! Pontos bem relevantes. A escola dos Annales em suas três gerações (1929-1989) vai fazer uma revolução da cientificidade da história, no fazer historiográfico, se contrapondo às teorias do século XIX, sobretudo o positivismo. Bem resumidamente e que foi abordado no tema a questão do discurso histórico, os Annales vão pensar novas metodologias, novas formas teóricas. Essa transformação foi chamada de a história problema, que foge à história factual, dos grandes nomes, cronológica, que não faz critica ao documento e tem por fonte histórica somente os documentos ditos oficiais.
Na primeira geração (lembrando que hpa mais duas e que exploram os conceitos e teorias e discussões com outros críticos) com composta por Marc Bloch (Apologia da historia ou o oficio do historiador) e Lucien Fevbre, o programa deles se constitui-se em cinco pontos fundamentais : a histórica problema; um novo conceito e representação de tempo histórico, o dito método regressivo e também o que Fernad Braudel pensou, que é a longa duração, media duração e curta duração (respetivamente correspondendo a: mentalidade, estrutura e eventos, sendo que os eventos não se mostravam importantes ao historiador, mas sim pensar essa longa duração e média); também o fato histórico como construção, ou seja, o fato não se encontra no documento, mas é construído por meio de problematizações, para assim, não cair numa narrativa da classe dominante (como foi citado no vídeo); um novo conceito de fonte, causando uma ampliação, já que antes só eram usadas fontes do estado e suas instituições, deixando os grupos subalternos à margem, então jornal, fotografia, musica, roupa, corpo, tudo se constituía em fonte para compor o trabalho historiográfico, tendo opção para cruzar fontes e legitimar outas vozes silenciadas; também surge a historia global e total e a interdisciplinaridade. Muitos criticam o Foucault por não se ater a essa duração do processo histórico, focando muito no evento.
O evento não explica a estrutura, mas o inverso, ou seja, entra essa discussão a respeito da temporalidade histórica e a construção dela. Parabéns pela a análise, o século XX foi frutífero para a discussão da cientificidade das ciências sociais, e a historia para se firmar, dialogou muito com a antropologia, sociologia. Indicação de leitura que contribui para a discussão:
REIS, José Carlos. A legitimidade intelectual e social da História. In: A história entre a filosofia e a ciência. Belo Horizonte: Autêntica, 2011;
BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado e seu futuro. In: A escrita da história: novas perspectivas.
REIS, José Carlos. Escola dos Annales. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
REIS, José Carlos. Escola dos Annales. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Obrigado. Como dito no video, a preocupação de Foucault não é com a história, mas sim em afetar o presente. Por isso ele não faz história nem ciências, ele faz livros-bomba cujos efeitos duram o que precisam durar.
.. Mas q beleza !
Na origem não temos a unidade. Portanto, na origem está a diferença, ou seja, o caos de disputas. Assim sendo, não existe a origem em si. Foucault compreende o fluir histórico a partir do Devir, sobretudo como temporalidade radical. Foucault faz uma varredura a contrapelo da modernidade. Excelente aula!!!
Incrível. Muito obrigada por esse vídeo. Será que ao constituir uma dúvida não estou também organizando no plano discursivo uma busca pela verdade das coisas? Mesmo que pela genealogia haja um reconhecimento de que esse lugar não existe? Fiquei aqui pensando... Entendo que o jogo entre luz e sombra dominado por aqueles que têm poder forjam identidades, subjetivações. Mas, é difícil extrapolar, mesmo na crítica, esse lugar subjetivado, né? Ou estou eu aqui viajando demais? Obrigada novamente pelo vídeo.
Olá, vc não está viajando demais não, pois realmente nunca estamos fora dos jogos de verdade, estamos sempre dentro deles. E o jogo de luz e sombra perpassa todos nós, de modos diversos, mas nos perpassa, não apenas de cima para baixo em relação ao poder (como dominação/opressão) mas atravessa todas as nossas relações. Estamos sempre dentro de relações de produção de verdades e de subjetividades, nunca fora.
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tá amigo, aquele momento da alma que tu compreende como genialidade, como uma definição do pensamento alheio no caso de Michel foucoult, fica sendo genialidade quando tu consegue dizer e interpretar algo de maneira que isso vá fazer bem para tua pessoa e para pessoa dos indivíduos que estão te ouvindo e lendo o que tu escreveu, genialidade não significa tu ter certeza do que está dizendo mas sim, tu ter certeza de que está tendo uma interpretação correta de algo válido e que está sendo dito, também algo válido para teu leitor, aí eu concordo contigo mas no momento que tu cita algo que Michel focoult disse, como sendo genialidade aí tu tá enganado a ti mesma... desculpas pelo comentário mas genialidade não interessa se foi Michel focoult ou Albert Einstein quem escreveu, generalidade é uma partir do momento que aquilo tem serventia e benefício para tua vida
Cuma??
Quanta complexidade, mas é genial !!