Eu tenho apego pela versão de 1981, pois foi em meu ano de nascimento. Sei que a muitos desagrada, mas particularmente gosto de ouvir os grunhidos de Gould. Em vídeo, percebe-se que ele quase entra em transe, acho lindo ver essa conexão do interprete com a música. Como quando os instrumentistas param pra admirar Julia lezhneva fazendo aqueles melismas impressionantes. É um show a parte ❤... Obrigada por dividir seu conhecimento
Que Gleen Gould me perdoe mas penso que por mais ele venerava Bach, não despregava de seu ego (oposto de Bach). Sua gemedeira era incontrolável, não abria mão desse tique. Penso que, com menos ego a gente abre mão mesmo que por um instante, em respeito a Bach. E descarregasse o tique em outros compositores. Assim, nunca consegui gostar de Gould. Mas aceito qualquer um que me ensine. Talvez meu cérebro consiga eliminar o ruído da gemedeira enquanto toca Bach. No mais, ECAI, obrigado por mais um vídeo fruto de dedicação, esforço e competência!
Muito legal, como sempre. A título ilustrativo, tem uma pianista brasileira pela internet que diz que acredita que Bach estava tão à frente de seu tempo que provavelmente já imaginava o surgimento do piano...
O piano já existia em alguma forma durante a vida de Bach. Dê uma olhada no nosso verbete "Fortepiano" na Enciclopédia Musical ECAI. Mas é possível sim, que Bach imaginasse outras possibilidades com o instrumento! Abraço, RBK :-)
Eu sou meio dividido em opinião entre a gravação de 55 ou 81 do Glenn Gould. Porque por mais que a de 81, mais lenta, de mais enfase a melodia e percepções, a de 55 tem uma loucura jovem do gênio Glenn Gould que está diluída na de 1981. Fico com as duas hehehe Mas pra quem quiser ouvir a MELHOR RESTAURAÇÃO da versão de 1955, é incrível oq a edição da Zenph Re-performance The Goldberg Variations conseguiu fazer. Variations. Sim, parece esquecivel e afastar, mas se trata de uma performance "nova", mas não por outro pianista e sim por reconhecimento idêntico digital e com isso uma restauração que o próprio piano recria e regrava de forma digital. Parece loucura, mas é o artista, o mesmo peso do artista, não causa estranheza e é uma tecnologia incrível. Eu adorei! Recomendo que comparem e percebam. Procurarem no Spotify! Tem outras performances até mais antigas como do Art Tatum e Sergei Rachmaninoff. P.S. Na gravação de 81 a gente ouve bem mais o Gould gemendo as melodias hehehe Outro pianista que fazia muito isso era o Keith Jarred no Jazz (que aliás, tinha muita influência clássica). Eh legal ouvir o disco Keith Jarred At The Blue Note, pra perceber bem isso. A voz melodiando chega quase a fazer parte do arranjo como um instrumento.
Obrigado, VNV! É uma discussão complicada... 70% da minha plateia assiste no celular e prefere vertical, acredita? Mas temos muitos vídeos gravados na horizontal. As palestras ao vivo acontecem na vertical... assim... tem pra todos. Abraço!
Maestro, q aula maravilhosa! Aprendi o que é "Sarabanda" e "Harmonia". A Sarabanda da Suite para cello BWV 1007 é o fundo musical de um vídeo já bem antiguinho aqui do youtube, com o título "O Rosto da Mulher em 500 anos de Arte" (aliás, por que eles podem tocar e vc não?). O vídeo é ótimo mas eu não sabia de onde tinha vindo esse nome "sarabanda"). Quanto à Harmonia, eu ainda fazia uma certa confusão mas com sua explicação de hoje, entendi! Já estou ouvindo as Variações Goldberg no Spotfy, mas não é com o pianista q vc sugeriu. Gde abraço.
Que coincidência! Ouvi as Variações Goldberg por completo pela primeira vez semana passada. Preciso ouví-las novamente algumas vezes com outros intérpretes. O interessante é que eu estava lendo sobre Domenico Scarlatti, após ter ouvido suas 555 sonatas (uma das melhores experiências musicais que já tive), e li que, após ter tido contato com algumas delas publicadas pelo compositor napolitano como "Essercizi", Bach praticamente copiou o estilo em algumas de suas obras, incluindo Variações Goldberg. Esta informação está em de.wikipedia.org/wiki/Domenico_Scarlatti [Einzelnachweis Nº 10, acessado dia 10/06/2021]. Segundo a fonte, especificamente as variações 1, 5, 8, 14, 17, 20, 26, 28 e 29 são cópia do estilo escarlatiano, embora Bach tenha composto com maior polifonia. Mas eu notei que Scarlatti explorou uma harmonia muito mais avançada, com modulações incríveis saindo para bem longe da tonalidade em algumas de suas sonatas. Não que Bach não tenha feito isto em algumas de suas obras, mas não nessa. E agora entendo por quê: ele se fixou em uma seqüência no baixo (algo tipo uma passacalha?) para compor essas variações. Domenico nasceu no mesmo ano que J.S. Bach e seguiu mais tarde para Portugal e, depois, para a Espanha, tendo incorporado um estilo bastante ibérico e se inspirado na música popular local para compor suas peças - também uma grande influência para a música popular brasileira. Ouvindo algumas sonatas dele, temos até a impressão de estar ouvindo alguma quadrilha de festa junina ou algo assim. Daí é interessante fazer um paralelo com as Bachianas Brasileiras, nas quais Villa-Lobos mostra a forte conexão entre Bach e a nossa música.
Maestro, permita-me uma sugestão: já que você é muito de unir teoria e prática assim como eu, teria como você mesmo tocar os exemplos, já que não pode reproduzir vídeos? De repente você pode usar um piano, ou um teclado... Algo assim. Agradeço desde já. Forte abraço!
Ah, Jessé! Como se diz... Deus não dá asa a cobra... eu sou um péssimo pianista rsrsrs... por isso canto todos os exemplos. A gente não dá conta de tudo, né? Abraço e obrigado pela sugestão.
Boa noite Maestro! Uma vez eu ouvi, não sei de quem ou aonde: quer entender contraponto, vai lá nas Variações Goldberg. Assimilei como se fosse o baixo. Passei até pra minha neta. Depois, na sua aula específica sobre contraponto, vi que seria qualquer som introduzido na música. É o conceito que levo comigo. Mas quando ouço falar nessas Variações, ainda fico assim 🤔 Será que eu sonhei isso?... É possível?...
Olá, Renato. Toda a obra de Bach é recheada de contraponto, como acontecia frequentemente durante o período Barroco. Durante muito tempo, estudar "composição" significava simplesmente estudar "contraponto" e compreender quais notas combinavam com outras. Isso só deixou de ser absolutamente fundamental no século XX, quando outras técnicas composicionais entraram no jogo...
Muito bom assistir vídeos sobre a música do mestre Johann Sebastian Bach
Meu maestro! Edtou maratonando todos os vídeos desse canal! Gostaria de expressar minha eterna gratidão 🎉❤
Obrigado! Grande abraço!
Eu tenho apego pela versão de 1981, pois foi em meu ano de nascimento. Sei que a muitos desagrada, mas particularmente gosto de ouvir os grunhidos de Gould. Em vídeo, percebe-se que ele quase entra em transe, acho lindo ver essa conexão do interprete com a música. Como quando os instrumentistas param pra admirar Julia lezhneva fazendo aqueles melismas impressionantes. É um show a parte ❤... Obrigada por dividir seu conhecimento
Adorei! Gratidão🙏
Sempre muito bom e muito esclarecedor.
Obrigado, maestro.
Jundiaí-SP.
Que Gleen Gould me perdoe mas penso que por mais ele venerava Bach, não despregava de seu ego (oposto de Bach). Sua gemedeira era incontrolável, não abria mão desse tique. Penso que, com menos ego a gente abre mão mesmo que por um instante, em respeito a Bach. E descarregasse o tique em outros compositores. Assim, nunca consegui gostar de Gould. Mas aceito qualquer um que me ensine. Talvez meu cérebro consiga eliminar o ruído da gemedeira enquanto toca Bach. No mais, ECAI, obrigado por mais um vídeo fruto de dedicação, esforço e competência!
Primeirissimo!
kkkkk sim!
Muito legal, como sempre. A título ilustrativo, tem uma pianista brasileira pela internet que diz que acredita que Bach estava tão à frente de seu tempo que provavelmente já imaginava o surgimento do piano...
O piano já existia em alguma forma durante a vida de Bach. Dê uma olhada no nosso verbete "Fortepiano" na Enciclopédia Musical ECAI. Mas é possível sim, que Bach imaginasse outras possibilidades com o instrumento! Abraço, RBK :-)
@@ecai Vou olhar, na medida do possível, quero ver todo o conteúdo do canal. 👍
Eu também acho à segunda gravação (1981) do Glenn gould melhor que à primeira, mas eu particularmente gosto mais da gravação do Murray perahia
Eu sou meio dividido em opinião entre a gravação de 55 ou 81 do Glenn Gould. Porque por mais que a de 81, mais lenta, de mais enfase a melodia e percepções, a de 55 tem uma loucura jovem do gênio Glenn Gould que está diluída na de 1981.
Fico com as duas hehehe
Mas pra quem quiser ouvir a MELHOR RESTAURAÇÃO da versão de 1955, é incrível oq a edição da Zenph Re-performance The Goldberg Variations conseguiu fazer. Variations. Sim, parece esquecivel e afastar, mas se trata de uma performance "nova", mas não por outro pianista e sim por reconhecimento idêntico digital e com isso uma restauração que o próprio piano recria e regrava de forma digital. Parece loucura, mas é o artista, o mesmo peso do artista, não causa estranheza e é uma tecnologia incrível. Eu adorei! Recomendo que comparem e percebam. Procurarem no Spotify! Tem outras performances até mais antigas como do Art Tatum e Sergei Rachmaninoff.
P.S. Na gravação de 81 a gente ouve bem mais o Gould gemendo as melodias hehehe Outro pianista que fazia muito isso era o Keith Jarred no Jazz (que aliás, tinha muita influência clássica). Eh legal ouvir o disco Keith Jarred At The Blue Note, pra perceber bem isso. A voz melodiando chega quase a fazer parte do arranjo como um instrumento.
Obrigada Maestro por mais essa maravilhosa aula.
Obrigado mais uma vez por sua audiência e gentileza, Ana!
Mais uma maravilhosa palestra do professor Alexandre!
Obrigado, Victor Hugo!
Olá Maestro
Obrigado, VNV! É uma discussão complicada... 70% da minha plateia assiste no celular e prefere vertical, acredita? Mas temos muitos vídeos gravados na horizontal. As palestras ao vivo acontecem na vertical... assim... tem pra todos. Abraço!
@@ecai Mas tem como ver horizontal no celular também, é só virar a tela e assistir de lado
Maestro, q aula maravilhosa! Aprendi o que é "Sarabanda" e "Harmonia". A Sarabanda da Suite para cello BWV 1007 é o fundo musical de um vídeo já bem antiguinho aqui do youtube, com o título "O Rosto da Mulher em 500 anos de Arte" (aliás, por que eles podem tocar e vc não?). O vídeo é ótimo mas eu não sabia de onde tinha vindo esse nome "sarabanda"). Quanto à Harmonia, eu ainda fazia uma certa confusão mas com sua explicação de hoje, entendi! Já estou ouvindo as Variações Goldberg no Spotfy, mas não é com o pianista q vc sugeriu. Gde abraço.
Que bom, Marilda! Dê uma olhada em nossos verbetes "Harmonia" e "Melodia" na Enciclopédia Musical ECAI. Pode te ajudar :-)
Que coincidência! Ouvi as Variações Goldberg por completo pela primeira vez semana passada. Preciso ouví-las novamente algumas vezes com outros intérpretes. O interessante é que eu estava lendo sobre Domenico Scarlatti, após ter ouvido suas 555 sonatas (uma das melhores experiências musicais que já tive), e li que, após ter tido contato com algumas delas publicadas pelo compositor napolitano como "Essercizi", Bach praticamente copiou o estilo em algumas de suas obras, incluindo Variações Goldberg. Esta informação está em de.wikipedia.org/wiki/Domenico_Scarlatti [Einzelnachweis Nº 10, acessado dia 10/06/2021]. Segundo a fonte, especificamente as variações 1, 5, 8, 14, 17, 20, 26, 28 e 29 são cópia do estilo escarlatiano, embora Bach tenha composto com maior polifonia. Mas eu notei que Scarlatti explorou uma harmonia muito mais avançada, com modulações incríveis saindo para bem longe da tonalidade em algumas de suas sonatas. Não que Bach não tenha feito isto em algumas de suas obras, mas não nessa. E agora entendo por quê: ele se fixou em uma seqüência no baixo (algo tipo uma passacalha?) para compor essas variações. Domenico nasceu no mesmo ano que J.S. Bach e seguiu mais tarde para Portugal e, depois, para a Espanha, tendo incorporado um estilo bastante ibérico e se inspirado na música popular local para compor suas peças - também uma grande influência para a música popular brasileira. Ouvindo algumas sonatas dele, temos até a impressão de estar ouvindo alguma quadrilha de festa junina ou algo assim. Daí é interessante fazer um paralelo com as Bachianas Brasileiras, nas quais Villa-Lobos mostra a forte conexão entre Bach e a nossa música.
👏👏👏👏👏👏
Maestro, permita-me uma sugestão: já que você é muito de unir teoria e prática assim como eu, teria como você mesmo tocar os exemplos, já que não pode reproduzir vídeos? De repente você pode usar um piano, ou um teclado... Algo assim.
Agradeço desde já. Forte abraço!
Ah, Jessé! Como se diz... Deus não dá asa a cobra... eu sou um péssimo pianista rsrsrs... por isso canto todos os exemplos. A gente não dá conta de tudo, né? Abraço e obrigado pela sugestão.
Boa noite Maestro!
Uma vez eu ouvi, não sei de quem ou aonde: quer entender contraponto, vai lá nas Variações Goldberg.
Assimilei como se fosse o baixo. Passei até pra minha neta.
Depois, na sua aula específica sobre contraponto, vi que seria qualquer som introduzido na música. É o conceito que levo comigo.
Mas quando ouço falar nessas Variações, ainda fico assim 🤔 Será que eu sonhei isso?... É possível?...
Olá, Renato. Toda a obra de Bach é recheada de contraponto, como acontecia frequentemente durante o período Barroco. Durante muito tempo, estudar "composição" significava simplesmente estudar "contraponto" e compreender quais notas combinavam com outras. Isso só deixou de ser absolutamente fundamental no século XX, quando outras técnicas composicionais entraram no jogo...
Maestro, Glenn Gould gravou o Cravo Bem Temperado, livro II? Eu li num livro que ele morreu antes. Será verdade? Abraços!
Gravou sim, André. Já ouvi muitas vezes :-)
Obrigado por sanar minha dúvida, Maestro. Abraços
Preferida de Hannibal🔪🧠
Hahaha... não me lembrava...
Bem lembrado!