Aconteceu algo parecido com o Perigo esse mês. Ele quebrou a unha do esporão e fiquei sem saber se tinha que tirar o pedaço que estava partido ou se podia deixar do jeito que estava, que se regeneraria com o tempo. Como era do esporão e não atrapalhava para ele caminhar esperei alguns dias para decidir o que fazer. Mas vi que ele se incomodava se encostasse no local e também às vezes parava o que estava fazendo para lamber a região. Então durante um passeio decidi passar em um veterinário conhecido pela sua praticidade e experiência na minha região, para só tirar a dúvida se podia deixar a unha do jeito que estava ou se realmente era necessário tirar. Passei nesse veterinário fora do horário de atendimento dele (após as 18h) justamente para caso fosse necessário efetuar algum procedimento, agendarmos com calma para eu levar o Perigo com horário marcado. Porém o veterinário com sua visão simplista (e possivelmente míope no sentido literal da palavra mesmo) falou que tinha que tirar e que faria ali mesmo "rapidinho". Sem planejamento, já foi pedindo uma corda para o assistente (sim, uma corda da espessura dessas de varal) e amarrou a boca do Perigo. Como quem arranca um pelo encravado puxou de uma vez a unha do Perigo que urrou de dor e se debatia extremamente desesperado e nem podia abrir a boca para ganir. E sabe o aconteceu? A unha não saiu. O veterinário teve que repetir o puxão e o Perigo novamente urrando de dor e se debatendo com a boca amarrada enquanto o veterinário estancava o sangue da unha que finalmente conseguiu arrancar na segunda tentativa e fez ainda um curativo enrolando esparadrapo desses ultra aderente na pata dele. O Perigo que já tinha medo de veterinário (ficava puxando para ir embora e se escondendo debaixo da mesa), agora tem realmente trauma. Se treme todo. Fora que eu me senti também muito mal por ter exposto a esta situação. Também fui pego desprevenido, pois num momento fui apenas fazer uma pergunta, um minuto depois o cachorro já estava contido e eu sem nem imaginar que a conduta seria aquela adotada. Então além dos veterinários terem que se atualizar quanto ao comportamento canino, devem também melhorar a comunicação com os tutores, explicar os procedimentos antes de realizar. Acima falei que o veterinário possivelmente era míope, pois ainda tenho minhas dúvidas se, com a dificuldade que ele teve para arrancar a unha, era realmente necessário fazer a extração. Talvez ele não tenha visto direito a real situação. Além disso, no dia seguinte, eu sozinho em casa tive que tirar o curativo com o esparadrapo ultra aderente enrolado na pata do Perigo. Enquanto eu o segurava, ele rosnava pra mim (coisa que nunca fez). Para contê-lo com um braço sem ajuda de ninguém e conseguir manusear a pata dele com a outra mão, a boca dele teve que ficar ao lado do meu rosto, o que por sorte a natureza dócil dele falou mais alto e não me atacou. Bom se a história terminasse aqui... mas não 😢. Semana passada ele teve um pequeno machucado no coxim na mesma pata que quebrou a unha. Para evitar veterinário novamente eu mesmo decidi passar Bactrovet Prata e por 5 dias calcei meia de cachorro nele para passear, visando evitar atrito no machucadinho. Só que para fazer isso ele tem ficado bem arredio, me morde (não para machucar, mas para advertir) quando vou pegar na pata dele. Como resultado disso tudo ele sofreu mais que o necessário, aumentou o trauma de veterinário, acho que nunca mais vai ficar tranquilo quando precisar manusear a pata e de certa forma, quebrou um pouco a confiança dele comigo visto que passou a dar esses rosnados e mordiscadas de advertência. Ufa! Desabafei rs... P.s. não é só o cachorro que fica traumatizado. O tutor também fica, pois começa a pensar que quanto mais evitar veterinário, melhor para a saúde do cachorro. Com isso a tendência é usar medicação sem acompanhamento médico (como o que citei nesse texto) e evitar os check ups, visto que passamos a duvidar do conhecimento de alguns profissionais. Conheço veterinário que por causa de uma pequena ferida receita medicação tópjca a base de cortisona, além de anti-inflamatório e antibiótico oral. Um problema simples dependendo do profissional, pode evoluir para uma gastrite medicamentosa por causa de certos exageros.
Entendi teu lado, existem várias formas de manejo canino e felino, cambão tá ultrapassado dentro de consultório, mas, acho a profissão de Médico Veterinário tão desvalorizado e expor a profissão de conduta profissional não foi legal, ainda mais incitando trocar de profissional, cada Médico Veterinário tem uma experiência, poderias então ter procurado o profissional pra explicar da tua forma sem expor a profissão que também é tua no contexto geral. Um conselho, podes pedir para os teus pacientes só ir com você então pra um melhor acompanhamento, já que você sabe bastante de comportamento animal.
Oi!! entendo seu ponto e pensei muito antes de postar esse vídeo! Porém no meu ponto de vista uma das coisas que fazem com que o profissional seja desvalorizado é justamente isso, é não saber tratar ou lidar com o animal. Um animal que não avança na pessoa, apenas se defende, um animal que eu conheço a muito tempo e a mais de 3 anos vinha fazendo um trabalho em que ela estava sendo dessensibilizada no toque nos trejeitos vet, ele simplesmente tacou meu trabalho na privada e deu descarga. E novamente: sem necessidade nenhuma. E outra, vc ja viu um cão medroso no cambão? É a coisa mais feia de se ver. Pior que cão bravo pq parece que esta morrendo. Ele faz xixi, faz cocô, grita e isso faz com que ele fique mais cianótico. E como vc faz isso com um cão que já está passando mal? Realmente se eu nunca tivesse visto o animal na vida e so soubesse da história, eu nunca falaria isso. Mas como eu conheço, faço exames, consultas e vacinas periódicas nela, uma simples focinheira resolve o problema. Enfim, é o meu ponto de vista né? E concordo com o seu até certo ponto :)
Obrigada pela dica ❤
Aconteceu algo parecido com o Perigo esse mês. Ele quebrou a unha do esporão e fiquei sem saber se tinha que tirar o pedaço que estava partido ou se podia deixar do jeito que estava, que se regeneraria com o tempo. Como era do esporão e não atrapalhava para ele caminhar esperei alguns dias para decidir o que fazer. Mas vi que ele se incomodava se encostasse no local e também às vezes parava o que estava fazendo para lamber a região.
Então durante um passeio decidi passar em um veterinário conhecido pela sua praticidade e experiência na minha região, para só tirar a dúvida se podia deixar a unha do jeito que estava ou se realmente era necessário tirar. Passei nesse veterinário fora do horário de atendimento dele (após as 18h) justamente para caso fosse necessário efetuar algum procedimento, agendarmos com calma para eu levar o Perigo com horário marcado.
Porém o veterinário com sua visão simplista (e possivelmente míope no sentido literal da palavra mesmo) falou que tinha que tirar e que faria ali mesmo "rapidinho". Sem planejamento, já foi pedindo uma corda para o assistente (sim, uma corda da espessura dessas de varal) e amarrou a boca do Perigo. Como quem arranca um pelo encravado puxou de uma vez a unha do Perigo que urrou de dor e se debatia extremamente desesperado e nem podia abrir a boca para ganir. E sabe o aconteceu? A unha não saiu. O veterinário teve que repetir o puxão e o Perigo novamente urrando de dor e se debatendo com a boca amarrada enquanto o veterinário estancava o sangue da unha que finalmente conseguiu arrancar na segunda tentativa e fez ainda um curativo enrolando esparadrapo desses ultra aderente na pata dele.
O Perigo que já tinha medo de veterinário (ficava puxando para ir embora e se escondendo debaixo da mesa), agora tem realmente trauma. Se treme todo. Fora que eu me senti também muito mal por ter exposto a esta situação. Também fui pego desprevenido, pois num momento fui apenas fazer uma pergunta, um minuto depois o cachorro já estava contido e eu sem nem imaginar que a conduta seria aquela adotada. Então além dos veterinários terem que se atualizar quanto ao comportamento canino, devem também melhorar a comunicação com os tutores, explicar os procedimentos antes de realizar. Acima falei que o veterinário possivelmente era míope, pois ainda tenho minhas dúvidas se, com a dificuldade que ele teve para arrancar a unha, era realmente necessário fazer a extração. Talvez ele não tenha visto direito a real situação.
Além disso, no dia seguinte, eu sozinho em casa tive que tirar o curativo com o esparadrapo ultra aderente enrolado na pata do Perigo. Enquanto eu o segurava, ele rosnava pra mim (coisa que nunca fez). Para contê-lo com um braço sem ajuda de ninguém e conseguir manusear a pata dele com a outra mão, a boca dele teve que ficar ao lado do meu rosto, o que por sorte a natureza dócil dele falou mais alto e não me atacou.
Bom se a história terminasse aqui... mas não 😢. Semana passada ele teve um pequeno machucado no coxim na mesma pata que quebrou a unha. Para evitar veterinário novamente eu mesmo decidi passar Bactrovet Prata e por 5 dias calcei meia de cachorro nele para passear, visando evitar atrito no machucadinho. Só que para fazer isso ele tem ficado bem arredio, me morde (não para machucar, mas para advertir) quando vou pegar na pata dele. Como resultado disso tudo ele sofreu mais que o necessário, aumentou o trauma de veterinário, acho que nunca mais vai ficar tranquilo quando precisar manusear a pata e de certa forma, quebrou um pouco a confiança dele comigo visto que passou a dar esses rosnados e mordiscadas de advertência.
Ufa! Desabafei rs...
P.s. não é só o cachorro que fica traumatizado. O tutor também fica, pois começa a pensar que quanto mais evitar veterinário, melhor para a saúde do cachorro. Com isso a tendência é usar medicação sem acompanhamento médico (como o que citei nesse texto) e evitar os check ups, visto que passamos a duvidar do conhecimento de alguns profissionais. Conheço veterinário que por causa de uma pequena ferida receita medicação tópjca a base de cortisona, além de anti-inflamatório e antibiótico oral. Um problema simples dependendo do profissional, pode evoluir para uma gastrite medicamentosa por causa de certos exageros.
Entendi teu lado, existem várias formas de manejo canino e felino, cambão tá ultrapassado dentro de consultório, mas, acho a profissão de Médico Veterinário tão desvalorizado e expor a profissão de conduta profissional não foi legal, ainda mais incitando trocar de profissional, cada Médico Veterinário tem uma experiência, poderias então ter procurado o profissional pra explicar da tua forma sem expor a profissão que também é tua no contexto geral.
Um conselho, podes pedir para os teus pacientes só ir com você então pra um melhor acompanhamento, já que você sabe bastante de comportamento animal.
Oi!! entendo seu ponto e pensei muito antes de postar esse vídeo! Porém no meu ponto de vista uma das coisas que fazem com que o profissional seja desvalorizado é justamente isso, é não saber tratar ou lidar com o animal. Um animal que não avança na pessoa, apenas se defende, um animal que eu conheço a muito tempo e a mais de 3 anos vinha fazendo um trabalho em que ela estava sendo dessensibilizada no toque nos trejeitos vet, ele simplesmente tacou meu trabalho na privada e deu descarga. E novamente: sem necessidade nenhuma.
E outra, vc ja viu um cão medroso no cambão? É a coisa mais feia de se ver. Pior que cão bravo pq parece que esta morrendo. Ele faz xixi, faz cocô, grita e isso faz com que ele fique mais cianótico. E como vc faz isso com um cão que já está passando mal? Realmente se eu nunca tivesse visto o animal na vida e so soubesse da história, eu nunca falaria isso. Mas como eu conheço, faço exames, consultas e vacinas periódicas nela, uma simples focinheira resolve o problema. Enfim, é o meu ponto de vista né? E concordo com o seu até certo ponto :)