Eu chorei tanto com a morte da Baleia que me senti até culpada por não ter sentido a mesma intensidade de angústia pelos outros personagens. Depois do seu vídeo, acho que entendi o porquê da minha comoção. Ela era um resumo dos outros personagens. É como se a sua morte fosse a última gota d'água que fez transbordar minhas emoções.
Oi, a Baleia emociona mesmo a gente, ela tem uma existência tão real e sensível que fica difícil seguir a história após sua morte. Essa é uma das mágicas da literatura, tocar a experiência individual do leitor. Obrigada por compartilhar tuas percepções comigo.
Olá Daniela! Vidas Secas foi um dos muitos livros que lí na época da escola. Talvez ainda em um dos anos do colegial... Mas esta obra também cheguei a reler anos depois, já quando estava na universidade. E por incrível que pareça, eu ainda possuo este livro aqui em casa! E acredite, foi justamente por causa do cachorro que não me desfiz da obra. Mas isto não é algo exatamente "incomum", já que personagens que são animais, quase sempre acabam por me despertar um certo tipo de afeto. - Descontando é claro, aquela famosa obra de John Grogan, que (infelizmente), foi um livro com o qual me identifiquei muito. - Digo, a forma que o Marley morreu, e até o motivo do problema de saúde dele, também foram a causa da morte de um dos cachorros que fizeram parte da minha vida. Mas voltando a Vidas Secas, a obra é realmente uma leitura bem interessante, e retrata bem aquela realidade incerta dos retirantes, cheia de angústias e incertezas... Um verdadeiro clássico da literatura brasileira, e que com certeza merece ser chamado desta forma: Um clássico!
Oi, Fábio! Pois sabe que eu não li (ainda)o Marley? Vidas secas é tão bonito, eu parei em várias passagens para pensar, é bom que existam livros assim. Tem razão, clássico!
@@Litteramais "Marley e Eu", eu li bem antes do modismo. Tanto que nem sabia que o cachorro acabaria sacrificado. Mas aquela foi uma leitura que não me fez muito bem. E é engraçado, pois obras com crimes hediondos, e as vezes até inspirados na realidade, isto não me afeta nem um pouco. Mas já com animais, aí sim me incomoda... Mas com Vidas Secas não chegou a me afetar tanto. Apenas me fez refletir, mas de um jeito mais "observador", e não muito "crítico" sobre as mazelas da vida. Mas foi uma leitura interessante, e ainda hoje é bem atual...
@@Litteramais É verdade, salvo alguns casos mais específicos... Mas geralmente no campo da ficção, as situações mais "mundanas" não movem muito os meus sentimentos. - Talvez por saber que é ficção, e não realidade. Mas com livros reportagem, ou com aqueles com relatos de guerra (por exemplo), estes sim já tem algum impacto no meu emocional... Ou ao menos, estes me fazem "refletir" sobre as situações ali explanadas. E já as obras com personagens animais, seja ficção ou não, estas sempre ativam minhas emoções... E não tenho como controlar isto!
Marcelo, sua questão é muito boa. Torna-se praticamente impossível para um autor falar sobre animais sem atribuir-lhes características humanas que vão passar pelo olhar (humano) do autor e pela mediação da linguagem. O que me parece mais humano em Baleia é sua sensibilidade: uma percepção refinada do outro. Ela sabe o tempo de conduzir e ser conduzida pela família, isso irá mediar suas ações. Obrigada pelo comentário.
Posso nem lembrar que choro.
Eu chorei tanto com a morte da Baleia que me senti até culpada por não ter sentido a mesma intensidade de angústia pelos outros personagens. Depois do seu vídeo, acho que entendi o porquê da minha comoção. Ela era um resumo dos outros personagens. É como se a sua morte fosse a última gota d'água que fez transbordar minhas emoções.
Oi, a Baleia emociona mesmo a gente, ela tem uma existência tão real e sensível que fica difícil seguir a história após sua morte. Essa é uma das mágicas da literatura, tocar a experiência individual do leitor. Obrigada por compartilhar tuas percepções comigo.
Olá Daniela! Vidas Secas foi um dos muitos livros que lí na época da escola. Talvez ainda em um dos anos do colegial... Mas esta obra também cheguei a reler anos depois, já quando estava na universidade. E por incrível que pareça, eu ainda possuo este livro aqui em casa! E acredite, foi justamente por causa do cachorro que não me desfiz da obra.
Mas isto não é algo exatamente "incomum", já que personagens que são animais, quase sempre acabam por me despertar um certo tipo de afeto. - Descontando é claro, aquela famosa obra de John Grogan, que (infelizmente), foi um livro com o qual me identifiquei muito. - Digo, a forma que o Marley morreu, e até o motivo do problema de saúde dele, também foram a causa da morte de um dos cachorros que fizeram parte da minha vida.
Mas voltando a Vidas Secas, a obra é realmente uma leitura bem interessante, e retrata bem aquela realidade incerta dos retirantes, cheia de angústias e incertezas... Um verdadeiro clássico da literatura brasileira, e que com certeza merece ser chamado desta forma: Um clássico!
Oi, Fábio! Pois sabe que eu não li (ainda)o Marley? Vidas secas é tão bonito, eu parei em várias passagens para pensar, é bom que existam livros assim. Tem razão, clássico!
@@Litteramais "Marley e Eu", eu li bem antes do modismo. Tanto que nem sabia que o cachorro acabaria sacrificado. Mas aquela foi uma leitura que não me fez muito bem.
E é engraçado, pois obras com crimes hediondos, e as vezes até inspirados na realidade, isto não me afeta nem um pouco. Mas já com animais, aí sim me incomoda...
Mas com Vidas Secas não chegou a me afetar tanto. Apenas me fez refletir, mas de um jeito mais "observador", e não muito "crítico" sobre as mazelas da vida.
Mas foi uma leitura interessante, e ainda hoje é bem atual...
Parece que a gente se anestesia um pouco quando o assunto é o homem, aliás, será o tema do vídeo de 7 de abril.
@@Litteramais É verdade, salvo alguns casos mais específicos... Mas geralmente no campo da ficção, as situações mais "mundanas" não movem muito os meus sentimentos. - Talvez por saber que é ficção, e não realidade.
Mas com livros reportagem, ou com aqueles com relatos de guerra (por exemplo), estes sim já tem algum impacto no meu emocional... Ou ao menos, estes me fazem "refletir" sobre as situações ali explanadas.
E já as obras com personagens animais, seja ficção ou não, estas sempre ativam minhas emoções... E não tenho como controlar isto!
Muito boa análise, mas só não entendi como "ossos saltam das vértebras"..
Oi, Izaias, me refiro a magreza excessiva da Baleia, a coluna vertebral muito aparente. Fico feliz que tenha gostado, obrigada pelo prestígio!
qual características humanas baleia ganha ?
Marcelo, sua questão é muito boa. Torna-se praticamente impossível para um autor falar sobre animais sem atribuir-lhes características humanas que vão passar pelo olhar (humano) do autor e pela mediação da linguagem. O que me parece mais humano em Baleia é sua sensibilidade: uma percepção refinada do outro. Ela sabe o tempo de conduzir e ser conduzida pela família, isso irá mediar suas ações. Obrigada pelo comentário.
@@Litteramais eu que agradeço pelo conteúdo