Finalmente alguém reivindicando a luta parda. A realidade do Brasil é BRASILEIRA, não dá pra importar pautas dos EUA ou Europa, a nossa história é outra, desde o princípio. Não dá para ignorar a massa mestiça imensa do país pra se encaixar em pautas norte-americanas.
A realidade prática brasileira é imperativa, não tem como separar raça e classe, isso não é ideologia importada dos EUA. Sendo pardo, indígena ou preto, todos herdaram os espólios da colonização e da senzala: desigualdade, favelização, racismo, violência, etc. Se alguém é pardo mas não é o Neymar, está fora dos espaços de influência e poder. Sendo então a maior parte da sociedade estão todos no mesmo barco, não deveriam nunca se dividir por causa de identitarismo, ainda que não se sintam representados dentro das pautas do movimento negro. Devemos ser todos solidários uns aos outros, ainda que questões identitárias de um grupo ou outro possam nos colocar em confronto. Na luta maior precisamos sempre estar do mesmo lado.
@@rapiner faça um texto coerente sobre sua opinião, eu fiz um. Se não sabe ler, eu vou resumir: "pretos e pardos estão no mesmo balaio", sofrem as consequências da colonização e da escravidão.
@@golunprecioso6364 O assunto era colocar todos no mesmo balaio e importar discursos e questões que só valem para os Estados Unidos, para de falar besteira
Minha mãe teve três filhos, um pra cada relacionamento. Ela é uma mulher parda, e o primeiro marido (pai do meu irmão) era branco. Dps ela teve um relacionamento com um homem preto, que é meu pai. E o ultimo casamento dela foi com um homem pardo, que é pai da minha irmã. Aí ficou um negócio legal que, meu irmão é branco, eu sou preto e minha irmã é parda. Isso é o puro suco do brasil kssksk
Minha o opinião o grupo dos pardos como eu por exemplo NOS sabemos que sofremos menos preconceitos Mas existe também mas bem MENOS Minha FAMÍLIA e uma mistura so Por parte de pai e MÃE E notei que os meus primos que são BRANCOS tiveram mais oportunidade no trabalho E OS que são pardos e mais escuros ainda já tivermos que ralar MAIS Então quero DIZER a sociedade brasileira tem esse TIPO de preconceitos SIM ACHO hoje não cabe mais está hipocresia PORQUE Quem vai doar sangue e quem vai receber não vai ter diferença porque o importante é receberem o sangue pra SALVAR a vida NÉ acho que vcs entendeu oque eu quis dizer jóia parabéns pela a narrativas jóia likes
@@josezecarlosteodoro9977 A realidade prática brasileira é imperativa, não tem como separar raça e classe, isso não é ideologia importada dos EUA. Sendo pardo, indígena ou preto, todos herdaram os espólios da colonização e da senzala: desigualdade, favelização, racismo, violência, etc. Se alguém é pardo mas não é o Neymar, está fora dos espaços de influência e poder. Sendo então a maior parte da sociedade estão todos no mesmo barco, não deveriam nunca se dividir por causa de identitarismo, ainda que não se sintam representados dentro das pautas do movimento negro. Devemos ser todos solidários uns aos outros, ainda que questões identitárias de um grupo ou outro possam nos colocar em confronto. Na luta maior estaremos sempre do mesmo lado.
@@golunprecioso6364 você fez uma boa observação quando citou a divisão entre classes. Penso que você estava falando das classes sócio-econômicas. Quem tem renda de 1 salário mínimo, por exemplo, pertence à mesma classe, ao mesmo grupo social, econômico e politico, independentemente de questões raciiais. Essa ideia é a que, ao meu sentir, geraria uma verdadeira união.
Até que enfim alguém falando algo que passo a vida toda. O Brasil tem uma história única, não da para se colocar na mesma caixa que os EUA. Minha mãe costumava dizer quando eu era criança "Café misturado ao leite gera café com leite". Amo as minhas origens e não nego nenhum dos dois lados, nem preto e nem branco. ♥
Pessoas tem direito de não se assumirem, mas que "é É", indiferente a questão dos irmãos estadunidenses. Mas, os que preferem não se assumir, fiquem "tranquilinhos", sejam BRANCOS... sem remorso!
Assim como você, se for esse na foto, eu também sou pardo (pai branco mãe negra) e puxei meu fenótipo bem mais pro branco, meus lábios é onde está mais evidente a miscigenação e não vou renegar minhas origens escolhendo um lado.
@@pedrojosedasilva2146 mas jamais o movimento negro brasileiro o classificaria como negro, pelo menos pela foto do perfil ele não tem os traços negroides e nem o tom de pele retinto e aconteceria como acontece com a Vanessa da Mata, Bela Gil, Camila Pitanga... para alguns grupos será uma pessoa negra, já para outros não e além disso, excluir toda sua ancestralidade branca, colocando ela como se fosse algo ruim da sua árvore genealógica .
Passei a me sentir perdido tempo atrás por conta dessa situação de ter que me encaixar em um grupo e olha não tem como. Mãe parda, pai branco, irmãos pardos e eu que nasci com a pele mais clara, porém com o cabelo muito crespo e lábios grossos. Levei anos para aceitar não ter nascido com o cabelo liso ou ondulado como dos meus pais, tios, irmão... e quando passo a aceitar surge essa questão de ter que me encaixar em um grupo, ter que me declarar pardo, branco, negro, indigena... mas nunca mestiço. Hoje não me importo com isso, me considero mestiço, sei das minhas origens negra e branca e tenho orgulho de ambas, pois se sou o que sou hoje, foi em decorrência delas. O movimento negro é válido e apoio, assim como todos os outros de minorias, mas não podemos negar que somos o país mais miscigenado do mundo ou um dos mais e que nós, os mestiços existimos.
Perfeito! nunca me considerei branco nem negro. o brasil tem uma mania doentia de importar tudo que vem dos EUA sem um mínimo de critica e são problemas exclusivos lá como o "identitariíssimo" e a questão racial muitas vezes por razões políticas afim de obter poder ou influência porque os pardos são a maioria da população e eles, o "movimento negro" , muitas vezes com envolvimento partidário precisam que acreditemos em sua narrativa pseudo norte americana para conseguirem seus propositos. seus estudos esclarecem muitas coisas parabéns!
Nada a ver com questão partidária. O poder é apenas o instrumento necessário para realizar a mudança. Também não tem nada a ver com EUA, é só olhar para a própria realidade brasileira, onde negros, pardos, indígenas continuam fora dos espaços de influência. Sendo a maioria da população, onde estão os negros diretores, magistrados, CEOs de grandes corporações, etc?
@@Bandeira_Dev Que local de branco ? Desde quando o Brasil tem lugar segregado ? Tá falando de classe social e isto não define raça. A elite é branca mas a massa é heterogênea. Um branco de fora da elite também é tratado como "negro" nesses locais aí que tu cita. Aliás, deves morar no Alabama pelo jeito.
Aqui em Moçambique (Africa) pessoas "mulatas" que são as pessoas pardas no Brasil, não são consideradas negras como tal! Mas sim uma pessoa Mulata ou parda, mista etc que eu acho ser o correto, porque é uma junção de duas raças diferentes, então como isso daria so uma raça? Não faz sentido nenhum kkk também sempre fiquei assim com os estados unidos de chamar todas as pessoas mistas de negras! Eu tenho três "mixs"😂 Meu pai é paquistanês, e minha mãe é parte portuguesa e parte moçambicana, mas todo mundo pensa que eu tenho ascendência marroquina😂 vai entender né
Só uma correção. Aqui no Brasil, Pardo é todo mestiço que tenha a pele marrom, não só os Mulatos. Os Caboclos, que são a mistura de índios com brancos, também são pardos.
@@socialistapatriota3444 Não. Pardo é apenas 03 misturas: Mulatos, Caboclos e Cafuzos, todos os que tem pele marrom, porque a palavra pardo significa "marrom". Assim, os ainocos, mestiços de amarelos com brancos, não são pardos.
Ufa! Até que enfim eu encontrei alguém que tem a mesma sintonia e visão sobre essa questão racial!!! Parabéns pela coragem! Mas fique alerta, pois os ativistas vão querer te engolir. De qualquer forma, continue levando essa visão sóbria sobre a questão racial; tem muita gente precisando tomar um "chá de realidade", colocar os pés no chão e se olhar no espelho com sinceridade e não com modismo e conveniências.
@@parditudeApenas algumas correções: 1) o regime de segregação racial americano não foi o "apartheid" mas "Jim Crow"; 2) a realidade brasileira é distinta, mas os negros apenas foram importados para o Brasil pelos portugueses porque os indígenas se recusavam a trabalhar nos engenhos de cana do açúcar e em outros trabalhos agrícolas; 3) párem de dizer que o Brasil foi pilhado e saqueado pelo meu povo (portugueses) porque não corresponde à realidade (os portugueses transferiram a corte para o Brasil, desenvolveram os grémios literários e as universidades brasileiras, entre outras coisas positivas); 4) nem todos os colonos ingleses dos EUA, no início, iam com suas famílias inteiras; 5) a economia brasileira é o que é não por falta de recursos (comparativamente aos EUA o Brasil tem mais recursos naturais)...ainda bem que não colocas todo o mundo no mesmo saco...há muito que eu digo que a maioria da população brasileira não é negra e sim mestiça (parda)...negros são apenas cerca de 7%...
Você consegue ententeder que "ativistas" são necessários, porque são eles quem fazem as pressões politicas necessárias? Que sem eles essa linda mocinha ,hoje se identificaria como branca e talvez nem estudando sobre isso estaria?
@@denisemaria4265 Denise, com respeito à sua posição de ativismo ser algo necessário, eu discordo amplamente. E com todo o respeito que tenho por qualquer pessoa que tome para si a responsabilidade de levar conhecimento e esclarecimento aos próximos, eu discordo não quanto ao teor e a sua importância mas sim como a maneira que essa verdade toma forma e as ferramentas usadas para compartilhar essa mensagem. Como é um assunto um tanto quanto complexo que se você não perceber, acabará ultrapassando os limites entre vaidade pessoal e verdade factual, entre abordagens assertivas e discussões hostis , entre colaboração social e competição egocêntrica. Infelizmente o ativismo, o partidarismo, acabam por matar e contaminar a criança pura que é a VERDADE... a mensagem que se quer passar.
vídeo necessário. sou mestiça indígena dos povos do Sul com brancos e pretos em minoria (uma vó é mestiça de preto com polaca casou com um branco tendo minha mãe parda outra é indígena do RS e se casou com italiano, tendo meu pai, o que chamam aqui de caboclo), e nossa, em questão de identidade sempre foi complicado, não consegui me encaixar em nenhum grupo. tenho cabelo natural cacheado e rosto indígena com pele clara. no movimento preto foi uma piada basicamente, obviamente não era preta, pensei que poderia por conta do cabelo e traços não brancos, nada. pessoas realmente brancas não me reconhecem como branca, e agora que tenho o cabelo alisado no trabalho os clientes me perguntam se sou asiática, é complicado. creio com certeza que sou em maior porcentagem indígena, por aparência e traços, infelizmente é o povo mais desvalorizado e esquecido desse país, que hoje reafirmo sua existência de toda forma que posso, mas sinceramente, explicar etnia é cansativo, principalmente pra essa galera que resume tudo a ou é branco ou é preto. excluem diversas etnias como os marrons (índios do país Índia mesmo), árabes, asiaticos, indígenas etc
É engraçado isso, parece que todo mundo que tem fenótipo indígena já foi chamado de asiático ksksk Eu bebezinha de olhinhos puxados falavam que minha mãe pulou a cerca com o vizinho japonês sendo que meu pai puxou os traços indígenas da minha bisavó e eu puxei dele.
Eu tenho bisavó indígena do Sul. meu olho não é pequeno, mas minha pálpebra é caída, herdei os cabelos castanhos de fios grossos, o nariz largo e as feições mais marcantes. Eu olho os indígenas do RS e me reconheço nos traços do nariz e da boca, no formato do rosto. O incrível é que as minhas tias e mãe nao herdaram, nem o filho dela meu avô. Somente eu e uma tia. Sou branca isso é inegável. Porém eu não sou vista como uma branca padrão, não sou vista como bonita. Me sinto esquisita perto de outras brancas, sempre me senti o patinho feio. Sei que continuo sendo branca, mas é só um desabafo.
@@Gigi-op9fqcomo vc e Do sul que a Maiora são brancos puros imagino que seja difícil mesmo.. ainda mais poloneses é alemães que são bem brancos.. em outras regiões os brancos são todos ou quase todos mestiços não tem mais brancos padrão europeu. Todos tem cara de latino americano mestiço. Se morasse aqui em Goiás vc não teria dúvida da sua branquitute. Exemplo. Leonardo cantor conhece né? Então aqui ele é branco a grande maiora dos brancos são daquela cor lá. Até mais mais calor.. mas vc ver claramente que ele nunca se passaria por um europeu.. o sul ele se misturou pouco. Então a grande maiora dos brancos ainda são iguais europeus. Em outras regiões não..
Ao afirmarem que todas as pessoas não brancas no Brasil são negras, acabam por apagar a identidade cabocla brasileira, como você bem apontou, que é muito comum nos interiores e na Amazônia, mais até que a afro-brasileira. Outra coisa, o sistema de cotas diz que para ter acesso à cota racial tem que ter "características da ancestralidade negra" (cabelos, nariz, cor etc.), mas o pardo indígena não tem, o que desse modo o deixa fora dessas cotas, mesmo que seja contado como negro (pardo + preto = negro). Ou seja, eles contam para dar visibilidade, mas são excluídos das benesses. É no mínimo irônico. Não acho que esse sistema é a solução, pois ele mesmo é desigual e segregador. Parabéns pelo vídeo e canal, muito esclarecedores. 👏👏👏👏👏🎖
Oi. A lei das cotas diz especificamente que o direito é para negros, pardos e indígenas. E a pessoa tem que se declarar como sendo uma dessas raças. Nunca vi em nenhum lugar que a admissão é feita na observação física.
@@luciasantos1211 Não existe cotas para pardos. Pardos depois que saem das estatísticas do IBGE são agrupados com "pretos" e essas duas categorias censitárias são tratadas com sub-categoria de negro ( Estatuto da igualdade racial, mídia pró identitária, justiça, partidos liberais e de esquerda globalista ). Daí quando ocorre de pardos acessarem as cotas deixam de existir os critérios do IBGE e passam a vigorar os do Movimento Negro, que consideram pardos somente os mulatos/sararás/cafuzos com traços predominantemente afros. Lembrando sempre que na hora de estipular o percentual das cotas para negros eles usam todos os auto-declarados pardos, como se o IBGE aplicasse os critérios deles, desconsiderando que o instituto utiliza critérios que incluiu, por exemplo, mestiços de índios com brancos com pouca ou mesmo nenhuma ascendência ou marca africana. E não existe cotas para indígenas em concursos públicos.
@@jaguarnordestino Não se combate segregação segregando. Desse modo, não me parece justo que um negro rico tenha direito à cota racial, enquanto um pardo pobre não.
Simplesmente perfeita. Essa tua pesquisa vai crescer muito. Muita gente ainda não tem consciência de sua parditude e fica perdida nos movimentos raciais norteamericanizados. Há muito que penso sobre esse assunto e me achava perdida e confusa, com medo de falar por não ter embasamento e por ser uma pessoa branca. Aprendendo mais a cada dia. Obrigada.
@@OAgente_86 é mais uma caixinha pra colocarem a gente. Acho que todos nós não deveríamos mais importar essas pautas que vem lá daqueles países atrasados de “primeiro mundo”. A gente deveria se identificar mesmo é como brasileiros. E só.
@@ALUCINOSE o que está entre o asiático (amarelo), índio (vermelho), preto e branco, é pardo. E dentro do pardo tem de tudo. Falo moreno claro porque tem retardado que me chama de branco outros que me chamam de preto. E eu não sou nem um nem outro.
Top 3 dos vídeos mais importantes da minha vida. Esse tema deveria ser básico para a maioria dos brasileiros. Sou mestiço, filho de mestiços, mas tenho irmãos de pele mais clara. Nunca me senti branco, mas o movimento negro também nunca me aceitou, a não ser recentemente. A explicação está nesses seus 15 minutos de sabedoria. Obrigado!
Muito bom! Sempre que alguém fala que o brasil é 60% negro porque o IBGE fala eu fico abismado com essa interpretação. Se o brasil é 60% negro ele também é 80% branco ao mesmo tempo, e a conta não fecha. Afinal, porque os mestiços contariam pra um grupo só? O brasil é, sim, mestiço. Aliás acho que recentemente os mestiços já somam mais de 50% da população.
@@falcongomes9035Só no dia em que movimento negro para de contabilizar os pardos como negro, é diminuir as cotas raciais de acordo com a porcentagem de preto.
@@falcongomes9035O dia em que movimento negro para de contabilizar os pardos como negras, é diminuir a porcentagem da cota de acordo com a população preta no Brasil.
Na sexta série (atual sétimo ano), tive que preencher um formulário na escola com a informação "raça". E eu não sabia responder. Minha mãe insistiu que eu era branco, mas ficou evidente pra mim que não. Desde então, adotei pardo como identidade e ainda marco essa caixa sempre. Mas de lá pra cá, mesmo encarnando a identidade "negro" (por entender que pardo seria negro), não me senti inteiramente incluído; aliás, é muito frequente que, se uma pessoa parda diz algo que desagrada, pessoas pretas venha criticá-la dizendo que ela não é negra (até chamando de branca). Mas, na hora da estatística, essas mesmas pessoas dizem que o país é de maioria negra, e com isso contam todos os pardos; e se o pardo tenta utilizar uma política pública afirmativa, tende a ser atacado e deslegitimado, visto como impostor. Obrigado pelo seu vídeo, pois me abriu a cabeça para o fato de que, talvez, pardos sejam um grupo "racial" próprio, que vivencia racismo por ser não branco, mas que não é necessariamente um braço da negritude.
Não existe pardo. Vc é preto sim, não tenha vergonha de se assumir preto como a pessoa do vídeo. Não é pq vc não é preto retinto que deixa de ser preto. Esse vídeo exala racismo e negação da história.
Muito bom! Parabéns pela coragem! Acrescentaria duas coisas: 1- a necessidade de união entre negros e pardos parte de uma falsa premissa, a premissa que os aliados precisam ter a mesma identidade. O problema aí é acreditar que somente os iguais (agrupados no conjunto negro) podem lutar juntos, é o paradigma da identidade que tem marcado os movimentos sociais, fruto de uma hipertrofia da necessidade de pertencimento. 2- Os mestiços contrariam essa lógica por ser difícil encaixá-los em uma identidade, visto que são identificados de formas diferentes a depender do contexto. Por isso, acredito que o interessante na mestiçagem é justamente bagunçar a ideia de identidade
Na verdade, a premissa que baseia essa união não é centralmente essa, e sim a da constatação da necessidade de recuperação e reconstituição da negritude nas suas manifestações históricas, culturais e fenotípicas. Isso é algo que surge como resposta à ideologia da miscigenação, uma vez que o embraquecimento implica o apagamento e a desvalorização dos elementos negros, gerando um desbalanceamento histórico e subjetivo nos mestiços que privilegia os elementos da hegemonia branca. A identificação de pardos e pretos sob a rúbrica do negro é, portanto, um imperativo ético de fundamentação histórica e antropológica, não apenas identitária, embora realmente tenha encontrado um fluxo de reprodução considerável na forma do identitarismo.
@@tadiospdo Que fundamentção histórica ? No Brasil o mestiço sempre teve a sua identidade. Isso é puro canetaço do identitarismo bancado por bilionários sionistas pra desconstruir nossa identidade nacional. E isso pra não falar do apagamento da ancestralidade ameríndia nessa história de agrupar "pretos" e pardos numa categoria única.
Sobre se sentir ninguém, me sinto assim. Sou pardo, partes das pessoas ficam divididas em relação a mim, inclusive eu. Falam que nunca vou sofrer racismo ou algo do tipo, mas, quando ganhei uma bolsa num cursinho pré vestibular, eu lembro de ter cortado o cabelo curto, como eu gosto, desde então me redescobrir pardo. Pois lembro que alguns alunos ficavam me chamando de índio, tupi-guarani, "mim índio". Mas o fato mais marcante foi quando eu fui chamado de noiado por um professor, o mesmome tacou um giz e disse que era uma pedra de crack para eu fumar,na frente de toda turma. Fiquei e fico triste até hoje, pois preferir ficar calado para não perder a bolsa o que minha mãe concordou. Falei para os meus irmãos sobre, depois de 1 ano, eles criticaram eu não ter feito nada, os mesmos sempre me tiraram,falando que não sou negro e não era merecedor de cotas. Tudo mudou ou pelo menos um pouco,quando vi Mano Brown, ele falava que se sentia um ninguém pela sua cor, pela criança da sua mãe, estudar em escola se branco, ficar na marginalidade em tudo etc. Bom Terminei o último ano do ensino médio em 2023, sinto que não passei no vestibular, mas vou me esforçar mais esse ano, pois sinto que posso me descobrir em uma universidades pública e cursando Direito vou lutar pelo irmãozinho que nem eu.
Fico muito triste com sua história e eu torço muito para que você consiga se formar e se tornar um profissional incrível. Vai alcançar tudo o que deseja e vai conseguir ajudar quem precisa. Boa sorte e muito amor pra vc!!!!!!
Comecei lendo seu relato achando que você estava falando de um acontecimento de anos atrás… aí quando você disse q terminou os estudos agora em 2023 foi como um soco no estômago. Que merda de professor é esse? Se nos anos 80/90 já era intolerável um comportamento desse, agora chega a ser criminoso tamanho mau-caratismo e falta de preparo. Sinto muito por toda essa situação, espero que os momentos de glória da vida te encontrem logo 😢
Gostei do seu vídeo no Instagram. Ontem eu estava conversando com a minha filha sobre o conceito de uma gota de sangue. Eu sou uma pessoa mestiça. E o meu marido é branco , louro de olhos azuis. Minha filha também é loura de olhos azuis. Pelo conceito de uma gota de sangue, tanto ela quanto eu seríamos consideradas negras no Estados Unidos. Nós carregamos uma cultura de miscigenação. Não podemos deixar de lado nossa ancestralidade indígena e europeia e ou qualquer outra, porque foi determinado por uma lei de outro país , que só podemos ser uma coisa só!
Não existe mais esse conceito de ''uma gota de sangue'' nos Estados Unidos há pelo menos uns 100 anos. Ninguém mais faz teste de ancestralidade nos recém-nascidos nos Estados Unidos para saber as suas porcentagens. Se a sua filha tem a pele branca e a fisionomia eurodescendente, ela será considerada branca. Eu vejo constantemente brasileiros mencionando a tal da ''uma gota de sangue'', e eu me pergunto se esses brasileiros estão vivendo no século 21 ou no século 19.
Esse vídeo foi muito esclarecedor. Em diversas situações em que me autodenominei negro, pessoas brancas e negras (retintas), disseram que eu não sou negro. Desde então fico constrangido em me definir e parecer que estou me apropriando indevidamente de alguma etnia. Eu sou o resultado de um pai mestiço de indígena com negro e de uma mãe branca e loira. Após esse vídeo/estudo, estou mais seguro em me definir como pardo. Obrigado pelo pontapé inicial, seguirei com os estudos dessa área.
As vezes por atração pela militância de algo nos deixamos levar por esses pilantras identitários. Eu também já cheguei a me ver e dizer que sou negro ( bem fiasquento ) da mesma forma com que na adolescência, por conta do ideal racista da branquitude, me via como branco. A identidade real, parda, é a melhor escolha pra não ser um fiasquento com aquele idiota do Spartakus.
Muito bom! O Brasil tem sua história própria, por isso, deve desenvolver políticas próprias, não importadas de países que tiveram experiências diferentes. Darcy Ribeiro. Maravilhoso! Saudades ❤
@@Jerahmeelli415 , porque, como explicado no vídeo, os objetos são diferentes. Uma prática ou política que funciona em um determinado objeto, quando aplicada em outro, não alcançará, necessariamente, o mesmo resultado. Aqui, no Brasil, a política da hipodescendência gerou a anulação psicossocial dos mestiços, discursos maniqueístas e, consequentemente, uma polarização que só favoreceu a oligarquia que está no poder, há mais de 100 anos, controlando e explorando a população - através de discursos e ações populistas, que não mudam a realidade de fato. Não mudam o status quo.
Fantástico! Começar a acompanhar seu conteúdo e suas pesquisas me resgatou de um não lugar. Que você cresça cada dia mais e sua voz chegue mais e mais alto!
Excelente explanação! Pardos não são negros, tampouco brancos. São, exatamente, pardos! E nos orgulhamos disso: de nossa ascendência negra e de nossa ascendência branca, ambas igualmente importantes para formar o que somos.
Depois de anos tentando me encaixar no movimento indígena e sempre tendo a minha identidade colocada em cheque por não ter crescido em algum território, hoje me sinto confortável em dizer que sou parda. Sou filha de um homem branco e uma mulher parda (é dela que vem a nossa descendência indígena) e cresci na cidade. Passei a infância e adolescência sendo chamada de “indiazinha” e de outros nomes mais pejorativos. Já quase apanhei de uma mulher branca na rua por estar pintada de grafismo. Se a minha experiência não é legítima eu escolho o caminho de volta e abraço a “ninguemdade”.
Seria legal você levar em conta a etnogênese. Você pode ser parda e manter a sua cultura ancestral. Veja esse vídeo: ua-cam.com/video/cQkA5PDow2s/v-deo.html
Estou na mesma. Minha mãe é negra com indígena e meu pai branco com indígena e por muito tempo eu tive pessoas discutindo sobre minha raça, dizendo que era só eu "tomar banho" que "ficava branca", entre muitas outras violências discursivas. Hoje em dia que faço descoloração e uso cabelo loiro, passo por branca, mas enquanto usava o cabelo natural, escuro, liso e grosso, era facilmente vista como "indígena fora do habitat" e essas merdas racistas. Minha identidade racial é um limbo. E pra piorar a gente ainda tem que escutar que mestiçagem é a pior atrocidade do planeta tanto de brancos quanto de pretos. 😒
É por causa disso que as estatísticas do Brasil dizem que temos quase nada de indígenas no Brasil, o que é mentira! No mínimo, bem no mínimo, temos 5% de indígenas e mestiços indígenas que são ignorados.
@@pengngep8950 verdade! Acho que pode ser bem além de 5% ná verdade. No Brasil colônia havia muitos relatos de concubinato com indígenas. Uma grande parcela de nossa população é dependente de indígenas, mesmo do século XX, mas é algo esquecido
Eu sempre tive duvida em relação a esse tempo e o seu video e canal veio como uma luz para mim, e creio que para todos os brasileiros. Muito obrigado por dedica o seu tempo e sua vida a esses estudos tão necessários para a nosso país, você é uma pessoa muito incrível
Um ponto que a existência do pardo bagunça nesse discurso/estrategia teorica que é utilizada hoje, importada dos USA, é a questão do branco periférico brasileiro e a mistura que se deu no seio da classe trabalhadora e sertaneja. Ora se existem pardos na favela ou no sertão eles não vieram da mistura com um branco da classe dominante. O que pra mim evidencia muito mais a importância da classe social para entender etnicidade no Brasil.
Excelente tópico. Vivendo no Canadá, convivo com africanos que são imigrantes, como eu. Para nenhum deles posso ser considerado negro: riem quando digo isso. Pergunto o que sou, então? “Brasileiro “ - respondem.
Já reparei que no exterior eles não levam em conta sua etnia mesmo (negro, pardo, branco) e sim seu local de origem. Por isso muitos brasileiros de pele branca lá fora não são reconhecidos como brancos, e sim como latinos.
@Diogo014Depende muito de qual europeu ocidental você está falando. Eu estava conversando com uma garota alemã, e ela me falou sobre o fato de sempre ficar vermelha no sol. Então, eu comentei que poderia ser por ela ser "muito branca", e ela não gostou, mesmo sendo claramente branca e loira para nós. Acontece que eles têm uma ideia diferente disso. Na verdade, dificilmente tocam nesse assunto fora de contexto, o que é bom para evitar mal-entendidos. No entanto, quando se trata de uma pessoa parda, eles podem dizer "brown skin", e quando é uma pessoa de pele escura, podem dizer "dark skin", enquanto para branca usam "light skin", o que eu acho mais correto.
Eu fiquei impressionado. A sua reflexão não trouxe lacração ou fundamentos em polaridades. Trouxe estudo, história, base sólidas e argumentação precisa. Muito obrigado
Eu precisava desse vídeo. Estou há anos tentando me definir. E tem gente que fala que sou negra, aí falam que minha pele é branca demais então sou branca. Aí teve uma época que diziam que não devia mais falar pardo. Veio a moça do ibge me perguntar como me identificava e eu passei um tempo pra escolher qual seria a melhor opção e não lembro qual eu disse.
O pardismo te aceita do jeito que é, nao importa se é mais branco ou mais negro ou mais indígena ou mais asiático, vc é uma mistura, uma mistura perfeita e única
Branca ou negra. Não é a pele que define isso, são os complementos. As vezes a pele é branca mais o nariz, o cabelo, a boca e olhos não são e é por isso chamam de negro.
Ainda bem que alguém inteligente veio para falar algo que presta sem esse papo militante e partidário. E com fundamento histórico mediante a sociedade. Parabéns!👏👏👏
Depende do local que vc está geograficamente falando: morei 8 anos em uma cidade no interior de MInas (com forte presença italiana) lá era negro; onde moro hoje (interior do RJ) sou pardo, moreno claro ou até mesmo branco (por alguns amigos negros, kkk) isso é o Brasil rsrs
Meu pai era preto, alguns o identificavam como mulato. A minha mãe era branca. Deste casamento inter-racial nasceu eu e minha irmã. É importante ressaltar como a sociedade da epoca, refiro-me a segunda metade da decada de 1950, primeira de 1960, via esta criança separadamente ou quando estava com apenas um dos pais. Quando estava com a minha mãe, não era raro as pessoas perguntarem "ela é adotada? " Sim, as pessoas pareciam bem mais sem noção do que hoje. Isso acontecia até com certa frequencia e acredito foi a semente do meu questionamento infantil. Oras, se eu não tinha a cor do meu pai e nem da minha mãe, logo era adotada! A minha mãe acabou me convencendo do contrario apenas usando o exemplo simples da mistura café com leite. Passado esta etapa, viria a segunda, como a minha cor era reconhecida na sociedade? Branca, preta, mulata, morena, parda? Mas seja lá qual nome poderiam dar para a minha cor, havia uma ideia de que era cor fruto de uma mistura de cores. Esta mistura levantava a questão da pureza e até da beleza cor.. Nesta outra fase, quando comecei achar a minha cor feia, um dia a minha mãe me pegou esfregado fortemente os meus braços com a bucha para arear as panelas. Eu lembro de ver os meus braços vermelhos. A intenção era ficar mais clara com uma cor "mais bonita". Contei esta minha história para mostrar como a falta de uma identidade nacional que não envolva a cor da pele de uma parte significativa de brasileiros pode afetar a autoestima das crianças. Elas buscam se encaixar dentro de suas aparências numa sociedade multipla, mas que as aceitem. Os adultos não são ensinados sobre a importância desta identidade, até porque também não aprenderam. Quando surgiram o movimento negro, nesta de botar os mestiços como negros, aumentou a dificuldade de se enxergar o óbvio. Lembrei da minha mãe quando me disse que a minha cor era a mistura de café com leite. Eu não era café nem era leite, e tudo bem! Por que deveria ser apenas café? Ressaltar a mestiçagem, a sua beleza e modo de ser, seria uma maneira de aumentar a autoestima das crianças e até alguns adultos. Seria também um marco para a brasilidade, ainda tão frágil.
Eu também sou mestiço. Mãe branca (que também tem indígenas e pretos na família). Pai pardo (que também tem pretos e brancos na sua família de origem). Tenho um irmão que puxou traços indígenas, tenho dois que puxaram mais a cor branca, porém cabelos mais ondulados que o meu, tenho irmãs dos cabelos cacheados. Se for buscar de maneira mais macro. Minha família, contando com tios, avós, primos e irmãos, coube nesta "salada" brancos (olhos verdes), pretos, indígenas, orientais (japoneses) e pardos. Fui basicamente neste censo, por causa do movimento da causa negra no Brasil me assumir ser preto. Agora, vou me assumir pardo! Já chegaram a me perguntar no serviço (uma colega preta) porquê eu sendo preto tinha um cabelo ondulado. Falei, é minhas origens. Outro fato é que minha esposa (branca) duvidou que na infância eu tinha cabelos lisos. Tive que mostrar minha foto (rsrsrs). SOU BRASILEIRO, SOU PARDO!
Eu literalmente acabei de descobrir o termo “hipodescendência” através de uma pesquisa aleatória no Google, daí o UA-cam te recomenda. Muito bom o vídeo, meus parabéns 👏
@@kaizennojujutsu6134 Hipodescendência, do grego "hipos", "para baixo", ou seja, classificar a descendência "para baixo" é uma idéia extremamente racista. Basicamente propõe por as raças humanas numa escala de "pior" para "melhor" e que o indivíduo sempre será rotulado racialmente pela raça considerada "pior", pois a raça "pior" anula a "pureza" da raça "melhor". Os americanos fazem isso... Por exemplo, se o cara é filho de alemão com italiana, então ele será sempre italiano porque consideram o italiano inferior ao alemão, e portanto, a ancestralidade italiana anula a alemã.
Vi o trecho curto no instagram e não poderia deixar de ver a versão completa. Parabéns pelo excelente trabalho. Já me inscrevi para continuar acompanhando.
Sou uma pessoa parda e não me considero negra. Tenho a audácia de dizer que nunca sofri racismo, como uma abordagem policial agressiva. Tenho cabelos crespos, nariz grande, mas não largo, e pele bem neutra, nem muito negra nem muito branca. No ano passado, durante uma viagem, tive um pequeno debate com uma amiga que ficou indignada quando disse que não me identificava como negro. Sinceramente, nunca entendi o motivo dessa revolta dela. Agora percebo que muito disso é exatamente o que está escrito no vídeo. Gostei muito do vídeo, mesmo tendo entrado nele com certo receio e preconceito. Todos os paradigmas que tinham foram quebrados pelos argumentos, simplicidade, autenticidade e educação da moça que fez o vídeo. Trouxe argumentos muito sóbrios, embasados e, ao meu ver, pouco ideológicos, o que é muito difícil nos dias de hoje. Parabéns pelo trabalho! Continue assim, que você vai longe. Deus abençoe sua vida.
Pardos e pretos são negros. Essa é a classificação usada pelo IBGE. Pardo não é preto, mas pardo e preto são negros. Igual homem não é mulher, mas ambos são humanos, algo mais global.
@@diennerrosa4045 não citei o vídeo. Eu discordo da posição do vídeo que mais produz divisão do que desenvolvimento. O racismo é tão cruel que faz algumas pessoas pardas sequer querer estar no mesmo grupo de pessoas pretas, isto é, no grupo racial negro.
@@aquilombabrasil e o racismo também faz com que pessoas "obriguem" outras a serem oq elas não são ou não se identificam... Eu não sou negro, sou de familia negra, mas não sofro como os negros, nem tive as mesmas dificuldades... A menina do vídeo aparentemente respeita isso, vc não sendo racista pode aceitar a decisão/opinião desse "negro" que vos fala?
Beatriz, de acordo com sua leitura então pessoas pardas e mestiças são do mesmo grupo? São tantas vertentes raciais no ativismo brasileiro que fica difícil a gente se entender. Por muito tempo me declarava como pardo, aí depois como negro de pele clara, mas agora seu vídeo já tá me fazendo repensar tudo. Parabéns pelo conteúdo e pela forma didática e super carismática de expor o seu pensamento e conteúdo!
E no IBGE as opções são: "branca, preta, parda, amarela e indígena", nem tem negra. Você foi a pessoa que melhor abordou o assunto e finalmente eu entendi! Muito obrigado 🌹
@@lulumariano6515 Atualmente, muitas reportagens consideram que negros incluem pretos e pardos. Alguns sites dizem que o IBGE usa esse conceito, mas não achei nada oficial.
@@leolucas1980 o que me foi passado sobre o entendimento do IBGE é esse mesmo: existem os pretos e existem os pardos. O termo negro seria a representação da soma desses dois grupos.
@@felipefreire4593 Isso não é entendimento do IBGE e sim do MN e do estatuto racista que o PT/PSDB criaram. O IBGE só colabora ao utilizar esta nomenclatura ofensiva "preto" ( os canalhas do MN se sujeitam a isso para poderem roubar cotas ) e também em não divulgar os seus critérios de classificação e assim permitir que os identitários passem a ideia de que os 45% de auto-declarados pardos são todos mulatos/sararás/cafuzos com predominância de traços afro.
@@lulumariano6515 são sinônimos sim, a Beatriz também pensa assim. isso de separar negro e preto como coisas distintas é artifício do movimento negro, o povo mesmo, entende essas duas palavras como sinônimos e os são.
NINGUENDADE. Eu gostaria de saber mais sobre esse tema que acabo de conhecer. O termo me chamou a atenção, me identifiquei com ele por quê: descobri (confirmei o que desconfiava desde a minha adolescência) depois de um teste genético (DNA) que 20% do meu DNA é indígena e que minha ancestralidade branca é Ibérica e é mais antiga (não provém do último grande fluxo de imigrantes do século XIX). E o curioso e´ que ninguém da minha família sabia disso, nunca houve nenhuma história, nada... Mesmo a ancestralidade branca só é percebida pela cor da pele e sobrenomes ibéricos (Pereira, Moraes, Rosa, Ortiz...) Resumindo: o passado da minha família foi totalmente obliterado: ninguém conhece a nossa origem europeia e desconhecem totalmente nossa origem indígena.
Oie Beatriz, achei bem interessante seu ponto de vista. Mas vou ser sincero que fiquei sentido falta de alguma robustez teórica na defesa da tese. Sou estudante de psicologia e recém fiz uma matéria sobre relações étnico-raciais. Tive como professora uma das principais pesquisadoras brasileiras sobre branquitude (Lia Shucman). Nas aulas lembro bem da gente problematizar o conceito de pardo e mestiço, vendo isso como traços do racismo brasileiro, ou seja, a tese que você critíca. Acho que não sou a pessoa ideal para discutir com você pois não acho que conseguiria defender muito bem qualquer tese kkkk. Acho que seria muito massa ver você debatendo com outras pessoas aliás. Mas pensei em algumas coisas vendo o vídeo. Você uma hora sinua que a tese que excluí a identidade parda ou mestiça excluí os indigenas das relações de raça no Brasil. Mas lembro de ter lido um texto de Geni Nunes que defendia que o conceito de mesticagem foi também um etnocidio para os povos e a identidade e cultura indígena. O nome do texto, se não me engano, é "Da cor da terra". Outra coisa que me pegou foi no final, que você fala que a "cultura brasileira" pensa de forma mestiça. Achei que a afirmação ficou meio estranha, generalizando toda a cultura brasileira. Sobretudo, curti bastante a provocação e gostaria de ver mais discussões e desdobramentos dessa forma de pensamento!
Oi meu bem, como esse é um vídeo pra tornar a tese acessível para todas as pessoas, de qualquer lugar, não fico fazendo tantas referências acadêmicas, para esse ponto, você pode ler o textos oficiais, estes sim são muito ricos teoricamente e com diversas referências, inclusive a Lia Shucman. Obrigada.
Por acaso essa Lia Shucman faz parte daquela comunidade cosmopolita do nariz adunco ? Se for tá explicado essa teses imbecis anti-nacionais. Diz pra ela que eu lhe mandei uma "quenelle'.
Simplesmente magnífico! Sempre compartilhei dessa opinião e aqui ela traz de forma embasada, e elegante, um excelente resumo da história e lógica por trás desse "fenômeno" no intendimento dos movimentos negros no Brasil. Desejo-lhe força e coragem para continuar com esse trabalho, resistindo a lingua ferina dos haters
Você é fera! No Brasil somos um amálgama de raças. Sou do RS..mãe totalmente polonesa, pai gaúcho da região das Missões a boas gerações. Sempre tive amigos negros , sou de 1969 ...e digo parece as vezes, tirando a falta de educação, existia menos racismo do que hoje em alguns aspectos. Um exemplo de mestiço brasileiro.. Garrincha era mestiço de índios
Perfeitas e lúcidas observações, Beatriz. Parabéns por ter colocado tão bem essa questão que sempre me incomodou muito, sendo descendente de europeu, negro e indígena.
Onde eu vivo, na regiao Norte, a maioria esmagadora é parda, mas com pouca presença negra (afrodescendente). Esse negocio de colorismo do movimento negro é extremamente racista contra indigenas, asiaticos e arabes.
Arquitetura brasileira é parda, a nossa comida é parda, nosso português é pardo, nossos costumes são pardos, nossa música e artes são pardas, nossa sexualidade é parda...
#ironmenezes, não existe raça parda. Quanta besteira e negação da história nesse comentário. Somente pessoas que não se aceitam negras costumam dizer que são pardas.
Eu sofro tanto disso. Sou filho de uma mãe branca e loira com um pai preto, meus traços são ''delicados'', mas não ao ponto de ser branco. logo, sou invalidado pelos pretos por não ser negro o suficiente e pelos brancos por não ser branco o suficiente. Já ouvi de tudo sobre isso, uma tia falou uma vez ''olhando rápido até que você se passa por branco, mas se demorar mais dá pra perceber que você é escurinho'' ou quando meus amigos brigam comigo dizendo que eu não deveria ter direito às cotas por ser, segundo eles, ''um branco bronzeado''. Nós, pardos\mulatos\mestiços, vivemos nesse limbo identitário porque não aceitam que temos nossa própria identidade.
Estou na mesma condição que vc. O que mais me incomoda é ser mau interpretada pela minha cultura e jeito de ser, mais semelhante a da família materna q tem origem alemã e francesa as pessoas n entendem pq alguém com o meu tipo tem essa cultura.
Traços delicados? pra mim quem tem traços delicados são mulheres, você é afeminado? Não tem limbo nenhum, é muito simples na verdade, você já sofreu racismo? discriminação racial? já foi abordado com truculência pela polícia? já foi seguido por funcionários de lojas, supermercados, shoppings? já foi maltratado por alguém que sempre trata bem gente branca? se sim você é negro, ainda que seja pardo. Se não, você é um pardo/negro muuuuito privilegiado. Pq eu desconheço um pardo/negro que nunca passou por pelo menos um episódio de discriminação racial, ainda que velado, sob a forma de "brincadeira", etc.
Sensacional a sua análise! Sem enviesamento ideológico militante e ao mesmo tempo sem negar o racismo estrutural da nossa sociedade! Simplesmente perfeita, explicando tudo de forma clara e racional! Parabéns!
Muito obrigada pelo elogio, querido! É uma honra poder compartilhar minha pesquisa!! Vale lembrar: também sou militante! Apesar de pensar diferente da maioria dos militantes raciais atuais 😅
Sou pardo e só sofri racismo na Europa. Gilberto Freire identificou a mestiçagem em seu livro Casa Grande e Senzala. Particularmente considero a mestiçagem como vantagem e não prejuízo. Nosso pensamento, ligado a forma de pensamento dos primeiros colonizadores de obter a maior quantidade de bens e voltar para a Europa, imbutiu também a valorização do europeu, o branco, como padrão de desejo. Meus parabéns pelo vídeo, você está conseguindo desmistificar a mistura genética do nosso povo e valorizarmos como nação.
Nem precisava ir tão longe, vá ao interior de Santa Catarina ou RS. A questão é que não sendo pardo aqui no Brasil e em vários lugares do mundo vc já é tratado e visto de forma diferente.
Gosto muuito dos seus vídeos e não sabia que tinha canal aqui. Sou parda e demorei mt a entender isso e hj eu tenho que ouvir pessoas falando que sou branca por parecer mais claras nas minhas fotos. é lamentavel que as pautas raciais brasileiras tenha que enfreantar essa "americanização".
Rapaz, video bão em!!! Sempre senti que PARDO é o Verdadeiro Brasileiro, isso é o que temos que mais legal nesse pais essa miscigenação que aconteceu de maneira horrivel, mas que deu essa pluralidade nacional que temos.
Como a miscigenaçao se deu de maneira horrivel? Voce fala especificamente de sexo forçado com escravas vindas da africa nos navios. Essa é uma parcela. Existem os pardos da mistura de asiaticos com brancos, de judeus com asiaticos, de judeus com brancos, de brancos com indigenas, de indigenas com judeus. Inclusive a maioria da populaçao do nordeste é descendente de judeus. Pesquise. Disponha.
Beatriz, parabéns pela dedicação ao estudo desse tema tão pouco visível. Eu sou uma pessoa que é classificada como pardo, porém me sinto constrangido a cada vez que tenho de botar essa classificação num formulário. Eu sou artista visual, toda a minha vida lidei com cores e desconheço qualquer paleta ou cartela de cores, tanto física quanto digital, na qual consta um item de cor de nome "pardo". Se todos são reconhecidos por nomes de cores que existem, por que a mim me restou a mesma identificação atribuída a um envelope de papel de cor indefinida? A desculpa é que termos como moreno, mulato etc. são racistas e depreciativos, como se pardo também não o fosse desde sua origem. Se é pra atribuir cores, prefiro ser marrom claro, ocre, camurça, enfim, o que não faltam são nomes de cores. E se nome de cor não for o critério, prefiro ser moreno.
Maravilhoso seu video , muito explicativo , penso exatamente como vc , querem importar conceitos absurdos dos EUA , e se esquecem da nossa realidade , ou seja a esmagadora maioria do mov. negro do Brasil esta alienada com conceitos errôneos e racistas dos Estados Unidos .
Muuuito obrigada por compartilhar sua pesquisa com a gente "meros mortais" off academia! Que mais perquisadores tornem suas pesquisas mais acessíveis a todos! Tu é incrivel! virei fã!
Sonho com um futuro onde as distinções de "raça" não mais existam, pois todos os brasileiros serão "mestiços". Já estamos muito a frente dos EUA na miscigenação, que aqui começou muito antes. Nos EUA creio que só em 1968 o casamento interracial foi descriminalizado, se não me engano. Não somos EUA, quero crer que sejamos melhores neste aspecto. Que vivamos todos em paz, igualdade, solidariedade e amizade.
Esse canal foi o melhor achado do final de 2023/início de 2024, tô sempre por aqui consumindo um conteúdo ou outro, obrigado por tanto!! Aguardando ansiosamente pelo vídeo sobre ninguendade..
sou filho de um casal interracial mae beniana[africana] e pai russo[europeu] e eles dizem vc no benim nao e lido como negro e na russia nao sou lido como branco aceitei que sou 2 raças em uma e nao em si uma caixinha como mts; querem que nos pardos escolham um lado ou vc e opressor ou oprimido escolhaaaaa kkk quando na vdd sou fruto de um amor que ultrapassou tudo que ja aconteceu ao longo da nossa historia e me orgulho de tudo que compoe geneticamente quem eu sou hj
Adorei o seu canal. Eu sou café com leite e adoro a mistura que herdei de meus pais. Minha família materna veio de Angola, a paterna de Portugal e adoro isso!
Nossa, isso é um conteúdo muito necessário, já me peguei muitas vezes questionando se sou simplesmente preto, pq também tenho parentesco indígena que refletem nos meus traços e e cor..
Excelente o seu vídeo. Acrescentaria ainda, que os portugueses que colonizaram o Brasil também eram, em grande parte, mestiços de judeus e árabes (designação genérica de um conjunto de populações berberes, sírias, egípcias e outras) que não podem ser consideradas brancas (eslavas). No Brasil de hoje, tirando os índios ainda não contactados, somo todos mestiços (mesmo os negros).
Vídeo incrível. Sou filha de pai mulato e mãe com ascendência indígena, super cara de índiazinha. Somos 3 filhos e cada um tem uma cor de pele e textura de cabelo diferente. Sempre me considerei mestiça, cafusa. Sofro preconceito aqui todo santo dia, na nossa sociedade hipócrita e preconceituosa. Insinuações de que não devo ter cultura e nem recursos financeiros. É muito cansativo! Bravo! Por mais vídeos como esses😊
DE ALGUMA FORMA VOCE ESTA ERRADA, se identificar de maneira pessoal com uma raça, passa pela subjetividade da experiência do individuo, se ele sente e vê que uma determinada raça e etnia tem mais privilégios ele vai querer imitar. a identificação com o lado oprimido é um mecanismo de justiça pela condição da cor etnia que se sente ou foi oprimida. se vc acha que se dividir em pardo ou meio branco ajuda a sua autoestima, massa. mas não deixe de perceber que essa noção identitária nos afasta da união dos oprimidos e dos trabalhadores, mas eu achei o video foda, muito bem educada valido o questionamento pois todos somos complexos e queremos marcar nossa identidade no meio disso tudo, só precisamos tomar cuidado com identitarismo pra ele não fazer a gente se achar diferente ou melhor,precisamos superar a indentidade no contexto politico, por isso esse assunto é complexo e atravessa a cultura, mas.. resumindo prefiro ser igual e comum, sendo preto ou branco a identificação com o oprimido é sempre positiva pra revolução, que a única esperança de vida na terra
Se identificar com a raça do preto retinto oprimido vai melhorar a vida dele ? Fosse assim bastaria os branquinhos identitários cheios de culpa se definirem como negros. Óbvio que o MN não iria aceitar pois roubariam cotas também quando resolvessem esquecer a "dor pungente que sentem pelos oprimidos' e pensassem exclusivamente nos seus interesses individuais. E é o que fazem com os pardos, usando-os para inflar as cotas e ao mesmo tempo barrando-os no tribunal racial.
Alguém se identificar com um segmento oprimido , seja racial ou não, não faz desse alguém ser aquilo que não é. Sou neto de um descendente de europeus e de uma mestiça de indígena com negros por parte de mãe e de descendentes de português com negra por parte de pai, portanto, sou mestiço, pardo e entendo que para estar ao lado dos oprimidos não é preciso se definir como o que não é. É uma questão genética.
Eu sou pardo, e até onde eu saiba não tenho o privilégio de ter negros na família. Minha avó paterna teria algum traço indígena e eu e meu pai somos bem morenos ( mais quando pego sol). Me incomodou essa história de quererem me rotular como negro. Na África do Sul eu seria negro, nos EUA seria latino, pareço muito mais com um indiano que com um índio. E me considero mestiço. E muitos dos que se consideram "brancos" deveriam sair do Brasil pra ver como seriam rotulados lá fora. Adorei o vídeo, realmente nos faz refletir.
O não-lugar do pardo, esse resultado da mestiçagem, precisa mesmo de um olhar especial. Parabéns pela abordagem! Para mim, a principal preocupação é a usurpação de direitos legítimos de pessoas que realmente precisam se valer deles, por parte de quem busca em si o menor sinal de negritude para se valer de ações afirmativas, já que pardos e pretos são negros.
nossa, tô me encontrando aqui. Tempo desses comentei com amigos que me sentia perdida nesse aspecto porque tenho 100% de certeza que não sou branca. Mas não conseguia me encaixar totalmente como negra (ou preta, escolham a palavra que agradem mais a vocês) porque imaginava que, se um dia tomasse o lugar de fala deles, eles cairiam de pau em cima de mim, porque nunca sofri preconceito (ou percebi, pelo menos). Gosto muito de apoiar a causa negra, procuro ter livros e brinquedos para os meus filhos que os representem como protagonistas. Mas, ao mesmo tempo, tenho um pouco de "medo" da militância que ocorre.
Muito bom. Sou pardo nunca me identifiquei como negro. Meu pai é pardo e minha mãe loira. Reconhecer como negro é o mesmo que adquirir uma racialidade que nunca pertenceu ao meu meio
Garota, eu amei teu vídeo. Pesquisa muito boa! Principalmente porque é uma valorização de um conhecimento pautado da história brasileira. Paralelo muito bem feito.
Morei em capital e interior. Na capital descobri pessoas de pele escura que tinham orgulho do seu tom de pele. No interior nunca vi um pardo se chamar de preto ou negro. Como diz minha família msm (brancos e pardos): "o certo é moreninho, mulatinho, escurinho, preto é quando vc quer xingar alguém". No interior se a pessoa de pele escura falar de racismo, orgulho negro, essas coisas, ela nao arruma nada. Diferentes contextos diferentes realidades
É triste e já vi muito isso: a pessoa tentar esconder sua identidade (mesmo retinta) para garantir coisas básicas como comer e trabalhar. No trabalho ora pra Santa Maria, de noite em casa vai pro terreno de candomblé. Parece um "negro dentro do armário", fazendo uma analogia a situações de pessoas LGBTs. Esse racismo de assimilação pode ser tão ou mais perversa que a segregacionista.
@@elatafalando Que bobagem. Quem é negro de fato não tem como dissimular, só se quiser mentir para si mesmo, coisa que os outros não engolirão. O que tem é sarará sem bandeira querendo se passar por negro.
Por algum motivo esse vídeo apareceu pra mim. Então vamos às observações: Primeiro, interessante tentar organizar essa discussão à luz de pesquisas, apesar dos equívocos que serão comentados. E em segundo lugar, vejo total sentido na sua identificação enquanto parda, dentro da definição de pardo que vc propõe, a partir do seu FENÓTIPO e não a partir de qualquer teoria da hipodescendência ou mesmo histórico familiar, já que não dialoga muito com nosso contexto, por isso foi um dos pontos que estranhei no seu vídeo desde o título. Não é à toa que em contextos de ações afirmativas, a autodeclaração não bastou e fizeram a exigência de que fosse complementada com comissões de heteroidentificação. É interessante ainda você homogeneizar um movimento negro e dizer que eles se basearam no contexto dos EUA, quando o próprio fundamento que você traz, de maneira mal articulada, é dos EUA, para resolver um problema dos EUA. Outros pontos de destaque, vamos lá: *As pessoas genotipicamente "MESTIÇAS" dos EUA no contexto do One Drop Rule, eram FENOTIPICAMENTE brancas, e muitas vezes dentro de um estereótipo de brancura ideal. É necessário ressaltar esse ponto justamente pra torná-lo compreensível pra realidade daqui e entendermos que não têm a ver com o nosso contexto. Só se destaca tanto o genótipo mais que o fenótipo, por haver uma ideia de "pureza" de fundo, atribuída somente aos brancos. Lembremos no entanto, que essas pessoas poderiam praticar o "passing", já comentado por Oracy Nogueira em "Preconceito de marca e de origem". Nesse sentido, o termo "negro de pele clara" ou "light-skin black" não passa de um eufemismo para pessoas genotipicamente mestiças, fenotipicamente brancas. * Se no contexto dos EUA os colonizadores não tinham a intenção de se misturar, como nascem os mestiços por lá? Tenham eles o fenótipo que for... Vc parece ignorar que em ambos os contextos houve ESTUPRO. *"Lá nos Estados Unidos as pessoas afro-americanas sempre foram identificadas como black". FALSO. E uma das próprias imagens exibidas no seu vídeo desmente isso. O tratamento dirigido a várias figuras famosas como Ida B. Wells e Eartha Kitt e as próprias discussões sobre as várias identidades dirigidas aos negros após a discussão de indenizações a descendentes de escravizados no estado da Califórnia desmentem isso. *O excessivo uso do termo "incentivo" para se referir ao contexto daqui e com base na leitura romântica de Darcy Ribeiro e sem uma visão crítica do projeto de aniquilação negra no Brasil o estupro desenfreado confirmado por estudos genômicos são pontos preocupantes do vídeo. *Não existe nada parecido com "importação da hipodescendência" para o Brasil por parte de qualquer movimento negro, até onde sei. Embora, fora de movimentos eu tenha começado a observar pessoas não-negras tentando forçar esse entendimento. As já mencionadas comissões de heteroidentificação, acusações de fraude no uso da política de cotas e desenvolvimento de termos como "afroconveniência" apenas corroboram o que estou dizendo. Em relação a não abdicação da AMBÍGUA categoria "pardo" que possui definições além da restrita que vc tenta empurrar, os motivos históricos são outros, mas como parece ser uma pedra no sapato, as discussões a respeito de seu uso continuam aberta. *Não vou comentar os pressupostos implícitos de pureza que vc deixa subentendido durante sua explicação ou outros pontos problemáticos pq toquei no fundamental. Acho que por ora é isso mesmo, só finalizado respondendo a sua pergunta: "Pardos são negros? A priori, "pardo" é uma categoria e não um sujeito concreto da realidade. Uma categoria com diversos usos e sentidos ao longo do tempo e também nos dias de hoje, portanto, as pessoas que optam por essa categoria podem ser muito diferentes e possuirem diversas justificativas. Certamente, há muitas pessoas negras se declarando como pardas TAMBÉM. Mas a diversidade de sujeitos assim se declarando atualmente bem como o que pode estar levando eles a fazerem isso está em discussão.
Todo esse blá blá blá só pra esconder que vcs são canalhas estelionatários ladrões de cotas ? Qualquer pessoa mais atenta e que não seja burrinha percebe que esse agrupamento ridículo de "pretos" ( chegam a usar um termo historicamente ofensivo os negros no Brasil só pra poderem aplicar seu estelionato estatístico ) e pardos como negros serve tão somente para aumentar o percentual das cotas e ao mesmo tempo filtrar e barrar a parcela majoritária que compõe o percentual das ações afirmativas para negros, ou seja, os pardos. Pardos depois que saem das estatísticas do IBGE são agrupados com "pretos" e essas duas categorias censitárias são tratadas com sub-categoria de negro ( Estatuto da igualdade racial, mídia pró identitária, justiça, partidos liberais e de esquerda globalista ). Daí quando ocorre de pardos acessarem as cotas deixam de existir os critérios do IBGE e passam a vigorar os do Movimento Negro, que consideram pardos somente os mulatos/sararás/cafuzos com traços predominantemente afros. Lembrando sempre que na hora de estipular o percentual das cotas para negros eles usam todos os auto-declarados pardos, como se o IBGE aplicasse os critérios deles, desconsiderando que o instituto utiliza critérios que incluiu, por exemplo, mestiços de índios com brancos com pouca ou mesmo nenhuma ascendência ou marca africana.
Eu também. Por mais que a maior parte do meu sangue seja português, tenho sangue africano e indígena. Se vc for olhar meu fenótipo, eu com certeza não sou branco. Tenho até traços árabes, porque o sangue português é misturado também. Não existe isso de raça pura.
@@onodoyoutube2022Concordo, A Humanidade Pós-Diluviana Desenvolveu Cores E Características de Olhos, Devido As Variações Climáticas( Antes do Dilúvio O Clima da Terra Era Único E A Terra Era Apenas Um Continente
@@joelrubens1988 não acho que antes do dilúvio a Terra era um continente só. Os humanos podiam até não ter se espalhado tanto naquela época, por serem poucos. Como diz a Bíblia, os seres humanos só foram se espalhar depois com o fim da cidade de Babel, quando Deus confundiu as línguas. Os seres humanos não chegaram a viver na época da Pangeia, se eu não me engano, isso foi milhões de anos antes.
Qual é o benefício político que separamos esses grupos e não usarmos a palavra negro ( agrupado )? Historicamente quais foram as conquistas que as pessoas mestiças divididas tiveram no Brasil? Essa divisão de pessoas em várias categorias tbm não favoreceu historicamente os brancos brasileiros?
Quem tá querendo dividir é tu. As conquistas devem ser nacionais e de classe e não de raça. Questão racial tem a ver com racismo e isso deve ser combatido por todos, não havendo necessidade de agrupar mestiços como fazem esses movimentos financiados por fundações norte-americanas, onde mestiços de ascendência indígena são agrupados nas estatísticas como negros para depois serem barrados nas cotas.
@@socialistapatriota3444 bom tarde senhor. Eu não fiz nenhuma afirmação, logo vc não pode dizer que eu disse algo. Eu só fiz perguntas com interrogação no final de cada frase. Qual política social no Brasil é exclusivamente de raça e não de classe E raça ( sócio econômicas )? Eu desconheço políticas exclusivamente de raça, portanto estamos sempre falando de classe e não de raça. De qualquer forma se existe racismo poderíamos tbm falar de raça.
@@socialistapatriota3444 só para lembrar que exige tbm cotas ( já que vc está falando de cotas ) que são sócio econômicas e destinadas a população indígena, logo políticas de classe e raça.
O problema é o movimento negro querer apagar a identidade parda. Não é preciso que as pessoas tenham uma identidade homogênea para lutar por pautas em comum, está aí o movimento LGBT+ como exemplo. Quanto às cotas, se o pardo tem fenótipo branco, ele não tem direito. Mas engorda as estatísticas do IBGE como negro.
@@christianrodrigues8807As cotas em concursos públicos são exclusivamente raciais ( só para negros ) e não sociais. A exceção deve ser a cota pra travesti que tem aqui no RS ( esse estado fascista segundo os identitários ).
Tomar o pardo por negro no Brasil é desconsiderar o componente indígena. No estado onde moro, Sergipe, uma grande parte da população é parda, mas dá pra perceber pelas feições que boa parte delas são descendentes de indígenas (o que seria o caboclo nas denominações mais antigas).
Lembro quando a Zaruty falou sobre isso houve um cancelamento na internet contra ela. Assunto importante e deve ser tratado com seriedade. Parabens pelo video
Isso é muito complicado pra concurso público... O filho da minha prima se identifica como nogro e fez o concurso público e passou, agora não querem dar a vaga dele pois dizem que ele não é negro 🤦🏻♀️.
Para os racistas identitários o pardo é negro....mas só quando isso serve a eles. Agora mesmo a ministra da igualdade racial tava falando mais uma das suas baboseiras, um tal de "racismo ambiental'. Porque as enchentes atingem de forma diferenciada os mais pobres e segundo eles 70% da baixada fluminense é formada por "negros".
EXCELENTE VÍDEO!!! Vivo um dilema: sou descendente de escravas e imigrantes italianos. Durante boa parte de minha, fui considerado preto. Porém, haja vista a miscigenação que me deu origem, sempre me autodeclarei pardo. Minha esposa diz que sou um negro de pele clara, pois tenho nariz, boca, dentes, sobrancelha e estrutura corporal de negro, com pele morena e cabelo misto. Enfim, sou um brasileiro típico! ✊🏽
O seu comentario diz muito sobre o racismo estrutural e velado que existe no brasil sobre querer excluir tudo que negro, chamar uma pessoa que tem traços e fenotipo de uma pessoa negra de parda e tentar apagar na historia nossa raça se negando a ela e enbranquecendo cada vez mais. Isso e coisa de desde os tempos da escravidão onde e feio chamar o outro de preto, mais se for moreno, mulato ou qualquer outra nomeclatura que distancie do preto passa a ser bonita. @@socialistapatriota3444
Então sim@@socialistapatriota3444 a mulher dele tem razão mais a cabeça dele vai vem com uma ideia estruturada de gerações, assim ele nao se aceita, igual a você.
Oiê Beatriz, gostei muito do seu vídeo❤ e fui ler seu trabalho que está na descrição. Achava que seria uma leitura difícil, mas consegui compreender✨ E sinto muito pela sua perda🕊️
Parabéns pelo conteúdo, pela pesquisa, pela exposição clara e pelo equilíbrio nas posições. A questão que voce coloca no final do vídeo é um ponto sobre o qual tenho meditado e tentado pesquisar: a influência das estratégias politicas dos movimentos estdunidenses sobre as concepções e práticas dos movimentos brasileiros. Em muitos pontos pare que reproduzimos muito do que acontece lá, não só na pauta racial, mas também na de diversidade sexual. Seria esse um assunto muito interessante para um possivel futuro vídeo.
O musico Neguinho da Beija Flor fez teste de DNA, e pasmem, ele tem mais a genetica de europeus que de africanos, e ele eh preto retinto. Geneticamente ele eh pardo, mas fenotipo negro.Isso eh mais complexo que simples aparencia.
Adorei seu vídeo! Este debate realmente precisa ser levantado e é muito necessário, porque nós, pardas e pardos, estamos em um limbo racial que nos exclui. Eu sou uma mulher parda, de pele parda (a famosa café com leite) e de cabelos pretos e lisos, pois sou descendente de negros, indígenas e brancos. Minha identidade cultural e vivência cultural é afro, e esta é a cultura que passei para meus filhos. Porém, nos meios chamados afro, eu não sou bem aceita. Não me aceitam como negra, porque os movimentos que se apossaram do termo, passaram a considerar pardas apenas as pessoas com fenótipo e tracos de pessoas pretas, o que não é o meu caso. Também não sou indígena, porque no Brasil, pra ser indígena, vc tem que ter identificação do povo, aldeado ou não. E eu sei que NÃO sou branca (e não quero ser). Então fico neste limbo, sem identidade, rejeitada por todos os lados. E isto me causa um sofrimento terrível, uma sensação de não pertencimento, de não existência. Precisamos da nossa identidade racial. De novo, obrigada por levantar este debate! 👏🏽👏🏽
Finalmente alguém reivindicando a luta parda. A realidade do Brasil é BRASILEIRA, não dá pra importar pautas dos EUA ou Europa, a nossa história é outra, desde o princípio.
Não dá para ignorar a massa mestiça imensa do país pra se encaixar em pautas norte-americanas.
A realidade prática brasileira é imperativa, não tem como separar raça e classe, isso não é ideologia importada dos EUA. Sendo pardo, indígena ou preto, todos herdaram os espólios da colonização e da senzala: desigualdade, favelização, racismo, violência, etc. Se alguém é pardo mas não é o Neymar, está fora dos espaços de influência e poder. Sendo então a maior parte da sociedade estão todos no mesmo barco, não deveriam nunca se dividir por causa de identitarismo, ainda que não se sintam representados dentro das pautas do movimento negro.
Devemos ser todos solidários uns aos outros, ainda que questões identitárias de um grupo ou outro possam nos colocar em confronto. Na luta maior precisamos sempre estar do mesmo lado.
@@golunprecioso6364agora impor todos num msm balaio nao dah
@@golunprecioso6364 O ativista negro deve ser combatido tal qual se combate os nazis.
@@rapiner faça um texto coerente sobre sua opinião, eu fiz um. Se não sabe ler, eu vou resumir: "pretos e pardos estão no mesmo balaio", sofrem as consequências da colonização e da escravidão.
@@golunprecioso6364 O assunto era colocar todos no mesmo balaio e importar discursos e questões que só valem para os Estados Unidos, para de falar besteira
Minha mãe teve três filhos, um pra cada relacionamento. Ela é uma mulher parda, e o primeiro marido (pai do meu irmão) era branco. Dps ela teve um relacionamento com um homem preto, que é meu pai. E o ultimo casamento dela foi com um homem pardo, que é pai da minha irmã. Aí ficou um negócio legal que, meu irmão é branco, eu sou preto e minha irmã é parda. Isso é o puro suco do brasil kssksk
Minha o opinião o grupo dos pardos como eu por exemplo
NOS sabemos que sofremos menos preconceitos
Mas existe também mas bem MENOS
Minha FAMÍLIA e uma mistura so
Por parte de pai e MÃE
E notei que os meus primos que são BRANCOS tiveram mais oportunidade no trabalho
E OS que são pardos e mais escuros ainda já tivermos que ralar MAIS
Então quero DIZER a sociedade brasileira tem esse TIPO de preconceitos SIM
ACHO hoje não cabe mais está hipocresia PORQUE
Quem vai doar sangue e quem vai receber não vai ter diferença porque o importante é receberem o sangue pra SALVAR a vida NÉ acho que vcs entendeu oque eu quis dizer jóia parabéns pela a narrativas jóia likes
@@josezecarlosteodoro9977
A realidade prática brasileira é imperativa, não tem como separar raça e classe, isso não é ideologia importada dos EUA. Sendo pardo, indígena ou preto, todos herdaram os espólios da colonização e da senzala: desigualdade, favelização, racismo, violência, etc. Se alguém é pardo mas não é o Neymar, está fora dos espaços de influência e poder. Sendo então a maior parte da sociedade estão todos no mesmo barco, não deveriam nunca se dividir por causa de identitarismo, ainda que não se sintam representados dentro das pautas do movimento negro.
Devemos ser todos solidários uns aos outros, ainda que questões identitárias de um grupo ou outro possam nos colocar em confronto. Na luta maior estaremos sempre do mesmo lado.
@@golunprecioso6364 você fez uma boa observação quando citou a divisão entre classes. Penso que você estava falando das classes sócio-econômicas. Quem tem renda de 1 salário mínimo, por exemplo, pertence à mesma classe, ao mesmo grupo social, econômico e politico, independentemente de questões raciiais. Essa ideia é a que, ao meu sentir, geraria uma verdadeira união.
@@josezecarlosteodoro9977muito provavelmente o que você comentou ocorre na empregabilidade privada, na pública é o inverso.
Sou pardo, meu pai eh branco. E hj posso dizer que estou bem melhor q meu pais. Que alias sofreram mto por morar no interior do norte do país.
Até que enfim alguém falando algo que passo a vida toda.
O Brasil tem uma história única, não da para se colocar na mesma caixa que os EUA.
Minha mãe costumava dizer quando eu era criança "Café misturado ao leite gera café com leite".
Amo as minhas origens e não nego nenhum dos dois lados, nem preto e nem branco. ♥
Pessoas tem direito de não se assumirem, mas que "é É", indiferente a questão dos irmãos estadunidenses.
Mas, os que preferem não se assumir, fiquem "tranquilinhos", sejam BRANCOS... sem remorso!
"Sejam" brancos sem remorsos...
Assim como você, se for esse na foto, eu também sou pardo (pai branco mãe negra) e puxei meu fenótipo bem mais pro branco, meus lábios é onde está mais evidente a miscigenação e não vou renegar minhas origens escolhendo um lado.
@@pedrojosedasilva2146 mas jamais o movimento negro brasileiro o classificaria como negro, pelo menos pela foto do perfil ele não tem os traços negroides e nem o tom de pele retinto e aconteceria como acontece com a Vanessa da Mata, Bela Gil, Camila Pitanga... para alguns grupos será uma pessoa negra, já para outros não e além disso, excluir toda sua ancestralidade branca, colocando ela como se fosse algo ruim da sua árvore genealógica .
Passei a me sentir perdido tempo atrás por conta dessa situação de ter que me encaixar em um grupo e olha não tem como. Mãe parda, pai branco, irmãos pardos e eu que nasci com a pele mais clara, porém com o cabelo muito crespo e lábios grossos. Levei anos para aceitar não ter nascido com o cabelo liso ou ondulado como dos meus pais, tios, irmão... e quando passo a aceitar surge essa questão de ter que me encaixar em um grupo, ter que me declarar pardo, branco, negro, indigena... mas nunca mestiço. Hoje não me importo com isso, me considero mestiço, sei das minhas origens negra e branca e tenho orgulho de ambas, pois se sou o que sou hoje, foi em decorrência delas. O movimento negro é válido e apoio, assim como todos os outros de minorias, mas não podemos negar que somos o país mais miscigenado do mundo ou um dos mais e que nós, os mestiços existimos.
Parabéns pela coragem. Aposto que sofre muitas ofensas racistas por se posicionar dessa forma, vindo de pessoas supostamente "antirracistas".
Exatamente
C certeza rs
Tbm tenho certeza disso hehe
vc que acha
Ctz que isso ocorre
Perfeito! nunca me considerei branco nem negro. o brasil tem uma mania doentia de importar tudo que vem dos EUA sem um mínimo de critica e são problemas exclusivos lá como o "identitariíssimo" e a questão racial muitas vezes por razões políticas afim de obter poder ou influência porque os pardos são a maioria da população e eles, o "movimento negro" , muitas vezes com envolvimento partidário precisam que acreditemos em sua narrativa pseudo norte americana para conseguirem seus propositos. seus estudos esclarecem muitas coisas parabéns!
Mesmo sendo pardo quando vou a locais de brancos sou visto e tratado como negro. Sigo junto com o movimento negro sim.
Problema é seu, vc continua sendo miscigenação, querendo ou não. É tão preto quanto branco
Nada a ver com questão partidária. O poder é apenas o instrumento necessário para realizar a mudança. Também não tem nada a ver com EUA, é só olhar para a própria realidade brasileira, onde negros, pardos, indígenas continuam fora dos espaços de influência. Sendo a maioria da população, onde estão os negros diretores, magistrados, CEOs de grandes corporações, etc?
@@Bandeira_Dev Que local de branco ? Desde quando o Brasil tem lugar segregado ? Tá falando de classe social e isto não define raça. A elite é branca mas a massa é heterogênea. Um branco de fora da elite também é tratado como "negro" nesses locais aí que tu cita. Aliás, deves morar no Alabama pelo jeito.
@@Bandeira_Dev Eles te chamam de negro pq são burr0s
Finalmente estão falando sobre o elefante pardo no meio da sala. Ótimo vídeo, obrigado!
Eu que agradeço por você assistir ao vídeo 😻♥️
Aqui em Moçambique (Africa) pessoas "mulatas" que são as pessoas pardas no Brasil, não são consideradas negras como tal! Mas sim uma pessoa Mulata ou parda, mista etc que eu acho ser o correto, porque é uma junção de duas raças diferentes, então como isso daria so uma raça? Não faz sentido nenhum kkk também sempre fiquei assim com os estados unidos de chamar todas as pessoas mistas de negras!
Eu tenho três "mixs"😂
Meu pai é paquistanês, e minha mãe é parte portuguesa e parte moçambicana, mas todo mundo pensa que eu tenho ascendência marroquina😂 vai entender né
Pessoal marroquino também é muito muito misturado.
Só uma correção. Aqui no Brasil, Pardo é todo mestiço que tenha a pele marrom, não só os Mulatos. Os Caboclos, que são a mistura de índios com brancos, também são pardos.
@@Andre.felipe84 Não precisa ter cor marrom. Pardo é de qualquer cor.
@@socialistapatriota3444 Não. Pardo é apenas 03 misturas: Mulatos, Caboclos e Cafuzos, todos os que tem pele marrom, porque a palavra pardo significa "marrom". Assim, os ainocos, mestiços de amarelos com brancos, não são pardos.
Inclusive branquelo como eu ?@@socialistapatriota3444
Ufa! Até que enfim eu encontrei alguém que tem a mesma sintonia e visão sobre essa questão racial!!! Parabéns pela coragem! Mas fique alerta, pois os ativistas vão querer te engolir. De qualquer forma, continue levando essa visão sóbria sobre a questão racial; tem muita gente precisando tomar um "chá de realidade", colocar os pés no chão e se olhar no espelho com sinceridade e não com modismo e conveniências.
Obrigada, querido, pelo seu apoio. Vale lembrar: também sou ativista 😊❤
@@parditudeApenas algumas correções: 1) o regime de segregação racial americano não foi o "apartheid" mas "Jim Crow"; 2) a realidade brasileira é distinta, mas os negros apenas foram importados para o Brasil pelos portugueses porque os indígenas se recusavam a trabalhar nos engenhos de cana do açúcar e em outros trabalhos agrícolas; 3) párem de dizer que o Brasil foi pilhado e saqueado pelo meu povo (portugueses) porque não corresponde à realidade (os portugueses transferiram a corte para o Brasil, desenvolveram os grémios literários e as universidades brasileiras, entre outras coisas positivas); 4) nem todos os colonos ingleses dos EUA, no início, iam com suas famílias inteiras; 5) a economia brasileira é o que é não por falta de recursos (comparativamente aos EUA o Brasil tem mais recursos naturais)...ainda bem que não colocas todo o mundo no mesmo saco...há muito que eu digo que a maioria da população brasileira não é negra e sim mestiça (parda)...negros são apenas cerca de 7%...
@@SmartRobot-wc2fb
Você consegue ententeder que "ativistas" são necessários, porque são eles quem fazem as pressões politicas necessárias? Que sem eles essa linda mocinha ,hoje se identificaria como branca e talvez nem estudando sobre isso estaria?
@@denisemaria4265 Denise, com respeito à sua posição de ativismo ser algo necessário, eu discordo amplamente. E com todo o respeito que tenho por qualquer pessoa que tome para si a responsabilidade de levar conhecimento e esclarecimento aos próximos, eu discordo não quanto ao teor e a sua importância mas sim como a maneira que essa verdade toma forma e as ferramentas usadas para compartilhar essa mensagem. Como é um assunto um tanto quanto complexo que se você não perceber, acabará ultrapassando os limites entre vaidade pessoal e verdade factual, entre abordagens assertivas e discussões hostis , entre colaboração social e competição egocêntrica. Infelizmente o ativismo, o partidarismo, acabam por matar e contaminar a criança pura que é a VERDADE... a mensagem que se quer passar.
vídeo necessário.
sou mestiça indígena dos povos do Sul com brancos e pretos em minoria (uma vó é mestiça de preto com polaca casou com um branco tendo minha mãe parda outra é indígena do RS e se casou com italiano, tendo meu pai, o que chamam aqui de caboclo), e nossa, em questão de identidade sempre foi complicado, não consegui me encaixar em nenhum grupo. tenho cabelo natural cacheado e rosto indígena com pele clara.
no movimento preto foi uma piada basicamente, obviamente não era preta, pensei que poderia por conta do cabelo e traços não brancos, nada.
pessoas realmente brancas não me reconhecem como branca, e agora que tenho o cabelo alisado no trabalho os clientes me perguntam se sou asiática, é complicado. creio com certeza que sou em maior porcentagem indígena, por aparência e traços, infelizmente é o povo mais desvalorizado e esquecido desse país, que hoje reafirmo sua existência de toda forma que posso, mas sinceramente, explicar etnia é cansativo, principalmente pra essa galera que resume tudo a ou é branco ou é preto. excluem diversas etnias como os marrons (índios do país Índia mesmo), árabes, asiaticos, indígenas etc
É engraçado isso, parece que todo mundo que tem fenótipo indígena já foi chamado de asiático ksksk
Eu bebezinha de olhinhos puxados falavam que minha mãe pulou a cerca com o vizinho japonês sendo que meu pai puxou os traços indígenas da minha bisavó e eu puxei dele.
Eu tenho bisavó indígena do Sul. meu olho não é pequeno, mas minha pálpebra é caída, herdei os cabelos castanhos de fios grossos, o nariz largo e as feições mais marcantes. Eu olho os indígenas do RS e me reconheço nos traços do nariz e da boca, no formato do rosto. O incrível é que as minhas tias e mãe nao herdaram, nem o filho dela meu avô. Somente eu e uma tia. Sou branca isso é inegável. Porém eu não sou vista como uma branca padrão, não sou vista como bonita. Me sinto esquisita perto de outras brancas, sempre me senti o patinho feio. Sei que continuo sendo branca, mas é só um desabafo.
@@Gigi-op9fqSe é tão marcante assim ao ponto de sentires como de fora deste padrão de "beleza" então acho que podes se considerar parda.
@@Gigi-op9fqbranco nao tem nariz largo e indio nao é branco. Vc é a mistura principal desses dois. Vc é parta
@@Gigi-op9fqcomo vc e Do sul que a Maiora são brancos puros imagino que seja difícil mesmo.. ainda mais poloneses é alemães que são bem brancos.. em outras regiões os brancos são todos ou quase todos mestiços não tem mais brancos padrão europeu. Todos tem cara de latino americano mestiço. Se morasse aqui em Goiás vc não teria dúvida da sua branquitute. Exemplo. Leonardo cantor conhece né? Então aqui ele é branco a grande maiora dos brancos são daquela cor lá. Até mais mais calor.. mas vc ver claramente que ele nunca se passaria por um europeu.. o sul ele se misturou pouco. Então a grande maiora dos brancos ainda são iguais europeus. Em outras regiões não..
Ao afirmarem que todas as pessoas não brancas no Brasil são negras, acabam por apagar a identidade cabocla brasileira, como você bem apontou, que é muito comum nos interiores e na Amazônia, mais até que a afro-brasileira. Outra coisa, o sistema de cotas diz que para ter acesso à cota racial tem que ter "características da ancestralidade negra" (cabelos, nariz, cor etc.), mas o pardo indígena não tem, o que desse modo o deixa fora dessas cotas, mesmo que seja contado como negro (pardo + preto = negro). Ou seja, eles contam para dar visibilidade, mas são excluídos das benesses. É no mínimo irônico. Não acho que esse sistema é a solução, pois ele mesmo é desigual e segregador. Parabéns pelo vídeo e canal, muito esclarecedores. 👏👏👏👏👏🎖
Qualquer política públicas deveria ser levar em conta as rendas, não a cor, isto é inconstitucional.
Oi. A lei das cotas diz especificamente que o direito é para negros, pardos e indígenas. E a pessoa tem que se declarar como sendo uma dessas raças. Nunca vi em nenhum lugar que a admissão é feita na observação física.
@@luciasantos1211 Não existe cotas para pardos. Pardos depois que saem das estatísticas do IBGE são agrupados com "pretos" e essas duas categorias censitárias são tratadas com sub-categoria de negro ( Estatuto da igualdade racial, mídia pró identitária, justiça, partidos liberais e de esquerda globalista ). Daí quando ocorre de pardos acessarem as cotas deixam de existir os critérios do IBGE e passam a vigorar os do Movimento Negro, que consideram pardos somente os mulatos/sararás/cafuzos com traços predominantemente afros. Lembrando sempre que na hora de estipular o percentual das cotas para negros eles usam todos os auto-declarados pardos, como se o IBGE aplicasse os critérios deles, desconsiderando que o instituto utiliza critérios que incluiu, por exemplo, mestiços de índios com brancos com pouca ou mesmo nenhuma ascendência ou marca africana. E não existe cotas para indígenas em concursos públicos.
É segregador mas o alvo é o grupo mais prejudicado.
@@jaguarnordestino Não se combate segregação segregando. Desse modo, não me parece justo que um negro rico tenha direito à cota racial, enquanto um pardo pobre não.
Simplesmente perfeita. Essa tua pesquisa vai crescer muito. Muita gente ainda não tem consciência de sua parditude e fica perdida nos movimentos raciais norteamericanizados. Há muito que penso sobre esse assunto e me achava perdida e confusa, com medo de falar por não ter embasamento e por ser uma pessoa branca. Aprendendo mais a cada dia. Obrigada.
Parditude? Mais uma divisão? Acho que não precisamos disso. Eu toda vida me declarei pardo. Para ser mais exato, moreno claro.
@@rmaiabrNão é divisão
@@rmaiabr só aqui que tem moreno claro e moreno escuro
@@OAgente_86 é mais uma caixinha pra colocarem a gente. Acho que todos nós não deveríamos mais importar essas pautas que vem lá daqueles países atrasados de “primeiro mundo”. A gente deveria se identificar mesmo é como brasileiros. E só.
@@ALUCINOSE o que está entre o asiático (amarelo), índio (vermelho), preto e branco, é pardo. E dentro do pardo tem de tudo. Falo moreno claro porque tem retardado que me chama de branco outros que me chamam de preto. E eu não sou nem um nem outro.
Top 3 dos vídeos mais importantes da minha vida. Esse tema deveria ser básico para a maioria dos brasileiros. Sou mestiço, filho de mestiços, mas tenho irmãos de pele mais clara. Nunca me senti branco, mas o movimento negro também nunca me aceitou, a não ser recentemente. A explicação está nesses seus 15 minutos de sabedoria. Obrigado!
Muito bom! Sempre que alguém fala que o brasil é 60% negro porque o IBGE fala eu fico abismado com essa interpretação. Se o brasil é 60% negro ele também é 80% branco ao mesmo tempo, e a conta não fecha. Afinal, porque os mestiços contariam pra um grupo só? O brasil é, sim, mestiço. Aliás acho que recentemente os mestiços já somam mais de 50% da população.
Concordo. Logo daí não faz sentido ter cota para pardos.
@@falcongomes9035Só no dia em que movimento negro para de contabilizar os pardos como negro, é diminuir as cotas raciais de acordo com a porcentagem de preto.
@@falcongomes9035O dia em que movimento negro para de contabilizar os pardos como negras, é diminuir a porcentagem da cota de acordo com a população preta no Brasil.
@falcongomes9035 iria ter muita polêmica se separasse os pardos nas cotas
Exatamente! se vale pra um vale pro outro. Brasil é maioria MESTIÇA
Na sexta série (atual sétimo ano), tive que preencher um formulário na escola com a informação "raça". E eu não sabia responder. Minha mãe insistiu que eu era branco, mas ficou evidente pra mim que não. Desde então, adotei pardo como identidade e ainda marco essa caixa sempre. Mas de lá pra cá, mesmo encarnando a identidade "negro" (por entender que pardo seria negro), não me senti inteiramente incluído; aliás, é muito frequente que, se uma pessoa parda diz algo que desagrada, pessoas pretas venha criticá-la dizendo que ela não é negra (até chamando de branca). Mas, na hora da estatística, essas mesmas pessoas dizem que o país é de maioria negra, e com isso contam todos os pardos; e se o pardo tenta utilizar uma política pública afirmativa, tende a ser atacado e deslegitimado, visto como impostor. Obrigado pelo seu vídeo, pois me abriu a cabeça para o fato de que, talvez, pardos sejam um grupo "racial" próprio, que vivencia racismo por ser não branco, mas que não é necessariamente um braço da negritude.
Não existe pardo. Vc é preto sim, não tenha vergonha de se assumir preto como a pessoa do vídeo. Não é pq vc não é preto retinto que deixa de ser preto. Esse vídeo exala racismo e negação da história.
Muito bom! Parabéns pela coragem! Acrescentaria duas coisas: 1- a necessidade de união entre negros e pardos parte de uma falsa premissa, a premissa que os aliados precisam ter a mesma identidade. O problema aí é acreditar que somente os iguais (agrupados no conjunto negro) podem lutar juntos, é o paradigma da identidade que tem marcado os movimentos sociais, fruto de uma hipertrofia da necessidade de pertencimento. 2- Os mestiços contrariam essa lógica por ser difícil encaixá-los em uma identidade, visto que são identificados de formas diferentes a depender do contexto. Por isso, acredito que o interessante na mestiçagem é justamente bagunçar a ideia de identidade
Incrível!!!!
Perfeito. Estratégia de Aliança, no caso brasileiro, seria melhor do que união por uma identidade única.
A polícia sempre sabe encaixar muito bem
Na verdade, a premissa que baseia essa união não é centralmente essa, e sim a da constatação da necessidade de recuperação e reconstituição da negritude nas suas manifestações históricas, culturais e fenotípicas. Isso é algo que surge como resposta à ideologia da miscigenação, uma vez que o embraquecimento implica o apagamento e a desvalorização dos elementos negros, gerando um desbalanceamento histórico e subjetivo nos mestiços que privilegia os elementos da hegemonia branca. A identificação de pardos e pretos sob a rúbrica do negro é, portanto, um imperativo ético de fundamentação histórica e antropológica, não apenas identitária, embora realmente tenha encontrado um fluxo de reprodução considerável na forma do identitarismo.
@@tadiospdo Que fundamentção histórica ? No Brasil o mestiço sempre teve a sua identidade. Isso é puro canetaço do identitarismo bancado por bilionários sionistas pra desconstruir nossa identidade nacional. E isso pra não falar do apagamento da ancestralidade ameríndia nessa história de agrupar "pretos" e pardos numa categoria única.
Sobre se sentir ninguém, me sinto assim. Sou pardo, partes das pessoas ficam divididas em relação a mim, inclusive eu. Falam que nunca vou sofrer racismo ou algo do tipo, mas, quando ganhei uma bolsa num cursinho pré vestibular, eu lembro de ter cortado o cabelo curto, como eu gosto, desde então me redescobrir pardo. Pois lembro que alguns alunos ficavam me chamando de índio, tupi-guarani, "mim índio". Mas o fato mais marcante foi quando eu fui chamado de noiado por um professor, o mesmome tacou um giz e disse que era uma pedra de crack para eu fumar,na frente de toda turma. Fiquei e fico triste até hoje, pois preferir ficar calado para não perder a bolsa o que minha mãe concordou. Falei para os meus irmãos sobre, depois de 1 ano, eles criticaram eu não ter feito nada, os mesmos sempre me tiraram,falando que não sou negro e não era merecedor de cotas.
Tudo mudou ou pelo menos um pouco,quando vi Mano Brown, ele falava que se sentia um ninguém pela sua cor, pela criança da sua mãe, estudar em escola se branco, ficar na marginalidade em tudo etc. Bom Terminei o último ano do ensino médio em 2023, sinto que não passei no vestibular, mas vou me esforçar mais esse ano, pois sinto que posso me descobrir em uma universidades pública e cursando Direito vou lutar pelo irmãozinho que nem eu.
Fico muito triste com sua história e eu torço muito para que você consiga se formar e se tornar um profissional incrível. Vai alcançar tudo o que deseja e vai conseguir ajudar quem precisa. Boa sorte e muito amor pra vc!!!!!!
Comecei lendo seu relato achando que você estava falando de um acontecimento de anos atrás… aí quando você disse q terminou os estudos agora em 2023 foi como um soco no estômago. Que merda de professor é esse? Se nos anos 80/90 já era intolerável um comportamento desse, agora chega a ser criminoso tamanho mau-caratismo e falta de preparo. Sinto muito por toda essa situação, espero que os momentos de glória da vida te encontrem logo 😢
Não fala isso, eu ia fazer barraco,inaceitável, jamais um filho meu será humilhado por questão de raça, eu tenho um branco,e outro é pardo .
Gostei do seu vídeo no Instagram. Ontem eu estava conversando com a minha filha sobre o conceito de uma gota de sangue. Eu sou uma pessoa mestiça. E o meu marido é branco , louro de olhos azuis. Minha filha também é loura de olhos azuis. Pelo conceito de uma gota de sangue, tanto ela quanto eu seríamos consideradas negras no Estados Unidos. Nós carregamos uma cultura de miscigenação. Não podemos deixar de lado nossa ancestralidade indígena e europeia e ou qualquer outra, porque foi determinado por uma lei de outro país , que só podemos ser uma coisa só!
Verdade!
Não existe mais esse conceito de ''uma gota de sangue'' nos Estados Unidos há pelo menos uns 100 anos. Ninguém mais faz teste de ancestralidade nos recém-nascidos nos Estados Unidos para saber as suas porcentagens. Se a sua filha tem a pele branca e a fisionomia eurodescendente, ela será considerada branca. Eu vejo constantemente brasileiros mencionando a tal da ''uma gota de sangue'', e eu me pergunto se esses brasileiros estão vivendo no século 21 ou no século 19.
@@charlesandre5621 seria considerada LATINA já que você é brasileira.
Esse vídeo foi muito esclarecedor. Em diversas situações em que me autodenominei negro, pessoas brancas e negras (retintas), disseram que eu não sou negro. Desde então fico constrangido em me definir e parecer que estou me apropriando indevidamente de alguma etnia. Eu sou o resultado de um pai mestiço de indígena com negro e de uma mãe branca e loira. Após esse vídeo/estudo, estou mais seguro em me definir como pardo. Obrigado pelo pontapé inicial, seguirei com os estudos dessa área.
As vezes por atração pela militância de algo nos deixamos levar por esses pilantras identitários. Eu também já cheguei a me ver e dizer que sou negro ( bem fiasquento ) da mesma forma com que na adolescência, por conta do ideal racista da branquitude, me via como branco. A identidade real, parda, é a melhor escolha pra não ser um fiasquento com aquele idiota do Spartakus.
Você "claramente" não parece preto coisa nenhuma, e nem pardo foto. Não se sinta culpado. Estude e veja a realidade da coisa
UMA PARDA DE VERDADE! Orgulho define, como é bom ter a minha raça tão bem representada
Pardo nao e raça. A origem da mistura pode ser indio, negro, Indiano, Filipino, arabe, etc e o lado branco pode ser ocidental ou oriental
@@felipealex991 Pardo é etnia. É grupo etno-racial.
Pardo nem é raça. Pardo é suruba. Uma trama de limpeza étnica, através da miscigenação.
@@socialistapatriota3444 é suruba😆
ok fofa@@felipealex991
Muito bom! O Brasil tem sua história própria, por isso, deve desenvolver políticas próprias, não importadas de países que tiveram experiências diferentes.
Darcy Ribeiro. Maravilhoso! Saudades ❤
Por que não importar se funciona?
@@Jerahmeelli415 , porque, como explicado no vídeo, os objetos são diferentes. Uma prática ou política que funciona em um determinado objeto, quando aplicada em outro, não alcançará, necessariamente, o mesmo resultado.
Aqui, no Brasil, a política da hipodescendência gerou a anulação psicossocial dos mestiços, discursos maniqueístas e, consequentemente, uma polarização que só favoreceu a oligarquia que está no poder, há mais de 100 anos, controlando e explorando a população - através de discursos e ações populistas, que não mudam a realidade de fato. Não mudam o status quo.
@@Jerahmeelli415 Funciona pra quem ?
Fantástico! Começar a acompanhar seu conteúdo e suas pesquisas me resgatou de um não lugar. Que você cresça cada dia mais e sua voz chegue mais e mais alto!
Pode deixar, meu amor 😍😍
Excelente explanação! Pardos não são negros, tampouco brancos. São, exatamente, pardos! E nos orgulhamos disso: de nossa ascendência negra e de nossa ascendência branca, ambas igualmente importantes para formar o que somos.
não existem motivos para se orgulhar de ascendência branca num sistema que os privilegia
Depois de anos tentando me encaixar no movimento indígena e sempre tendo a minha identidade colocada em cheque por não ter crescido em algum território, hoje me sinto confortável em dizer que sou parda. Sou filha de um homem branco e uma mulher parda (é dela que vem a nossa descendência indígena) e cresci na cidade. Passei a infância e adolescência sendo chamada de “indiazinha” e de outros nomes mais pejorativos. Já quase apanhei de uma mulher branca na rua por estar pintada de grafismo. Se a minha experiência não é legítima eu escolho o caminho de volta e abraço a “ninguemdade”.
Seria legal você levar em conta a etnogênese. Você pode ser parda e manter a sua cultura ancestral. Veja esse vídeo: ua-cam.com/video/cQkA5PDow2s/v-deo.html
Sou filha de uma mulher branca e um homem indígena, e concordo contigo. Mestiços sofrem muito preconceito 😢
Estou na mesma. Minha mãe é negra com indígena e meu pai branco com indígena e por muito tempo eu tive pessoas discutindo sobre minha raça, dizendo que era só eu "tomar banho" que "ficava branca", entre muitas outras violências discursivas. Hoje em dia que faço descoloração e uso cabelo loiro, passo por branca, mas enquanto usava o cabelo natural, escuro, liso e grosso, era facilmente vista como "indígena fora do habitat" e essas merdas racistas. Minha identidade racial é um limbo. E pra piorar a gente ainda tem que escutar que mestiçagem é a pior atrocidade do planeta tanto de brancos quanto de pretos. 😒
É por causa disso que as estatísticas do Brasil dizem que temos quase nada de indígenas no Brasil, o que é mentira! No mínimo, bem no mínimo, temos 5% de indígenas e mestiços indígenas que são ignorados.
@@pengngep8950 verdade! Acho que pode ser bem além de 5% ná verdade. No Brasil colônia havia muitos relatos de concubinato com indígenas. Uma grande parcela de nossa população é dependente de indígenas, mesmo do século XX, mas é algo esquecido
Eu sempre tive duvida em relação a esse tempo e o seu video e canal veio como uma luz para mim, e creio que para todos os brasileiros. Muito obrigado por dedica o seu tempo e sua vida a esses estudos tão necessários para a nosso país, você é uma pessoa muito incrível
Obrigada meu amor 😍
Um ponto que a existência do pardo bagunça nesse discurso/estrategia teorica que é utilizada hoje, importada dos USA, é a questão do branco periférico brasileiro e a mistura que se deu no seio da classe trabalhadora e sertaneja. Ora se existem pardos na favela ou no sertão eles não vieram da mistura com um branco da classe dominante. O que pra mim evidencia muito mais a importância da classe social para entender etnicidade no Brasil.
Parabéns!! Raríssimo pessoas que falam sobre isso desta forma!!
Excelente tópico. Vivendo no Canadá, convivo com africanos que são imigrantes, como eu. Para nenhum deles posso ser considerado negro: riem quando digo isso. Pergunto o que sou, então? “Brasileiro “ - respondem.
Já reparei que no exterior eles não levam em conta sua etnia mesmo (negro, pardo, branco) e sim seu local de origem. Por isso muitos brasileiros de pele branca lá fora não são reconhecidos como brancos, e sim como latinos.
@@near4914 cultura né. Se você é descendente de Chinês mas foi criado nos EUA, você é americano e não Chinês;
Cara na sua foto de perfil não dá pra saber o que vc é
@@near4914 isso é verdade
@Diogo014Depende muito de qual europeu ocidental você está falando. Eu estava conversando com uma garota alemã, e ela me falou sobre o fato de sempre ficar vermelha no sol. Então, eu comentei que poderia ser por ela ser "muito branca", e ela não gostou, mesmo sendo claramente branca e loira para nós. Acontece que eles têm uma ideia diferente disso. Na verdade, dificilmente tocam nesse assunto fora de contexto, o que é bom para evitar mal-entendidos. No entanto, quando se trata de uma pessoa parda, eles podem dizer "brown skin", e quando é uma pessoa de pele escura, podem dizer "dark skin", enquanto para branca usam "light skin", o que eu acho mais correto.
Eu fiquei impressionado. A sua reflexão não trouxe lacração ou fundamentos em polaridades. Trouxe estudo, história, base sólidas e argumentação precisa. Muito obrigado
Eu precisava desse vídeo. Estou há anos tentando me definir. E tem gente que fala que sou negra, aí falam que minha pele é branca demais então sou branca. Aí teve uma época que diziam que não devia mais falar pardo. Veio a moça do ibge me perguntar como me identificava e eu passei um tempo pra escolher qual seria a melhor opção e não lembro qual eu disse.
O pardismo te aceita do jeito que é, nao importa se é mais branco ou mais negro ou mais indígena ou mais asiático, vc é uma mistura, uma mistura perfeita e única
Branca ou negra. Não é a pele que define isso, são os complementos. As vezes a pele é branca mais o nariz, o cabelo, a boca e olhos não são e é por isso chamam de negro.
Ainda bem que alguém inteligente veio para falar algo que presta sem esse papo militante e partidário. E com fundamento histórico mediante a sociedade.
Parabéns!👏👏👏
para os negros: sou mestiça
para os brancos: sou negra
mas quem tá movimento as leis pra afirmar que vc é negro são esses movimentos afro
para os brancos se você não é retinta, você é mestiça também
O melhor resumo de ser pardo 😅
Exatamente. Uma outra cor. Não tem o homo, o bissexual, ...??? Tem o bi-colorido, o trans-colorido, ...
Depende do local que vc está geograficamente falando: morei 8 anos em uma cidade no interior de MInas (com forte presença italiana) lá era negro; onde moro hoje (interior do RJ) sou pardo, moreno claro ou até mesmo branco (por alguns amigos negros, kkk) isso é o Brasil rsrs
Meu pai era preto, alguns o identificavam como mulato. A minha mãe era branca. Deste casamento inter-racial nasceu eu e minha irmã. É importante ressaltar como a sociedade da epoca, refiro-me a segunda metade da decada de 1950, primeira de 1960, via esta criança separadamente ou quando estava com apenas um dos pais. Quando estava com a minha mãe, não era raro as pessoas perguntarem "ela é adotada? " Sim, as pessoas pareciam bem mais sem noção do que hoje. Isso acontecia até com certa frequencia e acredito foi a semente do meu questionamento infantil. Oras, se eu não tinha a cor do meu pai e nem da minha mãe, logo era adotada! A minha mãe acabou me convencendo do contrario apenas usando o exemplo simples da mistura café com leite. Passado esta etapa, viria a segunda, como a minha cor era reconhecida na sociedade? Branca, preta, mulata, morena, parda? Mas seja lá qual nome poderiam dar para a minha cor, havia uma ideia de que era cor fruto de uma mistura de cores. Esta mistura levantava a questão da pureza e até da beleza cor.. Nesta outra fase, quando comecei achar a minha cor feia, um dia a minha mãe me pegou esfregado fortemente os meus braços com a bucha para arear as panelas. Eu lembro de ver os meus braços vermelhos. A intenção era ficar mais clara com uma cor "mais bonita". Contei esta minha história para mostrar como a falta de uma identidade nacional que não envolva a cor da pele de uma parte significativa de brasileiros pode afetar a autoestima das crianças. Elas buscam se encaixar dentro de suas aparências numa sociedade multipla, mas que as aceitem. Os adultos não são ensinados sobre a importância desta identidade, até porque também não aprenderam. Quando surgiram o movimento negro, nesta de botar os mestiços como negros, aumentou a dificuldade de se enxergar o óbvio. Lembrei da minha mãe quando me disse que a minha cor era a mistura de café com leite. Eu não era café nem era leite, e tudo bem! Por que deveria ser apenas café? Ressaltar a mestiçagem, a sua beleza e modo de ser, seria uma maneira de aumentar a autoestima das crianças e até alguns adultos. Seria também um marco para a brasilidade, ainda tão frágil.
Eu também sou mestiço. Mãe branca (que também tem indígenas e pretos na família). Pai pardo (que também tem pretos e brancos na sua família de origem). Tenho um irmão que puxou traços indígenas, tenho dois que puxaram mais a cor branca, porém cabelos mais ondulados que o meu, tenho irmãs dos cabelos cacheados. Se for buscar de maneira mais macro. Minha família, contando com tios, avós, primos e irmãos, coube nesta "salada" brancos (olhos verdes), pretos, indígenas, orientais (japoneses) e pardos. Fui basicamente neste censo, por causa do movimento da causa negra no Brasil me assumir ser preto. Agora, vou me assumir pardo! Já chegaram a me perguntar no serviço (uma colega preta) porquê eu sendo preto tinha um cabelo ondulado. Falei, é minhas origens. Outro fato é que minha esposa (branca) duvidou que na infância eu tinha cabelos lisos. Tive que mostrar minha foto (rsrsrs). SOU BRASILEIRO, SOU PARDO!
Belíssima história! Síntese do Brasil!
@@charlesandre5621teu cabelo nao é ondulado e cacheado. Ondulado é quase liso.
@@dadanid.m.1339 o meu é ondulado. Desculpe a confusão
Eu literalmente acabei de descobrir o termo “hipodescendência” através de uma pesquisa aleatória no Google, daí o UA-cam te recomenda. Muito bom o vídeo, meus parabéns 👏
O que é isso
@@kaizennojujutsu6134 Hipodescendência, do grego "hipos", "para baixo", ou seja, classificar a descendência "para baixo" é uma idéia extremamente racista. Basicamente propõe por as raças humanas numa escala de "pior" para "melhor" e que o indivíduo sempre será rotulado racialmente pela raça considerada "pior", pois a raça "pior" anula a "pureza" da raça "melhor". Os americanos fazem isso... Por exemplo, se o cara é filho de alemão com italiana, então ele será sempre italiano porque consideram o italiano inferior ao alemão, e portanto, a ancestralidade italiana anula a alemã.
Ainda há esperança.!! Você é um bálsamo. Continue, por favor.
Vi o trecho curto no instagram e não poderia deixar de ver a versão completa. Parabéns pelo excelente trabalho. Já me inscrevi para continuar acompanhando.
Muito obrigada pela chance, querido! ❤
Sou uma pessoa parda e não me considero negra. Tenho a audácia de dizer que nunca sofri racismo, como uma abordagem policial agressiva. Tenho cabelos crespos, nariz grande, mas não largo, e pele bem neutra, nem muito negra nem muito branca. No ano passado, durante uma viagem, tive um pequeno debate com uma amiga que ficou indignada quando disse que não me identificava como negro. Sinceramente, nunca entendi o motivo dessa revolta dela. Agora percebo que muito disso é exatamente o que está escrito no vídeo. Gostei muito do vídeo, mesmo tendo entrado nele com certo receio e preconceito. Todos os paradigmas que tinham foram quebrados pelos argumentos, simplicidade, autenticidade e educação da moça que fez o vídeo. Trouxe argumentos muito sóbrios, embasados e, ao meu ver, pouco ideológicos, o que é muito difícil nos dias de hoje. Parabéns pelo trabalho! Continue assim, que você vai longe. Deus abençoe sua vida.
Vc pode até não se identificar como negro, mas vc é negro sim.
Pardos e pretos são negros. Essa é a classificação usada pelo IBGE. Pardo não é preto, mas pardo e preto são negros. Igual homem não é mulher, mas ambos são humanos, algo mais global.
Não é isso que entendi do vídeo....
@@diennerrosa4045 não citei o vídeo. Eu discordo da posição do vídeo que mais produz divisão do que desenvolvimento. O racismo é tão cruel que faz algumas pessoas pardas sequer querer estar no mesmo grupo de pessoas pretas, isto é, no grupo racial negro.
@@aquilombabrasil e o racismo também faz com que pessoas "obriguem" outras a serem oq elas não são ou não se identificam...
Eu não sou negro, sou de familia negra, mas não sofro como os negros, nem tive as mesmas dificuldades...
A menina do vídeo aparentemente respeita isso, vc não sendo racista pode aceitar a decisão/opinião desse "negro" que vos fala?
Beatriz, de acordo com sua leitura então pessoas pardas e mestiças são do mesmo grupo? São tantas vertentes raciais no ativismo brasileiro que fica difícil a gente se entender. Por muito tempo me declarava como pardo, aí depois como negro de pele clara, mas agora seu vídeo já tá me fazendo repensar tudo.
Parabéns pelo conteúdo e pela forma didática e super carismática de expor o seu pensamento e conteúdo!
Uau Beatriz! querendo dizer mil coisas que agora se encaixam... mas... sem palavras! Já inscrito
E no IBGE as opções são: "branca, preta, parda, amarela e indígena", nem tem negra. Você foi a pessoa que melhor abordou o assunto e finalmente eu entendi! Muito obrigado 🌹
Preta e negra não são sinônimos?
@@lulumariano6515 Atualmente, muitas reportagens consideram que negros incluem pretos e pardos. Alguns sites dizem que o IBGE usa esse conceito, mas não achei nada oficial.
@@leolucas1980 o que me foi passado sobre o entendimento do IBGE é esse mesmo: existem os pretos e existem os pardos. O termo negro seria a representação da soma desses dois grupos.
@@felipefreire4593 Isso não é entendimento do IBGE e sim do MN e do estatuto racista que o PT/PSDB criaram. O IBGE só colabora ao utilizar esta nomenclatura ofensiva "preto" ( os canalhas do MN se sujeitam a isso para poderem roubar cotas ) e também em não divulgar os seus critérios de classificação e assim permitir que os identitários passem a ideia de que os 45% de auto-declarados pardos são todos mulatos/sararás/cafuzos com predominância de traços afro.
@@lulumariano6515 são sinônimos sim, a Beatriz também pensa assim. isso de separar negro e preto como coisas distintas é artifício do movimento negro, o povo mesmo, entende essas duas palavras como sinônimos e os são.
NINGUENDADE. Eu gostaria de saber mais sobre esse tema que acabo de conhecer. O termo me chamou a atenção, me identifiquei com ele por quê: descobri (confirmei o que desconfiava desde a minha adolescência) depois de um teste genético (DNA) que 20% do meu DNA é indígena e que minha ancestralidade branca é Ibérica e é mais antiga (não provém do último grande fluxo de imigrantes do século XIX). E o curioso e´ que ninguém da minha família sabia disso, nunca houve nenhuma história, nada... Mesmo a ancestralidade branca só é percebida pela cor da pele e sobrenomes ibéricos (Pereira, Moraes, Rosa, Ortiz...)
Resumindo: o passado da minha família foi totalmente obliterado: ninguém conhece a nossa origem europeia e desconhecem totalmente nossa origem indígena.
Talvez sua família ibérica tenha sidos um dos primeiros a desembarcarem aqui.
Oie Beatriz, achei bem interessante seu ponto de vista. Mas vou ser sincero que fiquei sentido falta de alguma robustez teórica na defesa da tese.
Sou estudante de psicologia e recém fiz uma matéria sobre relações étnico-raciais. Tive como professora uma das principais pesquisadoras brasileiras sobre branquitude (Lia Shucman). Nas aulas lembro bem da gente problematizar o conceito de pardo e mestiço, vendo isso como traços do racismo brasileiro, ou seja, a tese que você critíca.
Acho que não sou a pessoa ideal para discutir com você pois não acho que conseguiria defender muito bem qualquer tese kkkk. Acho que seria muito massa ver você debatendo com outras pessoas aliás. Mas pensei em algumas coisas vendo o vídeo.
Você uma hora sinua que a tese que excluí a identidade parda ou mestiça excluí os indigenas das relações de raça no Brasil. Mas lembro de ter lido um texto de Geni Nunes que defendia que o conceito de mesticagem foi também um etnocidio para os povos e a identidade e cultura indígena. O nome do texto, se não me engano, é "Da cor da terra".
Outra coisa que me pegou foi no final, que você fala que a "cultura brasileira" pensa de forma mestiça. Achei que a afirmação ficou meio estranha, generalizando toda a cultura brasileira.
Sobretudo, curti bastante a provocação e gostaria de ver mais discussões e desdobramentos dessa forma de pensamento!
Oi meu bem, como esse é um vídeo pra tornar a tese acessível para todas as pessoas, de qualquer lugar, não fico fazendo tantas referências acadêmicas, para esse ponto, você pode ler o textos oficiais, estes sim são muito ricos teoricamente e com diversas referências, inclusive a Lia Shucman. Obrigada.
@@parditude Percebe-se que não é um vídeo com intuitos acadêmicos. Espero que continue nessa linha para que possa alcançar um público mais amplo.
Saí desse vídeo com INÚMERAS perguntas,e isso é ótimo...
O que você aprendeu lá na faculdade sobre essa questão? Diz ai
Por acaso essa Lia Shucman faz parte daquela comunidade cosmopolita do nariz adunco ? Se for tá explicado essa teses imbecis anti-nacionais. Diz pra ela que eu lhe mandei uma "quenelle'.
Simplesmente magnífico! Sempre compartilhei dessa opinião e aqui ela traz de forma embasada, e elegante, um excelente resumo da história e lógica por trás desse "fenômeno" no intendimento dos movimentos negros no Brasil. Desejo-lhe força e coragem para continuar com esse trabalho, resistindo a lingua ferina dos haters
Você é fera! No Brasil somos um amálgama de raças. Sou do RS..mãe totalmente polonesa, pai gaúcho da região das Missões a boas gerações. Sempre tive amigos negros , sou de 1969 ...e digo parece as vezes, tirando a falta de educação, existia menos racismo do que hoje em alguns aspectos. Um exemplo de mestiço brasileiro.. Garrincha era mestiço de índios
Sou parda, não sou negra. Graças a Deus alguém falou sobre isso 🙌🙌🙌
❤️❤️❤️❤️❤️
Perfeitas e lúcidas observações, Beatriz. Parabéns por ter colocado tão bem essa questão que sempre me incomodou muito, sendo descendente de europeu, negro e indígena.
Onde eu vivo, na regiao Norte, a maioria esmagadora é parda, mas com pouca presença negra (afrodescendente). Esse negocio de colorismo do movimento negro é extremamente racista contra indigenas, asiaticos e arabes.
Arquitetura brasileira é parda, a nossa comida é parda, nosso português é pardo, nossos costumes são pardos, nossa música e artes são pardas, nossa sexualidade é parda...
Perfeito comentário!
@@parditudenão existe raça parda. Pardo é o negro que tem vergonha de de assumir negro.
#ironmenezes, não existe raça parda. Quanta besteira e negação da história nesse comentário. Somente pessoas que não se aceitam negras costumam dizer que são pardas.
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O que seria uma sexualidade parda?
Parabéns pela coragem em discutir um assunto tabu, ganhou um inscrito. Curtido e compartilhado.
O mesmo aconteceu com Machado de Assis. Ele era um mestiço.
O melhor vídeo que já vi sobre o assunto. Parabéns senhorita.
Muito obrigada!
Eu sofro tanto disso. Sou filho de uma mãe branca e loira com um pai preto, meus traços são ''delicados'', mas não ao ponto de ser branco. logo, sou invalidado pelos pretos por não ser negro o suficiente e pelos brancos por não ser branco o suficiente. Já ouvi de tudo sobre isso, uma tia falou uma vez ''olhando rápido até que você se passa por branco, mas se demorar mais dá pra perceber que você é escurinho'' ou quando meus amigos brigam comigo dizendo que eu não deveria ter direito às cotas por ser, segundo eles, ''um branco bronzeado''. Nós, pardos\mulatos\mestiços, vivemos nesse limbo identitário porque não aceitam que temos nossa própria identidade.
Estou na mesma condição que vc. O que mais me incomoda é ser mau interpretada pela minha cultura e jeito de ser, mais semelhante a da família materna q tem origem alemã e francesa as pessoas n entendem pq alguém com o meu tipo tem essa cultura.
Me identifico muito com a sua história, passo a mesma coisa.
Me falaram isso, que sou branca bronzeada kkkkkkkkkkkk
Traços delicados? pra mim quem tem traços delicados são mulheres, você é afeminado?
Não tem limbo nenhum, é muito simples na verdade, você já sofreu racismo? discriminação racial? já foi abordado com truculência pela polícia? já foi seguido por funcionários de lojas, supermercados, shoppings? já foi maltratado por alguém que sempre trata bem gente branca? se sim você é negro, ainda que seja pardo. Se não, você é um pardo/negro muuuuito privilegiado. Pq eu desconheço um pardo/negro que nunca passou por pelo menos um episódio de discriminação racial, ainda que velado, sob a forma de "brincadeira", etc.
Parabéns pelo vídeo! Sou sociólogo mas fujo desses debates na universidade, mas seu vídeo me deu um outra perspectiva sobre o tema.
Sensacional a sua análise! Sem enviesamento ideológico militante e ao mesmo tempo sem negar o racismo estrutural da nossa sociedade! Simplesmente perfeita, explicando tudo de forma clara e racional! Parabéns!
Como se inviesamento ideologico ou militancia fosse algo ruim 😂😂😂
Pelamorrrrrrrr
@@BigFlowShow Militância identitária é horrível.
Muito obrigada pelo elogio, querido! É uma honra poder compartilhar minha pesquisa!! Vale lembrar: também sou militante! Apesar de pensar diferente da maioria dos militantes raciais atuais 😅
Me sinto um doguinho caramelo. Kkkk
Brincadeiras à parte. Excelente vídeo 👏👏
Sou pardo e só sofri racismo na Europa. Gilberto Freire identificou a mestiçagem em seu livro Casa Grande e Senzala. Particularmente considero a mestiçagem como vantagem e não prejuízo. Nosso pensamento, ligado a forma de pensamento dos primeiros colonizadores de obter a maior quantidade de bens e voltar para a Europa, imbutiu também a valorização do europeu, o branco, como padrão de desejo.
Meus parabéns pelo vídeo, você está conseguindo desmistificar a mistura genética do nosso povo e valorizarmos como nação.
Nem precisava ir tão longe, vá ao interior de Santa Catarina ou RS. A questão é que não sendo pardo aqui no Brasil e em vários lugares do mundo vc já é tratado e visto de forma diferente.
Parabéns pelo cuidado na construção e exposição dos argumentos. Continue sempre nesse caminho, que ainda é longo!
Concordo inteiramente com você! Já venho percebendo isso há tempos. Pardo não é preto, e também não é branco, nem indígena, é mestiço!
Gosto muuito dos seus vídeos e não sabia que tinha canal aqui. Sou parda e demorei mt a entender isso e hj eu tenho que ouvir pessoas falando que sou branca por parecer mais claras nas minhas fotos. é lamentavel que as pautas raciais brasileiras tenha que enfreantar essa "americanização".
Rapaz, video bão em!!!
Sempre senti que PARDO é o Verdadeiro Brasileiro,
isso é o que temos que mais legal nesse pais
essa miscigenação que aconteceu de maneira horrivel,
mas que deu essa pluralidade nacional que temos.
Como a miscigenaçao se deu de maneira horrivel? Voce fala especificamente de sexo forçado com escravas vindas da africa nos navios. Essa é uma parcela. Existem os pardos da mistura de asiaticos com brancos, de judeus com asiaticos, de judeus com brancos, de brancos com indigenas, de indigenas com judeus. Inclusive a maioria da populaçao do nordeste é descendente de judeus. Pesquise. Disponha.
Beatriz, parabéns pela dedicação ao estudo desse tema tão pouco visível.
Eu sou uma pessoa que é classificada como pardo, porém me sinto constrangido a cada vez que tenho de botar essa classificação num formulário.
Eu sou artista visual, toda a minha vida lidei com cores e desconheço qualquer paleta ou cartela de cores, tanto física quanto digital, na qual consta um item de cor de nome "pardo".
Se todos são reconhecidos por nomes de cores que existem, por que a mim me restou a mesma identificação atribuída a um envelope de papel de cor indefinida?
A desculpa é que termos como moreno, mulato etc. são racistas e depreciativos, como se pardo também não o fosse desde sua origem. Se é pra atribuir cores, prefiro ser marrom claro, ocre, camurça, enfim, o que não faltam são nomes de cores.
E se nome de cor não for o critério, prefiro ser moreno.
Meu deus. Esse vídeo foi um banho de conhecimento! Obrigado por compartilhar. Os movimentos precisam disso
Exato, de deixar qualquer um boquiaberto com a profundidade do conteúdo esmiuçado numa linguagem fácil e apreensível.
Seu estudo é importante demais! Sucesso
Maravilhoso seu video , muito explicativo , penso exatamente como vc , querem importar conceitos absurdos dos EUA , e se esquecem da nossa realidade , ou seja a esmagadora maioria do mov. negro do Brasil esta alienada com conceitos errôneos e racistas dos Estados Unidos .
Muuuito obrigada por compartilhar sua pesquisa com a gente "meros mortais" off academia! Que mais perquisadores tornem suas pesquisas mais acessíveis a todos! Tu é incrivel! virei fã!
Sonho com um futuro onde as distinções de "raça" não mais existam, pois todos os brasileiros serão "mestiços". Já estamos muito a frente dos EUA na miscigenação, que aqui começou muito antes. Nos EUA creio que só em 1968 o casamento interracial foi descriminalizado, se não me engano. Não somos EUA, quero crer que sejamos melhores neste aspecto. Que vivamos todos em paz, igualdade, solidariedade e amizade.
Esse canal foi o melhor achado do final de 2023/início de 2024, tô sempre por aqui consumindo um conteúdo ou outro, obrigado por tanto!! Aguardando ansiosamente pelo vídeo sobre ninguendade..
sou filho de um casal interracial mae beniana[africana] e pai russo[europeu] e eles dizem vc no benim nao e lido como negro e na russia nao sou lido como branco aceitei que sou 2 raças em uma e nao em si uma caixinha como mts; querem que nos pardos escolham um lado ou vc e opressor ou oprimido escolhaaaaa kkk quando na vdd sou fruto de um amor que ultrapassou tudo que ja aconteceu ao longo da nossa historia e me orgulho de tudo que compoe geneticamente quem eu sou hj
Amei
Seu canal faz a diferença para nós pardos! Você estuda e tem propriedade dos fatos.
Adorei o seu canal. Eu sou café com leite e adoro a mistura que herdei de meus pais. Minha família materna veio de Angola, a paterna de Portugal e adoro isso!
Nossa, isso é um conteúdo muito necessário, já me peguei muitas vezes questionando se sou simplesmente preto, pq também tenho parentesco indígena que refletem nos meus traços e e cor..
Adora quem tira as ideias que estavam na minha cabeça, mas eu nunca consegui raciocinar sobre.
Great video. Congratulations dear. Very helpful and informative. Keep going.
Excelente o seu vídeo. Acrescentaria ainda, que os portugueses que colonizaram o Brasil também eram, em grande parte, mestiços de judeus e árabes (designação genérica de um conjunto de populações berberes, sírias, egípcias e outras) que não podem ser consideradas brancas (eslavas). No Brasil de hoje, tirando os índios ainda não contactados, somo todos mestiços (mesmo os negros).
Parabéns e muita gratidao por compartilhar um conteúdo rico como este. Nota 10. Curti e passei a te seguir
Obrigada meu amor
Vídeo incrível. Sou filha de pai mulato e mãe com ascendência indígena, super cara de índiazinha. Somos 3 filhos e cada um tem uma cor de pele e textura de cabelo diferente. Sempre me considerei mestiça, cafusa. Sofro preconceito aqui todo santo dia, na nossa sociedade hipócrita e preconceituosa. Insinuações de que não devo ter cultura e nem recursos financeiros. É muito cansativo! Bravo! Por mais vídeos como esses😊
DE ALGUMA FORMA VOCE ESTA ERRADA, se identificar de maneira pessoal com uma raça, passa pela subjetividade da experiência do individuo, se ele sente e vê que uma determinada raça e etnia tem mais privilégios ele vai querer imitar. a identificação com o lado oprimido é um mecanismo de justiça pela condição da cor etnia que se sente ou foi oprimida. se vc acha que se dividir em pardo ou meio branco ajuda a sua autoestima, massa. mas não deixe de perceber que essa noção identitária nos afasta da união dos oprimidos e dos trabalhadores, mas eu achei o video foda, muito bem educada valido o questionamento pois todos somos complexos e queremos marcar nossa identidade no meio disso tudo, só precisamos tomar cuidado com identitarismo pra ele não fazer a gente se achar diferente ou melhor,precisamos superar a indentidade no contexto politico, por isso esse assunto é complexo e atravessa a cultura, mas.. resumindo prefiro ser igual e comum, sendo preto ou branco a identificação com o oprimido é sempre positiva pra revolução, que a única esperança de vida na terra
Se identificar com a raça do preto retinto oprimido vai melhorar a vida dele ? Fosse assim bastaria os branquinhos identitários cheios de culpa se definirem como negros. Óbvio que o MN não iria aceitar pois roubariam cotas também quando resolvessem esquecer a "dor pungente que sentem pelos oprimidos' e pensassem exclusivamente nos seus interesses individuais. E é o que fazem com os pardos, usando-os para inflar as cotas e ao mesmo tempo barrando-os no tribunal racial.
Alguém se identificar com um segmento oprimido , seja racial ou não, não faz desse alguém ser aquilo que não é. Sou neto de um descendente de europeus e de uma mestiça de indígena com negros por parte de mãe e de descendentes de português com negra por parte de pai, portanto, sou mestiço, pardo e entendo que para estar ao lado dos oprimidos não é preciso se definir como o que não é. É uma questão genética.
Eu sou pardo, e até onde eu saiba não tenho o privilégio de ter negros na família. Minha avó paterna teria algum traço indígena e eu e meu pai somos bem morenos ( mais quando pego sol). Me incomodou essa história de quererem me rotular como negro. Na África do Sul eu seria negro, nos EUA seria latino, pareço muito mais com um indiano que com um índio. E me considero mestiço. E muitos dos que se consideram "brancos" deveriam sair do Brasil pra ver como seriam rotulados lá fora. Adorei o vídeo, realmente nos faz refletir.
O não-lugar do pardo, esse resultado da mestiçagem, precisa mesmo de um olhar especial. Parabéns pela abordagem!
Para mim, a principal preocupação é a usurpação de direitos legítimos de pessoas que realmente precisam se valer deles, por parte de quem busca em si o menor sinal de negritude para se valer de ações afirmativas, já que pardos e pretos são negros.
nossa, tô me encontrando aqui. Tempo desses comentei com amigos que me sentia perdida nesse aspecto porque tenho 100% de certeza que não sou branca. Mas não conseguia me encaixar totalmente como negra (ou preta, escolham a palavra que agradem mais a vocês) porque imaginava que, se um dia tomasse o lugar de fala deles, eles cairiam de pau em cima de mim, porque nunca sofri preconceito (ou percebi, pelo menos). Gosto muito de apoiar a causa negra, procuro ter livros e brinquedos para os meus filhos que os representem como protagonistas. Mas, ao mesmo tempo, tenho um pouco de "medo" da militância que ocorre.
MARAVILHOSAAAA eu precisava dessa representatividade parda ❤❤❤
Muito bom. Sou pardo nunca me identifiquei como negro. Meu pai é pardo e minha mãe loira. Reconhecer como negro é o mesmo que adquirir uma racialidade que nunca pertenceu ao meu meio
Garota, eu amei teu vídeo. Pesquisa muito boa! Principalmente porque é uma valorização de um conhecimento pautado da história brasileira. Paralelo muito bem feito.
Morei em capital e interior. Na capital descobri pessoas de pele escura que tinham orgulho do seu tom de pele. No interior nunca vi um pardo se chamar de preto ou negro. Como diz minha família msm (brancos e pardos): "o certo é moreninho, mulatinho, escurinho, preto é quando vc quer xingar alguém". No interior se a pessoa de pele escura falar de racismo, orgulho negro, essas coisas, ela nao arruma nada. Diferentes contextos diferentes realidades
É triste e já vi muito isso: a pessoa tentar esconder sua identidade (mesmo retinta) para garantir coisas básicas como comer e trabalhar. No trabalho ora pra Santa Maria, de noite em casa vai pro terreno de candomblé. Parece um "negro dentro do armário", fazendo uma analogia a situações de pessoas LGBTs.
Esse racismo de assimilação pode ser tão ou mais perversa que a segregacionista.
@@elatafalando Que bobagem. Quem é negro de fato não tem como dissimular, só se quiser mentir para si mesmo, coisa que os outros não engolirão. O que tem é sarará sem bandeira querendo se passar por negro.
Por algum motivo esse vídeo apareceu pra mim. Então vamos às observações:
Primeiro, interessante tentar organizar essa discussão à luz de pesquisas, apesar dos equívocos que serão comentados. E em segundo lugar, vejo total sentido na sua identificação enquanto parda, dentro da definição de pardo que vc propõe, a partir do seu FENÓTIPO e não a partir de qualquer teoria da hipodescendência ou mesmo histórico familiar, já que não dialoga muito com nosso contexto, por isso foi um dos pontos que estranhei no seu vídeo desde o título. Não é à toa que em contextos de ações afirmativas, a autodeclaração não bastou e fizeram a exigência de que fosse complementada com comissões de heteroidentificação. É interessante ainda você homogeneizar um movimento negro e dizer que eles se basearam no contexto dos EUA, quando o próprio fundamento que você traz, de maneira mal articulada, é dos EUA, para resolver um problema dos EUA. Outros pontos de destaque, vamos lá:
*As pessoas genotipicamente "MESTIÇAS" dos EUA no contexto do One Drop Rule, eram FENOTIPICAMENTE brancas, e muitas vezes dentro de um estereótipo de brancura ideal. É necessário ressaltar esse ponto justamente pra torná-lo compreensível pra realidade daqui e entendermos que não têm a ver com o nosso contexto. Só se destaca tanto o genótipo mais que o fenótipo, por haver uma ideia de "pureza" de fundo, atribuída somente aos brancos. Lembremos no entanto, que essas pessoas poderiam praticar o "passing", já comentado por Oracy Nogueira em "Preconceito de marca e de origem". Nesse sentido, o termo "negro de pele clara" ou "light-skin black" não passa de um eufemismo para pessoas genotipicamente mestiças, fenotipicamente brancas.
* Se no contexto dos EUA os colonizadores não tinham a intenção de se misturar, como nascem os mestiços por lá? Tenham eles o fenótipo que for... Vc parece ignorar que em ambos os contextos houve ESTUPRO.
*"Lá nos Estados Unidos as pessoas afro-americanas sempre foram identificadas como black". FALSO. E uma das próprias imagens exibidas no seu vídeo desmente isso. O tratamento dirigido a várias figuras famosas como Ida B. Wells e Eartha Kitt e as próprias discussões sobre as várias identidades dirigidas aos negros após a discussão de indenizações a descendentes de escravizados no estado da Califórnia desmentem isso.
*O excessivo uso do termo "incentivo" para se referir ao contexto daqui e com base na leitura romântica de Darcy Ribeiro e sem uma visão crítica do projeto de aniquilação negra no Brasil o estupro desenfreado confirmado por estudos genômicos são pontos preocupantes do vídeo.
*Não existe nada parecido com "importação da hipodescendência" para o Brasil por parte de qualquer movimento negro, até onde sei. Embora, fora de movimentos eu tenha começado a observar pessoas não-negras tentando forçar esse entendimento. As já mencionadas comissões de heteroidentificação, acusações de fraude no uso da política de cotas e desenvolvimento de termos como "afroconveniência" apenas corroboram o que estou dizendo. Em relação a não abdicação da AMBÍGUA categoria "pardo" que possui definições além da restrita que vc tenta empurrar, os motivos históricos são outros, mas como parece ser uma pedra no sapato, as discussões a respeito de seu uso continuam aberta.
*Não vou comentar os pressupostos implícitos de pureza que vc deixa subentendido durante sua explicação ou outros pontos problemáticos pq toquei no fundamental. Acho que por ora é isso mesmo, só finalizado respondendo a sua pergunta:
"Pardos são negros? A priori, "pardo" é uma categoria e não um sujeito concreto da realidade. Uma categoria com diversos usos e sentidos ao longo do tempo e também nos dias de hoje, portanto, as pessoas que optam por essa categoria podem ser muito diferentes e possuirem diversas justificativas. Certamente, há muitas pessoas negras se declarando como pardas TAMBÉM. Mas a diversidade de sujeitos assim se declarando atualmente bem como o que pode estar levando eles a fazerem isso está em discussão.
Todo esse blá blá blá só pra esconder que vcs são canalhas estelionatários ladrões de cotas ? Qualquer pessoa mais atenta e que não seja burrinha percebe que esse agrupamento ridículo de "pretos" ( chegam a usar um termo historicamente ofensivo os negros no Brasil só pra poderem aplicar seu estelionato estatístico ) e pardos como negros serve tão somente para aumentar o percentual das cotas e ao mesmo tempo filtrar e barrar a parcela majoritária que compõe o percentual das ações afirmativas para negros, ou seja, os pardos. Pardos depois que saem das estatísticas do IBGE são agrupados com "pretos" e essas duas categorias censitárias são tratadas com sub-categoria de negro ( Estatuto da igualdade racial, mídia pró identitária, justiça, partidos liberais e de esquerda globalista ). Daí quando ocorre de pardos acessarem as cotas deixam de existir os critérios do IBGE e passam a vigorar os do Movimento Negro, que consideram pardos somente os mulatos/sararás/cafuzos com traços predominantemente afros. Lembrando sempre que na hora de estipular o percentual das cotas para negros eles usam todos os auto-declarados pardos, como se o IBGE aplicasse os critérios deles, desconsiderando que o instituto utiliza critérios que incluiu, por exemplo, mestiços de índios com brancos com pouca ou mesmo nenhuma ascendência ou marca africana.
Eu amo!!! Sou descendente de africanos, indígenas e europeus, sou todo misturado e eu simplesmente me amo demais por ser mestiço ❤️❤️❤️
Eu também, sou super parda!
Esse é o Brasil!
Eu também. Por mais que a maior parte do meu sangue seja português, tenho sangue africano e indígena. Se vc for olhar meu fenótipo, eu com certeza não sou branco. Tenho até traços árabes, porque o sangue português é misturado também. Não existe isso de raça pura.
@@onodoyoutube2022Concordo, A Humanidade Pós-Diluviana Desenvolveu Cores E Características de Olhos, Devido As Variações Climáticas( Antes do Dilúvio O Clima da Terra Era Único E A Terra Era Apenas Um Continente
@@joelrubens1988 não acho que antes do dilúvio a Terra era um continente só. Os humanos podiam até não ter se espalhado tanto naquela época, por serem poucos. Como diz a Bíblia, os seres humanos só foram se espalhar depois com o fim da cidade de Babel, quando Deus confundiu as línguas. Os seres humanos não chegaram a viver na época da Pangeia, se eu não me engano, isso foi milhões de anos antes.
Brilhante explanação. Morei nos Estados Unidos anos atrás e tomei consciência da enorme diferença da nossa realidade.
Qual é o benefício político que separamos esses grupos e não usarmos a palavra negro ( agrupado )? Historicamente quais foram as conquistas que as pessoas mestiças divididas tiveram no Brasil? Essa divisão de pessoas em várias categorias tbm não favoreceu historicamente os brancos brasileiros?
Quem tá querendo dividir é tu. As conquistas devem ser nacionais e de classe e não de raça. Questão racial tem a ver com racismo e isso deve ser combatido por todos, não havendo necessidade de agrupar mestiços como fazem esses movimentos financiados por fundações norte-americanas, onde mestiços de ascendência indígena são agrupados nas estatísticas como negros para depois serem barrados nas cotas.
@@socialistapatriota3444 bom tarde senhor. Eu não fiz nenhuma afirmação, logo vc não pode dizer que eu disse algo. Eu só fiz perguntas com interrogação no final de cada frase. Qual política social no Brasil é exclusivamente de raça e não de classe E raça ( sócio econômicas )? Eu desconheço políticas exclusivamente de raça, portanto estamos sempre falando de classe e não de raça. De qualquer forma se existe racismo poderíamos tbm falar de raça.
@@socialistapatriota3444 só para lembrar que exige tbm cotas ( já que vc está falando de cotas ) que são sócio econômicas e destinadas a população indígena, logo políticas de classe e raça.
O problema é o movimento negro querer apagar a identidade parda. Não é preciso que as pessoas tenham uma identidade homogênea para lutar por pautas em comum, está aí o movimento LGBT+ como exemplo. Quanto às cotas, se o pardo tem fenótipo branco, ele não tem direito. Mas engorda as estatísticas do IBGE como negro.
@@christianrodrigues8807As cotas em concursos públicos são exclusivamente raciais ( só para negros ) e não sociais. A exceção deve ser a cota pra travesti que tem aqui no RS ( esse estado fascista segundo os identitários ).
O melhor vídeo sugerido, parabéns pelo trabalho.
Tomar o pardo por negro no Brasil é desconsiderar o componente indígena. No estado onde moro, Sergipe, uma grande parte da população é parda, mas dá pra perceber pelas feições que boa parte delas são descendentes de indígenas (o que seria o caboclo nas denominações mais antigas).
Lembro quando a Zaruty falou sobre isso houve um cancelamento na internet contra ela. Assunto importante e deve ser tratado com seriedade. Parabens pelo video
Isso é muito complicado pra concurso público... O filho da minha prima se identifica como nogro e fez o concurso público e passou, agora não querem dar a vaga dele pois dizem que ele não é negro 🤦🏻♀️.
Para os racistas identitários o pardo é negro....mas só quando isso serve a eles. Agora mesmo a ministra da igualdade racial tava falando mais uma das suas baboseiras, um tal de "racismo ambiental'. Porque as enchentes atingem de forma diferenciada os mais pobres e segundo eles 70% da baixada fluminense é formada por "negros".
Primeiro vídeo que assisto do seu canal e quero te agradecer por elucidar essas teorias e explicar um pouco mais da nossa história!
EXCELENTE VÍDEO!!! Vivo um dilema: sou descendente de escravas e imigrantes italianos. Durante boa parte de minha, fui considerado preto. Porém, haja vista a miscigenação que me deu origem, sempre me autodeclarei pardo. Minha esposa diz que sou um negro de pele clara, pois tenho nariz, boca, dentes, sobrancelha e estrutura corporal de negro, com pele morena e cabelo misto. Enfim, sou um brasileiro típico! ✊🏽
Só pelo seu relato vejo que sua esposa tem razão, recomendo você procurar estudar sobre racismo estrutural e como isso existe no Brasil
@@jeffersonbarbosa8443 Não tem razão nenhuma. É uma racista identitária.
@@jeffersonbarbosa8443 lula também
O seu comentario diz muito sobre o racismo estrutural e velado que existe no brasil sobre querer excluir tudo que negro, chamar uma pessoa que tem traços e fenotipo de uma pessoa negra de parda e tentar apagar na historia nossa raça se negando a ela e enbranquecendo cada vez mais. Isso e coisa de desde os tempos da escravidão onde e feio chamar o outro de preto, mais se for moreno, mulato ou qualquer outra nomeclatura que distancie do preto passa a ser bonita. @@socialistapatriota3444
Então sim@@socialistapatriota3444 a mulher dele tem razão mais a cabeça dele vai vem com uma ideia estruturada de gerações, assim ele nao se aceita, igual a você.
Oiê Beatriz, gostei muito do seu vídeo❤ e fui ler seu trabalho que está na descrição. Achava que seria uma leitura difícil, mas consegui compreender✨ E sinto muito pela sua perda🕊️
Na minha opinião, essa tal de hipodescendência é racismo disfarçado.
PERFEITA!!! MUITO OBRIGADA POR ESTE VÍDEO!!!
A grande beleza do Brasil é sua diversidade 🤎
Parabéns pelo conteúdo, pela pesquisa, pela exposição clara e pelo equilíbrio nas posições.
A questão que voce coloca no final do vídeo é um ponto sobre o qual tenho meditado e tentado pesquisar: a influência das estratégias politicas dos movimentos estdunidenses sobre as concepções e práticas dos movimentos brasileiros. Em muitos pontos pare que reproduzimos muito do que acontece lá, não só na pauta racial, mas também na de diversidade sexual. Seria esse um assunto muito interessante para um possivel futuro vídeo.
O musico Neguinho da Beija Flor fez teste de DNA, e pasmem, ele tem mais a genetica de europeus que de africanos, e ele eh preto retinto. Geneticamente ele eh pardo, mas fenotipo negro.Isso eh mais complexo que simples aparencia.
Adorei seu vídeo! Este debate realmente precisa ser levantado e é muito necessário, porque nós, pardas e pardos, estamos em um limbo racial que nos exclui. Eu sou uma mulher parda, de pele parda (a famosa café com leite) e de cabelos pretos e lisos, pois sou descendente de negros, indígenas e brancos. Minha identidade cultural e vivência cultural é afro, e esta é a cultura que passei para meus filhos. Porém, nos meios chamados afro, eu não sou bem aceita. Não me aceitam como negra, porque os movimentos que se apossaram do termo, passaram a considerar pardas apenas as pessoas com fenótipo e tracos de pessoas pretas, o que não é o meu caso. Também não sou indígena, porque no Brasil, pra ser indígena, vc tem que ter identificação do povo, aldeado ou não. E eu sei que NÃO sou branca (e não quero ser). Então fico neste limbo, sem identidade, rejeitada por todos os lados. E isto me causa um sofrimento terrível, uma sensação de não pertencimento, de não existência. Precisamos da nossa identidade racial. De novo, obrigada por levantar este debate! 👏🏽👏🏽