Cara vou franco o Getúlio Vargas foi um iconi de uma geração passada ums dos melhores presidentes que o Brasil já teve ele foi um idealista de estrema direita
Em agosto de 1940, o presidente Getúlio Vargas visitou a aldeia dos índios Karajá na Ilha do Bananal, no Brasil Central. Foi o primeiro presidente brasileiro a visitar uma área indígena, ou o Oeste da nação. Três anos antes, ele proclamara um Estado Novo compromissado com o desenvolvimento e a integração nacional. Como parte de seu projeto de construção de um Brasil novo, mais independente economicamente, mais integrado politicamente e socialmente mais unificado, Vargas voltou-se para o valor simbólico dos aborígenes. Diferentemente de “plantas exóticas” do liberalismo econômico e do marxismo, os quais o regime autoritário nacionalista procurou extirpar o solo brasileiro mediante repressão política, censura e intervenção federal em assuntos regionais, os índios seriam defendidos por Vargas por conterem as verdadeiras “raízes da brasilidade”. Ainda segundo Garfield, os Karajá, então sob a responsabilidade de um órgão federal, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), receberam a delegação presidencial com uma grande cerimônia. Apresentaram rituais “tradicionais” e cantaram o Hino Nacional diante da bandeira brasileira. Vargas, por sua vez, distribuiu facas, machadinhas e ferramentas para os índios. Para destacar sua imagem de “Pai dos Pobres”, o presidente segurou um bebê Karajá nos braços. Depois de explorar Bananal, Vargas manifestou o desejo de reconhecer o território dos “Xavantes extremamente ferozes” que habitavam as redondezas. Da segurança de seu avião, Vargas viu, através de binóculos, uma aldeia Xavante não contatada. Encorajado por essa oposição potencial, o ilustre visitante esboçou seu plano para o Oeste. Vargas prometeu distribuir terras para os índios e caboclos que viviam na região, pois, ao “fixar o homem a terra”, o Estado extirparia as raízes do nomadismo, convertendo índios e sertanejos em cidadãos produtivos. Ao SPI caberia doutrinar os índios, “fazendo-os compreender a necessidade do trabalho”. Segundo o historiador Seth Garfield, a viagem de Vargas ao Centro-oeste, arquitetada para se assemelhar às ousadas expedições dos bandeirantes no período colonial, não foi na verdade uma aventura perigosa. As maravilhas da aeronáutica facilitaram o acesso do poder estatal a lugares antes inacessíveis. Além disso, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado de divulgar as diretrizes culturais e ideológicas do Estado Novo, assegurou uma viagem tranquila. Um cinegrafista do DIP acompanhou Vargas, filmando imagens que o regime autoritário nacionalista procurou tornar relíquias: índios vigorosos, emblemáticos da força inata dos nativos brasileiros; o “tradicionalismo” das comunidades indígenas; a camaradagem entre índios e brancos; a bonomia do presidente, símbolo do homem cordial brasileiro; o longo braço do Estado estendendo-se sertão adentro para dar-lhes assistência. Os nossos últimos brasis representavam uma porcentagem minúscula da população brasileira situada predominantemente nas fronteiras remotas, mas, foram, de repente, convocados para o palco da política. Diferentes fatores provocaram o seu aparecimento: o esforço do Estado Novo para consolidar o poder e redefinir o território nacional; e as preocupações da elite sobre as origens da nação e a composição racial da época. Tudo isso influenciaria uma formulação do Estado sobre a identidade cultural dos índios e uma política para a sua integração. Integração? Frei José M. Audrin, dominicano que exerceu seu árduo ministério, durante 50 anos, entre o norte de Goiás e o sudeste do Pará, deixou suas impressões sobre sertanejos e índios, nas quais se lê o tipo de integração obtido nessa época. Contou ele que contato entre uns e outros era “de quase convivência”, pois “depois que os cristãos se apoderaram daquelas terras, os índios continuam a percorrê-las e habitá-las como seus legítimos ocupantes”. Costumavam acampar nas praias do rio Araguaia e quando das grandes chuvas, nas altas barreiras. “Podia-se entrar e demorar nas malocas. Negociar amistosamente peixes, produtos de caça, aves selvagens e diversos artefatos a troco de linhas de pesca, anzóis, espelhos e outras bugigangas. No verão, instalavam-se perto das aldeias, pescadores de pirarucus, angariando índios como arpoadores e hábeis flecheiros para suas pescarias. Quando a tripulação de um barco precisava de reforço para saltar pedrais e vencer rebojos, encontravam entre eles remeiros e até pilotos adestrados”. Os Caiapós e Carajás agasalhavam os sertanejos com quem negociavam milho, fumo e ferramentas ou armas munições e aguardente. “Ao menos uma vez por ano, vinham aos nossos povoados e passeavam pelas ruas, homens, mulheres e crianças, vendiam frutas, papagaios e macacos, admiravam as lojas, assistiam mesmo inteiramente despidos, as festas religiosas. Em noites de luar, cantavam e dançavam nas praças, senso depois gratificados pelos moradores”.  Foto: Arquivo FGV Segundo Frei Audrin, o mesmo acontecia com outras nações da região do Tocantins: Xerentes, Caraós e Apinajés. Os últimos pediam serviço. Ofereciam-se para tarefas de roça, a fim de ganhar dinheiro ou roupas. Índios, amigos entre si? Não. Caiapós e Xerentes não se davam e os primeiros evitavam os Carajás. Tais “antipatias” se reproduziam nas escolas rurais mantidas pela missão dominicana. Todo o cuidado era pouco. Ele relatou ainda também a exploração sofrida pelos índios: “Tropeiros e seringueiros contratavam jovens silvícolas iludindo-os com promessas irrisórias e pagando-os com miseráveis salários […] Por uma simples garrafa de péssima aguardente, por um punhado de sal, uma rapadura ou alguns litros de farinha de mandioca, subtraíam aos pobres selvagens roupas novas e ferramentas recebidas pouco antes das mãos dos missionários […] Que diremos, então, dos caminhos abertos pelos viajantes através das plantações dos índios para dar passagem aos seus comboios, das devastações de arrozais e mandiocais por criminosos tropeiros que soltavam neles os seus animais para ali pastarem dias e noites?”. Mas os índios reagiam: ateavam fogo aos canaviais, poluíam ribeirões com o suco venenoso das raízes do tingui, flechavam gado e cavalos. As tensões foram tantas e tão violentos que nasceu então a ideia de “reservar-lhes territórios bem determinados, dos quais fossem donos absolutos, seguindo livremente seus costumes ancestrais”. Havia ainda as nações sem contato com brancos. No baixo Araguaia, os Gorotirés. Nos municípios de Peixe e Descoberto, os temidos “canoeiros”. Nas matas do Xingu, os Xicrins, Açurinis e Gaviões. Encontros sangrentos se multiplicavam. Segundo o dominicano, eram silenciados pela imprensa: essa era “a triste condição da Marcha para Oeste”. E da propalada “integração”. “Histórias da Gente Brasileira: República 1889-1950 (vol.3), de Mary del Priore. Editora LeYa, 2017.
Getúlio queimou o café devido a Grande Depressão de 1929/30 e ser o principal produto da pauta de exportação da economia brasileira e não para beneficiar fazendeiros. O Brasil tinha 430 anos de economia agrária e não se poderia mudar de imediato. A porrada na oligarquia agrária veio com a Revolução Industrial Brasileira. Veja os exemplos de Mauá e Rui Barbosa que foram boicotados e não conseguiram promover a industrialização brasileira. Getúlio não pode ser analisado fora do contexto de sua época. Não seja parcial.
Matéria altamente depreciativa, parcial e por vezes demonizadora da imagem de Getúlio Vargas. Poderiam mostrar a verdadeira história de Getúlio. Getúlio não tinha como valorizar os trabalhadores das zonas rurais, porque não tinha esse controle. João Goulart, o seu seguidor, faria essas reformas de base, mas foi golpeado em 64.
Bom espero que a maioria dos brasileiros veja e Lea história p comessar entender de política ,para parar de escrever tantas baboseiras e na confundir ditadura com comunismo .
Quando se fala em ditadura, vem na cabeça um regime totalitário cruel, mas o ruim não é a ditadura em si, e sim quem está governando, já que na ditadura o poder é absoluto à um indivíduo, então ele que vai escolher como o país dele vai funcionar.
👍💘💋😘🎀🌹🥰❤ 💘**( Reflexão) **❤ Nunca dêem flores A quem quer ti matar Enfrente seus inimigos Com balas de canhões E jamais com petalas De rosas.🌹 O mal só precisa Do teu silencio Pra gritar regras Na tua vida😞 O mal só entrara Na tua vida Se nela não haver Espaço para o bem❤ Ame fazer o bem E odei fazer o mal Para se ter paz É preciso lutar Por ela💘 (Gê poeta) 30/04/2019 🎀🥰💋🌹👍💘❤😘
Naquelas né, não dá pra se garantir nada, porque não aconteceu. Mas desde o golpe na monarquia e proclamação da república não tinha existido nenhum golpe e toda eleição era comprida certinho. Quem começou os golpes na República foi Vargas. Não há garantias que a longo prazo as instituições ficariam mais fortes e talvez não tivesse ocorrido golpes. Mas é uma discussão sem fim kkk
FALA SOBRE A DECLARAÇÃO DE INDEPENDENCIA DOS ESTADOS UNIDOS E COMO O VERDADEIRO FEDERALISMO FIZERAM DELES UNS DOS PAISES MAIS INDUSTRIALIZADAS APROVEITA A VAIPE E FALA QUE NÃO FOI UMA GUERRA CIVIL MAS SIM QUE LINCOLN RASGOU A CONSTITUIÇÃO AMERICANA E DECLAROU *GUERRA* AOS ESTADOS DO SUL
TheFoxes ovitio vídeo bacana mas a questão na guerra de cessesão é sobre escravidão msm. Lincoln não era uma malvadão fascista querendo centralizar poder, ele era apenas um humilde presidente que queria acabar com a escravidão. Ser a favor que um estado tenha escravos vai completamente contra as ideias libertarias que o raphael do ideias radicais tem.
@@AndreyMSilva-lk3vm Ah sim, pra isso então justifica um golpe autoritário e morte e a censura de mais pessoas que até a própria ditadura militar. Só porque criou uma demanda trabalhista. Ignorando que no mundo ocidental todo estava tendo mudanças trabalhistas e essas demandas. Era inevitável um ministério do trabalho e carteira de trabalho em menos de 20 anos, era uma tendência do ocidente. Óbvio que algum presidente eleito iria fazer isso mais cedo ou mais tarde. Não faz sentido justificar um massacre sendo que você nem sabe como a história seria sem ele.
@@AndreyMSilva-lk3vm É que você está supondo que não existiria proteções trabalhistas só pq ele fez. Faz quase 100 anos, quem garante isso? Era uma demanda crescente nessa época no mundo. E sim, foi uma ditadura, não se justifica. Já vi gente dizendo que era pra agradecer ele porque mulher vota. Como se isso não fosse mudar mais cedo ou mais tarde. Ou você acha ainda estaríamos em 2020 com mulheres sendo proibidas de votar? Entende. N justifica, iria acontecer de um jeito ou de outro.
Claro que Bolsonaro pode ser um Vargas 2.0, ainda mais com caminhoneiros que sequestraram o país apoiando ele, e a parcela economicamente ativa apoiando. Fora aquele apoio básico de latifundiários.
Infelizmente quem conta a história são os jornalistas. Sempre fico com o pé atras na história com a barbaridade que contam do regime militar. Nunca contam nos livros que o STF não foi fechado, a população não foi desarmada, e o regime com o menor numero de pessoas mortas no mundo. Se não tivéssemos a internet estaríamos hipnotizados pela televisão, jornal e revista. Até hj me pergunto Olga Benario é uma invenção da propaganda comunista? outros historiadores informam que seria apenas uma agente secreto do serviço militar soviético.
Assisti vários videos sobre Getúlio, o seu teve a melhor riqueza de detalhes, contextualização e fluência. Parabéns.
muito obrigado!!!
queremos vídeo sobre a Olga. Amo o canal!
Muito bem elaborado. Gostei mesmo.
Muito bom! Tô lendo o segundo volume de uma trilogia sobre Getúlio, e vc explicou direitinho.
Cara vou franco o Getúlio Vargas foi um iconi de uma geração passada ums dos melhores presidentes que o Brasil já teve ele foi um idealista de estrema direita
Getúlio Vargas era Nacionalista de terceira posição política, não era nem de esquerda nem de direita.
Ótimo vídeo professor, sem dúvida um dos melhores canais para estudar. Continue assim, a boa edição do vídeo ajuda muito no entendimento!
*ASSUNTO DE PROVA! OBRIGADA!*
^^
Muito bom esse vídeo, ele será muito útil.
Esperamos que sim :)
Show de aulas, Parabéns.
Excelente!!!
Que explicação show. Parabéns.
Muito bom, parabéns, gosto muito do canal
Vou ser franco eu quis dizer obrigado seu canal é fantástico
Gostei!!!!
muito bom vídeo! só uma ressalva, você fala muito rápido!
Obrigado,conteúdo de prova🙏😁
boa! Foi bem??
vídeo muito bem elaborado, parabéns ao revisão!. poderiam fazer o vídeo da história de vargas depois de 1964?
O Vargas morreu em 54
Muito bom video e conteudo. Estou na espera dos videos sobre 1964.
Est'a mais perto do que vc imagina! ;)
Boa tarde abraço João Araújo NataL
Conta mais sobre a história da Olga, por favor.
Gostei bastante! Muito obrigada
Muito bom, continuem fazendo vídeo
Amo o canal, façam um video sobre a Olga
Mano, agora eu acho que Getúlio foi o ditador mais esperto do mundo :v
Vídeo muito bom
valeu iago!
Excelente vídeo parabéns
8:15 General Específico!
Vídeo sobre 1964 e econômia na ditadura militar de 64-85
Gandalf the Gay ta chegando
Vocês podem fazer uma playlist sobre Getúlio?
muito show
O conteúdo é de qualidade, porém tive que voltar o vídeo em alguns momentos pois você fala muito rápido e as vezes embolados...
sim, hoje em dia eu fiz vários treinos para melhorar minha narração, dá uma olhada nos vídeos novos :)
Vídeo sobre Olga ❤
Fas um vídeo sobre a imagem do Brasil no exterior.
luffy vc tava no quadro
Vim pelo IOPEM. ...
muito bom
Top
faz um vídeo sobre o ano de 1968, por favor.
Leandra Albuquerque temos um no forno hem
Vídeo sobre Olga!!!
Em agosto de 1940, o presidente Getúlio Vargas visitou a aldeia dos índios Karajá na Ilha do Bananal, no Brasil Central. Foi o primeiro presidente brasileiro a visitar uma área indígena, ou o Oeste da nação. Três anos antes, ele proclamara um Estado Novo compromissado com o desenvolvimento e a integração nacional. Como parte de seu projeto de construção de um Brasil novo, mais independente economicamente, mais integrado politicamente e socialmente mais unificado, Vargas voltou-se para o valor simbólico dos aborígenes. Diferentemente de “plantas exóticas” do liberalismo econômico e do marxismo, os quais o regime autoritário nacionalista procurou extirpar o solo brasileiro mediante repressão política, censura e intervenção federal em assuntos regionais, os índios seriam defendidos por Vargas por conterem as verdadeiras “raízes da brasilidade”.
Ainda segundo Garfield, os Karajá, então sob a responsabilidade de um órgão federal, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), receberam a delegação presidencial com uma grande cerimônia. Apresentaram rituais “tradicionais” e cantaram o Hino Nacional diante da bandeira brasileira. Vargas, por sua vez, distribuiu facas, machadinhas e ferramentas para os índios. Para destacar sua imagem de “Pai dos Pobres”, o presidente segurou um bebê Karajá nos braços. Depois de explorar Bananal, Vargas manifestou o desejo de reconhecer o território dos “Xavantes extremamente ferozes” que habitavam as redondezas. Da segurança de seu avião, Vargas viu, através de binóculos, uma aldeia Xavante não contatada. Encorajado por essa oposição potencial, o ilustre visitante esboçou seu plano para o Oeste. Vargas prometeu distribuir terras para os índios e caboclos que viviam na região, pois, ao “fixar o homem a terra”, o Estado extirparia as raízes do nomadismo, convertendo índios e sertanejos em cidadãos produtivos. Ao SPI caberia doutrinar os índios, “fazendo-os compreender a necessidade do trabalho”.
Segundo o historiador Seth Garfield, a viagem de Vargas ao Centro-oeste, arquitetada para se assemelhar às ousadas expedições dos bandeirantes no período colonial, não foi na verdade uma aventura perigosa. As maravilhas da aeronáutica facilitaram o acesso do poder estatal a lugares antes inacessíveis. Além disso, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado de divulgar as diretrizes culturais e ideológicas do Estado Novo, assegurou uma viagem tranquila. Um cinegrafista do DIP acompanhou Vargas, filmando imagens que o regime autoritário nacionalista procurou tornar relíquias: índios vigorosos, emblemáticos da força inata dos nativos brasileiros; o “tradicionalismo” das comunidades indígenas; a camaradagem entre índios e brancos; a bonomia do presidente, símbolo do homem cordial brasileiro; o longo braço do Estado estendendo-se sertão adentro para dar-lhes assistência.
Os nossos últimos brasis representavam uma porcentagem minúscula da população brasileira situada predominantemente nas fronteiras remotas, mas, foram, de repente, convocados para o palco da política. Diferentes fatores provocaram o seu aparecimento: o esforço do Estado Novo para consolidar o poder e redefinir o território nacional; e as preocupações da elite sobre as origens da nação e a composição racial da época. Tudo isso influenciaria uma formulação do Estado sobre a identidade cultural dos índios e uma política para a sua integração.
Integração? Frei José M. Audrin, dominicano que exerceu seu árduo ministério, durante 50 anos, entre o norte de Goiás e o sudeste do Pará, deixou suas impressões sobre sertanejos e índios, nas quais se lê o tipo de integração obtido nessa época. Contou ele que contato entre uns e outros era “de quase convivência”, pois “depois que os cristãos se apoderaram daquelas terras, os índios continuam a percorrê-las e habitá-las como seus legítimos ocupantes”. Costumavam acampar nas praias do rio Araguaia e quando das grandes chuvas, nas altas barreiras. “Podia-se entrar e demorar nas malocas. Negociar amistosamente peixes, produtos de caça, aves selvagens e diversos artefatos a troco de linhas de pesca, anzóis, espelhos e outras bugigangas. No verão, instalavam-se perto das aldeias, pescadores de pirarucus, angariando índios como arpoadores e hábeis flecheiros para suas pescarias. Quando a tripulação de um barco precisava de reforço para saltar pedrais e vencer rebojos, encontravam entre eles remeiros e até pilotos adestrados”. Os Caiapós e Carajás agasalhavam os sertanejos com quem negociavam milho, fumo e ferramentas ou armas munições e aguardente. “Ao menos uma vez por ano, vinham aos nossos povoados e passeavam pelas ruas, homens, mulheres e crianças, vendiam frutas, papagaios e macacos, admiravam as lojas, assistiam mesmo inteiramente despidos, as festas religiosas. Em noites de luar, cantavam e dançavam nas praças, senso depois gratificados pelos moradores”.

Foto: Arquivo FGV
Segundo Frei Audrin, o mesmo acontecia com outras nações da região do Tocantins: Xerentes, Caraós e Apinajés. Os últimos pediam serviço. Ofereciam-se para tarefas de roça, a fim de ganhar dinheiro ou roupas. Índios, amigos entre si? Não. Caiapós e Xerentes não se davam e os primeiros evitavam os Carajás. Tais “antipatias” se reproduziam nas escolas rurais mantidas pela missão dominicana. Todo o cuidado era pouco. Ele relatou ainda também a exploração sofrida pelos índios:
“Tropeiros e seringueiros contratavam jovens silvícolas iludindo-os com promessas irrisórias e pagando-os com miseráveis salários […] Por uma simples garrafa de péssima aguardente, por um punhado de sal, uma rapadura ou alguns litros de farinha de mandioca, subtraíam aos pobres selvagens roupas novas e ferramentas recebidas pouco antes das mãos dos missionários […] Que diremos, então, dos caminhos abertos pelos viajantes através das plantações dos índios para dar passagem aos seus comboios, das devastações de arrozais e mandiocais por criminosos tropeiros que soltavam neles os seus animais para ali pastarem dias e noites?”.
Mas os índios reagiam: ateavam fogo aos canaviais, poluíam ribeirões com o suco venenoso das raízes do tingui, flechavam gado e cavalos. As tensões foram tantas e tão violentos que nasceu então a ideia de “reservar-lhes territórios bem determinados, dos quais fossem donos absolutos, seguindo livremente seus costumes ancestrais”. Havia ainda as nações sem contato com brancos. No baixo Araguaia, os Gorotirés. Nos municípios de Peixe e Descoberto, os temidos “canoeiros”. Nas matas do Xingu, os Xicrins, Açurinis e Gaviões. Encontros sangrentos se multiplicavam. Segundo o dominicano, eram silenciados pela imprensa: essa era “a triste condição da Marcha para Oeste”. E da propalada “integração”.
“Histórias da Gente Brasileira: República 1889-1950 (vol.3), de Mary del Priore. Editora LeYa, 2017.
Topppppppp❤
❤
que desenho é esse em 8:10?
Sheep na Cidade Grande! Um clássico dos cartoon cartoons
conta a historia da Olga
Queremos Olga!!!
Getúlio queimou o café devido a Grande Depressão de 1929/30 e ser o principal produto da pauta de exportação da economia brasileira e não para beneficiar fazendeiros. O Brasil tinha 430 anos de economia agrária e não se poderia mudar de imediato. A porrada na oligarquia agrária veio com a Revolução Industrial Brasileira. Veja os exemplos de Mauá e Rui Barbosa que foram boicotados e não conseguiram promover a industrialização brasileira. Getúlio não pode ser analisado fora do contexto de sua época. Não seja parcial.
Glorias a Vargas, maior líder do Brasil
n falou muito sobre a ditadura q todos falam. seria possivel mostrar um pouco mais sobre a ditadura?
ua-cam.com/video/xfAAqdgUZY4/v-deo.html
Esse aqui é um completíssimo, com tudo do nascimento até a morte de Getúlio! Espero que goste!
Mano,Pq tem o símbolo da bandeira pirata do luffy lá no fundo do quadro?
Pq o Luffy é BR e zica!
Conhecimento não pesa
❤👏👏
amei a musica de fundo
Matéria altamente depreciativa, parcial e por vezes demonizadora da imagem de Getúlio Vargas.
Poderiam mostrar a verdadeira história de Getúlio.
Getúlio não tinha como valorizar os trabalhadores das zonas rurais, porque não tinha esse controle.
João Goulart, o seu seguidor, faria essas reformas de base, mas foi golpeado em 64.
tamo junto chapeu de palha
Cara obrigado pela a explicação
Eu estou estudando isso, por causa de vc ou vou tira 10 na prova. Obrigado mesmo
Já me inscrevi e deixei o like
Bom espero que a maioria dos brasileiros veja e Lea história p comessar entender de política ,para parar de escrever tantas baboseiras e na confundir ditadura com comunismo .
Quando se fala em ditadura, vem na cabeça um regime totalitário cruel, mas o ruim não é a ditadura em si, e sim quem está governando, já que na ditadura o poder é absoluto à um indivíduo, então ele que vai escolher como o país dele vai funcionar.
Como não gostar do Gegê?
👍💘💋😘🎀🌹🥰❤
💘**( Reflexão) **❤
Nunca dêem flores
A quem quer ti matar
Enfrente seus inimigos
Com balas de canhões
E jamais com petalas
De rosas.🌹
O mal só precisa
Do teu silencio
Pra gritar regras
Na tua vida😞
O mal só entrara
Na tua vida
Se nela não haver
Espaço para o bem❤
Ame fazer o bem
E odei fazer o mal
Para se ter paz
É preciso lutar
Por ela💘
(Gê poeta) 30/04/2019
🎀🥰💋🌹👍💘❤😘
Kkkkk eu também gostei
Não gosto de ver Getulio nem como herói ou vilão . Prefiro o ver como a importante figura no cenário politico brasileiro .
o cara bota one piece no meio do video
nos minutos 08:26 até o minuto 08:36
Por que será que o vargas permitiu que a Capoeira fosse praticada livremente? Pra agradar o povo?
Talvez sem Vargas as coisas seria bem piores. Pois era de praxe na cultura da época a política ser feita na base de golpes.
Naquelas né, não dá pra se garantir nada, porque não aconteceu. Mas desde o golpe na monarquia e proclamação da república não tinha existido nenhum golpe e toda eleição era comprida certinho. Quem começou os golpes na República foi Vargas. Não há garantias que a longo prazo as instituições ficariam mais fortes e talvez não tivesse ocorrido golpes. Mas é uma discussão sem fim kkk
6:48 kkkskskkskks "dez de novembro de dezenove mil trezentos e trinta e sete"
Carlos Henrique Ferreira Mano! Passou reto pesado! Só vi agora hahahaha
Os Integralistas não eram antissemita.
FALA SOBRE A DECLARAÇÃO DE INDEPENDENCIA DOS ESTADOS UNIDOS E COMO O VERDADEIRO FEDERALISMO FIZERAM DELES UNS DOS PAISES MAIS INDUSTRIALIZADAS
APROVEITA A VAIPE E FALA QUE NÃO FOI UMA GUERRA CIVIL MAS SIM QUE LINCOLN RASGOU A CONSTITUIÇÃO AMERICANA E DECLAROU *GUERRA* AOS ESTADOS DO SUL
😂😂😂 tem gente piradona nas drogas psicodelicas
TheFoxes ovitio oque vc acha da escravidão? É daora pra vc?
Kozinhadado não é questão de escravidão
ua-cam.com/video/u2D5_qaLVns/v-deo.html
TheFoxes ovitio vídeo bacana mas a questão na guerra de cessesão é sobre escravidão msm. Lincoln não era uma malvadão fascista querendo centralizar poder, ele era apenas um humilde presidente que queria acabar com a escravidão. Ser a favor que um estado tenha escravos vai completamente contra as ideias libertarias que o raphael do ideias radicais tem.
Olga Benario
Ele parece com Mauro
O integralismo nao era antissemita, ele pode até ter uma relação com o nazifacismo, mas ele surgiu por vário motivos que eu to com preguiça de falar
10 de novembro de 19337
e o simbolo do one piece la trassssssssss kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
olga
Esse sujeito foi um câncer para o Brasil, e ainda é visto como herói por alguns setores da sociedade, vai entender...
Eduardo Marra ele é considerado um herói pq ele entrou na 2ª Guerra Mundial junto com os Estados Unidos, contra os nazistas. (Assim penso eu)
@@AndreyMSilva-lk3vm esse é espertao kkkkkkkkkkkkk
@@AndreyMSilva-lk3vm Ah sim, pra isso então justifica um golpe autoritário e morte e a censura de mais pessoas que até a própria ditadura militar. Só porque criou uma demanda trabalhista. Ignorando que no mundo ocidental todo estava tendo mudanças trabalhistas e essas demandas. Era inevitável um ministério do trabalho e carteira de trabalho em menos de 20 anos, era uma tendência do ocidente. Óbvio que algum presidente eleito iria fazer isso mais cedo ou mais tarde. Não faz sentido justificar um massacre sendo que você nem sabe como a história seria sem ele.
@@AndreyMSilva-lk3vm É que você está supondo que não existiria proteções trabalhistas só pq ele fez. Faz quase 100 anos, quem garante isso? Era uma demanda crescente nessa época no mundo. E sim, foi uma ditadura, não se justifica. Já vi gente dizendo que era pra agradecer ele porque mulher vota. Como se isso não fosse mudar mais cedo ou mais tarde. Ou você acha ainda estaríamos em 2020 com mulheres sendo proibidas de votar? Entende. N justifica, iria acontecer de um jeito ou de outro.
@@AndreyMSilva-lk3vm kkkk seu argumento é o mesmo de quem defende o lula " roubou, mas fez"
bomo de maese
Essa pora ai ta se repetindo com Bolsonaro e o Exercito.
Lucas Henrique não, bolsonaro não vai fazer um regime autoritario. Não seria possivel com tantos meios de comunicação que temos hoje
Claro que Bolsonaro pode ser um Vargas 2.0, ainda mais com caminhoneiros que sequestraram o país apoiando ele, e a parcela economicamente ativa apoiando. Fora aquele apoio básico de latifundiários.
Lucas Vasconcellos seu cú! Kkkkkk
Com a população armada?. Ata. É muito demente mesmo
Infelizmente quem conta a história são os jornalistas. Sempre fico com o pé atras na história com a barbaridade que contam do regime militar. Nunca contam nos livros que o STF não foi fechado, a população não foi desarmada, e o regime com o menor numero de pessoas mortas no mundo. Se não tivéssemos a internet estaríamos hipnotizados pela televisão, jornal e revista. Até hj me pergunto Olga Benario é uma invenção da propaganda comunista? outros historiadores informam que seria apenas uma agente secreto do serviço militar soviético.