Prof.Fabricio,com toda a certeza o Helenismo tinha que ser mais explanado.Tive filosofia da educação e meus professores da faculdade ignoraram completamente esse período.
Falei prolixo, mas poderia ser as duas coisas: produziu muitas obras com muito texto. Sua principal obra, Sobre a Natureza, seria três vezes mais longa que os maiores diálogos de Platão ou as compilações das obras de Aristóteles, como a Política. Diógenes Laércio menciona alguns críticos dos filósofos que escreveram muito, pois se repetiam ou citavam demasiadamente. Sobre Epicuro, no entanto, diz que seus escritos eram originais.
@@eoliver32 São várias as razões da perda dessas obras. Acredito que o motivo principal era o alto custo, em termos de tempo, de reproduzir essas obras, pois eram copiadas à mão individualmente; por isso o número de cópias em circulação era relativamente baixo. Aliado a isso é preciso considerar a dissolução do Império Romano, que possibilitava o trânsito de mercadorias e pessoas por todo o Mediterrâneo, tornando o mercado potencial maior do que nos reinos fragmentados e instáveis que o sucederam. Também a perda do Egito, parte do Império Bizantino até o século VII, reduziu a disponibilidade do papiro na Europa, uma superfície de escrita mais barata que o pergaminho feito de pele animal. A questão do Cristianismo, do ponto de vista dos monges copistas, eu entendo assim: se os livros são caros e demorados de produzir, e se não podemos copiar todos, por que escolher aqueles que são erros de pagãos inconciliáveis com a doutrina cristã?
@@filosofiaclassica espero que algum dia eles encontrem manuscritos estoicos, epicureus como encontraram os de Qunram e N. Hamaddi. Gosto do estoicismo mas tem poucas opções. Já li M. Aurélio, Sêneca e Epíteto Obrigado
Minha nossa! Que professor incrível!
Que maravilha de aula, mestre Fabrício. Grato e meus parabéns.
Prof.Fabricio,com toda a certeza o Helenismo tinha que ser mais explanado.Tive filosofia da educação e meus professores da faculdade ignoraram completamente esse período.
Que aula 🤌
Fabrício, no minuto 24 vc diz que Epicuro era prolixo mesmo ou seria prolifico?
Falei prolixo, mas poderia ser as duas coisas: produziu muitas obras com muito texto. Sua principal obra, Sobre a Natureza, seria três vezes mais longa que os maiores diálogos de Platão ou as compilações das obras de Aristóteles, como a Política.
Diógenes Laércio menciona alguns críticos dos filósofos que escreveram muito, pois se repetiam ou citavam demasiadamente. Sobre Epicuro, no entanto, diz que seus escritos eram originais.
@@filosofiaclassica Você acredita que foram os cristãos dos primeiros séculos que deram um jeito de sumir com as obras dos filósofos helenista?
@@eoliver32 São várias as razões da perda dessas obras. Acredito que o motivo principal era o alto custo, em termos de tempo, de reproduzir essas obras, pois eram copiadas à mão individualmente; por isso o número de cópias em circulação era relativamente baixo. Aliado a isso é preciso considerar a dissolução do Império Romano, que possibilitava o trânsito de mercadorias e pessoas por todo o Mediterrâneo, tornando o mercado potencial maior do que nos reinos fragmentados e instáveis que o sucederam. Também a perda do Egito, parte do Império Bizantino até o século VII, reduziu a disponibilidade do papiro na Europa, uma superfície de escrita mais barata que o pergaminho feito de pele animal.
A questão do Cristianismo, do ponto de vista dos monges copistas, eu entendo assim: se os livros são caros e demorados de produzir, e se não podemos copiar todos, por que escolher aqueles que são erros de pagãos inconciliáveis com a doutrina cristã?
@@filosofiaclassica espero que algum dia eles encontrem manuscritos estoicos, epicureus como encontraram os de Qunram e N. Hamaddi. Gosto do estoicismo mas tem poucas opções. Já li M. Aurélio, Sêneca e Epíteto
Obrigado