Concordo em geral com tudo que você falou MAS hahaha acho que o principal combate que deve ser feito são essas distorções, corrupções, vícios, generalizações, exageros e cegueiras do autorismo e não ele em si como conceito e prática. Porque ele em si como conceito vejo como algo que é eterno, que permanece até hoje e permanecerá pra sempre (claro que com as suas devidas adaptações e com os devidos contextos que estamos), acho que é um horizonte que não tem como se fugir ou ser abandonado até porque acho que parte do trabalho crítico existe justamente na percepção dele querendo ou não, pra separar o joio do trigo e afins, pra se perceber níveis atingidos, carreiras que se perpetuam, habilidades que se perpetuam, porém ele deve ser feito com bom senso, com cabeça aberta e com equilíbrio pra não cair justamente nessas armadilhas, superficialidades (o Yorgos Lanhtismos pode ter mais recorrências, grifes e tiques que o William Wyler mas ele continua sendo um péssimo cineasta e o Wyler continua sendo um ótimo cineasta) e vícios que as pessoas caem geralmente e que eu concordo totalmente com você. São patéticos. Não sei se concordo se o autorismo deu mais coisas ruins do que boas no geral pra gente: se a gente hoje em dia vai atrás de um Ford, de um Hawks, de um Hithcock, de um Orson Welles, de um Clint Eastwood, é pelo autorismo. Se Jean Renoir, Godard e por aí vai estão no nosso imaginário é por ele. Isso eu acho que meio que compensa tudo hahaha Claro que ele gera coisas terríveis também e a apropriação ruim que as pessoas fazem do autorismo é horrível e mecanizada, mas acho que a falta do autorismo costuma levar a um outro extremo terrível que é uma impessoalidade e uma distância de uma obra conjunta e do responsável por coordenar todos esses elementos (claro que a personalização, a falta da percepção da obra como coletiva, dos seus outros agentes, do seu espaço e os juízos de valor são terríveis também). Acho que o que devemos (na minha visão) é recuperar o autorismo daquelas mancharam o seu nome e não cair nas suas armadilhas. Vídeo bom demais e as dicas de texto foram excelentes. Conhecer o pessoal do Mac-Mahonismo e principalmente o Pierre Rissient. Bom ver as pessoas espalhando coisas boas adiante e está de parabéns :)
Olá Diego. Peço desculpas pela demora na resposta, estava mal da cabeça quando lancei o vídeo e fui empurrando com a barriga. Mas acho que é por aí mesmo, até li o texto do Peter Wollen sobre a teoria dos autores e ele diz que a teoria dos autores é algo que não pode-se abandonar. Até pelos estudos que ela permite fazer. Por exemplo, um que me chega a mente, é como o fato da Cimino ser uma mulher trans, ou alguém não binário, ou ser uma drag Queen conversa com os filmes que foram feitos por ela. Também há o fato de que não necessariamente o "autor" do filme é o diretor. Acho q é numa review do Gustavo Salvalaggio que ele comenta que quem faz Um Tira da Pesada ser um bom filme é o Eddie Murphy, e eu diria o mesmo sobre Sean Connery em todos os filmes do 007 e em Indiana Jones, por exemplo. De resto, só é necessário tirar esse rótulo de grandiosidade do autor (q bom, não acho q seja o q os festivais querem, mas seria o essencial). Como vc pontuou, o Lanthimos tem teorias que podem mt bem ser vistas como autorais, mas como o Bazin pontua no final do seu texto: "autor do quê?" Obrigado pelos elogios e abraços
Ótimo vídeo! Sdds de te acompanhar no falecido tt.
Concordo em geral com tudo que você falou MAS hahaha acho que o principal combate que deve ser feito são essas distorções, corrupções, vícios, generalizações, exageros e cegueiras do autorismo e não ele em si como conceito e prática. Porque ele em si como conceito vejo como algo que é eterno, que permanece até hoje e permanecerá pra sempre (claro que com as suas devidas adaptações e com os devidos contextos que estamos), acho que é um horizonte que não tem como se fugir ou ser abandonado até porque acho que parte do trabalho crítico existe justamente na percepção dele querendo ou não, pra separar o joio do trigo e afins, pra se perceber níveis atingidos, carreiras que se perpetuam, habilidades que se perpetuam, porém ele deve ser feito com bom senso, com cabeça aberta e com equilíbrio pra não cair justamente nessas armadilhas, superficialidades (o Yorgos Lanhtismos pode ter mais recorrências, grifes e tiques que o William Wyler mas ele continua sendo um péssimo cineasta e o Wyler continua sendo um ótimo cineasta) e vícios que as pessoas caem geralmente e que eu concordo totalmente com você. São patéticos. Não sei se concordo se o autorismo deu mais coisas ruins do que boas no geral pra gente: se a gente hoje em dia vai atrás de um Ford, de um Hawks, de um Hithcock, de um Orson Welles, de um Clint Eastwood, é pelo autorismo. Se Jean Renoir, Godard e por aí vai estão no nosso imaginário é por ele. Isso eu acho que meio que compensa tudo hahaha Claro que ele gera coisas terríveis também e a apropriação ruim que as pessoas fazem do autorismo é horrível e mecanizada, mas acho que a falta do autorismo costuma levar a um outro extremo terrível que é uma impessoalidade e uma distância de uma obra conjunta e do responsável por coordenar todos esses elementos (claro que a personalização, a falta da percepção da obra como coletiva, dos seus outros agentes, do seu espaço e os juízos de valor são terríveis também). Acho que o que devemos (na minha visão) é recuperar o autorismo daquelas mancharam o seu nome e não cair nas suas armadilhas.
Vídeo bom demais e as dicas de texto foram excelentes. Conhecer o pessoal do Mac-Mahonismo e principalmente o Pierre Rissient. Bom ver as pessoas espalhando coisas boas adiante e está de parabéns :)
Olá Diego. Peço desculpas pela demora na resposta, estava mal da cabeça quando lancei o vídeo e fui empurrando com a barriga.
Mas acho que é por aí mesmo, até li o texto do Peter Wollen sobre a teoria dos autores e ele diz que a teoria dos autores é algo que não pode-se abandonar.
Até pelos estudos que ela permite fazer. Por exemplo, um que me chega a mente, é como o fato da Cimino ser uma mulher trans, ou alguém não binário, ou ser uma drag Queen conversa com os filmes que foram feitos por ela.
Também há o fato de que não necessariamente o "autor" do filme é o diretor. Acho q é numa review do Gustavo Salvalaggio que ele comenta que quem faz Um Tira da Pesada ser um bom filme é o Eddie Murphy, e eu diria o mesmo sobre Sean Connery em todos os filmes do 007 e em Indiana Jones, por exemplo.
De resto, só é necessário tirar esse rótulo de grandiosidade do autor (q bom, não acho q seja o q os festivais querem, mas seria o essencial). Como vc pontuou, o Lanthimos tem teorias que podem mt bem ser vistas como autorais, mas como o Bazin pontua no final do seu texto: "autor do quê?"
Obrigado pelos elogios e abraços
@@heitorhissao2121 Concordo totalmente com tudo que você falou e muito obrigado pela resposta :)
Baita vídeo, comentando pelo engajamento
1 hora baby boraa
Tá, talvez eu esteja viciado nos seus vídeos🫣
Salveeee!