Muito obrigado por dividir com a gente o seu solilóquio, Lucas. Acho que esse é um jeito de se lembrar que nem tudo é dinheiro. Mesmo que ele compre o lápis e o papel com os quais escrevemos, ele não cria o momento da reflexão, da descoberta, da expressão, da lembrança, da esperança... Sou um homem religioso e metafísico. Então, penso: Eis o fluxo das coisas e, a qualquer hora, chega o fim do meu tempo. Morrerei como homem, como fera ou como máquina? O contato com o espírito, quando me entrego à reflexão, me tira do fluxo das coisas como se eu subisse para a superfície e tomasse fôlego. Nesse estado, mais sereno, mais sóbrio, eu me dou conta do que importa e me lembro da minha humanidade. Penso: De fato, não é o que me acontece, nem o que tenho, mas o que faço com tudo isso. Se eu puder resistir à correnteza, ser uma pessoa - com uma consciência sincera e uma personalidade autêntica -, fazer algum bem real neste mundo - mesmo que em uma escala de coisas pequena demais em comparação ao universo -, tudo terá valido a pena. Não preciso ser Prometeu e carregar o céu. Eu preciso ser o Matheus, apenas. Muito filosófico? Culpa do Lucas. 😁 Um adendo: Eu acho nossa cultura muito dinheirista. Até para um materialista, isso não deve fazer muito sentido. Dinheiro é muito abstrato em comparação com ferramentas, objetos, recursos, meios de ação disponíveis no mundo. Nós, brasileiros, ficamos tão focados em "ganhar dinheiro" e "pagar conta" que deixamos de reparar nas riquezas mais palpáveis que já nos cercam. É aquela história: o sujeito quer cuidar da saúde e tem um tênis e uma rua para fazer caminhada, mas fica adiando porque não tem dinheiro para pagar uma academia. É louco isso, né?
Pô, Matheus, ser culpado de fazer filosofar é uma honra pra mim haha E eu falo de dinheiro aqui, mas também penso igual. No fim, tento fazer a corrida na rua, calistenia nas barras públicas etc. Até pra me render à ideia de que algumas conveniências são luxos, mas confesso que muitas vezes acabo perdendo a linha também. Nem tudo precisa ser do jeito mais difícil. O duro é deixar de ser teimoso haha Sobre o seu ponto, gosto sempre de chocar essas duas máximas: "Burrice é continuar fazendo a mesma coisa, e esperar um outro resultado." versus “Um vencedor é apenas um perdedor que tentou mais uma vez.” Um dia acho duas frases que soem melhor pra rir disso, mas nenhuma tá errada Um abraço, Matheus!
Valeu por compartilhar, Lucas. Foi interessante de ver, ouvir e sentir, pois acredito ser um sentimento que muitos carregamos. No meu leito de morte, não consigo me imaginar pensando "Queria ter feito mais dinheiro". Porém, agora só penso nele, de inúmeras formas. Um adendo que acho curioso: algumas obras fictícias que consumi quando criança e adolescente tinham representações de civilizações utópicas. E era estranhamente comum a falta de menção a dinheiro nessas hipotéticas sociedades perfeitas. Me faz pensar que no fundo muitos de nós sabemos que uma vida melhor depende de viver fora dos sufocantes tentáculos do dinheiro.
Eu que agradeço, João! E é um sentimento que ecoa mesmo. Até pensando nessas utopias, geralmente o dilema acaba sendo o mesmo: "tá, agora que tenho tudo, qual era mesmo o sentido da vida?" Inclusive, até vou anotar aqui, um vídeo analisando utopias seria divertido haha Um abraço!
No modelo político econômico social em que vivemos, não há como não pensar em dinheiro. Afinal, é com um mínimo de dinheiro que podemos ter alguma dignidade, e essa passar por ter uma moradia confortável, fazer três refeições saudáveis no dia, poder comprar uma vestimenta adequada ao dia a dia, entre outras obrigações financeiras. Ou seja, a vida é muito cara. Percebi isso muito cedo, e por isso nunca quis ter filhos. Se já fico apreensivo só em pensar em não ter o básico pra mim, imagine se eu tivesse filhos. Infelizmente, não temos como não pensar em dinheiro. Podemos, sim, administrar o sofrimento durante sua escassez. Sei lá, às vezes, fico pensando: o que acontece com virtude, nobreza e valores ideais num mundo onde quem manda é o dinheiro? A primeira resposta que me vem à mente é: na forma cristã de viver. Que forma é essa?! Hum...
Adorei o "Podemos, sim, administrar o sofrimento durante sua escassez." é o ápice do niilismo hahahaha Será que gosta de Nietzsche o cidadão? Um abraço, Airton!
Eu trabalho pra uma empresa que vai contra os meus propósitos e tudo mais. Mas no final das contas eu preciso pagar meus boletos e essa é a opção que tenho no momento, infelizmente.
Deixar aqui uma música bem no tema também:
ua-cam.com/video/ji7-jCQU4QU/v-deo.html
Muito obrigado por dividir com a gente o seu solilóquio, Lucas. Acho que esse é um jeito de se lembrar que nem tudo é dinheiro. Mesmo que ele compre o lápis e o papel com os quais escrevemos, ele não cria o momento da reflexão, da descoberta, da expressão, da lembrança, da esperança...
Sou um homem religioso e metafísico. Então, penso: Eis o fluxo das coisas e, a qualquer hora, chega o fim do meu tempo. Morrerei como homem, como fera ou como máquina? O contato com o espírito, quando me entrego à reflexão, me tira do fluxo das coisas como se eu subisse para a superfície e tomasse fôlego. Nesse estado, mais sereno, mais sóbrio, eu me dou conta do que importa e me lembro da minha humanidade. Penso: De fato, não é o que me acontece, nem o que tenho, mas o que faço com tudo isso. Se eu puder resistir à correnteza, ser uma pessoa - com uma consciência sincera e uma personalidade autêntica -, fazer algum bem real neste mundo - mesmo que em uma escala de coisas pequena demais em comparação ao universo -, tudo terá valido a pena. Não preciso ser Prometeu e carregar o céu. Eu preciso ser o Matheus, apenas.
Muito filosófico? Culpa do Lucas. 😁
Um adendo: Eu acho nossa cultura muito dinheirista. Até para um materialista, isso não deve fazer muito sentido. Dinheiro é muito abstrato em comparação com ferramentas, objetos, recursos, meios de ação disponíveis no mundo. Nós, brasileiros, ficamos tão focados em "ganhar dinheiro" e "pagar conta" que deixamos de reparar nas riquezas mais palpáveis que já nos cercam. É aquela história: o sujeito quer cuidar da saúde e tem um tênis e uma rua para fazer caminhada, mas fica adiando porque não tem dinheiro para pagar uma academia. É louco isso, né?
Pô, Matheus, ser culpado de fazer filosofar é uma honra pra mim haha
E eu falo de dinheiro aqui, mas também penso igual. No fim, tento fazer a corrida na rua, calistenia nas barras públicas etc. Até pra me render à ideia de que algumas conveniências são luxos, mas confesso que muitas vezes acabo perdendo a linha também.
Nem tudo precisa ser do jeito mais difícil.
O duro é deixar de ser teimoso haha
Sobre o seu ponto, gosto sempre de chocar essas duas máximas: "Burrice é continuar fazendo a mesma coisa, e esperar um outro resultado." versus “Um vencedor é apenas um perdedor que tentou mais uma vez.”
Um dia acho duas frases que soem melhor pra rir disso, mas nenhuma tá errada
Um abraço, Matheus!
Valeu por compartilhar, Lucas. Foi interessante de ver, ouvir e sentir, pois acredito ser um sentimento que muitos carregamos.
No meu leito de morte, não consigo me imaginar pensando "Queria ter feito mais dinheiro". Porém, agora só penso nele, de inúmeras formas.
Um adendo que acho curioso: algumas obras fictícias que consumi quando criança e adolescente tinham representações de civilizações utópicas. E era estranhamente comum a falta de menção a dinheiro nessas hipotéticas sociedades perfeitas. Me faz pensar que no fundo muitos de nós sabemos que uma vida melhor depende de viver fora dos sufocantes tentáculos do dinheiro.
Eu que agradeço, João!
E é um sentimento que ecoa mesmo.
Até pensando nessas utopias, geralmente o dilema acaba sendo o mesmo: "tá, agora que tenho tudo, qual era mesmo o sentido da vida?"
Inclusive, até vou anotar aqui, um vídeo analisando utopias seria divertido haha
Um abraço!
Dinheiro não traz felicidade, mas paga as contas! 😅
Obrigado por compartilhar, Lucas!
Grande abraço para você!
Num próximo vídeo vou mostrar umas continhas que acabei de inventar #spoiler
Um abraço, Eduardo!
@AlgumLucas 🤗🤗
No modelo político econômico social em que vivemos, não há como não pensar em dinheiro. Afinal, é com um mínimo de dinheiro que podemos ter alguma dignidade, e essa passar por ter uma moradia confortável, fazer três refeições saudáveis no dia, poder comprar uma vestimenta adequada ao dia a dia, entre outras obrigações financeiras. Ou seja, a vida é muito cara. Percebi isso muito cedo, e por isso nunca quis ter filhos. Se já fico apreensivo só em pensar em não ter o básico pra mim, imagine se eu tivesse filhos.
Infelizmente, não temos como não pensar em dinheiro. Podemos, sim, administrar o sofrimento durante sua escassez.
Sei lá, às vezes, fico pensando: o que acontece com virtude, nobreza e valores ideais num mundo onde quem manda é o dinheiro? A primeira resposta que me vem à mente é: na forma cristã de viver. Que forma é essa?! Hum...
Adorei o "Podemos, sim, administrar o sofrimento durante sua escassez." é o ápice do niilismo hahahaha
Será que gosta de Nietzsche o cidadão?
Um abraço, Airton!
Eu trabalho pra uma empresa que vai contra os meus propósitos e tudo mais. Mas no final das contas eu preciso pagar meus boletos e essa é a opção que tenho no momento, infelizmente.
Boletos e mais boletos, Parfeiro, sei como é.
Um abraço e força pro aí!