Mpox é tema do podcast Ressonância

Em agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII). O alerta procurou criar uma resposta internacional coordenada e colaborativa para lidar com a doença. À época, uma nova variante da mpox, a cepa 1b, encontrada no continente africano e mais prevalente na República Democrática do Congo, espalhava-se rapidamente.
O Ministério da Saúde brasileiro montou, naquele momento, um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox. O podcast Ressonância convidou o médico infectologista Francisco Aoki para explicar o que é a mpox e quais as chances de, no futuro, esse mal se tornar uma epidemia.
De acordo com Aoki, a mpox, uma doença zoonótica causada pelo vírus mpox (MPXV), propaga-se entre os seres humanos, principalmente, por meio do contato próximo e prolongado, em abraços e beijos, por meio de relação sexual e por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corporais.
“Os indivíduos contaminados, geralmente, apresentam dores pelo corpo, dor de cabeça, febre e mal-estar e há o aparecimento de lesões na região genital e bolhas - poucas ou milhares - pelo corpo. O contato íntimo ainda é a maior forma de contaminação entre as pessoas”, explicou o médico durante o podcast.
Em caso de suspeita de contaminação, recomenda-se procurar uma unidade de saúde o quanto antes. Caso necessário, pode ser realizado um diagnóstico laboratorial para detectar a presença do vírus mpox. Se o diagnóstico for confirmado, o paciente deve adotar medidas preventivas para conter a transmissão da doença e iniciar o manejo clínico, que varia de pessoa para pessoa.
“É muito importante o doente fazer um isolamento imediato e evitar o contato com outras pessoas até o desaparecimento dos sintomas, além de evitar compartilhar objetos e materiais de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama”, recomendou Aoki.
O Ressonância é um podcast realizado pelo Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp em parceria com a SEC Rádio e TV Unicamp. O podcast aborda assuntos de saúde de interesse geral da população, divulga campanhas e realiza entrevistas com especialistas do hospital. A edição deste mês está disponível no UA-cam e nas plataformas de streaming Spotify e Deezer, entre outras.