Caros Guilherme e Miguel , quero parabenizá-los pela excelência do conteúdo do canal. Conheci-o dias atrás , já me inscrevi e vou explorando aos poucos os vídeos. Abraços.
Para estabelecer uma relação entre a exceção e a vida nua (zoè) evocaremos, como exemplo desta relação, um mini documentário. O nome da produção é "São Paulo: uma cidade invisível". Nele é exposto a condição sub-humana na qual estão os indivíduos em situação de rua, que são sistematicamente assassinados pela PM e pelas condições a que são submetidos, principalmente agora, inverno de 2016, que muitos estão morrendo de frio. A reflexão aqui ancora-se em Agamben, principalmente no que concerne ao significado biopolítico do estado de exceção. O significado biopolítico do estado de exceção é que o direito inclui em si o vivente por meio de sua própria suspensão. Esse é o topos ou zona da indiferença, em que a biopolítica atinge sua máxima indeterminação, como nos Lager nazistas e os prisioneiros de Guantánamo, isto é, são pessoas subjugadas a uma pura dominação de fato. Os indivíduos em situação de rua são "matáveis", não há qualquer mediação entre o poder (política) que os mata e a forma de vida - propriamente humana (bios) - deles. Se não estivermos tratando de forma leviana os conceitos, podemos dizer que esses indivíduos açambarcam o "paradigma biopolítico do moderno" do filósofo Giorgio Agamben. Essas pessoas, despojadas de suas identidades de cidadania e jurídica, são expostas a um arbítrio implacável, mesmo que, paradoxalmente, estejamos num fosco Estado de Direito. Entretanto, para essas pessoas, a identidade jurídica é evanescente e o que vige é o fato (elemento político) de que não são nem prisioneiros nem acusados, mas apenas objetos de uma pura dominação de fato, de uma detenção indeterminada, não só no sentido temporal, mas também quanto a sua própria natureza, porque totalmente fora da lei e do controle judiciário, assim como os assassinados pela polícia, por suspeição, e os torturados nos presídios brasileiros.
Caros Guilherme e Miguel , quero parabenizá-los pela excelência do conteúdo do canal. Conheci-o dias atrás , já me inscrevi e vou explorando aos poucos os vídeos. Abraços.
Para estabelecer uma relação entre a exceção e a vida nua (zoè) evocaremos, como exemplo desta relação, um mini documentário. O nome da produção é "São Paulo: uma cidade invisível". Nele é exposto a condição sub-humana na qual estão os indivíduos em situação de rua, que são sistematicamente assassinados pela PM e pelas condições a que são submetidos, principalmente agora, inverno de 2016, que muitos estão morrendo de frio. A reflexão aqui ancora-se em Agamben, principalmente no que concerne ao significado biopolítico do estado de exceção.
O significado biopolítico do estado de exceção é que o direito inclui em si o
vivente por meio de sua própria suspensão. Esse é o topos ou zona da indiferença, em que a biopolítica atinge sua máxima indeterminação, como nos Lager nazistas e os prisioneiros de Guantánamo, isto é, são pessoas subjugadas a uma pura dominação de fato. Os indivíduos em situação de rua são "matáveis", não há qualquer mediação entre o poder (política) que os mata e a forma de vida - propriamente humana (bios) - deles. Se não estivermos tratando de forma leviana os conceitos, podemos dizer que esses indivíduos açambarcam o "paradigma biopolítico do moderno" do filósofo Giorgio Agamben. Essas pessoas, despojadas de suas identidades de cidadania e jurídica, são expostas a um arbítrio implacável, mesmo que, paradoxalmente, estejamos num fosco Estado de Direito. Entretanto, para essas pessoas, a identidade jurídica é evanescente e o que vige é o fato (elemento político) de que não são nem prisioneiros nem acusados,
mas apenas objetos de uma pura dominação de fato, de uma detenção indeterminada, não só no sentido temporal, mas também quanto a sua própria natureza, porque totalmente fora da lei e do controle judiciário, assim como os assassinados pela polícia, por suspeição, e os torturados nos presídios brasileiros.
Kkk o sor de português kkkkk do Nelson pain terra kkkk da aula lá
O projeto foi abandonado?
"Homo Sacer" foi publicado pela UFMG.