Ótimo vídeo. Uma curiosidade sobre o Pierre Bourdieu. Sua origem é camponesa e ele sofreu diversas represálias na escola pela forma sua condição social inclusive a forma dele falar. Inclusive no College de France foi obrigada a falar em Latim sendo que a língua materna dele era o francês. Sou cientista social e é sempre importante vermos a biografia do pensador para aprofundar o entendimento do seu pensamento.
Boa análise professora, no momento estou lendo este livro. Sou professor de História da rede pública municipal de Florianópolis, e no momento minhas leituras estão mais voltadas ao ensino e a educação. Até porque por muitos anos privilegiei leituras em História, embora com lacunas em América Latina e África (disciplina para ler mais estas áreas). Sou professor Marcos Trindade com Mestrado ProfHistória UFSC (graduado na UDESC). Sobre as análises de Bourdieu, são encontradas no chão da escola, quando por exemplo, o filho de uma colega de profissão, é um dos meus melhores alunos, enquanto aqueles que mais possuem dificuldades são oriundos de famílias onde o livro didático ou a Bíblia, são os únicos livros em casa.
Valeu, professora. Pesquisando aqui sobre como começar a ler Bourdieu, vi seu vídeo, que é bem esclarecedor. Já comprei Razão Prática e vou comprar esse também. Saúde para vocês!! 🍼🍼
O professor identifica o aluno que tem uma bagagem cultural semelhante como do mesmo grupo (coletivo) e por isso tende a dar notas melhores pois se sente mais seguro com o senso de pertencimento, isso é mais um reflexo do coletivismo. Isso engessa também a àrea de pesquisa, pois especialmente na área de humanas, os que estudam as mesmas obras sob a mesma ótica são favorecidos e incentivados.
@@ProfessoraCamilaMiranda Pelo mesmo motivo advogados usam e abusam do juridiquês, da mesma forma que engenheiros e médicos fazem questão de utilizar termos técnicos para se diferenciar dos outros e se identificar com seus respectivos grupos. Filhos de profissionais envolvidos na área são apresentados de antemao em eventos sociais enquanto outros devem ter desempenhos acadêmicos muito superiores para poderem acessar os mesmos ambientes (capital intelectual comprovado através de um diploma das universidades mais concorridas do país).
Essa é minha maior preocupação como professora nos dias atuais. As metodologias ativas( sala de aula invertida, protagonismo do aluno, instrução por pares) e o ensino híbrido a distância . Penso que a aprendizagem para a elite se elevará e rebaixara das classes desprovidas de capital cultural, social e econômico. Vejo o aumento da discrepância do aprendizado entre os alunos. O ano passado foi uma experiência concreta muitos alunos não tiverem condições materias de estudar. E ter internet não basta. Tem que ter tempo para estudar , ambiente e método de estudo .Quem não tem o capital cultural se perde e fica em desvantagem. De 33 alunos apenas 15 respondem as atividades propostas a distância. E sinceramente vendo as redações deles ,analisando sob a perpesctiva de Bourdieu chega a doer meu coração de ver as discrepâncias entre eles. Essa ideologia de "aprender a aprender " prejudica os mais frágeis pois sem a figura do professor dando a matéria toda e tentando nivelar o conteúdo . Cada aluno se vira como pode. É uma cruel seleção.
Sim, Helisa... mais uma vez agradeço sua contribuição. Se nós professoras não tivermos clareza sobre tudo isso, acabamos reproduzindo essa cruel desigualdade em nossos sistemas de avaliação e em nossa prática cotidiana. Não basta ter Internet para conseguir acompanhar uma aula em EaD, principalmente em âmbito da educação básica, quando falta ao discente autonomia sobre seus estudos... excelentes ponderações!!!
Lembrando também que o conceito de 'capital social' NÃO é de Bourdieu é de Lyda Judson Hanifan. Robert Putnam em seu livro, Bowling Alone (2000) credita um artigo de 1916 de Hanifan como a primeira instância registrada do termo. Hanifan também escreveu um livro publicado em 1920 que contém um capítulo intitulado "Capital Social".
Ótimo vídeo. Uma curiosidade sobre o Pierre Bourdieu. Sua origem é camponesa e ele sofreu diversas represálias na escola pela forma sua condição social inclusive a forma dele falar. Inclusive no College de France foi obrigada a falar em Latim sendo que a língua materna dele era o francês. Sou cientista social e é sempre importante vermos a biografia do pensador para aprofundar o entendimento do seu pensamento.
Excelente contribuição, Helisa.... Bourdieu é maravilhoso, também estou me empenhando para conhecer mais a fundo a obra dele!!!!
Boa análise professora, no momento estou lendo este livro. Sou professor de História da rede pública municipal de Florianópolis, e no momento minhas leituras estão mais voltadas ao ensino e a educação. Até porque por muitos anos privilegiei leituras em História, embora com lacunas em América Latina e África (disciplina para ler mais estas áreas). Sou professor Marcos Trindade com Mestrado ProfHistória UFSC (graduado na UDESC).
Sobre as análises de Bourdieu, são encontradas no chão da escola, quando por exemplo, o filho de uma colega de profissão, é um dos meus melhores alunos, enquanto aqueles que mais possuem dificuldades são oriundos de famílias onde o livro didático ou a Bíblia, são os únicos livros em casa.
Sempre bom ver os colegas aqui! Obrigada por comentar.
Maravilhosa explanação, parabéns!
Nossa Camila!!!
Muito boa a sua explicação sobre essas reflexões em relação à educação .
Gratidão!
Valeu, professora. Pesquisando aqui sobre como começar a ler Bourdieu, vi seu vídeo, que é bem esclarecedor. Já comprei Razão Prática e vou comprar esse também. Saúde para vocês!! 🍼🍼
Excelente vídeo. Ajudou-me bastante professora Camila. Obrigado!
Parabéns, vídeo maravilhoso e bem explicativo obrigada
Que vídeo incrível. Você fala muito bem!
3º Período do curso Licenciatura em História, estudando esse livro e respectivo autor na disciplina Fundamentos Socioantrológicos da Educação.
Somos colegas, também possuo licenciatura (só que em Letras). Abraços
O professor identifica o aluno que tem uma bagagem cultural semelhante como do mesmo grupo (coletivo) e por isso tende a dar notas melhores pois se sente mais seguro com o senso de pertencimento, isso é mais um reflexo do coletivismo.
Isso engessa também a àrea de pesquisa, pois especialmente na área de humanas, os que estudam as mesmas obras sob a mesma ótica são favorecidos e incentivados.
ótima observação.
@@ProfessoraCamilaMiranda Pelo mesmo motivo advogados usam e abusam do juridiquês, da mesma forma que engenheiros e médicos fazem questão de utilizar termos técnicos para se diferenciar dos outros e se identificar com seus respectivos grupos.
Filhos de profissionais envolvidos na área são apresentados de antemao em eventos sociais enquanto outros devem ter desempenhos acadêmicos muito superiores para poderem acessar os mesmos ambientes (capital intelectual comprovado através de um diploma das universidades mais concorridas do país).
excelente explicação professora!!!!!❤
Obrigada pelo elogio!!!
Excelente análise Camila. Objetiva e clara
Obrigada 😄😄😄
Parabéns professora, fiquei com vontade de comprar o livro.
É realmente muito bom!!!
que video maravilhoso! muito completo. parabens pelo conteudo
excelente
Você pode falar um pouco do capítulo 07? Achei interessante!
Talvez em um outro vídeo... obrigada pela sugestão.
Essa é minha maior preocupação como professora nos dias atuais. As metodologias ativas( sala de aula invertida, protagonismo do aluno, instrução por pares) e o ensino híbrido a distância . Penso que a aprendizagem para a elite se elevará e rebaixara das classes desprovidas de capital cultural, social e econômico. Vejo o aumento da discrepância do aprendizado entre os alunos. O ano passado foi uma experiência concreta muitos alunos não tiverem condições materias de estudar. E ter internet não basta. Tem que ter tempo para estudar , ambiente e método de estudo .Quem não tem o capital cultural se perde e fica em desvantagem. De 33 alunos apenas 15 respondem as atividades propostas a distância. E sinceramente vendo as redações deles ,analisando sob a perpesctiva de Bourdieu chega a doer meu coração de ver as discrepâncias entre eles. Essa ideologia de "aprender a aprender " prejudica os mais frágeis pois sem a figura do professor dando a matéria toda e tentando nivelar o conteúdo . Cada aluno se vira como pode. É uma cruel seleção.
Sim, Helisa... mais uma vez agradeço sua contribuição. Se nós professoras não tivermos clareza sobre tudo isso, acabamos reproduzindo essa cruel desigualdade em nossos sistemas de avaliação e em nossa prática cotidiana. Não basta ter Internet para conseguir acompanhar uma aula em EaD, principalmente em âmbito da educação básica, quando falta ao discente autonomia sobre seus estudos... excelentes ponderações!!!
Lembrando também que o conceito de 'capital social' NÃO é de Bourdieu é de Lyda Judson Hanifan. Robert Putnam em seu livro, Bowling Alone (2000) credita um artigo de 1916 de Hanifan como a primeira instância registrada do termo. Hanifan também escreveu um livro publicado em 1920 que contém um capítulo intitulado "Capital Social".
Ok, obrigada por deixar sua contribuição, abraços!
Correção. Esse livro não foi escrito por Bourdieu, mas por Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani.
Boa tarde!!! Estas pessoas são as organizadoras, que reuniram uma série de artigos escritos por Bourdieu para o livro!!!