Chiado 1988 - Obra de Valdemar Gomes - BANDA SIMPS
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- Опубліковано 13 гру 2024
- Concerto comemorativo do 110º aniversário da Sociedade Instrução Musical de Porto Salvo
Banda SIMPS
maestro Diogo Gomes
compositor Valdemar Gomes
“1988 - Chiado”
Sinopse
Esta obra retrata o terrível incêndio ocorrido nos Armazéns do Chiado na
madrugada de 25 de agosto de 1988. A riqueza dos encadeamentos melódicos constantes na peça permite-nos sentir
vividamente o acontecimento e as suas consequências.
A peça divide-se em vários momentos com sonoridades distintas para cada realidade que quer fazer representar.
Inicia com uma melodia bela e tranquila que nos faz lembrar a noite quente de Verão na adormecida capital portuguesa.
Essa sensação de calma vai dar lugar a uma sonoridade crescente, que nos interrompe o deleite e nos leva para um ambiente de suspense em que
conseguimos imaginar o deflagrar das labaredas que, ainda sem o conhecimento dos soldados da paz, se agigantavam na zona histórica de Lisboa.
A este cenário se acrescentam sons nitidamente representativos de um sinal de alerta, do que parece ser um telefone a tocar para avisar os bombeiros que têm de ir lutar com um dos seus piores inimigos, o fogo.
Esse encadeamento rítmico continua e evolui para se transmitir como que um som de sirenes a representar a saída das viaturas, a agitação dos homens na urgência de chegar ao Chiado e fazer o que melhor sabem para o bem comum.
Seguem-se sequências melódicas fortes que sugerem o combate feroz para vencer as chamas que lambem tudo ao seu redor, que trepam sem dar tréguas…
Tudo isso imaginamos nitidamente através de um crescendo, com uma carga dramática intensa e que culmina num som que se assemelha a uma explosão.
Explosão essa que de facto e infelizmente ocorreu na realidade, que
desafortunadamente vitimou um homem, um herói sem capa, vestido com a sua farda protetora, mas que não lhe valeu…
É igualmente com muita clareza que o autor nos transmite de seguida um som de trompete para ilustrar a justíssima homenagem a esse herói que deu a sua vida de forma abnegada e altruísta pelo bem dos outros.
A peça segue, emotiva, com um novo encadeamento sonoro que nos faz sentir um misto de tristeza pela vida perdida, pelo rasto da vasta destruição visível no negrume dos escombros, mas também e sobretudo, de reflexão, de esperança!
Na acalmia da melodia quase no fim desta obra sentimos o triunfo do amor sobre a tragédia e fé num futuro melhor.
No grande final o compositor presenteia-nos com uma sonoridade grandiosa, que representa renovação, qual Fénix que renasce das cinzas.