Sapajus flavius - Macaco-prego-galego (Sapajus flavius)

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  • Опубліковано 7 вер 2024
  • Sapajus flavius é endêmico ao Brasil, ocorrendo nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde é residente e nativo (Oliveira et al. 2008; Valença-Montenegro 2011). A área de distribuição original do macaco-prego-galego provavelmente abrangia a extensão da Mata Atlântica nordestina, nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas (Oliveira & Langutth 2006). Os limites norte e leste da espécie eram o Oceano Atlântico, e ao sul o rio São Francisco, que também seria a barreira geográfica entre esta espécie e Sapajus xanthosternos (Oliveira & Langutth 2006).
    A localidade RPPN Mata da Estrela (Baía Formosa, RN) marca o extremo norte da distribuição atual. O extremo sul está marcado pela localidade de Coruripe (Coruripe, AL), distante 35 km da foz do Rio São Francisco. O extremo oeste para a Mata Atlântica é marcado pela localidade Mata Oito Porcos (São Vicente Férrer, PE) (Fialho et al., 2014).
    A espécie ocorre em alguns fragmentos de Mata Atlântica nordestina, que vem sofrendo processo de perda e fragmentação desde a chegada dos portugueses no século XVI, a partir da exploração do pau-brasil, passando pela instalação dos primeiros grandes engenhos de cana-de-açúcar ainda no período colonial, e pelos incentivos governamentais para aumento da produção de álccol (Pró-Álcool) na década de 1970 (Tabarelli et al 2006a), quando só restavam cerca de 24% de cobertura original (Barreto, 2013). Hoje, nessa região acima do rio São Francisco, a Mata Atlântica encontra-se reduzida a menos de 7,6% de sua extensão original abrigando, por consequência, dezenas de espécies oficialmente ameaçadas de extinção (Tabarelli et al 2006b). Atualmente, são conhecidas apenas 29 áreas naturalmente ocupadas pela espécie, em sua maioria, fragmentos isolados: uma no Rio Grande do Norte, 18 na Paraíba, seis em Pernambuco e quatro em Alagoas (Fialho et al. 2014). Todas estas áreas são, em teoria, protegidas por lei, uma vez que correspondem a Áreas de Preservação Permanente ou a Unidades de Conservação. Porém, a falta de vigilância e controle muitas vezes faz com que ainda haja retirada ilegal de madeira, queimadas e outras ações de redução sobre as mesmas (Valença-Montenegro 2011).
    O tamanho da população total remanescente foi estimado em 1.000 indivíduos (Valença-Montenegro 2011). Porém, o número estimado de indivíduos maduros deste táxon seria de apenas 500, uma vez que, para populações do gênero Sapajus, considera-se uma igual proporção entre animais jovens e adultos (Freese & Oppenheimer 1981).
    Sapajus flavius ocorre em fragmentos de Mata Atlântica nordestina sob forte pressão antrópica, sendo a maioria deles em matriz de cana-de-açúcar. De acordo com o mapa de vegetação do IBGE (2004), estas áreas correspondem à Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta e Áreas de Tensão Ecológica (Savana/Floresta Estacional), todas com vegetação secundária e presença de atividades agrárias (Valença-Montenegro 2011). O táxon não é restrito a habitats primários, faz uso de várias espécies vegetais exóticas como manga, jaca, dendê e cana-de-açúcar, sendo estas duas últimas consideradas espécies-chave em algumas áreas de estudo (Valença-Montenegro 2011). Fazem uso de áreas de mangue, onde predomina vocalizações de forrageio, sugerindo que esse habitat é usado principalmente para tal atividade comportamental (Valença-Montenegro, dados não publicados; Bastos et al. no prelo).
    A área de vida do táxon é estimada em 80-187 ha (Medeiros et al. 2011, Valença-Montenegro 2011) e o tamanho de população mínima viável é de 70 indivíduos (Valença-Montenegro 2011).
    As principais ameaças identificadas para o táxon foram a perda de habitat (cerca de 70% nos últimos 40 anos - ver Distribuição Geográfica), o isolamento de populações (a maioria demograficamente não viável) pela expansão da lavoura canavieira, assentamentos rurais, expansão urbana, aumento da matriz rodoviária e incêndios. A caça e a apanha ainda são ameaças relevantes para a espécie.
    Até recentemente, devido às populações atlânticas serem consideradas como S. libidinosus, eventuais solturas de indivíduos desta espécie pelos órgãos ambientais podem ter ocorrido na área de distribuição de macaco-prego-galego. Porém, este fator de ameaça nunca foi devidamente avaliado e estudos sistemáticos se fazem necessários.
    Fonte: www.icmbio.gov....

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