Adoniran Barbosa - Conselho de Mulher

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  • Опубліковано 1 лис 2024
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    JoaoRubinatoAdoniranBarbosa
    Letra:
    Falado:
    "Quando deus fez o homem,
    Quis fazer um vagulino que nunca tinha fome
    E que tinha no destino,
    Nunca pegar no batente e viver forgadamente.
    O homem era feliz enquanto deus assim quis.
    Mas depois pegou adão, tirou uma costela e fez a mulher.
    Deis di intão, o homem trabalha prela.
    Mai daí, o homem reza todo dia uma oração.
    Se quiser tirar de mim arguma coisa de bão,
    Que me tire o trabaio. a muié não!".
    Pogressio, pogressio.
    Eu sempre iscuitei falar, que o pogressio vem do trabaio.
    Então amanhã cedo, nóis vai trabalhar.
    Quanto tempo nóis perdeu na boemia.
    Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar.
    Agora iscuitando o conselho das mulheres.
    Amanhã vou trabalhar, se deus quiser, mas deus não quer!
    Pogressio, pogressio.
    Eu sempre iscuitei falar, que o pogressio vem do trabaio.
    Então amanhã cedo, nóis vai trabalhar.
    Quanto tempo nóis perdeu na boemia.
    Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar.
    Agora iscuitando o conselho das mulheres.
    Amanhã vou trabalhar, se deus quiser,
    mas deus não quer!
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    Informações da música:
    O ritmo acelerado da cidade-progresso atraía e chocava no cantar de Adoniran; em Conselho de mulher, mostra humoristicamente a resistência ao trabalho, tendo como personagens o malandro e a mulher disciplinadora:
    "Quando Deus fez o homem/ Quis fazer um vagolinho que nunca tinha fome/ E que tinha no destino/ Nunca pegar no batente/ E viver folgadamente/ O homem era feliz enquanto Deus ansim quis/ Mas depois pegou Adão/ Tirou uma costela e fez a mulher/ Desde então o homem trabalha pr'ela/ Vai daí, o homem reza todo dia uma oração: 'Se quiser tirar uma coisa de bão/ Que me tire o trabalho/ A mulher não'/ Progréssio, Progréssio/ Eu sempre escuitei falá/ Que o progréssio vem do trabaio/ Então amanhã cedo nóis vai trabaiá/ Progréssio/ Quanto tempo nóis perdeu na boemia sambando noite e dia/ Cortando uma rama sem parar/ Agora escuitando os conseio da mulhé/ amanhã vou trabalhar/ se Deus quiser/ (breque) Mas Deus não qué".
    (Conselho de mulher - Adoniran Barbosa, Oswaldo Moles e João B. Santos, 1953)
    A crítica não é ao trabalho em si, mas ao caráter que o trabalho assume como sombrio e pesado, manipulado e explorado na sociedade industrial. A canção apresenta todo um movimento, inicialmente enaltecendo o progresso e o trabalho possibilitados pela sociedade industrial e urbana, personificados pelos conselhos da mulher; em oposição aparece a boêmia "sambando noite e dia/cortando uma rama sem pará", mas a inversão, a ironia e/ou o humor emergem com o breque, que possibilita a inversão do sentido contido na poética, ao romper a melodia que permite a entrada da frase "mas Deus não qué...".
    Fonte: "A CIDADE QUE MAIS CRESCE NO MUNDO"
    Texto de:
    MARIA IZILDA SANTOS DE MATOS
    Professora do Departamento de História da PUC-SP. Entre suas obras destacam-se: Melodia e sintonia em Lupicínio Rodrigues; Dolores Duran: Experiências boêmias em Copacabana; Meu lar é o botequim.

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