O brasileiro como homem cordial foi um conceito levantado pelo historiador Sérgio Buarque no clássico "Raízes do Brasil". Cordial viria de "cor" que é a raiz da palavra coração. O homem cordial é aquele que é passional, que põe os seus afetos ou gostos na frente das normas legais. É o funcionário do INSS que ajeita a aposentadoria do marido da sua empregada que não cumpriu todos os requisitos legais, mas que ele resolve ajudar porque afinal ele é tão trabalhador...É o caso da pessoa que tem um parente que trabalha no banco e por isso não quer pegar senha para ser atendido como todo mundo. Sérgio Buarque levanta que até a relação dos brasileiros com os santos (o livro é da época de Getúlio Vargas. O Brasil era essencialmente católico) era afetiva e pessoal e não tinha a solenidade que outros povos tinham em relação as divindades. O antropologo Roberto DaMatta retoma esse conceito ao analisar o jeitinho no seu livro "Carnavais, malandros e heróis" no final dos anos 70. Ele vê no jeitinho uma reação a igualdade. O Brasil, segundo DaMatta, é uma sociedade extremamente hierárquica e de viés aristocrático. O Brasil foi o único caso nas Américas de uma colônia que virou metrópole pois recebeu a Corte que fugia de Napoleão. Depois transformou-se na única monarquia do continente. Monarquia não é só um regime, envolve tbm uma cultura política. Uma cultura que era aristocrática, portanto marcada pela diferença, pela excepcionalidade, não por seguir normas gerais iguais para todos. De certa forma, qdo vemos políticos deslumbrados com privilégios de casta e praticando um patrimonialismo arcaico, temos uma reminiscência dessa cultura aristocratica que permanece sobretudo em quem está próximo ao Estado.
O adolescente que passa atestado fake na escola pode, sim, vir a ser um empresário desonesto, um político desonesto. Tudo tem um início, ele aprendeu a levar vantagem.
Ninguém disse que existe meio errado. O que existe são crimes com pesos diferentes. Comparar o pequeno crime com o grande crime, é desculpar todos os crimes. Existe uma diferença abissal entre roubar pra ostentar, e roubar pra comer.
@@renatodalmo Eu não preciso, eu respondi exatamente a questão que você levantou. Eu só queria entender porque você acha que é punível um crime como roubar pra comer da mesma forma que se rouba pra ostentar. Foi isso o que eu levantei. Porque ninguém disse na entrevista que existe meio errado. Mas de fato existe o crime perdoável e aquele que não é. Se você prestar atenção, essa foi a questão levantada na entrevista.
Para mim são iguais... quem faz pequena corrupção, se tiver oportunidade fará grande... Nós somos seres que vive de aprendizado, e nele se junta o capitalismo que prega, quanto mais melhor.
Quando se é meio limitado... As respostas são assim, rasas e binárias. Bora estudar um pouco sobre a história do Braza... ler um pouco de Filosofia, Geopolítica, conhecer um pouco da essência do ser humano?!
O brasileiro como homem cordial foi um conceito levantado pelo historiador Sérgio Buarque no clássico "Raízes do Brasil". Cordial viria de "cor" que é a raiz da palavra coração. O homem cordial é aquele que é passional, que põe os seus afetos ou gostos na frente das normas legais. É o funcionário do INSS que ajeita a aposentadoria do marido da sua empregada que não cumpriu todos os requisitos legais, mas que ele resolve ajudar porque afinal ele é tão trabalhador...É o caso da pessoa que tem um parente que trabalha no banco e por isso não quer pegar senha para ser atendido como todo mundo.
Sérgio Buarque levanta que até a relação dos brasileiros com os santos (o livro é da época de Getúlio Vargas. O Brasil era essencialmente católico) era afetiva e pessoal e não tinha a solenidade que outros povos tinham em relação as divindades.
O antropologo Roberto DaMatta retoma esse conceito ao analisar o jeitinho no seu livro "Carnavais, malandros e heróis" no final dos anos 70. Ele vê no jeitinho uma reação a igualdade. O Brasil, segundo DaMatta, é uma sociedade extremamente hierárquica e de viés aristocrático. O Brasil foi o único caso nas Américas de uma colônia que virou metrópole pois recebeu a Corte que fugia de Napoleão. Depois transformou-se na única monarquia do continente. Monarquia não é só um regime, envolve tbm uma cultura política. Uma cultura que era aristocrática, portanto marcada pela diferença, pela excepcionalidade, não por seguir normas gerais iguais para todos. De certa forma, qdo vemos políticos deslumbrados com privilégios de casta e praticando um patrimonialismo arcaico, temos uma reminiscência dessa cultura aristocratica que permanece sobretudo em quem está próximo ao Estado.
Excelente!❤❤❤❤
O adolescente que passa atestado fake na escola pode, sim, vir a ser um empresário desonesto, um político desonesto. Tudo tem um início, ele aprendeu a levar vantagem.
Pelo menos 25% dos empresários são sociopatas então a desonestidade é bem elevada nos negócios.
Sim pois mentira é mentira independentemente do grau, e se os pais não educarem desde cedo só vai agravando esse desvio comportamental
@@nugget6635PAPINHO DE SOCIALISTA FRACASSADO QUE NÃO QUER TRABALHAR!! O EMPRESARIO, PAGA MILHÕES EM IMPOSTOS, CORRE RISCO E GERA EMPREGOS
É uma grande e valiosa reflesão. Mas discordo; se rouba 1 real então tudo bem. Se rouba 1 milhão então tudo bem também. Não existe meio errado.
Ninguém disse que existe meio errado. O que existe são crimes com pesos diferentes. Comparar o pequeno crime com o grande crime, é desculpar todos os crimes. Existe uma diferença abissal entre roubar pra ostentar, e roubar pra comer.
@@canaldojames7503 eu entendi, mas se me permite, discordo.
@@renatodalmo Porquê?
@@canaldojames7503 Leia novamente...
@@renatodalmo Eu não preciso, eu respondi exatamente a questão que você levantou. Eu só queria entender porque você acha que é punível um crime como roubar pra comer da mesma forma que se rouba pra ostentar. Foi isso o que eu levantei. Porque ninguém disse na entrevista que existe meio errado. Mas de fato existe o crime perdoável e aquele que não é. Se você prestar atenção, essa foi a questão levantada na entrevista.
Para mim são iguais... quem faz pequena corrupção, se tiver oportunidade fará grande... Nós somos seres que vive de aprendizado, e nele se junta o capitalismo que prega, quanto mais melhor.
Jeitinho brasileiro é mito. O que vejo que existe é o jeitinho do $$. Esse é universal na humanidade heheheh
A desonestidade não está ligada só a dinheiro, mas a outros tipos de vantagens, privilégios e passadas de mãos na cabeça. Não limite-se!
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"Jeitinho".....o brasileiro é criminoso mesmo.
fale por si
Quando se é meio limitado... As respostas são assim, rasas e binárias. Bora estudar um pouco sobre a história do Braza... ler um pouco de Filosofia, Geopolítica, conhecer um pouco da essência do ser humano?!