Encontro com a Matinta Perera

A luz suave do pôr do sol filtrava-se pelas janelas da pequena sala, iluminando as paredes com um brilho alaranjado. O velho Joaquim, agora nos seus oitenta anos, sentava-se em sua poltrona preferida, com um olhar distante, perdido nas memórias do passado. A sua mente viajava para uma época há muito esquecida, quando era apenas um jovem adolescente, cheio de curiosidade e coragem juvenil.
Foi há mais de sessenta anos, durante um verão quente e abafado, que Joaquim, então com apenas 15 anos, foi passar algumas semanas na casa dos tios, numa pequena vila no coração da Amazônia. A vila era um lugar tranquilo, cercado por uma floresta densa e misteriosa, onde as histórias e lendas locais se entrelaçavam com a vida cotidiana.
Os tios de Joaquim eram pessoas simples e hospitaleiras. Tio Francisco era um homem robusto, de poucas palavras, mas com um coração generoso. Tia Rosa, por outro lado, era conhecida por sua habilidade em contar histórias assustadoras, que faziam os cabelos na nuca de Joaquim se arrepiarem. Mas, apesar dos avisos constantes sobre os perigos da floresta à noite, a curiosidade de Joaquim não podia ser contida...
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