Sou psicóloga e já trabalhei num ambulatório de acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A equipe, depois de um certo tempo, no fim do dia, saía pra beber e falar sobre qualquer coisa, menos o que a gente via e ouvia lá dentro. É o que a Nilce falou, existe um processo (inconsciente) de não deixar que toda a impotência que sentimos estando nessas posições nos paralize. É diferente de nos dessensibilizar (e acho que a personagem da Kristen Dunst está dessensibilizada, por isso a gente não cria empatia por ela), porque precisamos manter a sensibilidade para nos sustentarmos nessas posições também. Mas enfim, achei um filme muito importante e que retrata bem isso!
Tinha um policial nos EUA fã de Star Trek que assistia o seriado depois do trabalho para achar um contraponto, uma visão de futuro esperançosa, como um contraponto das coisas horríveis que viu durante o dia.
@@danilohenrique4134 pior que do ponto de vista de boa parte dessa "galera", faz sentido eles acharem que estadudinense tem dificuldade de pensar. Se eles achassem que os caras pensam, seria o mesmo que dizer que são capazes de acompanhar, e aí sim séria estranho.
Na Guerra do Vietnã, a Nikon F2 (a câmera da menina mais nova no filme) foi amplamente usada além da própria Nikon F. Tinha fotógrafo que morria explodido por mina terrestre e a câmera ainda sim continuava funcionando, um verdadeiro tanque de guerra
Eu já tive oportunidade de usar esta câmera. É um tanque de guerra. E não precisa de pilhas para funcionar. Só usa de 2 pilhas LR44 para o fotômetro, e elas duram muito tempo.
Em contraponto ao Leon: Eu tenho certeza que o fato da Guerra ser nos EUA não foi somente por economias de verbas da produção, mas também de ser uma Gerra justamente na maior potência ecônomica atual, foi pra chocar o americano que está acostumado a ver essa realidade no país dos outros
E fora que essa guerra ta pra estourar sim, só trocar a califórnia por qualquer outro estado com milicia armada, juntos eles podem ter até tanques, ou seja, eles já se opõem aos direitos civis desdo o inicio e vem se preparando pra tomar o poder, e com essa disponibilidade de armamento e de representação no congresso jaja isso acontece
SIm, não lembro onde ví um cara q fala de cinema falando disso, que uma das coisas que choca muito o americano médio, é ele ver o próprio país sendo destruído e o proprio povo morrendo... Eles participam ativa e inativamente de muita guerra... Nos ultimos 50 anos, provavel que mais de 100, mas nenhuma delas no território deles, nenhuma delas com cívis deles sendo afetados e principalmente, nenhuma delas fazendo eles refletirem sobre o perigo e a barbárie desse tipo de coisa... Então acaba tocando num calo q eles n tão acostumados a lidar... Bom filme, necessário
eu fui assistir o filme sem saber do que era, só fui porque tinha o Wagner Moura. Não tinha nenhuma concepção/expectativa, nem esperava que Wagner seria um dos principais, só fui pra prestigiar mesmo. Nossa que ficou ESPETACULAR. Eu sou chato, eu gosto de saber os porquês das coisas, mas mesmo assim não saber o motivo da guerra, o que tá acontecendo exatamente, não diminui em nada a experiência. O filme é atual e distópico ao mesmo tempo, me fez ter uma visão completamente diferente do jornalismo, e é um filme que tu sai pra conversar e discutir mesmo. Obrigado por nos dar uma perspectiva mais por dentro do tópico, Nilce!
11:19 Isso que a Nilce falou me lembrou de um vídeo do Jovem Nerd falando à respeito do filme 'Duro de Matar' e que na época em que o filme foi lançado e recebeu críticas negativas por conta da atuação do Bruce Willis, por conta do personagem ficar fazendo piadas na situação de morte em que o personagem dele se encontrava, e isso foi por conta do laboratório que o ator fez na época com políciais e detetives que, quando se encontravam em cenas de crimes descritas pela Nilce, os mesmos tiam bom humor ou humor mórbido para aquela situação, que era um jeito que esses policiais e detetives encontravam para tentar não absorver tanto desses cenários reais e grotescos da vida.
Eu trabalho em uma Vara do Tribunal do Júri (só com homicídios), é o ambiente mais leve em que já trabalhei no Tribunal de Justiça. Acho que todo mundo ali aciona um mecanismo quando vai trabalhar para que seja possível conviver com o que vemos diariamente
Sou estudante de medicina e isso acontece muito com o pessoal da área da saúde também. As vezes acontecem umas coisas bem pesadas e horríveis mas que acabam sendo tratadas com êxtase. A dessensibilização faz parte e sem ela a gente ia levar tudo pra dentro de casa e não ia aguentar.
Único ponto a acrescentar é que o personagem do Wagner Moura não é um ajudante, ele é um repórter que quer fazer uma entrevista com o presidente, tanto que ficam falando sobre qual pergunta ele fará quando chegar o momento.
Eu abandonei o curso técnico em enfermagem após um acidente que teve em uma rodovia envolvendo 3 ônibus de turismo, eu estava estagiando e não consegui desligar meu cérebro atendi todos que pude, mas após terminar o dia, eu não voltei mais, mas vi amigos totalmente desligado o senso de normalidade, infelizmente eu não consegui.
Uma cena que me marcou no filme, foi um momento de conversa entre a Kirsten Dunst fala com o jornalista mais experiente que apesar de retratar várias guerras na esperança de mudar o mundo mostrando o quanto ela é destrutiva, ela novamente estava ali. Me bateu uma real de como a maior parte do público encara estas matérias jornalísticas, mas não tem a menor noção do que é realmente estar no local, seja registrando como repórter, seja como personagem da reportagem.
Sou estudante de publicidade e propaganda e o meu TCC é (beeeeem a grosso modo) uma crítica a veiculação e produção de produtos audiovisuais sobre serial killers, tomando como base a série do Jeffrey Dahmer da Netflix e a maneira como ela repercutiu nas redes sociais. Eu já tive que ler e ver tanta coisa pesada (por causa do estudo aprofundado do que as pessoas têm postado nas redes sociais sobre esses caras), que já to até meio baqueada, outro dia vi uma camisa escrita ''Dahmerized'' com a imagem de uma pessoa esquartejada, até agora n me dei a possibilidade de processar demais o conteúdo do material, pra n ficar muito mal. Se distanciar da realidade dessas questões é apenas uma reação genuína do cérebro pra gente não surtar mesmo...
O Otavio Uga, do canal Super 8, comentou que na interpretaçao dele, em relaçao as cameras fotograficas, é uma analogia sobre a personagem da Jessie, representar o que a Lee era (personalidade) quando ela iniciou no fotojornalismo, por isso ela carrega uma maquina fotografica antiga, e claro que essa personalidade vai mudando e criando esses "mecanismos" que a Nilce comentou que tem como resultado essa personagem mais fria da Lee atual. Fun Fact: o personagem do homem interpretado por Jesse Plemons, marido da Kristen Dunst, iria ser interpretado por outro ator, porem, esse cancelou a participaçao em cima da hora, eai a Kristen disse que o marido dela tava de folga e podia fazer esse papel.. e bem.. o resultado foi o que vimos em tela
A indiferença dos jornalistas de guerra com relação a própria violência de uma guerra é tipo eu, carioca indiferente a violência do Rio. Tipo: 3 pessoas foram queimadas vivas no meio de pneus por traficantes de drogas numa favela. Eu fico de boa. Tipo: Ok. Mais um dia no Rio ... É isso .
Sou fotógrafo, e respondo pra vc pq usar uma 35mm, como mencionou no vídeo, o motivo é igual de vcs dois quando vão viajar, várias vezes vcss reclamavam que tinham q levar trocentas coisas para poder fazer o trabalho, e acabaram "enxugando" o numero de equipamento para ficar mais fácil e leve nas viagens de vocês, ai vem o meu ponto: se vou para uma guerra, e a qq momento precisarei correr, então q leve uma câmera e uma lente 35mm (exemplo) , como grandes fotógrafos a guerras anteriores, ja fizeram fotos memoráveis e chocantes usando uma 35 ou 50mm, obviamente, não pegará detalhes de longas distancias, tanto q a outra jornalista ( loirinha) estava com uma teleobjetiva, mas isso é de cada fotógrafo, cada um tem o seu setup. Mas via de regra, sempre 1 curta e 1 longa e só, tanto que tem uma cena q ela esta com duas câmeras com lentes diferentes.
4:35 - Perai, o Wagner Moura não é o ajudante, ele é o jornalista que vai escrever o relato. A Kyrsten Dunst é fotojornalista o personagem do Wagner Moura é o jornalista que escreve as matérias.
O que me assusta, é a frieza e canalhice de alguns políticos. Por exemplo, já tem alguns espalhando mentiras sobre o desastre no Rio Grande do Sul. Essa capacidades de não se importar com o próximo, é o que preocupa.
é por aí, foi a mesma coisa que aconteceu com o filme A Bruxa do Robert Eggers, pessoal imaginou um filme de terror com jumpscare e tal, mas era aqueles filmes de terror que impactavam igual Corra, tanto q a crítica adorou o filme e o público odiou na época.
@@logicafuzzy3026 pelo menos para mim, a linguagem do filme deixa claro essa parte. O foco nas cenas de ação é sempre elas tirando foto, tanto que sempre que algo extremamente gráfico e violento acontece, a gente enxerga através da fotografia tirada.
Gostaria de agradecer a Nilce. Quando vi sobre o filme, achei que de fato seria sobre guerra e por mera coincidência vi a Nil dizer que era sobre jornalismo, algumas horas antes da sessão. Então tive a oportunidade de ver com esses olhos e amar o filme, desde às atuações até a cinematografia. Muito obrigada, Nilcinha💜
Sugestão de material real sobre o assunto que o filme trata. Documentário: Você não é um soldado. Documentário sobre o fotógrafo de guerra Andre Liohn, fotógrafo brasileiro que cobriu conflitos no Oriente médio, América do Sul, América Central, e na atual invasão russa a Ucrânia. E único vencedor do prêmio Robert Capa de fotojornalismo. E sobre o uso das câmeras e lentes, realmente hoje é inviável fotografar com câmera analógica, pois a informação precisa ser praticamente imediata. E sobre as lentes, normalmente os profissionais usam lentes fixas ou em inglês as lentes prime, seja 35, 40, 50mm, e sim na maior parte dos casos o fotógrafo estão muito próximo do que está acontecendo, pouquíssimos são os casos principalmente na fotografia onde um fotógrafo vá utilizar uma lente zoom ou tele, normalmente o uso dessas lentes zoom ou tele está mais associado ao trabalhos dos cinegrafistas, enquanto que o fotógrafo normalmente está na ação, e não distante fazendo as fotos.
Fui ver o filme sem expectativa nenhuma e saí maravilhada com a obra. O filme é uma ótima obra e isso não muda pelo fato das pessoas quererem que ele fosse outra coisa.
Assisti o filme e curti demais! Realmente não é um filme de guerra, mas é muito bom exatamente por conta disso. A Kirsten e o Wagner foram muito bons mesmo! Recomendo assistir no cinema, pq as imagens e qualidade de som são excelentes. Tenho certeza que o filme concorrerá a algumas categorias no Oscar.
Achei o filme fantástico. O trabalho de áudio para mexer com as expectativas ficou ótimo, já nos primeiros minutos. Conseguiram subverter a expectativa, mesmo quando a expectativa já esperava ser subvertida. A mudança entre momentos de áudio muito intenso e de longo silêncio combinou perfeitamente em cada cena. Áudio subindo e descendo é comum em filmes. Mas esse casamento tão bem feito entre a mudança de áudio e o desenvolvimento do enredo e dos personagens, não é tão comum de ver. Acho que o trabalho de som se destacou no filme. O filme consegue com naturalidade mudar rapidamente entre sons altos de confronto, para protagonistas deitados em gramado olhando flores. Isso foi muito bem executado. Conseguiram a coexistência do blockbuster e do intimista no mesmo filme. Na minha opinião, a mensagem central do filme é: A organização da sociedade pode ser mais frágil do que costumamos admitir. Essa é a mensagem central do filme. Que os produtores tentaram passar. A narrativa é desenvolvida para mostrar que apenas uma ou outra coisa dando errado, já pode desencadear grandes catástrofes na organização da sociedade. No caso do filme, foi o presidente tentando se manter no poder, que desencadeia uma guerra, que em alguns momentos parece uma guerra civil, em outros não. É uma abordagem de teoria do caos sendo aplicada na organização social. Mas A24 não precisou fazer outra distopia para isso - ou seja, outro MadMax. Fez isso numa sociedade bem perto da atual e esse foi o grande ponto de impacto da história, que impactou o público. Essa "sacudida" que a produtora conseguiu no público foi um "gol" para eles. Mesmo que por razões diferentes, as pessoas saíram impactadas. Esse era o objetivo da A24. Isso acontece de maneiras diferentes porque os personagens são muito bem trabalhados. Acabará havendo uma identificação maior com um personagem ou outro, isolando e limitando essa identificação aos personagens em vez da história, já que a maioria do público não se identificaria com uma história que beira a distopia. Aonde se esperava alguma relação com o mundo atual (como nas coalizões de Estados), não tinha nenhuma, exatamente para mostrar o caos. Para contar essa história, a produtora escolhe a perspectiva de um grupo de jornalistas. Esse grupo de jornalistas evolui na história para mostrar essa "semi-distopia do presente". Os conflitos de afetos estão em toda parte do filme. Na cena do posto de gasolina, quando algumas pessoas exibem uma barbárie, mas parecem levar a vida normalmente e até aparentemente pacata. Na cena em que um personagem usa óculos rosa. E também entre os personagens principais. O filme inteiro carrega muita complexidade de afetos. Mostrar isso pela perspectiva do grupo de jornalistas deu a chace dos produtores do filme passarem por muitas histórias diferentes durante o filme, mudando rapidamente de uma para outra. Mas se, por exemplo, virar uma série, não precisariam ser jornalistas, porque poderiam gastar vários episódios introduzindo a história de cada personagem. Em um filme tão carregado de simbologias sobre comportamento humano, com uma história de tanto caos, criaram algumas conexões mais fáceis para o grande público entender, para dar algum fechamento na história. A do mestre e aprendiz. A trilha do herói da jornalista mais nova (começa sofrendo, depois recupera-se). Da vítima (a jornalista mais experiente vítima da profissão). Da paciência do mais experiente, etc. São histórias bem conhecidas. Acho que a profissão dos jornalistas ajudou os produtores a trocar rapidamente entre histórias. Mas a mesma história poderia ser contada, quase do mesmo modo, substituindo o grupo de jornalistas por outro grupo que tivesse alguma outra motivação para ir para capital. Acho que a escolha foi muito acertada, mas também foi por conveniência. Por isso as câmeras usadas pelos personagens pouco importaram. Quando penso em um filme sobre jornalismo lembro de "Spotlight: Segredos Revelados". Acho que "Guerra Civil" ficou afastado disso. Na minha opinião, é uma história para causar impacto, talvez com um tom de alerta. Usa uma forma próxima de uma distopia e aborda o caos potencial que sociedade atual poderia se tornar. E procura chocar o público. PS: A cena final dos jornalistas quase "combatentes" ficou forçada demais. Mas precisava para fechar um arco fácil do grande público entender.
Eu entendo a Nilce. Trabalhei no departamento jurídico de uma empresa de ônibus com acidentes. Via as fotos, ia para o acidentes. Você precisa realmente se distanciar do fato.
Filme à parte, o que a Nilce disse do desligamento, ocorreu comigo aos 10 ou 11 anos de idade, quando da porta da minha casa, vi um vizinho e colega, ser atropelado por um caminhão ao dar ré. Eu sempre me culpei, durante a adolescência, pensando que eu era uma pessoa muito má, sem sentimentos. Obrigada, sem querer, Nilce me ajudou,
Eu sinto que muito dessa repercussão negativa é consequência do marketing do filme. Como esse é o filme mais caro da A24, houve uma tentativa de colocar a guerra como foco do marketing pra atrair as pessoas pro cinema e evitar um fracasso. Como filme ode ao jornalismo, ele funciona bem, mas ele foi vendido nos pôsteres, trailers e entrevistas de outra forma, aí naturalmente rola uma frustração
@@Malujo145 vc consegue elaborar sua critica, para alem de frases rasas e vazias? pq comentando desse jeito fica nítido a preguiça sua para com o filme, que é justamente o ponto dos dois no video...
Eu mesmo tava achando que seria sobre a guerra JUSTAMENTE por causa dos trailers e pôsters, vou ver de todo jeito, pelo menos já não vou na expectativa de que vou ver sobre a guerra
Vejam War Photographer sobre o trabalho de James Natchwey. Ele acompanhou os conflitos do apartheid na África do Sul. É fenomenal. Além de tudo, há outros fotógrafos de guerra importantes no filme.
Também, sou jornalista, e vi muitas atrocidades nas coberturas externas. É isso mesmo que a Nilce descreveu. E nada é forçado; sua mente faz isso, de boa. Gostei do filme. Não é nada, oh! Mas retrata uma realidade. Gostei, também, das três gerações de jornalistas, ali, juntos, com suas visões e influências sobre a profissão. ❤
Não são apenas os jornalistas, sou advogado e a única forma de focar no trabalho é momentaneamente me distanciar das situações do dia a dia da casa (temos 3 filhos, 2 são autistas). Tiro o chapéu para a minha esposa que passa o dia cuidando da turma e pouco tempo tem para si.
Será que o Trailer e o nome não passou uma imagem errada do que seria o filme? Talvez um filme GUERRA CIVIL, as pessoas realmente esperavam q seria sobre Guerra.
Nossa, muito boa a reflexão de vocês, não entendi muito o pano de fundo do filme e senti que não tinha gostado muito por isso, mas ouvir a voz da experiência sempre expande a nossa mente, muito bom
Tem um video MUITO BOM que ensina o tratamento NATURAL que cura a calvície. ❤❤❤ Tem MUITAS PESSOAS que estão tendo BONS resultados ❤O nome do vídeo eh "O PAULISTA QUE CUROU A CALVICIE", vocês precisam ver, é muito bomm
Acontece o mesmo com profissionais de saúde que trabalham com pacientes graves. Ficamos dessensibilizados em algumas situações. É quase um mecanismo de defesa. Mas absorvemos muita coisa
Quando a Nilce falou do distanciamento logo pensei em medicina, é cada coisa horrível q chega no posto q vc tem q se distanciar, mas ao mesmo tempo temos q lembrar q se trata de uma vida humana e nosso cérebro entra em crise.
Pra quem curtiu o filme e se interessa pelo assunto, eu li um livro sobre a mesma temática na faculdade de jornalismo que me marcou muito. Chama Clube do Bang Bang. Vale muito a pena
Quando eu soube que o wagner Moura estaria num novo filme, eu fiquei muito animado! Não sou de gostar de atores e atrizes e, a minha lista de favoritos(as) mostra isso com exatidão. Quando assisti aos Trailers, percebi logo de cara que não seria o mesmo Wagner Moura que eu estava esperando que fosse, logo, diminui as minhas expectativas e foquei em obter o máximo de informações possíveis antes da estreia. Nesse processo, fui gostando do personagem que o Wagner fez e, bom, minhas expectativas subiram novamente mas, dessa vez, pro lugar certo. Quando o dia da estreia chegou, eu fui no cinema assistir e, depois de ver o vídeo que vocês fizeram eu percebi que a todo momento eu tinha entendido o filme, sem perceber que tinha entendido o filme porque, realmente, o filme não é sobre uma guerra, é sobre o processo de vida de um profissional de jornalismo de guerra em toda a sua carreira...
1:37 Mais um filme que o Wagner Moura pode colocar no currículo de pessoas que não entenderam o filme. kkkk O primeiro foi Tropa de Elite... E eu estava incluso nesses época. :/
Quando o público se identifica com o personagem mesmo quando vc tem todo o poder d pintar ele numa imagem negativa entao talvez vc tenha argumentos muito fracos ou é sua direção e roteiro são fracos.
Se um estadunidense entendesse esse filme eu realmente ficaria surpresa 😅 Jornalismo de guerra é algo que fascina e intriga. Tem outro filme bastante interessante sobre uma jornalista de guerra real chamado A Private War. É outra visão sobre esse tipo de profissão pq mostra os efeitos na vida pessoal de uma pessoa que escolhe viver de fotografar o horror. Recomendo bastante. Ps: amei que o papel do Wagner de fato é importante no filme. Achei o filme simétrico demais pro meu gosto. O final não me surpreendeu mas foi uma excelente experiência ver no cinema. Edição de som top demais.
Esse distanciamento que a Nilce fala é real. É exatamente assim que acontece quando vc se expõe a situações e imagens pavorosas no seu trabalho. Trabalhei pouco tempo com necropsia em um IML e era clara essa dessensibilização do patologista. E não tem jeito, ou é isso ou vc pira. Essa rotina vai te tirando um pouco da humanidade. O cérebro tem suas auto-defesas, isso não é uma escolha.
O filme mostra o que os jornalistas passam, vendo a pior parte do mundo. Imagina vc sendo uma foquinha e passar por isso, ninguém nunca imagina o que eles passam.
Quando fui assisti, como uma estudante de Ciências Sociais, foi exatamente isso que percebi. Como precisa ver as coisas mais duras e precisa manter essa """"neutralidade"""". E ai precisamos distanciar de certas situações se não o cérebro não funciona pra trabalhar
10:00 Bem isso. Aconteceu comigo na profissão e nunca parei pra pensar nisso a não ser agora. De alguém que tinha tonturas ao ver sangue a alguém que tomava o café da manhã ao lado de um cadaver esbagaçado na rua. Gostei do conceito exemplificado aqui. 👏👏
Esse negócio do cérebro se "desligar" para certos eventos é real, tenho um parente próximo que é perito criminal desde da década de 90 e via a pessoas e seus colegas conversando sobre certos tópicos com uma forma que pra quem é de fora parece até uma frieza desnecessária, mas é só a maneira de lidar com tanta tragédia.
Sobre a dessensibilização dos jornalistas: Eu acredito que o filme quis passar a ideia de duas consequências possíveis do profissional de guerra: Aquele que já morreu por dentro (Kirsten Dunst) e o que aprendeu usar a emoção da adrenalina e se entregar ao vício naquilo pra sobreviver nesse meio (Wagner Moura).
Ai gente, acabei de assistir e entendendo agora, pra ser 5 estrelas a jornalista deveria ter nos criado compaixão com o público, ela morreu lindamente, foi uma morte incrível, mas não derramei uma lágrima, só fiquei chocado.
eu entendi o lance todo e tal mas eu tinha espectativa pros protagonistas e principalmente pro Wagner e o desapego tanto por parte deles quanto por parte da história para com eles deixou passando vontade. O filme quer impactar, certo, isso tá bem feito, crueldade e tal mas no fim das contas só ficou superficial pra tudo então não posso dizer que gostei exatamente pessoalmente. No fim acho q Wagner foi quem mais atuou e ainda achei muito pouco
Uma vez entrevistando um soldado ingles sobre um bombardeio na inglaterra e em vez de dizer que foi horrivel....a palavra usada foi sublime o que e uma palavra estranha mais explica que em monentos desse tipo voce esta vivendo intensamente num minuto vivo e no outro morto.....
O filme é ótimo pelo que é, mas acho que venderam o filme errado para poder pegar hype e por isso tem tanta crítica de gente que não entendeu o filme, e não é só pelo titulo, eu vi o Wagner Moura falando sobre o longa no podpah e ele vende como se fosse um filme sobre a guerra e sobre a divisão nos EUA, então até os envolvidos no filme estão vendendo essa imagem errada dele.
O exemplo que eu mais tenho em mente dessa parada psicológica de levar algo tenso acontecendo é o Aranha nas HQs fazendo piada com tudo e todos enquanto tá no meio do caos de uma batalha séria e sangrenta.
Filmaço, valeu muita a pena assistir. Engraçado que no próprio filme tem uma cena autoexplicativa, quando o wagner pergunta de que lado ta quem tava atirando neles, e o soldado e menina explica que é alguém atirando pra matar e ponto.
Filmaço!! só gostaria de acrescentar um ponto, galera quem puder ver ainda no cinema vá por que em casa não vai ser a mesma experiência, digo isso por conta do som do filme que é algo senssacional e ajuda muito nos momentos de tensão, deixando mais tenso ainda, a não ser que vc tenha um super sistema de som em casa ai blz, mas se não tiver e ta interessado em ver o filme, vale a pena o ingresso...
Olha eu desde o primeiro trailer já sabia q não poderia ser sobre a guerra como tema e sim a visão dos jornalista, e assistir tendo isso em mente por isso aproveitei cada minuto e amei! Filme surpreendente sobre mostrar americanos vs americanos sem mostrar heróis ou vilões na ótica de um jornalista
A Nilce repassando todos os crimes que aconteceram em Goiânia enquanto eu cresci foi ainda mais pesado pra mim que acompanhei, principalmente a parte do serial killer.....
Em uma entrevista o Wagner Moura disse que o tema do filme é a polarização e suas consequências. Como é importante conversarmos e romper com isso para não chegarmos ao ponto de uma guerra
Um documentário que retrata sobre esse compromisso com a verdade factual, sem tomar lados, é o "Você não é um soldado", com o André Liohn (fotojornalista de guerra).
A câmera analógica pode ser uma simbologia por exemplo, da época mais importante do fotojornalismo que por exemplo temos na guerra civil sul-afrina, o apartheid temos fotos muito impactantes do operário Tutsi queimado vivo que chegou a ganhar o Pulitzer, que chegou a estampar a capa do tabloide britânico muito famoso na época teve muita "audiência", ou da guerra do Vietnã da criança correndo em direção a tropas americanas, foi em momentos assim que a opinião pública através desse trabalho que ajudou a acabar com essas guerras, são momentos da história que câmeras não eram tão portáteis ou tecnologia não fornecia boas imagens para os jornais, foram as câmeras de rolo que trouxeram a popularidade dos acontecimentos.
Eu trabalho com áudio numa emissora e quando a guerra na Ucrânia começou tive que fazer uma nova vinheta pro programa de TV tipo Jornal nacional do Canadá e tive que desenhar o áudio das cenas das guerras. Tive um momento pensando quando meus filhos me perguntem como foi o começo da guerra eu tenha que dizer que eh tava colocando efeitos de tanques russos e explosões de bombas e barulhos de drones.
Entendi a lente 35 mm. O Robert Capa usava uma lente normal, 50 mm, pois sempre queria estar muito perto da ação. E se estão usando um sensor de câmera menor, a lente 35 mm é a lente normal.
Pois eu acho que é sobre guerra civil sim. Não acho que o filme seja sobre jornalismo apenas. Pra mim é mt claro, é uma representação mostrando as consequências de uma guerra civil. Um povo que deveria se unir, lutando contra sí, se tornando inimigos uns dos outros, absurdo esse que leva a uma pessoa que tinha esperança na humanidade se tornar niilista. É sobre jornalismo e sobre o perigo da polarização, pra fazer as pessoas pensarem. Fico surpresa que as pessoas não tenham se tocado disso e estejam causando achando que a única forma de fazer filme sobre guerra seja so jeito que ja conhecemos.
Eu juraria que o filme falava sobre o ódio e a banalidade da violencia, da maldade, da guerra. O jornalista pra mim foi usado apenas como canal de exposição do absurdo.
normalmente vc não pode usar esse argumento de "a historia é boa vc que não entendeu" pq vc não entender a historia normalmente é culpa de quem fez ela, desde ser nichada de mais até ter n problemas na produção
Eu fui assistir o filme às cegas, fui pelo Wagner moura mas eu não gostei (e olha que eu sou do contra e costumo gostar de filmes que a galera não gosta rs). Mas particularmente pra mim, eu senti muita falta de um contexto, porque justamente a falta dele me fez passar o filme inteiro tentando entender o que estava acontecendo e eu senti que perdi as nuances que o filme queria passar. Talvez se eu soubesse que o filme era sobre fotografia eu já teria ido com outro tipo de foco e aproveitado melhor o filme.
O filme é uma alegoria psicológica mesmo, tanto do lado fascista que normaliza a violência e o contra ponto de quem cobre os fatos que utiliza o mesmo mecanismo que esfria a empatia.
7:22 essa cena que está falando, do Jesse Plemons, me pensativo horas e horas depois de ter assistido no filme. Me lembrou a mesma angústia asstistindo personagem Negan de Walking dead. A cena ficou mais pertubadora ainda quando entendi o real sentido daquele óculos vermelho, a explicação do óculos dá uma camada mais sombria a cena.
Sensacional foi a primeira vez que eu vi uma crítica saneata a este filme que na minha opinião é exatamente sobre isso, a vida dos repórteres de guerra
Realmente, a guerra em si é apenas um pano de fundo para contar a história, focada nos jornalistas. Entretanto, a história mundial está cheia de situações que pareciam totalmente impossíveis em um determinado momento e, poucos anos ou mesmo meses depois, a tal situação impossível aconteceu. Então, uma aliança entre Texas e Califórnia, que hoje parece completamente fora da realidade, até pode vir a acontecer no futuro, dependendo de como os acontecimentos e as circunstâncias progredirem. A própria guerra civil nos EUA, que pareceria algo completamente impensável alguns anos atrás, hoje já deixa uma pequena margem para a possibilidade real, assim como sempre foi impensável uma invasão ao Capitólio, por exemplo.
Acho que fizeram um paralelo dos jornalistas tirando fotos com os soldados atirando. Tem até um jogo de palavra com "shoot" que pode ser dar um tiro ou tirar uma foto e em várias cenas, como os jornalistas estão com os soldados eles fazem até movimentos parecidos, de sair da cobertura pra tirar a foto, etc...
Essa cena da floresta pegando fogo é uma clara referencia à avatar, a lenda de aang qnd o cometa de sozin passa e é lindo, mas o senhor do fogo vai usar ele pra destruir o reino da terra
![CORTES - Leon e Nilce [Oficial]](http://yt3.ggpht.com/mrTr4M4_gBkiR9tsO2V3X-7F0PxoCKwkmSZsxynUj1k1PLVBEuihUYQqjysnPlebherdTq_NS-s=s48-c-k-c0x00ffffff-no-rj)
Sou psicóloga e já trabalhei num ambulatório de acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A equipe, depois de um certo tempo, no fim do dia, saía pra beber e falar sobre qualquer coisa, menos o que a gente via e ouvia lá dentro. É o que a Nilce falou, existe um processo (inconsciente) de não deixar que toda a impotência que sentimos estando nessas posições nos paralize. É diferente de nos dessensibilizar (e acho que a personagem da Kristen Dunst está dessensibilizada, por isso a gente não cria empatia por ela), porque precisamos manter a sensibilidade para nos sustentarmos nessas posições também. Mas enfim, achei um filme muito importante e que retrata bem isso!
Concordo com tudo que comentou , eu consegui sentir o peso que ela carregava nas costas no sentido de , tudo o que ela viveu até ali .
Policiais, investigadores, repórteres que trabalham com a área forense também utilizam dessa estratégia. Vocês são profissionais fenomenais.
Tinha um policial nos EUA fã de Star Trek que assistia o seriado depois do trabalho para achar um contraponto, uma visão de futuro esperançosa, como um contraponto das coisas horríveis que viu durante o dia.
É menos uma dessensibilização e mais um processo de dissociação...
Trabalho em um ambulatório desse atualmente...
desafio hard: estadunidense pensar
Desafio mais hard: Estadunidense bom em geografia.
E brasileiro pensa pra caramba
😂😂😂😂😂😂
Exato kkkk
É o sujo falando do mal lavado
@@danilohenrique4134 pior que do ponto de vista de boa parte dessa "galera", faz sentido eles acharem que estadudinense tem dificuldade de pensar. Se eles achassem que os caras pensam, seria o mesmo que dizer que são capazes de acompanhar, e aí sim séria estranho.
Extra HardCore
Na Guerra do Vietnã, a Nikon F2 (a câmera da menina mais nova no filme) foi amplamente usada além da própria Nikon F. Tinha fotógrafo que morria explodido por mina terrestre e a câmera ainda sim continuava funcionando, um verdadeiro tanque de guerra
Eu já tive oportunidade de usar esta câmera. É um tanque de guerra. E não precisa de pilhas para funcionar. Só usa de 2 pilhas LR44 para o fotômetro, e elas duram muito tempo.
Em contraponto ao Leon: Eu tenho certeza que o fato da Guerra ser nos EUA não foi somente por economias de verbas da produção, mas também de ser uma Gerra justamente na maior potência ecônomica atual, foi pra chocar o americano que está acostumado a ver essa realidade no país dos outros
E fora que essa guerra ta pra estourar sim, só trocar a califórnia por qualquer outro estado com milicia armada, juntos eles podem ter até tanques, ou seja, eles já se opõem aos direitos civis desdo o inicio e vem se preparando pra tomar o poder, e com essa disponibilidade de armamento e de representação no congresso jaja isso acontece
SIm, não lembro onde ví um cara q fala de cinema falando disso, que uma das coisas que choca muito o americano médio, é ele ver o próprio país sendo destruído e o proprio povo morrendo... Eles participam ativa e inativamente de muita guerra... Nos ultimos 50 anos, provavel que mais de 100, mas nenhuma delas no território deles, nenhuma delas com cívis deles sendo afetados e principalmente, nenhuma delas fazendo eles refletirem sobre o perigo e a barbárie desse tipo de coisa... Então acaba tocando num calo q eles n tão acostumados a lidar... Bom filme, necessário
eu fui assistir o filme sem saber do que era, só fui porque tinha o Wagner Moura. Não tinha nenhuma concepção/expectativa, nem esperava que Wagner seria um dos principais, só fui pra prestigiar mesmo. Nossa que ficou ESPETACULAR. Eu sou chato, eu gosto de saber os porquês das coisas, mas mesmo assim não saber o motivo da guerra, o que tá acontecendo exatamente, não diminui em nada a experiência. O filme é atual e distópico ao mesmo tempo, me fez ter uma visão completamente diferente do jornalismo, e é um filme que tu sai pra conversar e discutir mesmo. Obrigado por nos dar uma perspectiva mais por dentro do tópico, Nilce!
Eu assisti e pela primeira vez na vida pensei sobre as pessoas que docimentam as guerras e desastres. Eu amei o filme, e Wagner Moura atuou muito bem!
*documentam
Siiim, aquela profissão ficou na minha mente por dias depois que vi o filme...
Parabéns. Se você pensou nisto por um momento que seja ja valeu a pena.
11:19 Isso que a Nilce falou me lembrou de um vídeo do Jovem Nerd falando à respeito do filme 'Duro de Matar' e que na época em que o filme foi lançado e recebeu críticas negativas por conta da atuação do Bruce Willis, por conta do personagem ficar fazendo piadas na situação de morte em que o personagem dele se encontrava, e isso foi por conta do laboratório que o ator fez na época com políciais e detetives que, quando se encontravam em cenas de crimes descritas pela Nilce, os mesmos tiam bom humor ou humor mórbido para aquela situação, que era um jeito que esses policiais e detetives encontravam para tentar não absorver tanto desses cenários reais e grotescos da vida.
Eu trabalho em uma Vara do Tribunal do Júri (só com homicídios), é o ambiente mais leve em que já trabalhei no Tribunal de Justiça. Acho que todo mundo ali aciona um mecanismo quando vai trabalhar para que seja possível conviver com o que vemos diariamente
Trabalha na vara então, lá ele
Safado
Trabalhei tbm no mesmo lugar como jovem aprendiz. Cada inquérito e processo aberto era como se ali fosse outro mundo. Misericórdia
Sou estudante de medicina e isso acontece muito com o pessoal da área da saúde também. As vezes acontecem umas coisas bem pesadas e horríveis mas que acabam sendo tratadas com êxtase. A dessensibilização faz parte e sem ela a gente ia levar tudo pra dentro de casa e não ia aguentar.
Único ponto a acrescentar é que o personagem do Wagner Moura não é um ajudante, ele é um repórter que quer fazer uma entrevista com o presidente, tanto que ficam falando sobre qual pergunta ele fará quando chegar o momento.
Eu abandonei o curso técnico em enfermagem após um acidente que teve em uma rodovia envolvendo 3 ônibus de turismo, eu estava estagiando e não consegui desligar meu cérebro atendi todos que pude, mas após terminar o dia, eu não voltei mais, mas vi amigos totalmente desligado o senso de normalidade, infelizmente eu não consegui.
Uma cena que me marcou no filme, foi um momento de conversa entre a Kirsten Dunst fala com o jornalista mais experiente que apesar de retratar várias guerras na esperança de mudar o mundo mostrando o quanto ela é destrutiva, ela novamente estava ali.
Me bateu uma real de como a maior parte do público encara estas matérias jornalísticas, mas não tem a menor noção do que é realmente estar no local, seja registrando como repórter, seja como personagem da reportagem.
Sou estudante de publicidade e propaganda e o meu TCC é (beeeeem a grosso modo) uma crítica a veiculação e produção de produtos audiovisuais sobre serial killers, tomando como base a série do Jeffrey Dahmer da Netflix e a maneira como ela repercutiu nas redes sociais. Eu já tive que ler e ver tanta coisa pesada (por causa do estudo aprofundado do que as pessoas têm postado nas redes sociais sobre esses caras), que já to até meio baqueada, outro dia vi uma camisa escrita ''Dahmerized'' com a imagem de uma pessoa esquartejada, até agora n me dei a possibilidade de processar demais o conteúdo do material, pra n ficar muito mal. Se distanciar da realidade dessas questões é apenas uma reação genuína do cérebro pra gente não surtar mesmo...
Fui ver a tal camisa, banda de death metal canadense, não me supreende.
O Otavio Uga, do canal Super 8, comentou que na interpretaçao dele, em relaçao as cameras fotograficas, é uma analogia sobre a personagem da Jessie, representar o que a Lee era (personalidade) quando ela iniciou no fotojornalismo, por isso ela carrega uma maquina fotografica antiga, e claro que essa personalidade vai mudando e criando esses "mecanismos" que a Nilce comentou que tem como resultado essa personagem mais fria da Lee atual.
Fun Fact: o personagem do homem interpretado por Jesse Plemons, marido da Kristen Dunst, iria ser interpretado por outro ator, porem, esse cancelou a participaçao em cima da hora, eai a Kristen disse que o marido dela tava de folga e podia fazer esse papel.. e bem.. o resultado foi o que vimos em tela
A indiferença dos jornalistas de guerra com relação a própria violência de uma guerra é tipo eu, carioca indiferente a violência do Rio. Tipo: 3 pessoas foram queimadas vivas no meio de pneus por traficantes de drogas numa favela. Eu fico de boa. Tipo: Ok. Mais um dia no Rio ... É isso .
Pronto resumiu bem .
chega a um certo ponto q se vc se permitir racionalizar e absorver a situação vc acaba adoecendo
Acho que não foi a toa que chamaram o Wagner Moura, que interpretou o Capitão Nascimento pra participar desse filme. 😅
@@duda.1441Sobre esse lance, é verdade. Quando você já presenciou muita coisa pesada, como o colega acima citou, meio que você fica anestesiado.
Sou fotógrafo, e respondo pra vc pq usar uma 35mm, como mencionou no vídeo, o motivo é igual de vcs dois quando vão viajar, várias vezes vcss reclamavam que tinham q levar trocentas coisas para poder fazer o trabalho, e acabaram "enxugando" o numero de equipamento para ficar mais fácil e leve nas viagens de vocês, ai vem o meu ponto: se vou para uma guerra, e a qq momento precisarei correr, então q leve uma câmera e uma lente 35mm (exemplo) , como grandes fotógrafos a guerras anteriores, ja fizeram fotos memoráveis e chocantes usando uma 35 ou 50mm, obviamente, não pegará detalhes de longas distancias, tanto q a outra jornalista ( loirinha) estava com uma teleobjetiva, mas isso é de cada fotógrafo, cada um tem o seu setup. Mas via de regra, sempre 1 curta e 1 longa e só, tanto que tem uma cena q ela esta com duas câmeras com lentes diferentes.
Se o nome do filme fosse "Registro de Guerra" resolveria o problema e ainda engatilhava um Oscar.
4:35 - Perai, o Wagner Moura não é o ajudante, ele é o jornalista que vai escrever o relato. A Kyrsten Dunst é fotojornalista o personagem do Wagner Moura é o jornalista que escreve as matérias.
achei que ele era repórter, era ele que ia entrevistar o presidente
@@Gr1azn000"Cadê o presidente?! Cadê o presidente?! Fala! Bota ele no saco , bota no saco!" 😂😂😂😂
Eu tive uma visão de uma guerra sob imigrantes e racial, tem vários indícios sobre isso, mas é claro que o foco é realmente o trabalho jornalístico.
O que me assusta, é a frieza e canalhice de alguns políticos.
Por exemplo, já tem alguns espalhando mentiras sobre o desastre no Rio Grande do Sul.
Essa capacidades de não se importar com o próximo, é o
que preocupa.
Quem não gostou do filme é porque não entendeu a proposta e só quer forçar a própria expectativa sobre ele
Calma que também não da para ir por ai, a pessoa pode simplesmente não ter gostado
Ou porque a pessoa simplesmente nao gostou, ninguem é obrigado a gostar
talvez o diretor falhou em passar expectativas erradas para os espectadores. não da pra jogar a culpa apenas no consumidor
é por aí, foi a mesma coisa que aconteceu com o filme A Bruxa do Robert Eggers, pessoal imaginou um filme de terror com jumpscare e tal, mas era aqueles filmes de terror que impactavam igual Corra, tanto q a crítica adorou o filme e o público odiou na época.
@@logicafuzzy3026 pelo menos para mim, a linguagem do filme deixa claro essa parte. O foco nas cenas de ação é sempre elas tirando foto, tanto que sempre que algo extremamente gráfico e violento acontece, a gente enxerga através da fotografia tirada.
Gostaria de agradecer a Nilce. Quando vi sobre o filme, achei que de fato seria sobre guerra e por mera coincidência vi a Nil dizer que era sobre jornalismo, algumas horas antes da sessão. Então tive a oportunidade de ver com esses olhos e amar o filme, desde às atuações até a cinematografia. Muito obrigada, Nilcinha💜
Sugestão de material real sobre o assunto que o filme trata.
Documentário: Você não é um soldado. Documentário sobre o fotógrafo de guerra Andre Liohn, fotógrafo brasileiro que cobriu conflitos no Oriente médio, América do Sul, América Central, e na atual invasão russa a Ucrânia. E único vencedor do prêmio Robert Capa de fotojornalismo.
E sobre o uso das câmeras e lentes, realmente hoje é inviável fotografar com câmera analógica, pois a informação precisa ser praticamente imediata. E sobre as lentes, normalmente os profissionais usam lentes fixas ou em inglês as lentes prime, seja 35, 40, 50mm, e sim na maior parte dos casos o fotógrafo estão muito próximo do que está acontecendo, pouquíssimos são os casos principalmente na fotografia onde um fotógrafo vá utilizar uma lente zoom ou tele, normalmente o uso dessas lentes zoom ou tele está mais associado ao trabalhos dos cinegrafistas, enquanto que o fotógrafo normalmente está na ação, e não distante fazendo as fotos.
Fui ver o filme sem expectativa nenhuma e saí maravilhada com a obra. O filme é uma ótima obra e isso não muda pelo fato das pessoas quererem que ele fosse outra coisa.
Assisti o filme e curti demais! Realmente não é um filme de guerra, mas é muito bom exatamente por conta disso.
A Kirsten e o Wagner foram muito bons mesmo!
Recomendo assistir no cinema, pq as imagens e qualidade de som são excelentes. Tenho certeza que o filme concorrerá a algumas categorias no Oscar.
Creio que a questão das lentes também servem para ilustrar como eles já perderam o medo e andam lado a lado com o perigo, de perto, dessensibilizados…
Achei o filme fantástico. O trabalho de áudio para mexer com as expectativas ficou ótimo, já nos primeiros minutos. Conseguiram subverter a expectativa, mesmo quando a expectativa já esperava ser subvertida. A mudança entre momentos de áudio muito intenso e de longo silêncio combinou perfeitamente em cada cena. Áudio subindo e descendo é comum em filmes. Mas esse casamento tão bem feito entre a mudança de áudio e o desenvolvimento do enredo e dos personagens, não é tão comum de ver. Acho que o trabalho de som se destacou no filme.
O filme consegue com naturalidade mudar rapidamente entre sons altos de confronto, para protagonistas deitados em gramado olhando flores. Isso foi muito bem executado. Conseguiram a coexistência do blockbuster e do intimista no mesmo filme.
Na minha opinião, a mensagem central do filme é: A organização da sociedade pode ser mais frágil do que costumamos admitir.
Essa é a mensagem central do filme. Que os produtores tentaram passar.
A narrativa é desenvolvida para mostrar que apenas uma ou outra coisa dando errado, já pode desencadear grandes catástrofes na organização da sociedade. No caso do filme, foi o presidente tentando se manter no poder, que desencadeia uma guerra, que em alguns momentos parece uma guerra civil, em outros não.
É uma abordagem de teoria do caos sendo aplicada na organização social. Mas A24 não precisou fazer outra distopia para isso - ou seja, outro MadMax. Fez isso numa sociedade bem perto da atual e esse foi o grande ponto de impacto da história, que impactou o público.
Essa "sacudida" que a produtora conseguiu no público foi um "gol" para eles. Mesmo que por razões diferentes, as pessoas saíram impactadas. Esse era o objetivo da A24.
Isso acontece de maneiras diferentes porque os personagens são muito bem trabalhados. Acabará havendo uma identificação maior com um personagem ou outro, isolando e limitando essa identificação aos personagens em vez da história, já que a maioria do público não se identificaria com uma história que beira a distopia.
Aonde se esperava alguma relação com o mundo atual (como nas coalizões de Estados), não tinha nenhuma, exatamente para mostrar o caos.
Para contar essa história, a produtora escolhe a perspectiva de um grupo de jornalistas. Esse grupo de jornalistas evolui na história para mostrar essa "semi-distopia do presente".
Os conflitos de afetos estão em toda parte do filme. Na cena do posto de gasolina, quando algumas pessoas exibem uma barbárie, mas parecem levar a vida normalmente e até aparentemente pacata. Na cena em que um personagem usa óculos rosa. E também entre os personagens principais. O filme inteiro carrega muita complexidade de afetos.
Mostrar isso pela perspectiva do grupo de jornalistas deu a chace dos produtores do filme passarem por muitas histórias diferentes durante o filme, mudando rapidamente de uma para outra. Mas se, por exemplo, virar uma série, não precisariam ser jornalistas, porque poderiam gastar vários episódios introduzindo a história de cada personagem.
Em um filme tão carregado de simbologias sobre comportamento humano, com uma história de tanto caos, criaram algumas conexões mais fáceis para o grande público entender, para dar algum fechamento na história. A do mestre e aprendiz. A trilha do herói da jornalista mais nova (começa sofrendo, depois recupera-se). Da vítima (a jornalista mais experiente vítima da profissão). Da paciência do mais experiente, etc. São histórias bem conhecidas.
Acho que a profissão dos jornalistas ajudou os produtores a trocar rapidamente entre histórias. Mas a mesma história poderia ser contada, quase do mesmo modo, substituindo o grupo de jornalistas por outro grupo que tivesse alguma outra motivação para ir para capital. Acho que a escolha foi muito acertada, mas também foi por conveniência. Por isso as câmeras usadas pelos personagens pouco importaram.
Quando penso em um filme sobre jornalismo lembro de "Spotlight: Segredos Revelados". Acho que "Guerra Civil" ficou afastado disso.
Na minha opinião, é uma história para causar impacto, talvez com um tom de alerta. Usa uma forma próxima de uma distopia e aborda o caos potencial que sociedade atual poderia se tornar. E procura chocar o público.
PS: A cena final dos jornalistas quase "combatentes" ficou forçada demais. Mas precisava para fechar um arco fácil do grande público entender.
Eu entendo a Nilce. Trabalhei no departamento jurídico de uma empresa de ônibus com acidentes. Via as fotos, ia para o acidentes. Você precisa realmente se distanciar do fato.
Filme à parte, o que a Nilce disse do desligamento, ocorreu comigo aos 10 ou 11 anos de idade, quando da porta da minha casa, vi um vizinho e colega, ser atropelado por um caminhão ao dar ré. Eu sempre me culpei, durante a adolescência, pensando que eu era uma pessoa muito má, sem sentimentos. Obrigada, sem querer, Nilce me ajudou,
É assustador como MTOS filmes hoje em dia dividem tanto a opinião das pessoas simplesmente pq parte delas não entendem o filme!
Nilce te amo❤... Essa realidade que você viveu, é o mesmo de bombeiros e socorristas que vivem esse impacto...
Filme maravilhoso. Tive a sorte de assistir o filme numa salinha pequena, porém com um som impecável. O som desse filme pqp, muito foda.
Nilce falando sobre jornalismo passa um ar de profissionalismo gigantesco
Eu sinto que muito dessa repercussão negativa é consequência do marketing do filme. Como esse é o filme mais caro da A24, houve uma tentativa de colocar a guerra como foco do marketing pra atrair as pessoas pro cinema e evitar um fracasso. Como filme ode ao jornalismo, ele funciona bem, mas ele foi vendido nos pôsteres, trailers e entrevistas de outra forma, aí naturalmente rola uma frustração
O filme só é bem meia boca mesmo.
O final meia boca, clichê e mal executado.
Sem falar no ritmo fraco
@@Malujo145 vc consegue elaborar sua critica, para alem de frases rasas e vazias? pq comentando desse jeito fica nítido a preguiça sua para com o filme, que é justamente o ponto dos dois no video...
Eu mesmo tava achando que seria sobre a guerra JUSTAMENTE por causa dos trailers e pôsters, vou ver de todo jeito, pelo menos já não vou na expectativa de que vou ver sobre a guerra
Vejam War Photographer sobre o trabalho de James Natchwey.
Ele acompanhou os conflitos do apartheid na África do Sul.
É fenomenal. Além de tudo, há outros fotógrafos de guerra importantes no filme.
Também, sou jornalista, e vi muitas atrocidades nas coberturas externas. É isso mesmo que a Nilce descreveu. E nada é forçado; sua mente faz isso, de boa. Gostei do filme. Não é nada, oh! Mas retrata uma realidade. Gostei, também, das três gerações de jornalistas, ali, juntos, com suas visões e influências sobre a profissão. ❤
Minha parte favorita é quando o Capitão América luta contra o Homem-Aranha
Achei vacilo o Leon ter colocado o Wagner Moura como “ajudante”, sendo que o personagem dele (Joel) é um REPÓRTER! Tá bem claro no filme! 4:30
Não são apenas os jornalistas, sou advogado e a única forma de focar no trabalho é momentaneamente me distanciar das situações do dia a dia da casa (temos 3 filhos, 2 são autistas). Tiro o chapéu para a minha esposa que passa o dia cuidando da turma e pouco tempo tem para si.
Será que o Trailer e o nome não passou uma imagem errada do que seria o filme? Talvez um filme GUERRA CIVIL, as pessoas realmente esperavam q seria sobre Guerra.
Teve gente q ñ gostou do filme mas quando eles explicam pq ñ gostaram a pessoa ja ñ tinha gostado da sinopse.
São meio cretinaa essas criticas
uhulllllllll
Nossa, muito boa a reflexão de vocês, não entendi muito o pano de fundo do filme e senti que não tinha gostado muito por isso, mas ouvir a voz da experiência sempre expande a nossa mente, muito bom
pra quem quer ou faz jornalismo é um prato cheio, muitos paralelos e uma exploração mto boa do fotojornalismo
Tem um video MUITO BOM que ensina o tratamento NATURAL que cura a calvície. ❤❤❤ Tem MUITAS PESSOAS que estão tendo BONS resultados ❤O nome do vídeo eh "O PAULISTA QUE CUROU A CALVICIE", vocês precisam ver, é muito bomm
Goolllpeee
Acontece o mesmo com profissionais de saúde que trabalham com pacientes graves. Ficamos dessensibilizados em algumas situações. É quase um mecanismo de defesa. Mas absorvemos muita coisa
Quando a Nilce falou do distanciamento logo pensei em medicina, é cada coisa horrível q chega no posto q vc tem q se distanciar, mas ao mesmo tempo temos q lembrar q se trata de uma vida humana e nosso cérebro entra em crise.
Pra quem curtiu o filme e se interessa pelo assunto, eu li um livro sobre a mesma temática na faculdade de jornalismo que me marcou muito. Chama Clube do Bang Bang. Vale muito a pena
Obrigado pelo compartilhamento, estava na dúvida se ia ou não assistir o filme, pois não queria ver um filme sobre guerra e me deixou muito curioso!!!
Quando eu soube que o wagner Moura estaria num novo filme, eu fiquei muito animado!
Não sou de gostar de atores e atrizes e, a minha lista de favoritos(as) mostra isso com exatidão.
Quando assisti aos Trailers, percebi logo de cara que não seria o mesmo Wagner Moura que eu estava esperando que fosse, logo, diminui as minhas expectativas e foquei em obter o máximo de informações possíveis antes da estreia. Nesse processo, fui gostando do personagem que o Wagner fez e, bom, minhas expectativas subiram novamente mas, dessa vez, pro lugar certo.
Quando o dia da estreia chegou, eu fui no cinema assistir e, depois de ver o vídeo que vocês fizeram eu percebi que a todo momento eu tinha entendido o filme, sem perceber que tinha entendido o filme porque, realmente, o filme não é sobre uma guerra, é sobre o processo de vida de um profissional de jornalismo de guerra em toda a sua carreira...
1:37 Mais um filme que o Wagner Moura pode colocar no currículo de pessoas que não entenderam o filme. kkkk O primeiro foi Tropa de Elite... E eu estava incluso nesses época. :/
Será mesmo que o público não entendeu, ou o Padilha vive em uma utopia inexistente
Quando o público se identifica com o personagem mesmo quando vc tem todo o poder d pintar ele numa imagem negativa entao talvez vc tenha argumentos muito fracos ou é sua direção e roteiro são fracos.
Que vídeo necessário! Obrigada.
Se um estadunidense entendesse esse filme eu realmente ficaria surpresa 😅
Jornalismo de guerra é algo que fascina e intriga. Tem outro filme bastante interessante sobre uma jornalista de guerra real chamado A Private War. É outra visão sobre esse tipo de profissão pq mostra os efeitos na vida pessoal de uma pessoa que escolhe viver de fotografar o horror. Recomendo bastante.
Ps: amei que o papel do Wagner de fato é importante no filme. Achei o filme simétrico demais pro meu gosto. O final não me surpreendeu mas foi uma excelente experiência ver no cinema. Edição de som top demais.
Caramba, que relato legal da Nilce, nunca tinha pensado nesse lado
Esse distanciamento que a Nilce fala é real. É exatamente assim que acontece quando vc se expõe a situações e imagens pavorosas no seu trabalho. Trabalhei pouco tempo com necropsia em um IML e era clara essa dessensibilização do patologista. E não tem jeito, ou é isso ou vc pira. Essa rotina vai te tirando um pouco da humanidade. O cérebro tem suas auto-defesas, isso não é uma escolha.
O filme mostra o que os jornalistas passam, vendo a pior parte do mundo.
Imagina vc sendo uma foquinha e passar por isso, ninguém nunca imagina o que eles passam.
Quando fui assisti, como uma estudante de Ciências Sociais, foi exatamente isso que percebi. Como precisa ver as coisas mais duras e precisa manter essa """"neutralidade"""". E ai precisamos distanciar de certas situações se não o cérebro não funciona pra trabalhar
10:00 Bem isso. Aconteceu comigo na profissão e nunca parei pra pensar nisso a não ser agora. De alguém que tinha tonturas ao ver sangue a alguém que tomava o café da manhã ao lado de um cadaver esbagaçado na rua. Gostei do conceito exemplificado aqui. 👏👏
Esse negócio do cérebro se "desligar" para certos eventos é real, tenho um parente próximo que é perito criminal desde da década de 90 e via a pessoas e seus colegas conversando sobre certos tópicos com uma forma que pra quem é de fora parece até uma frieza desnecessária, mas é só a maneira de lidar com tanta tragédia.
Sobre a dessensibilização dos jornalistas: Eu acredito que o filme quis passar a ideia de duas consequências possíveis do profissional de guerra: Aquele que já morreu por dentro (Kirsten Dunst) e o que aprendeu usar a emoção da adrenalina e se entregar ao vício naquilo pra sobreviver nesse meio (Wagner Moura).
Ai gente, acabei de assistir e entendendo agora, pra ser 5 estrelas a jornalista deveria ter nos criado compaixão com o público, ela morreu lindamente, foi uma morte incrível, mas não derramei uma lágrima, só fiquei chocado.
Filme incrível, possui tantos níveis...
eu entendi o lance todo e tal mas eu tinha espectativa pros protagonistas e principalmente pro Wagner e o desapego tanto por parte deles quanto por parte da história para com eles deixou passando vontade. O filme quer impactar, certo, isso tá bem feito, crueldade e tal mas no fim das contas só ficou superficial pra tudo então não posso dizer que gostei exatamente pessoalmente. No fim acho q Wagner foi quem mais atuou e ainda achei muito pouco
Uma vez entrevistando um soldado ingles sobre um bombardeio na inglaterra e em vez de dizer que foi horrivel....a palavra usada foi sublime o que e uma palavra estranha mais explica que em monentos desse tipo voce esta vivendo intensamente num minuto vivo e no outro morto.....
Amo o Wagner ❤
O filme é ótimo pelo que é, mas acho que venderam o filme errado para poder pegar hype e por isso tem tanta crítica de gente que não entendeu o filme, e não é só pelo titulo, eu vi o Wagner Moura falando sobre o longa no podpah e ele vende como se fosse um filme sobre a guerra e sobre a divisão nos EUA, então até os envolvidos no filme estão vendendo essa imagem errada dele.
Sou médico, trabalho num hospital e acreditemca dessensibilização acontece ali também. Se nao ficamos loucos...
12:00 médico de guerra?!? Qualquer médico de postinho de periferia já vivenciou esse tipo de coisa e muito pior!!!
O exemplo que eu mais tenho em mente dessa parada psicológica de levar algo tenso acontecendo é o Aranha nas HQs fazendo piada com tudo e todos enquanto tá no meio do caos de uma batalha séria e sangrenta.
Filmaço, valeu muita a pena assistir. Engraçado que no próprio filme tem uma cena autoexplicativa, quando o wagner pergunta de que lado ta quem tava atirando neles, e o soldado e menina explica que é alguém atirando pra matar e ponto.
Filmaço!! só gostaria de acrescentar um ponto, galera quem puder ver ainda no cinema vá por que em casa não vai ser a mesma experiência, digo isso por conta do som do filme que é algo senssacional e ajuda muito nos momentos de tensão, deixando mais tenso ainda, a não ser que vc tenha um super sistema de som em casa ai blz, mas se não tiver e ta interessado em ver o filme, vale a pena o ingresso...
Olha eu desde o primeiro trailer já sabia q não poderia ser sobre a guerra como tema e sim a visão dos jornalista, e assistir tendo isso em mente por isso aproveitei cada minuto e amei! Filme surpreendente sobre mostrar americanos vs americanos sem mostrar heróis ou vilões na ótica de um jornalista
eu tive tantos sentimentos extremamente intensos assistindo esse filme que mds é fenomenal
A Nilce repassando todos os crimes que aconteceram em Goiânia enquanto eu cresci foi ainda mais pesado pra mim que acompanhei, principalmente a parte do serial killer.....
Em uma entrevista o Wagner Moura disse que o tema do filme é a polarização e suas consequências. Como é importante conversarmos e romper com isso para não chegarmos ao ponto de uma guerra
EUA SEMPRE FOI POLARIZADO ENTRE REPUBLICANOS E DEMOCRATAS! ISSO SÓ É NOVO NA AMERICA DO SUL ONDE A ESQUERDA SEMPRE FOI DOMINANTE.
Um documentário que retrata sobre esse compromisso com a verdade factual, sem tomar lados, é o "Você não é um soldado", com o André Liohn (fotojornalista de guerra).
Parte do mal entendido também é culpa de quem escolheu o nome do filme, querendo ou não.
A câmera analógica pode ser uma simbologia por exemplo, da época mais importante do fotojornalismo que por exemplo temos na guerra civil sul-afrina, o apartheid temos fotos muito impactantes do operário Tutsi queimado vivo que chegou a ganhar o Pulitzer, que chegou a estampar a capa do tabloide britânico muito famoso na época teve muita "audiência", ou da guerra do Vietnã da criança correndo em direção a tropas americanas, foi em momentos assim que a opinião pública através desse trabalho que ajudou a acabar com essas guerras, são momentos da história que câmeras não eram tão portáteis ou tecnologia não fornecia boas imagens para os jornais, foram as câmeras de rolo que trouxeram a popularidade dos acontecimentos.
Eu trabalho com áudio numa emissora e quando a guerra na Ucrânia começou tive que fazer uma nova vinheta pro programa de TV tipo Jornal nacional do Canadá e tive que desenhar o áudio das cenas das guerras. Tive um momento pensando quando meus filhos me perguntem como foi o começo da guerra eu tenha que dizer que eh tava colocando efeitos de tanques russos e explosões de bombas e barulhos de drones.
Tem um documentário maravilhoso sobre Fotografia de Guerra - War Photographer James Nachtwey Documentary
Entendi a lente 35 mm. O Robert Capa usava uma lente normal, 50 mm, pois sempre queria estar muito perto da ação. E se estão usando um sensor de câmera menor, a lente 35 mm é a lente normal.
Pois eu acho que é sobre guerra civil sim. Não acho que o filme seja sobre jornalismo apenas. Pra mim é mt claro, é uma representação mostrando as consequências de uma guerra civil. Um povo que deveria se unir, lutando contra sí, se tornando inimigos uns dos outros, absurdo esse que leva a uma pessoa que tinha esperança na humanidade se tornar niilista. É sobre jornalismo e sobre o perigo da polarização, pra fazer as pessoas pensarem. Fico surpresa que as pessoas não tenham se tocado disso e estejam causando achando que a única forma de fazer filme sobre guerra seja so jeito que ja conhecemos.
O lance de ter muita gente decepcionada com o filme tem a ver com o fato também do trailer vender um filme sobre guerra e debate ideológico
Queria assistir por causa do Wagner também, e vcs falando deu ainda mais curiosidade.
Eu juraria que o filme falava sobre o ódio e a banalidade da violencia, da maldade, da guerra. O jornalista pra mim foi usado apenas como canal de exposição do absurdo.
normalmente vc não pode usar esse argumento de "a historia é boa vc que não entendeu" pq vc não entender a historia normalmente é culpa de quem fez ela, desde ser nichada de mais até ter n problemas na produção
O relato da Nilce, Uau!
Eu fui assistir o filme às cegas, fui pelo Wagner moura mas eu não gostei (e olha que eu sou do contra e costumo gostar de filmes que a galera não gosta rs). Mas particularmente pra mim, eu senti muita falta de um contexto, porque justamente a falta dele me fez passar o filme inteiro tentando entender o que estava acontecendo e eu senti que perdi as nuances que o filme queria passar. Talvez se eu soubesse que o filme era sobre fotografia eu já teria ido com outro tipo de foco e aproveitado melhor o filme.
Eu achei o filme incrível tecnicamente, muito bem produzido. E o enredo real está nas entrelinhas mesmo. A guerra é "só" o cenário em que acontece.
O filme é uma alegoria psicológica mesmo, tanto do lado fascista que normaliza a violência e o contra ponto de quem cobre os fatos que utiliza o mesmo mecanismo que esfria a empatia.
@@perobusmaximus empatia não é una palavra de significado fraco. A falta dela desumaniza o outro, o maior exemplo são os psicopatas.
7:22 essa cena que está falando, do Jesse Plemons, me pensativo horas e horas depois de ter assistido no filme.
Me lembrou a mesma angústia asstistindo personagem Negan de Walking dead.
A cena ficou mais pertubadora ainda quando entendi o real sentido daquele óculos vermelho, a explicação do óculos dá uma camada mais sombria a cena.
e qual é o sentido do óculos?
Sensacional foi a primeira vez que eu vi uma crítica saneata a este filme que na minha opinião é exatamente sobre isso, a vida dos repórteres de guerra
Realmente, a guerra em si é apenas um pano de fundo para contar a história, focada nos jornalistas. Entretanto, a história mundial está cheia de situações que pareciam totalmente impossíveis em um determinado momento e, poucos anos ou mesmo meses depois, a tal situação impossível aconteceu. Então, uma aliança entre Texas e Califórnia, que hoje parece completamente fora da realidade, até pode vir a acontecer no futuro, dependendo de como os acontecimentos e as circunstâncias progredirem. A própria guerra civil nos EUA, que pareceria algo completamente impensável alguns anos atrás, hoje já deixa uma pequena margem para a possibilidade real, assim como sempre foi impensável uma invasão ao Capitólio, por exemplo.
Critica maravilhosa, parabéns
O Wagner moura não é o ajudante não. Ele é o jornalista entrevistador.
Estava ansiosa pra ouvir a opinião de vcs sobre esse filme! Eu assisti e amei!
Uma guerra civil extrema e violenta nos EUA: Sonho de toda pessoa que gostaria de um mundo melhor, com pessoas melhores...
Acho que fizeram um paralelo dos jornalistas tirando fotos com os soldados atirando. Tem até um jogo de palavra com "shoot" que pode ser dar um tiro ou tirar uma foto e em várias cenas, como os jornalistas estão com os soldados eles fazem até movimentos parecidos, de sair da cobertura pra tirar a foto, etc...
Essa cena da floresta pegando fogo é uma clara referencia à avatar, a lenda de aang qnd o cometa de sozin passa e é lindo, mas o senhor do fogo vai usar ele pra destruir o reino da terra
Pior que eu desanimei de fazer jornalismo justamente pq não sei se aguentaria cobrir casos de acidentes e crimes brutais