Já trabalhei em um local no qual a chefia adoeceu tanta gente, com vários colegas tendo procurado terapia e até mesmo psiquiatra. Pelo menos 2 tiraram 30 dias de licença médica. Felizmente saí desse lugar, mas ainda tenho pesadelos. Arrumar outro emprego foi o melhor que me aconteceu. Ainda estou me recuperando, mas um dia m3 livrarei 100 por cento desse pesadelo.
Como algumas pessoas comentaram aqui, é muito mais fácil colocar a culpa (só) no trabalhador, mas a verdade é que muitos chefes não deveriam nunca ser chefes de coisa nenhuma. Ocupam lugares para os quais não estão minimamente preparados, nem em termos de competências profissionais, nem em termos humanos. Para além disso, a lógica capitalista de redução do trabalhador a objeto descartável serve de guarda-chuva para a falta de carácter e de respeito para com o(s) outro(s). Por outro lado, acredito que existam casos em que a demissão é quase uma bênção, mas devem ser situações quase residuais perto daquelas em que a pessoa é descartada... E, pronto, venha o próximo, e o próximo..., de preferência menos crítico e ganhando menos que o anterior...
Maria Homem fritíssima nas postagens! Amando esses vídeos, muito material de alto nível! Maria, eu amo te ouvir, até para dormir eu te escuto. Devo me preocupar? Viciado em você, melhor que droga!
O convite ao autoconhecimento é valido, mas sabemos que no sistema néoliberal manda o patrão e qualquer pensamento diferente é excluído. Produzir produzir produzir.
Minha pulsão não estava mais empenhada no meu último emprego😁! No início da relação trabalhista, as expectativas, a novidade nos levam ao nosso esforço máximo. Com os anos, as expectativas mudam, são frustradas etc etc. A relação se desgasta e sair (ou ser convidado a sair) é inevitável.
É igual relacionamento, você realmente está surpreso por ter acabado, por ter terminado ou terminaram com você? A gente tem um hábito péssimo de ignorar as coisas né (mesmo sabendo).
Talvez por falta de contexto corporativo Maria não consiga perceber a dinâmica de competição que tira as pessoas do jogo e não tenha conseguido abrir o caminho sobre competição e como se proteger, porque o comum é um abafar o outro para tirá-lo do jogo. Veja: não é colocar a culpa no outro. É reconhecer a dinâmica e puxar para si a responsabilidade de se proteger.
Adoro a Maria, mas acheio meio triste o vídeo. Me lembrou aquela frase “ psicologia serve para apaziguar a classe trabalhadora” ou “ além de dar o sangue, eu tenho que gostar do trabalho ?”. Senti muito que foi jogado uma responsabilidade da demissão no explorado. Mas não acho que tenha sido a intenção da Maria.
Idem! Nos casos de demissão que acompanhei de perto, o que eu via eram superiores com rei na barriga, que não aceitavam dialogar com funcionários bem preparados, pois feria o ego deles.
Eu entendo os exemplos subjetivos da Maria Homem para fins didáticos de passar uma ideia, mas eu particularmente fico incomodada com a associação de relação de trabalho (que deveria ser profissional) e relação interpessoal. Às vezes é o ambiente de trabalho que está alienado em suas expectativas, e claro, às vezes o trabalhador está em um local que não o pertence. Mas de qualquer forma é um assunto delicado quando há dependência do trabalho para sobreviver. E sim, saber fazer uma análise de suas limitações e qualidades profissionais é importante, mas eu vejo que há um desemprego elevado, um aumento da exigência nas qualificações do trabalhador e o não aumento do salário que já está tão atrasado e desatualizado. Em resumo: triste!
Mas não é sobre quem te demite. Nem sobre estar “certo ou errado” ser demitido. É sobre o depois e o como se sentir sobre isso diante de uma situação em que você quer “entender” o que aconteceu - fala sobre o que você faz com isso, e não nas milhões de possibilidades que existem diante de uma demissão e o certo e errado disso. Pelo menos eu interpretei assim.
Em nenhum dos casos a culpa/responsabilidade é do patrão que poderia ser um FDP, mas sempre do empregado. É o empregado que tem que fazer análise pra chegar à conclusão que mereceu a demissão, porque "no fundo, era o que ele queria". Interessante isso, não? Nem mesmo a hipótese de aleatoriedade da vida, de desgraças ocasionais, vem à baila. é tudo culpa do trabalhador que não foi ao psicanalista!
Buscar culpados não vai ajudar ninguém neste momento. Independente do patrão ser fdp (que acontece muito), focar nisso não vai mudar nada. É importante olhar pra si, se acolher, buscar suas próprias potências e recomeçar.
Ela como muitos só puxam sardinha para os seus. Fingem estar preocupados em ajudar a humanidade, mas somos somente objeto de estudos para ela. Ela estando bem, que exploda os outros.
Minha pergunta não está nesse "ecossistema", mas alguma coisa que você disse me levou a uma pergunta; a pergunta é essa: um(a) narcisista sabe que é narcisista? Ele sabe que prejudica o outro ou abusa dele?🎉
O Tempo... O Tempo... Senhor, da razão? O Tempo crono-metra/meta tudo o que diz respeito a nós... Incluindo inarredavelmente o Tempo psíquico do dar-se conta do quanto estamos numa posição satisfatório ou insatisfatória em relação às nossas demandas desejosas, gozosas e de investimentos. Do quanto passamos um Tempo imenso assujeitados a uma resposta do Grande Outro que nunca veio, face a tudo isto, já que é na alteridade dos espelhos que nos constituímos. O Tempo... Só o Tempo é capaz de dar, ou não, as respostas que esperamos àquilo que de nós nunca perguntamos.
enquanto ainda estivermos sob a égide do modo de produção capitalista, em que trabalhar é equivalente a ser compelido a vender a sua força de trabalho; talvez o processo de elaboração deste tipo de corte simbólico não possa ignorar uma circunstância contingencial: a perversão daqueles que querem tirar você do jogo para tentar supervalorizar a suas próprias mercadoria. Em outras palavras: a concorrência desleal de pessoas ruins e neuróticas.
Já trabalhei em um local no qual a chefia adoeceu tanta gente, com vários colegas tendo procurado terapia e até mesmo psiquiatra. Pelo menos 2 tiraram 30 dias de licença médica. Felizmente saí desse lugar, mas ainda tenho pesadelos. Arrumar outro emprego foi o melhor que me aconteceu. Ainda estou me recuperando, mas um dia m3 livrarei 100 por cento desse pesadelo.
Como algumas pessoas comentaram aqui, é muito mais fácil colocar a culpa (só) no trabalhador, mas a verdade é que muitos chefes não deveriam nunca ser chefes de coisa nenhuma. Ocupam lugares para os quais não estão minimamente preparados, nem em termos de competências profissionais, nem em termos humanos. Para além disso, a lógica capitalista de redução do trabalhador a objeto descartável serve de guarda-chuva para a falta de carácter e de respeito para com o(s) outro(s).
Por outro lado, acredito que existam casos em que a demissão é quase uma bênção, mas devem ser situações quase residuais perto daquelas em que a pessoa é descartada... E, pronto, venha o próximo, e o próximo..., de preferência menos crítico e ganhando menos que o anterior...
Dra. Maria, muito obrigado por produzir esse vídeo, sei que vai fazer sentido para muita gente que assisti-lo. ❤❤❤
Parabéns, MH, por essa série! Incrível! Valiosa! ❤
Que convite maravilhoso, Maria. No momento corporativo, exato. ✨👏🏼
Maria Homem fritíssima nas postagens! Amando esses vídeos, muito material de alto nível! Maria, eu amo te ouvir, até para dormir eu te escuto. Devo me preocupar? Viciado em você, melhor que droga!
Lacan explica?
O convite ao autoconhecimento é valido, mas sabemos que no sistema néoliberal manda o patrão e qualquer pensamento diferente é excluído. Produzir produzir produzir.
Muito bom sempre em te escutar colega, nestes momentos tão difíceis da nossa história politico / social / educacional !!!
Minha pulsão não estava mais empenhada no meu último emprego😁! No início da relação trabalhista, as expectativas, a novidade nos levam ao nosso esforço máximo. Com os anos, as expectativas mudam, são frustradas etc etc. A relação se desgasta e sair (ou ser convidado a sair) é inevitável.
Esse é vídeo é incrível. Já me vi em várias destas situações.
Convite a reflexão..
É igual relacionamento, você realmente está surpreso por ter acabado, por ter terminado ou terminaram com você? A gente tem um hábito péssimo de ignorar as coisas né (mesmo sabendo).
Maravilha de vídeo.
Talvez por falta de contexto corporativo Maria não consiga perceber a dinâmica de competição que tira as pessoas do jogo e não tenha conseguido abrir o caminho sobre competição e como se proteger, porque o comum é um abafar o outro para tirá-lo do jogo. Veja: não é colocar a culpa no outro. É reconhecer a dinâmica e puxar para si a responsabilidade de se proteger.
Adoro a Maria, mas acheio meio triste o vídeo. Me lembrou aquela frase “ psicologia serve para apaziguar a classe trabalhadora” ou “ além de dar o sangue, eu tenho que gostar do trabalho ?”. Senti muito que foi jogado uma responsabilidade da demissão no explorado. Mas não acho que tenha sido a intenção da Maria.
Idem! Nos casos de demissão que acompanhei de perto, o que eu via eram superiores com rei na barriga, que não aceitavam dialogar com funcionários bem preparados, pois feria o ego deles.
Eu entendo os exemplos subjetivos da Maria Homem para fins didáticos de passar uma ideia, mas eu particularmente fico incomodada com a associação de relação de trabalho (que deveria ser profissional) e relação interpessoal. Às vezes é o ambiente de trabalho que está alienado em suas expectativas, e claro, às vezes o trabalhador está em um local que não o pertence. Mas de qualquer forma é um assunto delicado quando há dependência do trabalho para sobreviver. E sim, saber fazer uma análise de suas limitações e qualidades profissionais é importante, mas eu vejo que há um desemprego elevado, um aumento da exigência nas qualificações do trabalhador e o não aumento do salário que já está tão atrasado e desatualizado. Em resumo: triste!
Mas não é sobre quem te demite. Nem sobre estar “certo ou errado” ser demitido. É sobre o depois e o como se sentir sobre isso diante de uma situação em que você quer “entender” o que aconteceu - fala sobre o que você faz com isso, e não nas milhões de possibilidades que existem diante de uma demissão e o certo e errado disso. Pelo menos eu interpretei assim.
Vcs não entenderam mto. Melhor assistir de novo.
@@viviaguilar29 todo mundo trouxe o seu entendimento, não precisamos de arrogância.
Em nenhum dos casos a culpa/responsabilidade é do patrão que poderia ser um FDP, mas sempre do empregado. É o empregado que tem que fazer análise pra chegar à conclusão que mereceu a demissão, porque "no fundo, era o que ele queria". Interessante isso, não?
Nem mesmo a hipótese de aleatoriedade da vida, de desgraças ocasionais, vem à baila. é tudo culpa do trabalhador que não foi ao psicanalista!
Concordo plenamente com seu questionamento!
Buscar culpados não vai ajudar ninguém neste momento. Independente do patrão ser fdp (que acontece muito), focar nisso não vai mudar nada. É importante olhar pra si, se acolher, buscar suas próprias potências e recomeçar.
Ela como muitos só puxam sardinha para os seus. Fingem estar preocupados em ajudar a humanidade, mas somos somente objeto de estudos para ela. Ela estando bem, que exploda os outros.
Melhor comentário. Pois inúmeras problemáticas irão cair sobre isto.
Obrigado!
Adorei o corte lacaniano no fim desse video
Minha pergunta não está nesse "ecossistema", mas alguma coisa que você disse me levou a uma pergunta; a pergunta é essa: um(a) narcisista sabe que é narcisista? Ele sabe que prejudica o outro ou abusa dele?🎉
O Tempo... O Tempo... Senhor, da razão?
O Tempo crono-metra/meta tudo o que diz respeito a nós... Incluindo inarredavelmente o Tempo psíquico do dar-se conta do quanto estamos numa posição satisfatório ou insatisfatória em relação às nossas demandas desejosas, gozosas e de investimentos. Do quanto passamos um Tempo imenso assujeitados a uma resposta do Grande Outro que nunca veio, face a tudo isto, já que é na alteridade dos espelhos que nos constituímos.
O Tempo... Só o Tempo é capaz de dar, ou não, as respostas que esperamos àquilo que de nós nunca perguntamos.
❤
enquanto ainda estivermos sob a égide do modo de produção capitalista, em que trabalhar é equivalente a ser compelido a vender a sua força de trabalho; talvez o processo de elaboração deste tipo de corte simbólico não possa ignorar uma circunstância contingencial: a perversão daqueles que querem tirar você do jogo para tentar supervalorizar a suas próprias mercadoria. Em outras palavras: a concorrência desleal de pessoas ruins e neuróticas.
A gata ahazza